segunda-feira, 5 de julho de 2010

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 19

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 19

REGIONALIZAÇÃO

O sim à regionalização, pode não ser a receita para resolver todos os problemas, mas servirá para atenuar. È naturalmente uma forma de combater as assimetrias no distrito do Porto.

As resoluções de todos os problemas em torno da capital, provoca directa e indirectamente o esquecimento das restantes partes do território nacional. Somos todos europeus, somos todos portugueses, não somos os provincianos que nos querem fazer ser.

Também no nosso sector «TÁXI» tudo continua centralizado, pensamos ser tempo de cada localidade ter as suas próprias iniciativas na resolução dos seus problemas, que são diferentes uns dos outros.

È aos responsáveis locais, e depois de auscultarem os interessados, que deve ser dada toda a responsabilidade de gerirem a nossa actividade, nas respectivas localidades.

SERVIÇO DE TÁXI
COM PRÉ PAGAMENTO

Não é possível ? Claro que é possível ! Haja boa vontade e interesse em tentar resolver tal objectivo.

È completamente inconcebível, o aumento sistemático, que se tem vindo a verificar, de utentes de táxis que não pagam os respectivos serviços prestados.

Todos os motoristas têm razões para estarem preocupados, nomeadamente para quem tem de apresentar contas, pois muitas vezes só a falta de pagamento de uma corrida é equivalente ao salário (ou mais) de um turno de trabalho.

Em Agosto de 2008 abordamos este problema e dizíamos que: Nos autocarros, nos comboios, no metro, o transporte é sempre pago antes. Porque não implantamos o mesmo sistema ?

Vale a pena pensar nisto. #

SEGURANÇA


Mais uma vez, e nunca é demais, vimos falar da nossa insegurança.
A prevenção, continua a ser na verdade a nossa melhor defesa, cada vez mais devemos providenciar, para quem vamos transportar, para que locais e em que condições.
Ao longo dos anos, sempre vamos falando de sistemas de segurança , e basicamente sempre em desacordo uns com os outros. Agora é um candeeiro, agora é um Táxi Seguro, não esquecendo a tão falada vídeo vigilância. Sistemas que só por si são ineficazes, mas não havendo mais nada são sempre bem vindos.
Tirando da ideia de que tudo isto é utópico, continuamos a acreditar de que o separador é sem duvida um bom sistema defensivo, pese embora o desacordo ( que respeitamos ) de uma grande parte dos motoristas.
Por favor prestem sempre a maior atenção. #

CRISE

Não é novidade para ninguém de que existe crise, que é geral, e que os táxis a vivem muito particularmente.
Desde o início deste ano de 2010, tem sido patente a globalidade de maus apuros, por isso apelamos para a solidariedade de todos, não sejamos egoístas, podemos “ dividir o mal pelas aldeias “ porque todos precisamos de trabalhar. Pedimos respeito uns pelos outros
Entretanto, devemos manter todo o optimismo, na esperança de que tudo se normalize muito dentro em breve.

Desabafo

Nunca vi tempos tão parados
Como estes de agora
Que esperamos stressados
Por alguém que nos leve embora

Horas a fio à espera
E os nervos à flor da pele cansada
Que melhore, quem me dera
Pois sem trabalho, não somo

Temos de ter instrução
Saber lidar com a mente traiçoeira
Que nos ataca o frágil coração
Para nos lambrar a vida inteira.

Marcados desta maneira
Não à nada a fazer
Desta vida rotineira
O que sofremos para sobreviver.

Gabriel Pinto RT 56


À conversa com
José Quezada


Sempre com o objectivo, de angariar pequenos episódios no âmbito dos táxis, estou permanentemente atento ao que os colegas, muito naturalmente vão contando.
Em conversa com este nosso amigo, registei dois acontecimentos que me parecem relevantes.
« Ainda o trânsito circulava no tabuleiro superior da ponte D. Luís, vai com um serviço para Oliveira do Douro. Era de madrugada, vê uma Senhora debruçada nas grades da referida ponte, pensa que não é uma situação normal, liga com a central, descreve a situação e pede para ligar à polícia a dar conhecimento.
De regresso ao Porto, pode verificar de que não se encontra ninguém no tabuleiro superior, fica um pouco apreensivo por não saber o que aconteceu.
De imediato liga com a central para perguntar se tinha contactado com a polícia, ao qual responderam afirmativamente. Não satisfeito liga ao 112, expõe a situação, e foi informado de que efectivamente a referida Senhora tinha sido recolhida e estava bem. »

« Num outro serviço dado pela central, foi à rua particular de Justino Teixeira, um cliente de meia idade, entra na viatura e sente-se mal, não consegue respirar convenientemente, o motorista fica sem saber muito bem o que fazer, decide ligar ao 112 e contar o que se está a passar, logo vem uma ambulância, estão com o doente dentro da viatura durante alguns minutos, depois disso, uma médica foi ter com o motorista, dizendo-lhe que fez muito bem em ligar, pois possivelmente lhe salvou a vida, posteriormente seguiu para o hospital.»

PERDIDOS E ACHADOS

Acontece muitas vezes, clientes deixarem objectos nas viaturas. Telemóveis, carteiras, porta moedas, guarda-chuvas, chaves, etc.etc.

Quando reclamados, normalmente são recuperados. Quando entregues, a deslocação do respectivo veículo, logicamente tem de ser cobrada, muito embora a reacção dos diversos utentes (esquecidos) nem sempre seja compreensível e sensível a esta questão, apesar de estarem perante uma situação de recuperar um objecto valioso. E não for a honestidade dos motoristas, possivelmente, e em muitos casos isso não seria possível.

De salvaguardar, as situações perdidas que ficam no banco de trás, e posteriormente entra outro cliente e o mesmo não entrega, nestes casos o condutor nada pode fazer.

Esta pequena introdução para contar um pequeno episódio, muito corrente, passado com o nosso colega Macedo.

« Na postura do lago entram umas jovens com destino a uma discoteca da cidade do Porto. A corrida termina, pagaram e o motorista seguiu seu destino. Depois de fazer um outro serviço, por sorte, reparou num telemóvel que estava no banco de trás. De imediato tentou contactar alguém, para isso foi ao menu do mesmo, e conseguiu falar com uma amiga da proprietária. Depois de explicar o que se estava a passar, e que tinha de pagar a deslocação para poder entregar o telemóvel, Ela respondeu:
:- Era o que faltava, eu ligo para a central e não tenho nada que pagar!
:- Não tenho mais nada a falar com a menina, muito boa noite. (e desligou o seu telefone)
Foi novamente ao menu, viu o numero do “Pai” e ligou com Ele, explicando novamente o que se estava a passar. O Senhor respondeu que iria entrar em contacto com a filha e que depois dizia alguma coisa.
No dia seguinte a menina telefonou, pediu para entregar o telemóvel e que pagava a deslocação, e assim acabou mais um episódio, que valeu a insistência do Motorista para proceder à sua entrega. »

SUMÁRIO

# Regionalização
# Serviço de táxi com pré pagamento
# Segurança
# Desabafos
# Crise
# À conversa com
# Perdidos a Achados

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