JORNAL MOTORISTÁXI Nº 15
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
No nosso último jornal, abordamos o tema da formação, com o único objectivo de transmitir a todos os responsáveis, as críticas que se fazem ouvir na praça publica.
Ao falar dos maus formadores, não queremos dizer com isso (como é lógico) de que não existem bons formadores. Mal de nós! Felizmente (e todos sabemos) de que existem pessoas muito bem qualificadas para exercer as funções de formadores. Mas…o problema não são os bons, o problema ( e grande ) está nos MAUS.
Em todas as profissões ou funções existem bons e maus profissionais, normalmente as críticas são sempre dirigidas a quem não tem capacidades para exercer este ou aquele cargo, temos de combater é o que está mal, porque o que está bem… está bem, só temos é que dar estimulo.
Antes de terminar e ainda sobre este assunto, queremos informar os nossos leitores de que somos portadores (temporários) de um CD onde se pode ver uma boa aula de formação, que em nosso entender deveria ser devidamente divulgada com objectivos pedagógicos.
AINDA O NOVO SEPARADOR
Depois da nossa experiência na montagem do separador (só para o motorista), contactamos o fabricante, com o objectivo de nos informar o porquê de não conseguirmos fixar convenientemente o material e por conseguinte fazer uma grande oscilação.
Em resposta, foi-nos dito de que seria necessário levar umas três “cunhas” para dar mais estabilidade. Esta resposta (em nossa opinião) caiu como um balde de água fria. E porquê? Porque é impensável de que num sistema de segurança com estas características, o referido vidro tenha de estar pendente de umas “cunhas”.
È frustrante saber que este separador tem algumas vantagens, mas que tecnicamente não está suficientemente estudado.
Temos conhecimento de que está a decorrer um estudo para um outro modelo, estamos disponíveis para dar o nosso modesto e humilde contributo.
ENTREGA AO DOMILÍLIO
Madrugada de domingo, 6 horas, postura do via rápida, aguardo pacientemente que apareça um cliente, de preferência que seja um serviço para os meus lados, ou para a parte de cima da cidade, mas não foi assim, foi tudo ao contrário do que eu desejava. Chego a primeiro da fila, vejo dirigir-se a mim um indivíduo com os passos algo esquisitos. Entra na viatura e:
- Olá! Bom dia.
- Bom dia.
- Quero que o Senhor me leve ao Padrão da Légua se faz o favor.
- E para que local do Padrão da Légua?
- Não se preocupe, quando lá chegarmos eu indico(disse ele com uma voz já bastante enrolada).
Bom, lá seguimos viagem, percorridos uns 500 metros vejo pelo espelho retrovisor de que a pessoa já está a dormir, tão bem que até ressona, não fiz caso e pensei… quando chegar acordo-o. Já no local decidi chamar por Ele.
- Ó amigo, já chegamos, acorde. ( repeti mais alto ).
- Acorde, já chegamos, (e nada).
Como não obtive resposta parei a viatura, saí, comecei a abaná-lo e a falar cada vez mais alto.
- Acorde, Acorde, já chegamos, ( e nada, estava como morto).
Comecei a ficar preocupado, dizendo cá para mim. O que é que vou fazer com esta prenda? Bom, vou levá-lo a uma esquadra da polícia, não o posso abandonar nestas circunstâncias, passaram-me várias coisas pela cabeça.
Então, naquele momento acontece ao que se pode chamar “um milagre”, o telemóvel dele começa a tocar, e tomei a liberdade de o ir buscar à algibeira e atendi.
- Estou, bom dia.
- Quem fala? ( ouço uma voz feminina)
- Daqui fala um motorista de táxi e transporto um senhor…(não me deixou acabar de falar)
- É o meu filho, esse bandido já está outra vez bêbado, não é? Faça-me o favor e traga-mo para casa o mais depressa possível.
- Mas, minha Senhora Ele adormeceu, não consigo acordá-lo. E não sei onde é a casa da Senhora.
- Não se preocupe, não desligue que eu vou tentar orientá-lo pelo telemóvel. ( lá me foi explicando o trajecto, até que finalmente cheguei a casa da senhora ).
Estava à porta de casa de robe vestido e bastante preocupada, dirigiu-se a mim, muito, muito obrigada, este rapaz é sempre a mesma coisa, não pode sair à noite que chega sempre neste estado, e deu-lhe umas bofetadas na cara. (quase que era preciso uma grua ).
