terça-feira, 27 de julho de 2010

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 24

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 24

2º. ANIVERSÁRIO

Foi em Julho de 2008, são 24 meses consecutivos.
Repetindo o que dissemos à dois anos, quando do início, e o que dissemos à um ano, quando do 1º aniversário, queremos mais uma vez reafirmar de que não temos qualquer pretensão de enveredar pelas situações técnicas e jurídicas, isso faz parte das obrigações e deveres das respectivas associações do nosso sector.
Têm sido muitas as propostas recebidas, para inserirmos no nosso jornal informação jurídica e esclarecimentos técnicos, ao qual temos respondido não ser essa a nossa vocação, para além de, não estarmos devidamente habilitados.
O nosso “Jornalzinho” está mais virado para o entretenimento e para a divulgação de pequenas episódios que fazem parte do nosso dia a dia com os utentes. Simultaneamente fomentar a discussão na praça publica sobre os vastos problemas com que nos vamos deparando.
E porquê? Porque esta iniciativa continua a funcionar como um passatempo, muito embora com a responsabilidade e coerência que naturalmente lhe é exigida.

O NOSSO JORNAL

Passados estes dois anos, vemo-nos na obrigação de fazer um pequeno balanço e porque não uma auto crítica?
Estamos plenamente convictos, eu até diria positivamente convictos, de que não agradamos a todos, acreditem que ficava muito triste, se eventualmente este passatempo tivesse unanimidade, era muito mau.
De quando em vez, lançamos umas achas para provocar a discussão, e desta forma contribuir para uma melhor clarificação dos respectivos temas. Para uns é bom para outros menos bom. Mas é assim que se vive num estado de direito, democrático e de livre expressão.
Quando demos inicio a este pequenino jornal, era inimaginável a importância que actualmente esta iniciativa já tem, muitas solicitações, muitas mensagens, muitas propostas, muita participação e muitos colaboradores, é de facto um relativo êxito.
Ao longo de todo este tempo, cometemos algumas gafes e demos alguns erros ortográficos. Muitas das vezes as foto copias não são o desejável, mas são o possível. Por tudo isto apresentamos as nossas desculpas.
Não podemos melhorar a qualidade porque não temos recursos financeiros para isso, mas vamos continuar porque a motivação é muito grande.

SEGURANÇA
ASSALTOS E NÃO PAGAMENTOS

Durante este período de 24 meses, abordamos o referido tema 15 vezes, e fizemo-lo, porque se trata realmente de um problema muito sério, e que faz parte das preocupações diárias de qualquer motorista.
Sabemos das dificuldades de entendimento para uma eventual resolução. Sabemos da existência de legislação que permite a instalação de qualquer sistema por parte dos proprietários.
Vamos continuar a escrever sobre segurança, sempre com objectivos construtivos.
Entretanto, a PREVENÇÃO é muito importante, acompanhada de sistemáticas acções pedagógicas.

HISTÓRIAS E EPISÓDIOS COM UTENTES

O Objectivo deste jornal, foi e continua a ser, transmitir os pequenos episódios e as grandes histórias que se nos deparam no dia a dia. Foi o tema inicialmente escolhido por nós, que vamos dar continuidade dentro do possível. Naturalmente, existem pessoas que dizem que deveria ter notícias com carácter mais informativo, mas não é essa a nossa vocação. Deixamos esse tipo de informações para quem de direito, e já agora que o façam mensalmente.
Durante estes dois anos publicamos 55 acontecimentos com muitos protagonistas, dando a conhecer desta forma a nossa realidade.
Queremos continuar a contar as vossas histórias, estamos completamente disponíveis, contamos com a vossa participação.

GRATIFICANTE

Ao transportar um cliente, muitas das vezes os motoristas não dão muita importância ao diálogo entre ambos.
Pessoalmente, estou sempre atento aos assuntos em questão, é uma forma de estar, mas que me dá, muitas das vezes a possibilidade de concluir algumas ideias sobre o nosso trabalho.
No caso concreto, a Senhora entrou numa postura, e:
- Peço desculpa ao Senhor motorista, mas aconteceu-me uma coisa que nunca me tinha acontecido com um táxi, e até fiquei um pouco assustada e desconfiada, hoje em dia tudo me parece perigoso.
- Então o que foi minha Senhora?
- Vinha para apanhar um táxi, entretanto estava a passar um e fiz paragem, o mesmo parou mas verifiquei que trazia uma outra pessoa, e o motorista perguntou para onde ia, e que era só deixar o colega em casa e que depois me levava ao local. Eu disse que estava com muita pressa e que não queria uma situação daquelas, pois não sabia muito bem do que se estava a tratar.
- Possivelmente não haveria problema algum, talvez não seja a melhor forma, mas a verdade é que é possível acontecer uma coisa dessas. E quando é assim mais vale prevenir do que remediar.
- Sabe Senhor motorista é que eu tenho muito respeito por quem trabalha, nomeadamente por motoristas de táxi. Porque só tenho a dizer bem dos Senhores, pois em alguns momentos de aflição e que nunca esquecem foram os taxistas que me valeram e sempre muito educados e respeitadores. Agora não percebi foi aquela situação
È muito importante, é gratificante, ouvir este testemunho sobre a nossa classe, e mais quando sabemos o que ainda pensa (erradamente) a maioria da população.

MAU ATENDIMENTO DA R.T.INVICTA

Foi ao iniciar o turno, concretamente às 19,39 horas, aceitei um serviço para a clínica de saúde Atlântica sita no estádio do Dragão.
Era uma Senhora muitíssimo simpática e agradável, que após entrar na viatura e andar meia dúzia de metros disse:
- Eu solicitei um carro com ar condicionado.
- Peço imensa desculpa. Por acaso não me avisaram, pois este ar condicionado está avariado, mas se desejar peço um outro táxi, não tem problema.
- Não há necessidade disso, pois neste momento já não está tanto calor, e como tal sinto-me bem, muito obrigada.
Andamos mais uns metros e:
- Sabe senhor motorista, há dias telefonei para a invicta e pedi uma viatura com ar condicionado, e fiquei muito ofendida com a resposta que me deram.
- E então minha Senhora, qual foi a resposta?
- O referido operador dissera “SE QUISER ATÉ LHE MANDO UMA CÂMARA FRIGORÍFICA,” com um tom de escárnio.
Este pequeno mas grande incidente é muito grave que aconteça, especialmente numa altura em que a direcção da invicta só se preocupa com o atendimento dos motoristas nas corruptas recepções dos hotéis. Temos e devemos todos, de atender bem, todos os clientes. Não pode haver descriminações.

GPS NA RADITÁXIS DO PORTO

Realizou-se no dia 26.06.2010 uma assembleia Geral da ráditáxis do Porto, com o objectivo de aprovar a instalação do sistema GPS. Estiveram presentes 197 sócios dos quais só 16 votaram contra, foi aprovado por uma larga maioria.
O monitor a instalar é igual para todas as viaturas, foi concedido um subsídio por parte do IMTT na ordem dos 50%. O sistema é da NDrive, globalmente o software será equivalente ao já existente na invicta, muito embora com mais uma ou duas funções, nomeadamente a informação de trânsito em tempo real.
Com todos os problemas de percurso com que eventualmente se vão deparar, este sistema (GPS) é sem duvida alguma, uma mais-valia para o sector, tem uma melhor qualidade de serviço para o utilizador, muitos menos erros, uma óptima distribuição de serviços, muito mais rapidez, muito menos tempo de espera, vai criar um melhor ambiente de trabalho, e vai eliminar as muitas más práticas existentes.
É compreensível as eventuais e pontuais dificuldades por parte de alguns motoristas, mas que atempadamente e muito naturalmente se vão adaptar ao referido sistema.
É já em Dezembro do corrente ano, que deverá entrar em funcionamento, desejamos a toda a equipe um bom trabalho.

RÁDIO TÁXIS INVICTA

No dia 06.07.2010, realizou-se uma Assembleia geral, com a presença aproximadamente de 90 sócios.
Da ordem de trabalhos faziam parte três pontos para discussão, os primeiro dois foram aprovados por unanimidade, o terceiro ponto não foi aprovado.

PEDIMOS DESCULPA PELO INCOMODO !

Por motivos que nos foram alheios, nomeadamente, problemas técnicos, não nos foi possível, a actualização do nosso blogue atempadamente, neste momento, encontra-se TOTALMENTE ACTUALIZADO, contendo por isso todas as edições do Jornal Motoristáxi que foram editadas.
A todos os nossos colegas/leitores, as nossas desculpas.
O Núcleo do Jornal Motoristáxi.

