BOM EXEMPLO DA PSP
Seriam umas 23.00 horas, circulava na rua de Sá de Bandeira, e como sempre com as portas devidamente travadas. Estava parado nos semáforos com a rua Firmeza, dois indivíduos:
- Está livre?
- Estou sim! (não me levantaram suspeitas.)
- Queremos ir para o hotel Ipanema Park.
De imediato verifiquei de que não se tratava de clientes do hotel. Naturalmente era um ponto de referência.
Depois de Rotunda da Boavista e após percorrer cerca de 100 metros da avenida, um carro patrulha manda-me encostar.
Saí da viatura, os dois Agentes dirigem-se a mim e em voz alta;
- Então o que se passa com o candeeiro?
Mas logo em voz baixa ,
- Sabe quem transporta? Para onde vai?
- Não conheço os passageiros e vou com destino ao hotel Ipenema Park.
- Você leva aí “Duas peças” muito perigosas. VÁ, QUE NÒS VAMOS ACOMPANHÁ-LO ATÉ AO DESTINO.
E assim foi, os dois agentes seguiram atrás de mim até à postura de Lordelo. Entretanto, os respectivos utentes deram a entender que sabiam que tudo aquilo foi motivado por Eles. Chegados ao destino, pagaram, saíram e a polícia foi ter com os indivíduos.
Posteriormente vieram falar comigo, onde tive a oportunidade de lhes agradecer. UM BOM EXEMPLO.
SURPRESA
O Zé estava na rua Júlio Diniz. Da discoteca Swing veio uma cliente que entrou para a parte de trás do seu táxi que pediu para ser transportada para determinada rua ao Carvalhido.
Tratava-se de uma mulher dos seus trinta anos, muito bonita, bem vestida (de mini saia), onde se podia admirar umas belíssimas pernas. Notava-se que estava um pouco eufórica, talvez com um copito a mais, mas completamente lúcida.
Iniciou conversa com o Zé e de tal forma entusiasmada, que quando este dá conta, já Ela está completamente debruçada no espaço dos bancos da frente, e sempre a conversar.
O táxi chega ao destino, manda parar;
- È ali que eu moro.
E Vê do seu lado esquerdo duas casas antigas, térreas, bem conservadas, com o telhado em forma de triângulo. Paga a corrida, e…
- Quer entrar?
Os primeiros segundos do Zé foram de admiração e de reflexão, como que a pensar no que deveria fazer e quais as consequências que daí poderiam advir. No entanto decidiu aceitar o convite, estacionou o táxi e…lá entrou.
Por momentos ficou sozinho na sala de entrada, aproveitando para dar uma vista de olhos. Ela estava de volta e com dois copos na mão, já o Zé estava sentado no sofá e sem casaco.
Senta-se a seu lado de perna alçada, com todo aquele belíssimo aspecto, era sem dúvida uma bela mulher. Por sua vez Ele só pensava que tudo lhe parecia um sonho, não entendia como tudo lhe estava a acontecer.
Existe o primeiro contacto, um beijo e…um barulho de automóvel a gasóleo, mesmo ali à porta da rua. De imediato se levanta, vestiu o casaco e ficou de pé, eram três e meia da manhã, batem à porta, O Zé ficou estático e sem saber muito bem o que fazer. Ela com muita calma vai abrir a porta e entra uma outra mulher mais ou menos da mesma idade;
- Quem é este senhor?
- Um amigo do meu Pai.
E depois? Depois foi correr para o táxi e…tudo acabou assim, como um sonho.
O NOSSO DIA A DIA
Setembro de 1999, postura do 24 de Agosto, entra uma miúda aparentando os 20 anos de idade.
-Senhor motorista queria ir para o bairro do viso.
Naturalmente segui pelo caminho mais curto. Quando já estou no referido bairro;
-È para a torre (tem onze andares), e agradecia que esperasse um pouco porque vou pedir dinheiro à minha Mãe para pagar o táxi.
Boa apresentação, bem falante. Estive de acordo, no entanto tentei seguir todos os seus paços, precavendo qualquer eventualidade.
Quando tinha chegado ao local o taxímetro marcava esc: 770$00, esperei até aos esc: 1.000$00 e travei o taxímetro.
Como não vinha ninguém, fechei o carro, saí, e falei com alguns miúdos que por ali brincavam, na tentativa de saber de quem se tratava. Após alguns minutos fiquei a saber em que andar morava e até que se chamava Helena.