Pagou-me o serviço, pediu mil e umas desculpas, e lá me vim embora, com a consciência de “missão cumprida”
BESSA RT 228
LIÇÃO DE HONESTIDADE
O nosso colega Augusto Teixeira RT 227 Inv. Chamou por mim para contar um pequeno episódio que se tinha passado com Ele, que apesar do grande exemplo de honestidade que deu, quando contado a vários colegas, das várias reacções obtidas até parecia que tinha cometido algum crime.
Todos temos direito à opinião, mas isso não quer dizer que tenhamos sempre razão.
«O Senhor Teixeira fez um serviço da ribeira para o cafeína, e quando o cliente vai para pagar verificou de que o mesmo era portador de muitas notas de 500 euros. Mas tudo bem! Pagaram a corrida e seguiu o seu destino.
Por volta da uma hora da noite, e depois de já ter realizado vários serviços, a central rádio táxis faz um apelo perguntando quem fez determinado serviço (o acima mencionado).
- Foi o 227 que fez esse serviço.
- O Senhor encontrou alguma bolsa na viatura?
- Não encontrei nada, mas vou dar uma vista de olhos.
Foi à parte de trás da viatura e não estava nada
- Já vi atrás mas não está nada, mas espere mais um segundo porque vou ver no banco da frente.
Foi ao banco da frente e não via nada, de repente e mesmo quase debaixo do banco vê uma bolsa, abre e vê “montes “ de dinheiro ( não sabe quanto) e vários cartões.
- Senhor operador, está aqui uma bolsa e que tem muito dinheiro.
- Então vai fazer o favor de ir ter com os clientes ao hotel Infante Sagres.
O Senhor Teixeira dirigiu-se para o hotel, os clientes já estavam á sua espera, fez questão de verificarem se faltava alguma coisa. Agradeceram muito e gratificaram-no com 150 euros. »
O nosso amigo Teixeira não tem nada que ficar triste, antes pelo contrário. Parabéns pela lição que nos deu.
EDITORIAL
Mais ou menos à um mês atrás, tive o prazer de conhecer e conversar com um responsável do nosso sector. È muito difícil senão mesmo impossível, abordar vários temas referentes à nossa actividade em poucos minutos, no entanto deu para entender de que estava perante uma pessoa com grandes capacidades de trabalho e liderança.
A dada altura da nossa conversa (que por estranho que pareça foi muito convergente) O Senhor dizia que “um dos nossos grandes problemas é a falta de Dirigentes com capacidades”. Estou completamente de acordo.
A maioria gosta muito de protagonismo sectorial (para não ir mais longe), pensam logo que sabem tudo, e recusam estudar para aprender, porque pensam (mal) que sabem tudo.
E depois o que acontece? Má gestão, más lideranças, péssimo protagonismo, poucas ou nenhumas capacidades, e muito principalmente falta de CRIATIVIDADE.
E…? È Só copiar…copiar…copiar… È só imitar…imitar…imitar. QUE PENA!
UMA DORMIDA
São três horas da manhã, encontro-me na postura da Praça Velasquez, Entra um individuo, vestido todo de preto, aparentando trinta anos de idade.
- Senhor motorista , leva-me à rua entre paredes ?
- Sim senhor!
Após andarmos alguns metros, começa por dizer que só vai buscar os seus documentos, porque na realidade o que queria era mesmo um local para poder dormir, mais concretamente uma pensão. Pois tinha tido uma pequena discussão com a mulher e não queria ir para casa, mas que precisava dos documentos para poder ficar hospedado.
O homem estava completamente nervoso, e dessa forma, iniciou um desabafo total sobre o seu problema, claro que a minha missão era dar-lhe o máximo de atenção, até para Ele ficar mais calmo.
E assim foi, depois de contar com todos os pormenores, o porquê da situação, previsivelmente ficou muito mais calmo, foi então que lhe transmiti que por uma noite seria possível arranjar uma pensão para descansar sem ser preciso documentos.
O Senhor sem saber como me agradecer, ainda conversou mais um pouco, pagou a corrida, e… problema da dormida resolvido.