PRÉ PAGAMENTO NOS TÁXIS

Porque insistimos neste tema? Não é difícil de adivinhar, diariamente continuamos a assistir a casos de utentes que não pagam os serviços prestados.
Este problema tem vindo a aumentar consideravelmente, as preocupações de todos os motoristas são um facto, muito em particular de quem tem de apresentar contas, pois muitas das vezes, a percentagem ganha nesse turno não chega para cobrir o prejuízo.
Nos autocarros, nos comboios, no metro, o transporte é sempre pago antes. Porque não implantamos o mesmo sistema ? O pré pagamento nos serviços de táxi, para além do mais, também é prevenção.

CERTIFICADO
DE APTIDÃO PROFISSIONAL- CAP

Para renovar o referido certificado, que é de cinco em cinco anos, é necessário desembolsar entre os 76 a 106 euros, é muito dinheiro para quem ganha muito pouco.
Para quem está desempregado e eventualmente queira tentar a profissão de motorista de táxi pela primeira vez, tem de pagar mil e tantos euros.
Em nossa opinião é uma política errada. È necessário uma contestação bem organizada, bem planeada e principalmente muito persistente e muito sistemática para se conseguir alguns resultados. Mas para todo este trabalho é preciso um grande apoio das bases ou seja a responsabilização directa de todos os motoristas.
Não é com protagonismos que se resolvem este tipo de problemas, é com muito trabalho e persistência.

POSTURAS DE TÁXIS

São muitas as vezes, são muitas as posturas, em que não podemos estacionar os táxis porque estão indevidamente ocupadas por outras viaturas.
Constatamos pouca ou nenhuma sensibilidade por parte da Polícia de Segurança Publica para o referido problema.
È necessário, de que cada vez que isso aconteça, denunciar tais situações à esquadra da respectiva área.
Também é necessário, quem de direito, fazer exposições sistemáticas para assim dar a conhecer a dimensão real da situação.
Não é abordar o assunto de dois em dois anos. ou até mesmo de ano a ano, devemos de trabalhar constantemente para poder obter alguns resultados positivo

“ OS CORUJAS” (Radicais)


“Corujas” foi o nome dado a um grupo de 10 motoristas de táxi, que fazem da postura da Corujeira o seu local de trabalho preferido. Organizou-se e começaram a cotizar semanalmente 3.00 € cada, com a finalidade de realizar duas vezes por ano dois convívios, e já vamos no quinto ano consecutivo.
O ano passado o convívio de verão (que é o dia todo) foi a subida de barco pelo rio Douro acima. Dia espectacular.
Este ano os “Corujas” fizeram a descida do rio Minho em grande estilo “radical”.
Saída de Melgaço às 09.00 horas da manhã, do dia 19.06.2010, e após quatro horas de pura aventura, descontracção e alegria, para percorrer 18 km do rio Minho. Lindíssimo.
O nosso grupo esteve ao mais alto “nível”, pois das cinco embarcações fomos os primeiros a cortar a meta. A adrenalina subia com passagem pelos rápidos e remoinhos. Fomos todos à água, uns de livre vontade outros obrigados.
Depois… foi o almoço e conhecer um pouco de Melgaço, sempre com o “ALVARINHO” como companhia.
Parabéns ao Grupo. E viva a amizade.
Sidónio, Cunha, Jorge, Reinaldo, Matias, Adriano, Rui Teixeira, Caldas, Zé Manuel, Ferreira.

CONVIVIO SURPRESA DA SOCIEDADE “OS CAÇA-COMBOIOS”


Aconteceu no dia 17 de Julho mais um convívio da Sociedade “Os Caça - Comboios”. Desta vez foi um Convívio Surpresa.
Esta é uma sociedade de 16 amigos, que faz três convívios anuais: o convívio Mistério, o convívio Secreto e o Convívio Surpresa.
Neste convívio, a partida foi como habitualmente de Campanhã, com paragem em Esposende para o pequeno-almoço. Seguimos a Santa Luzia em Viana do Castelo onde subimos no Elevador de Santa Luzia. O almoço foi no “Restaurante Camelo” em Santa Marta de Portuzelo, onde comemoramos o 1º aniversário da nossa sociedade em ambiente de grande amizade e companheirismo, acompanhado pelos melhores sabores da gastronomia minhota. Neste local tivemos o prazer de conhecer o famoso apresentador de televisão, o Sr. Fernando Mendes, que apresenta o programa “O Preço Certo” da RTP1.
Para finalizar terminamos o nosso convívio em Barcelos, onde abrimos o bolo de aniversário e cantamos os Parabéns.
Para a Sociedade “Os Caça – Comboios” e seus associados, o núcleo do Jornal Motoristáxi deseja muitas felicidades e muitos parabéns pelo seu 1º Aniversário!



PARTICIPAÇÕES DE CLIENTES

É do conhecimento geral, de algumas participações quer por escrito ou via telefone, de clientes à rádio táxis Invicta.
Trata-se de um assunto muito delicado, porquanto não ser suficiente só por si, para castigar o motorista em questão.
Muitas das vezes é questionável de quem tem razão ou não, de quem fala verdade ou não. O cliente ou o motorista?
Não é justo, tomar de imediato qualquer posição a favor do cliente, sem antes ponderar e analisar, auscultando para o efeito e sem quaisquer ressentimentos, e sempre em defesa da classe o respectivo visado.
Futuramente é um assunto, que vai merecer de minha parte muito mais atenção.
Para um melhor esclarecimento, vou enviar algumas questões ao Senhor Provedor da Justiça, afim de me poder explicar convenientemente qual o estado de direito a aplicar para estas situações.

SUMÁRIO

  • 2º Aniversário
  • O Nosso Jornal
  • Segurança
  • Histórias e Episódios
  • Gratificante
  • Mau Atendimento R.T.Invicta
  • GPS na Raditáxis do Porto
  • Rádio Táxis Invicta
  • Pedido de Desculpas
  • Pré Pagamento nos Táxis
  • CAP
  • Posturas de Táxi
  • Os Corujas
  • Os Caça Comboios
  • Participações de clientes

segunda-feira, 5 de julho de 2010

PEDIMOS DESCULPA PELO INCÓMODO!

Por motivos que nos foram alheios, nomeadamente, problemas técnicos, não nos foi possível, a actualização deste blogue atempadamente. Neste momento, encontra-se TOTALMENTE ACTUALIZADO, contendo por isso todas as edições do Jornal Motoristáxi que foram editadas até hoje!

A todos os nossos colegas/leitores, as nossas desculpas!

O Núcleo do Jornal Motoristáxi

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 23

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 23

ONDA DE ASSALTOS NA CIDADE DO PORTO

Nestes últimos trinta dias temos vindo a assistir a mais uma vaga de assaltos.
Foram dois no bairro do largateiro, um na zona da Maia, um na zona dos Carvalhos, um na zona de Arca D’Água e um outro na fontinha.
Roubaram dinheiro, telemóveis e causaram ferimentos.
Fundamentalmente estão a causar danos psicológicos a todos os Motoristas.
A segurança, tem sido um tema abordado constantemente pelo nosso jornal, temos consciência do quão difícil é a resolução deste problema, no entanto estamos convictos de que qualquer que seja a medida a tomar, passará por medidas concretas, nomeadamente e em primeiro lugar, convencer definitivamente a maioria do nosso sector, com argumentos válidos, de que de facto é preciso criar condições de mais e melhor segurança.
Enquanto este trabalho não for feito, “é andar a construir uma casa pelo telhado”, o reunir com entidades governamentais é a coisa mais fácil, claro que é pomposo. Mas enquanto não se conseguir um aval da maioria, tudo não passa de uma utopia.
A prevenção continua a ser a nossa melhor arma. E para isso, também á que fazer e promover acções pedagógicas.

À CONVERSA COM


O Senhor Tomas já anda nos táxis à muitos e muitos anos, tem uma vastíssima experiência de vida, nomeadamente no nosso sector.
Encontramo-nos frequentemente na postura de Sá Carneiro, e sempre que possível trocamos ideias sobre diversos assuntos , desta vez foi realmente sobre alguns episódios interessantes, e que tive a preocupação de tomar notas para desta forma os divulgar.
« Já lá vão umas dezenas de anos. O Senhor Tomás estava na antiga postura da Batalha, vem um cliente:

- Eu queria ir para Águeda, pode ser? É que estou a chegar da Venezuela e quero ir o mais depressa possível para casa

- Vamos lá embora.

Durante a viagem tudo correu bem, era pessoa com muito bom aspecto, vestia bem, sempre com uma conversa aparentemente convincente, e procurava transmitir uma certa calma.
Quando chegaram à referida localidade, começa a indicar o caminho, agora para a esquerda, agora para a direito, sempre em frente, até que o nosso estimado colega, verifica que passa pelo mesmo local umas duas vezes, e… alto lá, à qualquer coisa que está mal. Até que manda parar e:

- È aqui. Agora por favor aguarda um pouco porque tenho de ir buscar dinheiro.

- Meu caro senhor, eu não aguardo, vou consigo!