Chamei a Polícia de Segurança Publica, que veio de imediato, e depois de explicar o que se estava a passar, mais os elementos que tinha adquirido no local, prontificaram-se ir a casa da Helena. Com a ajuda de um dos miúdos, que depois de informar a casa exacta, o agente mandou-o embora.
Batemos umas duas ou três vezes à porta, só depois do senhor Agente se identificar verbalmente è que abriram a porta, eram os pais. Perguntamos se era ali que morava a menina Helena, responderam afirmativamente, ao mesmo tempo aparece Ela, de imediato a pedir desculpa porque se tinha esquecido.
O pai depois de saber do que se estava a passar, só perguntou quanto era a corrida e logo pagou.
Agradeci aos agentes, responderam-me, que não estavam ali para outra coisa, e sempre que precisem estavam ao dispor.
Tudo isto me sensibilizou, nomeadamente a situação daqueles pais que nada sabiam do que se estava a passar com a filha, foram apanhados de surpresa e senti que ficaram com vergonha pelo acto cometido.
FINALMENTE SISTEMA GPS
Em jornais anteriores, alertamos convenientemente para as normais dificuldades que iríamos enfrentar, na mudança profunda de sistema de trabalho na rádio táxis Invicta.
Consideramos de que os moldes criados para uma melhor adaptação, foram realmente muito positivos, nomeadamente as inclusões faseadas do sistema, criando desta forma maiores possibilidades de aprendizagem em cada operação a efectuar, não esquecendo naturalmente a formação disponibilizada para todos os motoristas.
A meados do mês de Novembro a operacionalidade do sistema situava-se em 70% na central e a 50% nas viaturas. Isto quer dizer de que as maiores dificuldades (normais) de compreensão do funcionamento ainda é por parte dos motoristas, mas que se espera nas próximas semanas um desenvolvimento no sentido positivo, de forma e muito rapidamente dar resposta adequada a todas as solicitações.
Naturalmente ainda à um longo caminho a percorrer, no entanto já podemos salientar alguns pontos muito importantes e bem visíveis com este sistema, concretamente a mais justa distribuição do serviço. Antes uns respondiam a 6 e 7 serviços por turno, outros respondiam a l e a 2, o que se está a verificar é que os que respondiam a 7 agora respondem só a 3, os que respondiam a 1 também respondem a 3.
Somos optimistas, temos que dar tempo ao tempo, e tudo vai correr em conformidade.
SUMÀRIO
- Estou sim! (não me levantaram suspeitas.)
- Queremos ir para o hotel Ipanema Park.
De imediato verifiquei de que não se tratava de clientes do hotel. Naturalmente era um ponto de referência.
Depois de Rotunda da Boavista e após percorrer cerca de 100 metros da avenida, um carro patrulha manda-me encostar.
Saí da viatura, os dois Agentes dirigem-se a mim e em voz alta;
- Então o que se passa com o candeeiro?
Mas logo em voz baixa ,
- Sabe quem transporta? Para onde vai?
- Não conheço os passageiros e vou com destino ao hotel Ipenema Park.
- Você leva aí “Duas peças” muito perigosas. VÁ, QUE NÒS VAMOS ACOMPANHÁ-LO ATÉ AO DESTINO.
E assim foi, os dois agentes seguiram atrás de mim até à postura de Lordelo. Entretanto, os respectivos utentes deram a entender que sabiam que tudo aquilo foi motivado por Eles. Chegados ao destino, pagaram, saíram e a polícia foi ter com os indivíduos.
Posteriormente vieram falar comigo, onde tive a oportunidade de lhes agradecer. UM BOM EXEMPLO.
SURPRESA
O Zé estava na rua Júlio Diniz. Da discoteca Swing veio uma cliente que entrou para a parte de trás do seu táxi que pediu para ser transportada para determinada rua ao Carvalhido.
Tratava-se de uma mulher dos seus trinta anos, muito bonita, bem vestida (de mini saia), onde se podia admirar umas belíssimas pernas. Notava-se que estava um pouco eufórica, talvez com um copito a mais, mas completamente lúcida.
Iniciou conversa com o Zé e de tal forma entusiasmada, que quando este dá conta, já Ela está completamente debruçada no espaço dos bancos da frente, e sempre a conversar.
O táxi chega ao destino, manda parar;
- È ali que eu moro.
E Vê do seu lado esquerdo duas casas antigas, térreas, bem conservadas, com o telhado em forma de triângulo. Paga a corrida, e…
- Quer entrar?
Os primeiros segundos do Zé foram de admiração e de reflexão, como que a pensar no que deveria fazer e quais as consequências que daí poderiam advir. No entanto decidiu aceitar o convite, estacionou o táxi e…lá entrou.