SUMÁRIO
* Formação Profissional
* Ainda o novo separador
* Entrega ao domicilio
* Lição de Honestidade
* Editorial
* Uma Dormida
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
No nosso último jornal, abordamos o tema da formação, com o único objectivo de transmitir a todos os responsáveis, as críticas que se fazem ouvir na praça publica.
Ao falar dos maus formadores, não queremos dizer com isso (como é lógico) de que não existem bons formadores. Mal de nós! Felizmente (e todos sabemos) de que existem pessoas muito bem qualificadas para exercer as funções de formadores. Mas…o problema não são os bons, o problema ( e grande ) está nos MAUS.
Em todas as profissões ou funções existem bons e maus profissionais, normalmente as críticas são sempre dirigidas a quem não tem capacidades para exercer este ou aquele cargo, temos de combater é o que está mal, porque o que está bem… está bem, só temos é que dar estimulo.
Antes de terminar e ainda sobre este assunto, queremos informar os nossos leitores de que somos portadores (temporários) de um CD onde se pode ver uma boa aula de formação, que em nosso entender deveria ser devidamente divulgada com objectivos pedagógicos.
AINDA O NOVO SEPARADOR
Depois da nossa experiência na montagem do separador (só para o motorista), contactamos o fabricante, com o objectivo de nos informar o porquê de não conseguirmos fixar convenientemente o material e por conseguinte fazer uma grande oscilação.
Em resposta, foi-nos dito de que seria necessário levar umas três “cunhas” para dar mais estabilidade. Esta resposta (em nossa opinião) caiu como um balde de água fria. E porquê? Porque é impensável de que num sistema de segurança com estas características, o referido vidro tenha de estar pendente de umas “cunhas”.
È frustrante saber que este separador tem algumas vantagens, mas que tecnicamente não está suficientemente estudado.
Temos conhecimento de que está a decorrer um estudo para um outro modelo, estamos disponíveis para dar o nosso modesto e humilde contributo.
ENTREGA AO DOMILÍLIO
Madrugada de domingo, 6 horas, postura do via rápida, aguardo pacientemente que apareça um cliente, de preferência que seja um serviço para os meus lados, ou para a parte de cima da cidade, mas não foi assim, foi tudo ao contrário do que eu desejava. Chego a primeiro da fila, vejo dirigir-se a mim um indivíduo com os passos algo esquisitos. Entra na viatura e:
- Olá! Bom dia.
- Bom dia.
- Quero que o Senhor me leve ao Padrão da Légua se faz o favor.
- E para que local do Padrão da Légua?
- Não se preocupe, quando lá chegarmos eu indico(disse ele com uma voz já bastante enrolada).
Bom, lá seguimos viagem, percorridos uns 500 metros vejo pelo espelho retrovisor de que a pessoa já está a dormir, tão bem que até ressona, não fiz caso e pensei… quando chegar acordo-o. Já no local decidi chamar por Ele.
- Ó amigo, já chegamos, acorde. ( repeti mais alto ).
- Acorde, já chegamos, (e nada).
Como não obtive resposta parei a viatura, saí, comecei a abaná-lo e a falar cada vez mais alto.
- Acorde, Acorde, já chegamos, ( e nada, estava como morto).
Comecei a ficar preocupado, dizendo cá para mim. O que é que vou fazer com esta prenda? Bom, vou levá-lo a uma esquadra da polícia, não o posso abandonar nestas circunstâncias, passaram-me várias coisas pela cabeça.
Então, naquele momento acontece ao que se pode chamar “um milagre”, o telemóvel dele começa a tocar, e tomei a liberdade de o ir buscar à algibeira e atendi.
- Estou, bom dia.
- Quem fala? ( ouço uma voz feminina)
- Daqui fala um motorista de táxi e transporto um senhor…(não me deixou acabar de falar)
- É o meu filho, esse bandido já está outra vez bêbado, não é? Faça-me o favor e traga-mo para casa o mais depressa possível.
- Mas, minha Senhora Ele adormeceu, não consigo acordá-lo. E não sei onde é a casa da Senhora.
- Não se preocupe, não desligue que eu vou tentar orientá-lo pelo telemóvel. ( lá me foi explicando o trajecto, até que finalmente cheguei a casa da senhora ).
Estava à porta de casa de robe vestido e bastante preocupada, dirigiu-se a mim, muito, muito obrigada, este rapaz é sempre a mesma coisa, não pode sair à noite que chega sempre neste estado, e deu-lhe umas bofetadas na cara. (quase que era preciso uma grua ).