Mesmo em frente estava uma casa de lavrador, em segundos Ele deita a correr e “enfia-se” numa das divisões.
O senhor Tomas não tem mais nada, bate à porta e vem um sujeito.

- Que deseja?

- Sou taxista, transportei uma pessoa que deve ser seu filho, não me pagou e fugiu para ali (indicando o local).

- Mas eu não tenho filhos, mas vamos ver o que se passa.

Antes de sair o homem pegou numa “sachola” e dirigiu-se ao local.
Era um “ AIDO DE PORCOS” onde o individuo estava de facto metido, fizeram-no sair, estava todo sujo.

- Ò meu caro amigo, estamos em propriedade minha, não se faz mal ao homem, eu sei de quem é filho, e eu vou com o senhor a casa da Mãe.

- Muito bem, e fico agradecido.

A Mãe pagou a corrida.»

UM OUTRO E PEQUENO EPISÓDIO

Estava na postura de Campanhã, chovia torrencialmente. Quando da minha vez, vejo um homem com uma grande mala, dirigiu-se para o seu táxi, abriu a porta, entrou, fechou a porta e disse para o transportar para a residencial Século.

Chegados ao local, pagou a corrida e:

- Senhor motorista, agora quero a minha mala.

- Mas o Senhor não tem bagagem,

Voltaram à estação, e por sorte, o bagageiro que se tinha apercebido da situação guardou a respectiva mala.

LEVEZINHOS NO CARTAXO

Os “taxistas sabem muito mais do que só conduzir” foi uma frase que escrevi já lá vão, muito perto dos vinte anos, mas que continua actualizada.
Os profissionais de táxis, naturalmente são pessoas normalíssimas, com defeitos e virtudes, e ao contrário da imagem negativa que ainda e de alguma forma, injustamente transparece para o exterior, a verdade é que internamente existe de facto, grande humanismo, muita sensibilidade, e enormes capacidades. Para desfrutarmos convenientemente de tudo isto, só temos que ser humildes quanto baste.
Esta minha pequena introdução, é só para dizer que ao acompanhar o grupo de motoristas de táxi “Levezinhos” na sua deslocação ao Cartaxo, cujo objectivo foi o convívio e o lazer, pude constatar todos estes ingredientes, concretamente humildade e um grande colectivismo.
Partimos da Praça Francisco Sá Carneiro mais ou menos às 07.45, os Levezinhos todos equipados a rigor; fato de treino, sapatilhas, bonés, sacos, tudo em azul e branco, preparados para o jogo amigável e realizar no Cartaxo.
Fomos recebidos familiarmente, um belíssimo ambiente, tive a oportunidade de conversar com a Mãe de dois jogadores e avó de um, que transmitia boa disposição e uma enorme alegria por ser protagonista de um bom convívio.
Antes do jogo houve uma troca de lembranças, toda a nossa comitiva recebeu uma saca com uma t-shirt e uma garrafa de vinha do Cartaxo. Nós oferecemos uma placa alusiva ao encontro/convívio.
O jogo em si correu muito bem, com muito “fair- Play”o resultado (perdemos 10~2) para nós não foi o melhor, mas também não era isso o mais importante.
Seriam umas 14.00 horas, quando entramos no restaurante para assim darmos continuidade ao encontro, comemos e bebemos, todos nos divertimos com as “dicas” uns dos outros, tudo numa boa disposição. Um ponto que pessoalmente me sensibilizou, e talvez pela minha forma de estar desse importância, ao que muitas vezes não se dá, é que felizmente e finalmente num grupo de motoristas de táxi, não vi a mesa do almoço com lugares “destacáveis” ou “presidencialistas”, tudo se sentou onde e como quis. È por estas e por outras que tenho muito prazer em apoiar este grupo.
Chegamos ao Porto por volta das 20.00 horas, todos com o espírito de “dever cumprido” e porquê? Porque realmente correu tudo muito bem, grande demonstração de camaradagem, de solidariedade, e de fraternidade. Aprendi mais com este encontro, Muito obrigado.

Parabéns pela forma responsável e organizada que todos os seus elementos têm demonstrado.


GAFANHA DA NAZARÉ

É Óbvio, que para poder preencher este pequeno jornal mensalmente com pequenos episódios, obriga-me a fazer uma abordagem constante aos vários profissionais, sempre que os vá encontrando ocasionalmente.
E foi o que aconteceu com o Senhor Domingos Porto, o que mais me marcou nesta nossa curta conversa, foi o facto de com os seus 75 anos de idade revelar uma memória invejável. Entre muitas outras coisas, lembra-se de que foi no dia 13 de Dezembro de l975 o seu primeiro dia de trabalho como motorista de táxi.

- Ó Senhor Domingos, então conte-me lá um episódio como motorista de táxi.

- Sei lá, tenho tantos. Estou a lembrar-me de um individuo que me entrou no táxi a mancar, e que até foi preciso dar uma ajuda, mas quando foi para pagar levantou-se e fugiu a correr.

- Essa já me contaram, talvez uma outra.

« Estava na postura de S. Roque, 01.30 horas da manhã, no lado oposto via-se uma viatura estacionada com um individuo às voltas, tira triângulo, põe triângulo, abre porta, fecha porta. Até que se dirige para o táxi.

- Ó Senhor motorista o carro fica bem ali?

- Meu caro amigo, nem eu estou bem aqui!

- Queria que me levasse a Gafanha da Nazaré, pode ser?

- Vamos embora.

De início algum diálogo, até que adormeceu. Só quando estavam em Aveiro é que o Senhor Domingos o acordou.
Ao chegar a Gafanha da Nazaré, começa a indicar o caminho, ora para a esquerda ora para a direita, sempre em frente. É aqui. O nosso colega pensou logo num sítio ideal para fugir, mas não, foi muito pior, apontou-lhe uma grande faca, chegou mesmo a picar-lhe e roubou-lhe os únicos 550$00 que tinha e não pagou a corrida no valor de 11.460$00.
Posteriormente deslocou-se a um posto da polícia, não só para participar o que lhe tinha acontecido, mas também com o objectivo de uma declaração com a descrição do que tinha acontecido como forma de justificação.»

FRASES

Operador da Invicta

“Ó 635 você é de raciocínio lento!
:-Não responde?”

“O Senhor está-me a chamar doutor, mas eu ainda não sou doutor, sou operador”

“Não é preciso estar sempre a carregar,
:-Gasta os botões
:-Gasta os dedos…”

OS CLIENTES COMENTAM !

SUMÁRIO

  • Assaltos na cidade do Porto
  • À conversa com
  • Levezinhos no Cartaxo
  • Gafanha da Nazaré
  • Frases


JORNAL MOTORISTÁXI Nº 22

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 22

QUE QUADRO !

O Motorista transitava na rua do Freixo.
Na EX EDP ,onde decorria uma iniciativa local e se podia ver grande aglomerado de pessoas, um agente faz paragem à viatura.
- Senhor motorista, está ali uma senhora estrangeira que precisa de ser transportada para o hotel Sheraton, encontra-se um pouco mal disposta, é possível ?
A senhora estava sentada no passeio, cabeça inclinada, notoriamente embriagada, muito bem vestida e com belíssimo aspecto.
- O senhor não se preocupe, porque não vai ter qualquer tipo de problemas, caso contrário comunique para podermos ajudar a resolver alguma eventualidade
- Está bem senhor agente, eu vou lá levá-la.
Com a ajuda de um polícia, entrou para a parte de trás da viatura e seguiram viagem. A cliente rapidamente se deitou no banco e adormeceu.
Quando chegaram ao hotel, o motorista abanou a senhora e esta acordou. Olhou para um lado e para outro e fez um gesto, como quem diz tenho que pagar.
Mexe de um lado mexe doutro, e percebe-se de que não tem dinheiro, mas que o recepcionista vai pagar.
O senhor Sousa sai do seu lugar e vem dar uma ajuda à cliente abrindo-lhe a porta. Com muita dificuldade ,e após uns longos cinco minutos, lá conseguiu pôr-se de pé.
Ria-se muito, e renovando os pedidos de desculpas, agarrou-se completamente ao motorista e pediu que a levasse à recepção.
E assim foi, entram os dois no hotel agarrados um ao outro, de tal forma era o “quadro” que, e já dentro do átrio, o recepcionista veio a correr para dar uma ajuda aos “dois”.
- Calma amigo, eu sou taxista e venho trazer esta senhora, que não tem dinheiro e precisa de ajuda.
Já no balcão de recepção Ela falou um pouco com o funcionário, deu-lhe a identificação e o mesmo pagou a respectiva corrida.
E depois? Foi de facto uns trabalhos, agarrou-se novamente ao motorista e queria que a levasse aos seus aposentos. Entretanto o funcionário falava com Ela explicando que o mesmo não podia porque estava a trabalhar, que tinha a viatura mal estacionada e que portanto não era possível. Mas… em voz muito alta, para não dizer aos gritos, queria que fosse o motorista. Até que por fim chega um outro funcionário superior do hotel e:
- Prontos , tudo se vai resolver, nós tomamos conta da viatura e o senhor se faz o favor leva a senhora lá acima.
E o senhor Sousa foi levar a senhora ao quarto sem mais problemas.