Por momentos ficou sozinho na sala de entrada, aproveitando para dar uma vista de olhos. Ela estava de volta e com dois copos na mão, já o Zé estava sentado no sofá e sem casaco.
Senta-se a seu lado de perna alçada, com todo aquele belíssimo aspecto, era sem dúvida uma bela mulher. Por sua vez Ele só pensava que tudo lhe parecia um sonho, não entendia como tudo lhe estava a acontecer.
Existe o primeiro contacto, um beijo e…um barulho de automóvel a gasóleo, mesmo ali à porta da rua. De imediato se levanta, vestiu o casaco e ficou de pé, eram três e meia da manhã, batem à porta, O Zé ficou estático e sem saber muito bem o que fazer. Ela com muita calma vai abrir a porta e entra uma outra mulher mais ou menos da mesma idade;
- Quem é este senhor?
- Um amigo do meu Pai.
E depois? Depois foi correr para o táxi e…tudo acabou assim, como um sonho.
O NOSSO DIA A DIA
Setembro de 1999, postura do 24 de Agosto, entra uma miúda aparentando os 20 anos de idade.
-Senhor motorista queria ir para o bairro do viso.
Naturalmente segui pelo caminho mais curto. Quando já estou no referido bairro;
-È para a torre (tem onze andares), e agradecia que esperasse um pouco porque vou pedir dinheiro à minha Mãe para pagar o táxi.
Boa apresentação, bem falante. Estive de acordo, no entanto tentei seguir todos os seus paços, precavendo qualquer eventualidade.
Quando tinha chegado ao local o taxímetro marcava esc: 770$00, esperei até aos esc: 1.000$00 e travei o taxímetro.
Como não vinha ninguém, fechei o carro, saí, e falei com alguns miúdos que por ali brincavam, na tentativa de saber de quem se tratava. Após alguns minutos fiquei a saber em que andar morava e até que se chamava Helena.
Chamei a Polícia de Segurança Publica, que veio de imediato, e depois de explicar o que se estava a passar, mais os elementos que tinha adquirido no local, prontificaram-se ir a casa da Helena. Com a ajuda de um dos miúdos, que depois de informar a casa exacta, o agente mandou-o embora.
Batemos umas duas ou três vezes à porta, só depois do senhor Agente se identificar verbalmente è que abriram a porta, eram os pais. Perguntamos se era ali que morava a menina Helena, responderam afirmativamente, ao mesmo tempo aparece Ela, de imediato a pedir desculpa porque se tinha esquecido.
O pai depois de saber do que se estava a passar, só perguntou quanto era a corrida e logo pagou.
Agradeci aos agentes, responderam-me, que não estavam ali para outra coisa, e sempre que precisem estavam ao dispor.
Tudo isto me sensibilizou, nomeadamente a situação daqueles pais que nada sabiam do que se estava a passar com a filha, foram apanhados de surpresa e senti que ficaram com vergonha pelo acto cometido.
FINALMENTE SISTEMA GPS
Em jornais anteriores, alertamos convenientemente para as normais dificuldades que iríamos enfrentar, na mudança profunda de sistema de trabalho na rádio táxis Invicta.
Consideramos de que os moldes criados para uma melhor adaptação, foram realmente muito positivos, nomeadamente as inclusões faseadas do sistema, criando desta forma maiores possibilidades de aprendizagem em cada operação a efectuar, não esquecendo naturalmente a formação disponibilizada para todos os motoristas.
A meados do mês de Novembro a operacionalidade do sistema situava-se em 70% na central e a 50% nas viaturas. Isto quer dizer de que as maiores dificuldades (normais) de compreensão do funcionamento ainda é por parte dos motoristas, mas que se espera nas próximas semanas um desenvolvimento no sentido positivo, de forma e muito rapidamente dar resposta adequada a todas as solicitações.
Naturalmente ainda à um longo caminho a percorrer, no entanto já podemos salientar alguns pontos muito importantes e bem visíveis com este sistema, concretamente a mais justa distribuição do serviço. Antes uns respondiam a 6 e 7 serviços por turno, outros respondiam a l e a 2, o que se está a verificar é que os que respondiam a 7 agora respondem só a 3, os que respondiam a 1 também respondem a 3.
Somos optimistas, temos que dar tempo ao tempo, e tudo vai correr em conformidade.
SUMÀRIO
- Bom exemplo da PSP
- Surpresa
- O Nosso dia a dia
- Finalmente sistema GPS
Sem comentários:
Enviar um comentário