Pagou-me o serviço, pediu mil e umas desculpas, e lá me vim embora, com a consciência de “missão cumprida”
BESSA RT 228
LIÇÃO DE HONESTIDADE
O nosso colega Augusto Teixeira RT 227 Inv. Chamou por mim para contar um pequeno episódio que se tinha passado com Ele, que apesar do grande exemplo de honestidade que deu, quando contado a vários colegas, das várias reacções obtidas até parecia que tinha cometido algum crime.
Todos temos direito à opinião, mas isso não quer dizer que tenhamos sempre razão.
«O Senhor Teixeira fez um serviço da ribeira para o cafeína, e quando o cliente vai para pagar verificou de que o mesmo era portador de muitas notas de 500 euros. Mas tudo bem! Pagaram a corrida e seguiu o seu destino.
Por volta da uma hora da noite, e depois de já ter realizado vários serviços, a central rádio táxis faz um apelo perguntando quem fez determinado serviço (o acima mencionado).
- Foi o 227 que fez esse serviço.
- O Senhor encontrou alguma bolsa na viatura?
- Não encontrei nada, mas vou dar uma vista de olhos.
Foi à parte de trás da viatura e não estava nada
- Já vi atrás mas não está nada, mas espere mais um segundo porque vou ver no banco da frente.
Foi ao banco da frente e não via nada, de repente e mesmo quase debaixo do banco vê uma bolsa, abre e vê “montes “ de dinheiro ( não sabe quanto) e vários cartões.
- Senhor operador, está aqui uma bolsa e que tem muito dinheiro.
- Então vai fazer o favor de ir ter com os clientes ao hotel Infante Sagres.
O Senhor Teixeira dirigiu-se para o hotel, os clientes já estavam á sua espera, fez questão de verificarem se faltava alguma coisa. Agradeceram muito e gratificaram-no com 150 euros. »
O nosso amigo Teixeira não tem nada que ficar triste, antes pelo contrário. Parabéns pela lição que nos deu.
EDITORIAL
Mais ou menos à um mês atrás, tive o prazer de conhecer e conversar com um responsável do nosso sector. È muito difícil senão mesmo impossível, abordar vários temas referentes à nossa actividade em poucos minutos, no entanto deu para entender de que estava perante uma pessoa com grandes capacidades de trabalho e liderança.
A dada altura da nossa conversa (que por estranho que pareça foi muito convergente) O Senhor dizia que “um dos nossos grandes problemas é a falta de Dirigentes com capacidades”. Estou completamente de acordo.
A maioria gosta muito de protagonismo sectorial (para não ir mais longe), pensam logo que sabem tudo, e recusam estudar para aprender, porque pensam (mal) que sabem tudo.
E depois o que acontece? Má gestão, más lideranças, péssimo protagonismo, poucas ou nenhumas capacidades, e muito principalmente falta de CRIATIVIDADE.
E…? È Só copiar…copiar…copiar… È só imitar…imitar…imitar. QUE PENA!
UMA DORMIDA
São três horas da manhã, encontro-me na postura da Praça Velasquez, Entra um individuo, vestido todo de preto, aparentando trinta anos de idade.
- Senhor motorista , leva-me à rua entre paredes ?
- Sim senhor!
Após andarmos alguns metros, começa por dizer que só vai buscar os seus documentos, porque na realidade o que queria era mesmo um local para poder dormir, mais concretamente uma pensão. Pois tinha tido uma pequena discussão com a mulher e não queria ir para casa, mas que precisava dos documentos para poder ficar hospedado.
O homem estava completamente nervoso, e dessa forma, iniciou um desabafo total sobre o seu problema, claro que a minha missão era dar-lhe o máximo de atenção, até para Ele ficar mais calmo.
E assim foi, depois de contar com todos os pormenores, o porquê da situação, previsivelmente ficou muito mais calmo, foi então que lhe transmiti que por uma noite seria possível arranjar uma pensão para descansar sem ser preciso documentos.
O Senhor sem saber como me agradecer, ainda conversou mais um pouco, pagou a corrida, e… problema da dormida resolvido.
SUMÁRIO
* Formação Profissional
* Ainda o novo separador
* Entrega ao domicilio
* Lição de Honestidade
* Editorial
* Uma Dormida
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