REJEITAR

Desde o início, tenho tomado posição a favor do sistema GPS. e que mantenho completamente.
Na preparação e na adaptação do sistema, defendi conscientemente o bom trabalho desenvolvido pelos responsáveis, e que mantenho completamente.
Mas não sou pessoa de só abanar a cabeça, tenho de criticar o que em minha modesta opinião, está mal, ou menos bem.
È notório, é visível, que após alguns meses da implantação do sistema, os referidos responsáveis, dão mostras de algumas debilidades e limitações no plano organizativo, dando mesmo a entender a falta de calma e clarividência necessárias para enfrentar a resolução de alguns problemas.
No momento actual do funcionamento do sistema, não é com métodos, que eventualmente possam ser considerados repressivos, que resolvem seja o que for. Antes pelo contrário, só com acções e medidas pedagógicas permanentes, é possível combater as limitações que todos nós temos, uns mais do que outros.
Quando numa situação de responsabilidade, as pessoas têm sempre a tendência para saberem tudo, o que não corresponde à realidade, devemos de auscultar outras ideias e tomar decisões devidamente fundamentadas.
Especificamente ao nosso sector, os responsáveis tem por obrigação de conhecer a realidade que os rodeia, e ter a sensibilidade de promover a pedagogia necessária, para levar a bom termo as respectivas iniciativas.
E agora perguntam o porquê desta introdução e qual o seu objectivo ?
È fácil, temos vindo a constatar por intermédio de vários colegas, de que a central rádio táxis invicta tanto por intermédio dos operadores como também dos seus responsáveis, telefonam (e tem custos) a informar sempre que um motorista rejeite um serviço. Dizendo mesmo que não querem trabalhar. É falso.
Antes deste sistema (por voz) o operador primeiro dizia a morada, precisamente para o motorista saber a que local se destinava a chamada, e assim querer ou não responder.
Aquando da preparação da entrada em vigor do novo sistema (GPS) foi-nos distribuído um questionário, que perguntava a dado momento, quais os locais que não queria responder, foi preenchido, mas pelos vistos não foi tido em consideração.
Por variadíssimas questões, e tendo sempre em consideração a forma de estar e de ser de cada um. Os motoristas têm de continuar a ter autonomia inquestionável de querer ou não, responder a determinado serviço.
A maioria das chamadas para fora de zona respectiva, ou se tem que efectuar muitos kilometros (e é chamado à atenção) ou então, como se tem vindo a verificar, existe uma elevada percentagem em que não temos clientes, (mais prejuízo).
Um pormenor muito e muito importante, quando um motorista responde para um lugar mais longínquo, vê-se na necessidade de andar com mais velocidade, criando situações de stress, e que de resto, todos nós sabemos quais as consequências que daí podem advir.
Não podem exigir que 50 viaturas façam o serviço de 100, isso é impossível e podem até promover situações anómalas.
Em minha opinião, tudo isto se pode entender como uma ingerência.
Por ultimo queria realçar, de que ao rejeitar um serviço a questão é essencialmente de prevenção, de quem é a responsabilidade se algo de grave acontecer? Coitado do motorista…
No anterior jornal, falava precisamente nos assaltos, e nas faltas de pagamentos de serviços prestados, e subsequentemente questionava se as medidas de segurança existentes seriam suficientes e eficazes.
Claro que não.
Também referi, que quando se fala em separador, ninguém aprova. O que fazer?
A prevenção continua a ser a nossa melhor arma.

UMA CIRCULAR

No passado mês de Abril, foi distribuído uma circular da Rádio Táxis Invicta, dando algumas indicações aos seus agrupados e motoristas.
Em primeiro lugar, quero dizer que estou plenamente convicto, até prova em contrário, não existir por parte da direcção qualquer ideia de menosprezar os motoristas, antes penso que seja um excesso de zelo, com a finalidade de cumprir objectivos.
Dito isto, sinto-me na obrigação de algumas chamadas de atenção para o referido documento.
No quarto parágrafo diz: « …deixaram de utilizar os nossos serviços devido a comportamentos desadequados de motoristas que,quando confrontados com a falta de cliente, dirigiram-se à recepção do hotel para discutir e reclamar. Desta forma perdemos clientes importantíssimos durante meses.»
No quinto parágrafo diz: «… no caso de terem a infelicidade de não ter um cliente numa chamada para um hotel ou empresa, devem apenas informar a central e nunca discutir nem reclamar com ninguém da instituição.»
Começo por lembrar de um documento anónimo que fizeram circular,(dizem via internet) , a mim facultaram-me uma fotocópia, cujo título é “ Negócio dos Táxis”, onde é denunciado a corrupção que existe, nomeadamente nas recepções de alguns hotéis.
Como em todas as profissões existem bons e maus profissionais, é importantíssimo que se chame a atenção, aos comportamentos desadequados, e em duzentos e tantas viaturas naturalmente não será difícil.
Não se deve nem se pode generalizar desta forma todo um conjunto de pessoas que fazem os possíveis e impossíveis para servir bem os utentes… de igual modo.
Sobre o “nunca discutir nem reclamar”;
Considero um total atentado à dignidade dos motoristas e do seu trabalho.
Considero uma total interferência e ingerência na personalidade de cada um de nós.
Considero não terem o direito de calar a nossa voz.
Vivemos num estado de direito.
Está consagrado na constituição de que todos temos deveres e direitos. Um dos nossos muitos deveres é sem dúvida servir bem o cliente, mas não pode haver descriminações, devemos de atender bem TODOS os clientes.
Insisto nas acções pedagógicas, porque quem não sabe se não for ensinado continua a não saber.
Para além de tudo isto, estou plenamente convencido de que a maioria dos motoristas, tem a capacidade de se dirigir a um recepcionista e educadamente perguntar pelo cliente que eventualmente chamou um táxi.
O que se pede é; moderação, prévios aconselhamentos, e gerir com virtude.
Pedagogia é uma ciência

Setembro de 88.

O senhor José Fernandes, motorista do actual r.t. 639, conta-nos um episódio com mais de duas dezenas de anos, mas que (infelizmente) continua actualizado.
Postura da Trindade, 01.30 horas da madrugada.
- Senhor motorista quanto me leva a Fafe ?
- Meu caro amigo, isso deve andar pelos esc; 6.500$00.
- Mas eu só tenho esc: 6.000$00, não me quer fazer o favor de me levar por este preço?
- Deve de estar ela por ela, vamos embora.
Foi uma viagem tranquila, só acordei o cliente quando chegamos a Fafe.
- Ò meu caro senhor, já chegamos, diga por favor onde quer ficar.
- Temos que ir ali mais abaixo, a uma vizinha para me emprestar o dinheiro. È que eu não tenho dinheiro.
- Então que conversa é esta? Disse-me que tinha esc: 6.000$00 e agora diz que não tem dinheiro? Já é sabido que vamos ter problemas, mas vamos lá à sua vizinha.
A vizinha não emprestou o dinheiro.
- E agora? Não tem familiares?
- Tenho o meu Pai, mas nem pensar em ir lá pedir.
- Então é seu Pai e não lhe dá o dinheiro para o táxi? Vamos ter com o seu Pai.
- Eu digo-lhe onde mora e vou lá consigo, mas quem fala é o senhor, eu não digo nada.
Fomos a casa do Pai, tratava-se de uma vivenda, dando a nítida ideia de pessoa com boas possibilidades, bati â porta e atende um senhor.
- Que deseja?
- Sou taxista do Porto, vim trazer o seu filho e Ele diz que não tem dinheiro, queria perguntar se pode pagar a referida importância.
- Eu não pago nada, não conheço esse senhor de lado nenhum.
- Então. Mas não é seu filho?
- È meu filho, mas não quero saber dele para nada, e digo-lhe, leve-o para o Porto novamente.
O que fazer? Ir à polícia? Não adianta porque não vou receber o dinheiro.
- Anda comigo que vamos resolver o problema de outra forma.
Peguei-lhe no braço (era individuo franzino) meti-o novamente no táxi e trouxe-o novamente para o Porto, e não recebi a corrida

SUMÀRIO

  • QUE QUADRO !
  • REJEITAR
  • UMA CIRCULAR
  • SETEMBRO DE 88

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 21

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 21

NÃO SABE O QUE FAZER

O Senhor Teixeira ( e á muitos ) é exemplo de bom profissionalismo. Quando circulava na rua de alegria, fizeram-lhe paragem, a Cliente entrou.
- Para onde deseja ir ?
- Não sei para onde ir !
Tratava-se de uma jovem, que não tinha mais de 18 anos, muito bonita e muito bem parecida.
- Não sabe para onde ir, então não estou a entender.
A miúda começa a chorar.
- O que tem ? o que se passa ?
- Eu fugi de casa e não sei o que fazer nem para onde ir.
- Então também não tem dinheiro para o táxi ?
- Não tenho dinheiro e estou com muita fome.
Sem saber muito bem o que fazer, observando no entanto de que se tratava de uma jovem completamente perdida e muito inocente, a primeira coisa que lhe ocorreu foi levá-la ali ao café mais próximo para lhe dar de comer.
Veio um prego que Ela comeu num segundo, estava nitidamente com fome, entretanto o Sr.Teixeira tentava saber mais alguma coisa, nomeadamente onde morava, qual o local , mas a miúda nada dizia.
Depois de comer, e sabendo que precisava de descansar e até para não andar a vaguear pela cidade, porque nesta situação pode tornar-se bastante perigoso, dirigiu-se a uma pensão ali muito perto do café, falou com o gerente, contou-lhe a situação, pagou o valor solicitado e a adolescente lá ficou a descansar, tendo-lhe recomendado os cuidados que deveria ter, deixando o seu contacto para qualque r eventualidade.
Estava a pensar em ir às autoridades e denunciar a situação , no entanto preferiu aguardar mais um pouco para tentar que Ela desse alguma informação. No dia seguinte voltou ao local e foram ao mesmo café para comer alguma coisa, antes de vir embora recomendou ao gerente para no caso de querer comer algo mais que depois pagava , o mesmo aconteceu na referida pensão.
No terceiro dia, e já definitivamente consciente que teria de contactar as autoridades, quando chega ao local, vê a miúda a conversar com umas três pessoas, o senhor Teixeira aproximou-se e pergunta o que se passa, eram os pais. Ela já tinha contado o que aquele motorista de táxi tinha feito por Ela. Os pais agradeceram muito, não sabiam o que fazer mais ao senhor Teixeira, deixaram contacto para os ir visitar, mas depois de dar mais alguns concelhos à miúda, foi-se embora, rasgou logo o contacto, ficou muito feliz por tudo acabar bem.

SISTEMA GPS

Muito embora ainda com alguns problemas técnicos para resolver, o sistema está a funcionar.
E não tenho qualquer dúvida em afirmar de que é muito superior ao anterior. Não existe comparação possível.
Mas atenção ! Todos nós temos de fazer um grande esforço, no sentido de colaborar positivamente e desta forma contribuir para ultrapassar muito rapidamente esta fase naturalmente difícil de adaptação.
Não é com uma política de “bota-a-baixo” que tudo se vai simplificar, antes pelo contrário.
Podemos e devemos criticar, mas sempre com sentido construtivo, só assim é possível ajudar e contribuir os responsáveis desta iniciativa, a resolver todas as situações problemáticas, num clima estável e responsável.
E agora perguntam, mas o que é e como, criticar e contribuir construtivamente ? È muito fácil ! – Tens a certeza de que algo corre mal, tens alguma razão de suspeição de determinado serviço, então responsabiliza-te e envia uma carta, devidamente assinada, dirigida à direcção.
È fácil demais andar nas posturas a falar desta ou de outras situações, sem quaisquer responsabilidade no que está a dizer, difícil é cada um ser responsável pelo que diz e assumir, dando conhecimento e denunciando eventuais irregularidades. ASSIM É QUE SE CONTRIBUI CONSTRUTIVAMENTE E COM RESPONSABILIDADE.

O Cliente tem sempre razão !

Ouviu Senhor Motorista?

Eram 11.00 horas do dia 15.04.2010, o Operador de serviço dizia isto, em voz alta e bom som, e várias vezes, com direito a alguns comentários devidamente concedidos, até que um outro (qualquer) motorista falou, e o ameaçou pedir o nome. Enfim…
O que é certo é que estava mesmo convencido de que estava a dizer uma grande coisa. Esquece-se de que, do outro lado (do nosso) estão centenas de clientes a ouvir toda esta tempestade.
E se para uns, os mais indesejados, os mais conflituosos, os mais mal educados, ao ouvir esta mensagem naturalmente que vai incentivar a mais conflitos. Para outros, os bem educados, os compreensíveis, os que são solidários para com quem trabalha, então trata-se de uma falsa questão, talvez mesmo saudosista.
Em minha modesta opinião o cliente tem sempre razão mas só quando tem razão.
Já foi tempo que de facto era assim, mas já á muitos e muitos anos que as coisas mudaram, e para melhor. O cliente deve ser bem servido, bem atendido, deve-se prestar um bom serviço ao cliente. Mas por favor, temos que exigir respeito mútuo, direitos e deveres comuns, seriedade e carácter para ambos.
Mais uma vez faço um apelo aos operadores para, nas suas muitas intervenções, a maior parte das vezes desnecessárias, que antes pensem nas centenas de clientes a transitar nos nossos táxis, e que por vezes dão origem a comentários muito desagradáveis, nomeadamente no mau português exibido.

ASSALTOS E FALTAS DE PAGAMENTOS

Continuamos a insistir nestes temas porque de facto, é de extrema necessidade criar melhores condições de segurança no trabalho.
De dia para dia aumentam as faltas de pagamentos dos serviços prestados.
Porque não implantar um sistema de pré-pagamento, como existe em todos os transportes públicos?
Estou convicto de que não é difícil uma solução para este problema, em minha opinião só é necessário vontade de trabalhar o tema, sensibilidade para com o assunto em questão, e uma demonstração de querer de todos os motoristas.
Os assaltos são uma constante, será que as medidas existentes são suficientes e eficazes? Mesmo assim será que estão operacionais em caso de necessidade?
Estamos em querer que não.
Quando se fala em separador, ninguém aprova. O que fazer?
A Prevenção continua a ser a melhor arma !

NOTIFICAÇÕES

È muito normal as centrais rádio táxis convocarem via rádio, motoristas para se apresentarem ( por motivos de participações ) entre as 16.00 e 17.00 horas de sábado para prestarem as suas declarações.
Para quem trabalha (12 horas) em horário nocturno, as referidas horas ainda pertencem ao descanso (merecido ) dos intervenientes.
Não é justo, e queremos não ser legal. Os mesmos deveriam ser notificados já dentro do seu horário de trabalho

PARTICIPA NO NOSSO JORNAL

Dá a conhecer a tua história.
O teu melhor episódio.
A tua experiência de vida como motorista de táxi.
Escreve, telefona, ou simplesmente…conta

SUMÁRIO

  • Não sabe o que fazer
  • Sistema GPS
  • O cliente tem sempre razão?
  • Assaltos e faltas de pagamentos
  • Notificações

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 20

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 20

DESCULPEM A MINHA IGNORÂNCIA !

MAS…


• Porque é que o canal (invicta) está fechado ?
• Porque se fala ( no tal canal ) tanto e tanto, extra serviço ?
• Porque é que a uns motoristas se dão todas e mais algumas explicações, e a outros não se dá qualquer explicação, com a agravante de serem atendidos com agressividade ?
• Porque todos sabemos das muitas e muitas habilidades que estão a ser praticadas com os serviços de marcações. Porque não acabar definitivamente e urgentemente com a mostragem antecipada nos monitores?
• Porque paira nas posturas uma total intriga sobre suspeições?

NA MALA

DE Joaquim Fernando Esteves Monteiro


Aconteceu no ano de 1992. Eram já 5.10 da manhã entra um cliente para Santo Tirso, arranquei e ao entrar na auto-estrada, disse ser um sargento do Exército, não convenceu. Logo mais adiante disse que não tinha dinheiro mas que ia acordar o pai para poder pagar. Quando chegamos ao local paramos junto à igreja do Monte de Assunção e indicou uma vivenda como sendo a sua casa, dizendo que ia buscar o dinheiro para me pagar.
Aí, como não queria que ele tivesse medo de ir sozinho acompanhei-o até ao portão, e ele pediu-me para aguardar ali.
Por palpite meu, abandonei o portão e fui para a outra esquina da casa, quando reparei que ele já estava a fugir pelos campos abaixo.
Comecei a correr atrás dele e com a velocidade que levava e também com a força da raiva, saltei uma rede sem por os pés e aterrei num campo recentemente plantado. Como os campos eram uns mais baixos do que outros, enquanto ele corria no debaixo eu corria no de cima até que o consegui alcançar.
Quando estava ao lado dele, saltei-lhe para cima e disse-lhe “vou-te matar”. Havia ali um riacho e ele caiu dentro, meti-lhe a cabeça debaixo de água até ele deixar de mexer, quando enfim deixou de oferecer resistência, levantei-o e transportei-o até à estrada, depois ainda tivemos de andar 7 km para encontrar o meu carro.
De imediato me disse que não queria ir ao meu lado porque eu lhe batia muito, então fiz-lhe a vontade e meti-o na mala da viatura até ao Porto, com destino à esquadra das Antas.
Parei à frente da esquadra e o agente disse-me que não podia estacionar ali, quando respondi que era só para tirar uma encomenda, ele veio ajudar-me e… “MAS QUE ENCOMENDA” e fiz a respectiva participação.

CURSO PARA RENOVAÇÃO DO CAP


No passado sábado dia 13.03.2010, fui ao curso para renovação do CAP.

Em primeiro lugar queria felicitar a Cooperativa Ráditáxis do Porto e seus responsáveis, ao promoverem estes cursos na sua sede, cujo objectivo é naturalmente facilitar todo o processo burocrático a que os motoristas utentes ficam isentos. Sem dúvida um bom serviço.

Sobre o formador, ( e não aguento se não falar) Senhor Jorge Fernandes, que salvo erro, veio expressamente de Sintra, pessoa muito bem falante, muito presunçoso, e convencido.

As primeiras duas horas (chegou atrasado mais de meia hora) mais parecia um comício do que uma aula, concretamente fez um ataque serrado à antral e seus dirigentes, desbobinando episódios e assuntos de que nada interessavam à maioria dos presentes (porque não conhece) e muito menos a um curso de renovação do CAP.

Mas não satisfeito, ainda frisou umas duas ou três vezes de que para além do táxi (ou táxis) que possuía, era formador, era dirigente da rádio táxis de Sintra, era dirigente da Federação Portuguesa de Táxis, já tinha sido da ANTRAL, era dirigente local do Partido Socialista. Pondo, desta forma, em causa (várias vezes) a integridade de terceiros.

Não fosse a intervenção (por várias vezes) de um “aluno” motorista, o Senhor José Mendes ( que não tenho o prazer de conhecer), que para além de um belíssimo orador, mostrou de facto ter um conhecimento acima da média, ser fundamental no esclarecimento de algumas questões levantadas. O senhor formador ao primeiro “assalto” logo perguntou à quanto tempo era taxista, com aquele tom intimidatório, mas o “aluno” demonstrando uma grande capacidade, disse exercer a profissão à cinco anos. Posteriormente foi de tal forma esclarecedor e convincente, que o próprio formador habilmente entrou em diálogo e parafraseando o mesmo.

Sensivelmente meia hora antes de acabar o tempo previsto, é que procedeu à distribuição dos testes, preenchidos colectivamente em voz alta, e foi precisamente nesta matéria ( a relevante) que o formador revelou alguma debilidade.

Sou a favor de formação continua, mas não desta forma, temos que alterar e reformular e ideia de formação, tal e qual ela é, e tal e qual deve ser. Só dessa forma é possível estimular os profissionais a participarem com sentido de responsabilidade, na aprendizagem e actualizações sempre em curso.

PORQUE ANDO COM
RÁDIO TÁXI DESLIGADO?

É muito simples, primeiro, porque depois de implantado o sistema chamado de GPS, decidi contribuir (no meu entender) para uma rápida adaptação, obrigando desta forma a que o referido sistema trabalhe nas suas reais capacidades.

Segundo, porque estou completamente saturado de ouvir os mais diversos disparates, para além , claro, dos modos como a generalidade dos operadores continuam a falar aos motoristas, concretamente com muito arrogância, com muita pouca educação e com discriminação. Quero dizer com isto, que para uns, falam em tom suave, para outros, em tom agressivo. Para uns, existe sempre uma correcta explicação, para outros, nunca sabem nada.

Por isto e MUITO MAIS ando com o rádio desligado!

RÁDITÁXIS DO PORTO
E SISTEMA GPS

Foi com muito agrado que soubemos de que a ráditáxis do Porto, está já com quase todo o processo concluído, para apresentar durante o corrente ano, aos seus sócios, uma proposta para a instalação do sistema GPS.

Para quem é dirigente, não vai ser tarefa fácil, trata-se de muito e muito trabalho, que na maior parte das vezes não é reconhecido. Sem dúvida de que vão precisar de coragem e de uma proposta bem elaborada. Mas também não tenho dúvida alguma, e após de ocasionalmente, ter o prazer de conversar sobre o assunto com o responsável da direcção, de que a referida equipe está bem documentada, está e ser feito um estudo por organismos responsáveis e credíveis de nível nacional, mas mais importante, uma demonstração de grande capacidade de gerir todo este processo.

A meu ver, só falta aos sócios perceberem bem de que se trata do futuro, e terem plena consciência de como tudo vai funcionar. Não devemos ser influenciáveis por boatos, devemos sim tentar compreender muito bem como tudo funciona e perguntar a quem de direito todas as dúvidas que naturalmente vão surgindo.

SUMÁRIO

• Desculpem minha ignorância
• Na Mala
• Curso de Renovação do CAP
• Porque Ando c/Rádio Táxi Desligado?
• Ráditáxis do Porto Sistema GPS

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 19

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 19

REGIONALIZAÇÃO

O sim à regionalização, pode não ser a receita para resolver todos os problemas, mas servirá para atenuar. È naturalmente uma forma de combater as assimetrias no distrito do Porto.

As resoluções de todos os problemas em torno da capital, provoca directa e indirectamente o esquecimento das restantes partes do território nacional. Somos todos europeus, somos todos portugueses, não somos os provincianos que nos querem fazer ser.

Também no nosso sector «TÁXI» tudo continua centralizado, pensamos ser tempo de cada localidade ter as suas próprias iniciativas na resolução dos seus problemas, que são diferentes uns dos outros.

È aos responsáveis locais, e depois de auscultarem os interessados, que deve ser dada toda a responsabilidade de gerirem a nossa actividade, nas respectivas localidades.

SERVIÇO DE TÁXI
COM PRÉ PAGAMENTO

Não é possível ? Claro que é possível ! Haja boa vontade e interesse em tentar resolver tal objectivo.

È completamente inconcebível, o aumento sistemático, que se tem vindo a verificar, de utentes de táxis que não pagam os respectivos serviços prestados.

Todos os motoristas têm razões para estarem preocupados, nomeadamente para quem tem de apresentar contas, pois muitas vezes só a falta de pagamento de uma corrida é equivalente ao salário (ou mais) de um turno de trabalho.

Em Agosto de 2008 abordamos este problema e dizíamos que: Nos autocarros, nos comboios, no metro, o transporte é sempre pago antes. Porque não implantamos o mesmo sistema ?

Vale a pena pensar nisto. #

SEGURANÇA


Mais uma vez, e nunca é demais, vimos falar da nossa insegurança.
A prevenção, continua a ser na verdade a nossa melhor defesa, cada vez mais devemos providenciar, para quem vamos transportar, para que locais e em que condições.
Ao longo dos anos, sempre vamos falando de sistemas de segurança , e basicamente sempre em desacordo uns com os outros. Agora é um candeeiro, agora é um Táxi Seguro, não esquecendo a tão falada vídeo vigilância. Sistemas que só por si são ineficazes, mas não havendo mais nada são sempre bem vindos.
Tirando da ideia de que tudo isto é utópico, continuamos a acreditar de que o separador é sem duvida um bom sistema defensivo, pese embora o desacordo ( que respeitamos ) de uma grande parte dos motoristas.
Por favor prestem sempre a maior atenção. #

CRISE

Não é novidade para ninguém de que existe crise, que é geral, e que os táxis a vivem muito particularmente.
Desde o início deste ano de 2010, tem sido patente a globalidade de maus apuros, por isso apelamos para a solidariedade de todos, não sejamos egoístas, podemos “ dividir o mal pelas aldeias “ porque todos precisamos de trabalhar. Pedimos respeito uns pelos outros
Entretanto, devemos manter todo o optimismo, na esperança de que tudo se normalize muito dentro em breve.

Desabafo

Nunca vi tempos tão parados
Como estes de agora
Que esperamos stressados
Por alguém que nos leve embora

Horas a fio à espera
E os nervos à flor da pele cansada
Que melhore, quem me dera
Pois sem trabalho, não somo

Temos de ter instrução
Saber lidar com a mente traiçoeira
Que nos ataca o frágil coração
Para nos lambrar a vida inteira.

Marcados desta maneira
Não à nada a fazer
Desta vida rotineira
O que sofremos para sobreviver.

Gabriel Pinto RT 56


À conversa com
José Quezada


Sempre com o objectivo, de angariar pequenos episódios no âmbito dos táxis, estou permanentemente atento ao que os colegas, muito naturalmente vão contando.
Em conversa com este nosso amigo, registei dois acontecimentos que me parecem relevantes.
« Ainda o trânsito circulava no tabuleiro superior da ponte D. Luís, vai com um serviço para Oliveira do Douro. Era de madrugada, vê uma Senhora debruçada nas grades da referida ponte, pensa que não é uma situação normal, liga com a central, descreve a situação e pede para ligar à polícia a dar conhecimento.
De regresso ao Porto, pode verificar de que não se encontra ninguém no tabuleiro superior, fica um pouco apreensivo por não saber o que aconteceu.
De imediato liga com a central para perguntar se tinha contactado com a polícia, ao qual responderam afirmativamente. Não satisfeito liga ao 112, expõe a situação, e foi informado de que efectivamente a referida Senhora tinha sido recolhida e estava bem. »

« Num outro serviço dado pela central, foi à rua particular de Justino Teixeira, um cliente de meia idade, entra na viatura e sente-se mal, não consegue respirar convenientemente, o motorista fica sem saber muito bem o que fazer, decide ligar ao 112 e contar o que se está a passar, logo vem uma ambulância, estão com o doente dentro da viatura durante alguns minutos, depois disso, uma médica foi ter com o motorista, dizendo-lhe que fez muito bem em ligar, pois possivelmente lhe salvou a vida, posteriormente seguiu para o hospital.»

PERDIDOS E ACHADOS

Acontece muitas vezes, clientes deixarem objectos nas viaturas. Telemóveis, carteiras, porta moedas, guarda-chuvas, chaves, etc.etc.

Quando reclamados, normalmente são recuperados. Quando entregues, a deslocação do respectivo veículo, logicamente tem de ser cobrada, muito embora a reacção dos diversos utentes (esquecidos) nem sempre seja compreensível e sensível a esta questão, apesar de estarem perante uma situação de recuperar um objecto valioso. E não for a honestidade dos motoristas, possivelmente, e em muitos casos isso não seria possível.

De salvaguardar, as situações perdidas que ficam no banco de trás, e posteriormente entra outro cliente e o mesmo não entrega, nestes casos o condutor nada pode fazer.

Esta pequena introdução para contar um pequeno episódio, muito corrente, passado com o nosso colega Macedo.

« Na postura do lago entram umas jovens com destino a uma discoteca da cidade do Porto. A corrida termina, pagaram e o motorista seguiu seu destino. Depois de fazer um outro serviço, por sorte, reparou num telemóvel que estava no banco de trás. De imediato tentou contactar alguém, para isso foi ao menu do mesmo, e conseguiu falar com uma amiga da proprietária. Depois de explicar o que se estava a passar, e que tinha de pagar a deslocação para poder entregar o telemóvel, Ela respondeu:
:- Era o que faltava, eu ligo para a central e não tenho nada que pagar!
:- Não tenho mais nada a falar com a menina, muito boa noite. (e desligou o seu telefone)
Foi novamente ao menu, viu o numero do “Pai” e ligou com Ele, explicando novamente o que se estava a passar. O Senhor respondeu que iria entrar em contacto com a filha e que depois dizia alguma coisa.
No dia seguinte a menina telefonou, pediu para entregar o telemóvel e que pagava a deslocação, e assim acabou mais um episódio, que valeu a insistência do Motorista para proceder à sua entrega. »

SUMÁRIO

# Regionalização
# Serviço de táxi com pré pagamento
# Segurança
# Desabafos
# Crise
# À conversa com
# Perdidos a Achados

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 18

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 18

PRIMEIRO 2010


Foi em Julho de 2008, este é o 18º mês consecutivo que distribuímos este pequenino jornal. Queremos continuar a contar os episódios mais interessantes do nosso quotidiano. Queremos todos os motoristas ( e sem excepções) como protagonistas. Queremos transmitir que todo este trabalho não é mais do que um ”passatempo”, muito embora queira ser responsável e credível, sempre com o objectivo de contribuir para a dignificação do nosso sector.

Vontade não nos falta em fazer melhor e maior, mas só isso não chega, na verdade e no imediato, não temos condições nem possibilidades de enriquecer de alguma forma esta pequena aventura. No entanto e sem quaisquer tipo de preconceitos, vamos continuar com a nossa presença mensal. Naturalmente com a imprescindível colaboração de todos, fazendo-nos chegar quer por escrito quer verbalmente, todos os episódio e diálogos que achem convenientes. UM BOM ANO.

APONTAMENTO

Estava na postura do 24 de Agosto, encontrava-me na segunda posição.
No passeio do lado oposto à postura vejo um indivíduo a passar, atravessa em direcção ao carro da frente. De repente vejo-o novamente atravessar a rua para o lado oposto, pensei, afinal não vai para táxi.
Segundos depois o referido senhor aparece da parte de trás da minha viatura, vem ter comigo e pergunta se estou livre, eu respondo que sim, mas tem de ser o primeiro carro.
-Eu quero ir neste carro porque o seu colega está a dormir.
- Mas eu acordo-o
- Peço desculpa mas eu não vou naquela viatura porque o motorista está a dormir, por isso quero ir neste.
- Está muito bem, faz o favor de entrar.
O cliente entrou, e foi a falar comigo, começando por dizer, que quando acorda, demora sempre alguns minutos a conseguir raciocinar correctamente, e que na sua área profissional só mesmo após meia hora.
E como ele é assim tem a percepção de que os outros também o são.
Eu tentei explicar-lhe de que a minha reacção foi de colega para colega, pois o mesmo fica sempre com a ideia de que o cliente entrou e eu não respeitei a ordem dos táxis. Para além disso, transmiti-lhe a minha opinião de que; em primeiro, nem todos temos as mesmas reacções, segundo, normalmente o Motorista não está a dormir profundamente, terceiro, porque as horas que frequentemente estamos parados nas posturas é muito fácil que isso aconteça.
A mim também me acontece frequentes vezes, mas na verdade e muito principalmente quando estamos a sair de uma postura, devemos naturalmente ter em atenção este facto, que todos sabemos, ser extremamente importante.

OS LEVEZINHOS




Fomos à conversa com os Senhores Moreira e Francisco Costa, na tentativa de sabermos algo sobre este grupo, e podemos constatar, que se trata realmente de um bom exemplo a seguir.
Trata-se de um grupo de 14 motoristas, com características culturais e desportivos, que para o efeito se reúnem uma vez por semana. Nasceu à três anos, mais concretamente a 22 de Fevereiro de 2007.
A grande virtude é sem dúvida a visível organização, que todos os membros estão empenhados em desenvolver e concretizar, só assim é possível levar por diante um projecto.
Os grandes objectivos, naturalmente são de entretenimento, de lazer e de amizade, mas sempre com a preocupação de incutir bons exemplos, devidamente acompanhados de respectivas regras e disciplina.
Só por mera curiosidade, algumas das regras; Ter carácter, personalidade e espírito de grupo; Ter a noção da responsabilidade; Ser solidário para com os colegas; Ser participativo, dando ideias construtivas. ajudando o grupo a crescer e a organizar-se; Ter respeito pelo adversário.
Estão definitivamente a crescer, já existe uma pequena estrutura em funcionamento, nomeadamente, dois responsáveis, patrocínios, distribuição de tarefas e responsabilidades para todos os membros, e um exemplar e importantíssimo controle das suas contas.
Pelo conhecimento que tivemos deste ainda pequeno grupo, da forma tão responsável que têm demonstrado em todo o seu trabalho, temos a obrigação de dar uma palavra de apreço e desejar a este (GRANDE GRUPO) as maiores felicidades.


GPS – Rádio Táxis Invicta

São vastos os exemplos de Motoristas, que têm vindo a transmitir os benefícios de que este sistema nos veio proporcionar. Não esquecendo no entanto, que existem naturalmente, algumas situações com necessidade de alguns reajustamentos.

O Senhor José Augusto (135) é proprietário sobejamente conhecido na nossa praça.
Após o sistema GPS ter sido aprovado, continuava a não estar de acordo, ao ponto de pensar na eventualidade de mudar de central. Tudo isso, devido possivelmente ao mau esclarecimento sobre as capacidades e funções do referido sistema.
Entretanto, e depois de ter ponderado convenientemente, solicitou mais informações e decidiu pela montagem, aderindo desta forma ao aprovado por maioria.
Actualmente, o Senhor José Augusto é na realidade um homem ainda mais feliz. E porquê? Porque (e não se cansa de o dizer) :- Aos anos que aqui ando, nunca respondi a tantas chamadas via rádio táxi como agora; Trabalho muito mais e melhor.

PONTO DE ENCONTRO

A BP dos Combatentes é sem dúvida um ponto de encontro de muitos motoristas. E queremos fazer esta referência muito especial, concretamente a todos os funcionários que diariamente nos recebem com muito agrado, eu até atrever-me-ia a dizer… com amizade.

Esta é a forma que encontramos para dirigir uma palavra de apreço e de agradecimento, pelo convívio que nos é proporcionado nos pequenos intervalos para tomar mais um café.

O CUNHA

O Cunha era um bom profissional, gostava muito de conviver com os amigos, Homem de palavra, um pouco nervoso “ fervia em pouca água “.
Circulava na Rua Fernandes Tomás, e ao virar para a rua de Sá da Bandeira, um carro apitava e…
- Vê-se logo que é Taxista! È tudo deles ! Anda mais devagar.
Depois de trocarem alguns piropos considerados normais nestas situações, nem por isso muito agradáveis, cada qual seguiu o seu destino.
Lembro-me de o Cunha contar este episódio com muita convicção e de uma forma muito sua, de referir que os clientes iam para o hospital ver um familiar que tinha tido um acidente,
Pouco mais ou menos um mês depois , recebe uma chamada via rádio táxi, para uma determinada morada. Entra um um casal para o aeroporto mas… O MAIS DEPRESSA POSSÍVEL.
Nem mais nem menos, tratava-se da pessoa com quem tinha tido a tal situação desagradável na rua de Sá da Bandeira. O Cunha nada disse mas seguiu com uma marcha lenta, a pontos de o senhor ter que o chamar a atenção.
- Solicitei ao Senhor motorista o mais rápido possível porque estamos muito atrasados para apanhar o voo,
- O Senhor naturalmente não se lembra de mim, mas lembra-se de um episódio que teve com um taxista na baixa do Porto. Era eu, e o cliente que transportava também me tinha solicitado para o transportar o mais rápido possível. Coisas do destino, o senhor entra no meu táxi e pede para andar o mais rápido possível. E agora ?
- De facto á coisas extraordinárias, lembro-me muito bem da situação. Andamos sempre a aprender , eu peço-lhe desculpa por tudo, mas por favor neste momento preciso de chegar a horas, caso contrário perco o avião.
O cunha aceitou muito bem aquelas palavras e de imediato aumentou de velocidade a ponto de chegarem a horas de apanhar o voo.
Na hora da despedida o senhor fez questão de ficar com o contacto do motorista, para numa outra altura poderem falar com mais tempo. E assim foi muito mais tarde encontraram-se conversaram e ficaram amigos para sempre.

Sumário:

*** Primeiro 2010
*** GPS
*** Apontamentos
*** Ponto de Encontro
*** Símbolo de Os caça Comboios
*** O Cunha
*** Os Levezinhos

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 17

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 17

FELIZ NATAL

Convívio Natalício da Sociedade
“Os Caça – Comboios”

A Sociedade “Os Caça – Comboios”, foi iniciada este ano (2009), em Setembro e tem como objectivo principal a organização de dois convívios anuais. Esta é uma sociedade composta por onze amigos, motoristas de táxi, que resolveram unir esforços para fomentar o espírito de companheirismo e amizade proporcionando bons momentos, com todos sentados em torno da mesma mesa. (De preferência!) O convívio

Natalício, aconteceu no dia 12 de Dezembro. Foi um “Convívio Mistério”, pois a maioria dos sócios não sabia onde iria decorrer, até ao momento em que chegamos ao local. Fomos todos de metro até ao Restaurante “O Malheiro”, em Pedras Rubras. Foi um dia memorável, vivido com verdadeiro espírito Natalício! Boas Festas para todo
“OsCaça-Comboios”

RÁDIO TÁXIS INVICTA
SISTEMA GPS

Existe ainda, quem ande só à procura dos defeitos do sistema, não querendo falar nas vastíssimas virtudes e benefícios de que o mesmo nos proporciona.

Mas contra factos não há argumentos. A previsível e temporária fase decrescente, a que as respectivas alterações assim o exigiram, estão completamente ultrapassadas, quer dizer que em muito pouco tempo todas os objectivos estão a ser concretizados, nomeadamente o numero de chamadas que voltaram ao normal, a maioria dos clientes informam de que já estão a ser atendidos muito mais rapidamente, e a adaptação ao sistema por parte de todos os intervenientes está a ser muito mais eficaz do que inicialmente se previa.

Com a ajuda de dois técnicos permanentes, e em conformidade com as informações enviadas para a central, estão a efectuar alguns ajustes para corrigir algumas situações. Por exemplo; a viatura que rejeitar um serviço na postura, já não passa para último, apenas sofre uma penalização temporária de cerca de três minutos. Está em vias de resolução o problema das posturas quando as chamadas vão ao ar.

Por parte dos motoristas ainda se verifica eventuais esquecimentos de manuseamento quando se ausentam da viatura, mas tudo será resolvido com a experiência e rotina do dia a dia. ATÈ AO FIM DO ANO ESTARÁ A FUNCIONAR A 100%.



Lei 24/2007: Acidentes em auto-estradas
IMPORTANTE:

NÃO SABER ESTE PROCEDIMENTO PODERÁ CUSTAR-LHE CENTENAS OU MILHARES DE EUROS
CONHEÇAM BEM ESTA MATÉRIA
Lei 24/2007: Acidentes em auto-estrada
Como sabem, para quem anda nas Auto-estradas, às vezes aparecem objectos estranhos nas mesmas, como peças largadas por outros veículos, objectos de cargas que se soltam e até animais... coisas que não deveriam acontecer porque as concessionárias são responsáveis pela manutenção. Estas situações provocam acidentes e danos nos nossos veículos, contudo se isto vos acontecer (espero que não) exijam a presença da brigada de trânsito.
Os meninos das auto-estradas vão dizer que não é preciso porque eles tratam de tudo... no entanto e conforme a *Lei 24/2007 , a qual define os direito dos utentes nas vias rodoviárias classificadas como Auto-Estradas Concessionadas *...(tendo em atenção o Art º 12º nº 1 e 2), vocês só podem reclamar o pagamento dos danos à concessionária se houver participação das autoridades!
É uma técnica que as concessionárias estão a utilizar para se livrarem de pagar os danos causados nos veículos.
Por isso, se tiverem algum percalço por culpa da concessionária, *EXIJAM A PRESENÇA DA AUTORIDADE*, não se deixem ir na conversa dos senhores da assistência os quais foram instruídos para dizer *'agora somos nós que tratamos disso e não é preciso a autoridade'*.
* Isto é pura mentira! Se não chamarem as autoridades, eles não são obrigados a pagar os danos e este é o objectivo deles! *
* Façam circular este mail, pois já nos chega pagar valores absurdos pelas portagens quanto mais sermos enganados desta maneira! *
Boas viagens
Origem Dr. Álvaro Caneira (Advogado)
Cuidem-se!

O Tóno

Foi chamado via rádio táxi a uma determinada rua.
Já no local, uma senhora que vestia um belíssimo roupão branco, dirigiu-se ao Motorista.
- Queria que o senhor me fizesse um favor.
- Sim minha senhora.
. Que por favor me fosse comprar dois maços de cigarros e uma garrafa de champanhe do melhor que encontrar, e para pagar leva o meu cartão multibanco, levanta dinheiro e paga.
-Mas … é preciso o código.
- Eu dou-lhe.
- Mas então é melhor a senhora vir também.
- E quer que eu vá neste estado ? (e abre o roupão e só se vê um biquíni e um belo corpo).
- Pode vir assim que não tem problema algum.
- Não, faça-me esse favor…
O Tóno lá foi ás compras, não levantou dinheiro mas pagou com o cartão. Quando chegou ao local não vê a senhora, espera cerca de meia hora e nada.
Entretanto a central chama.
- O senhor demora muito ao local do serviço ?
- Já me encontro no local á muito tempo, não está aqui a senhora e eu não sei em que andar mora.
- Por favor aguarde mais um pouco que a senhora já vai descer.
A senhora desceu, pediu muitas desculpas e logo convidou o motorista a subir para beber uma taça de champanhe … SAIU DE LÁ ÀS SEIS HORAS DA MANHÃ.

49º Aniversário da Raditáxis do Porto

Realizou-se no passado dia 29 de Novembro, no Restaurante “Quinta da Casa do Arco”, em Milheirós – Maia, o Almoço comemorativo do 49º Aniversário da Raditáxis do Porto. Estiveram presentes vários associados da cooperativa e respectivas famílias, assim como diversos convidados ligados ao nosso sector. O Núcleo do Jornal Motoristáxi, felicita a direcção pela excelente organização e deseja á Raditáxis do Porto as maiores felicidades!

2º Convívio de Motoristas de Táxi

Foi no passado dia 21 de Novembro, que aconteceu o 2º Convívio de Motoristas de Táxi da postura de Campanhã. Desta vez o local escolhido foi o Restaurante Abadia em Amares, passando primeiro pelo Gerês e São Bento da Porta Aberta. Foi um dia passado com muito boa-disposição, num ambiente de amizade e companheirismo. O Jornal Motoristáxi, não poderia deixar de felicitar a organização (Sr. Manuel e Sr. Durães) pela iniciativa.

APONTAMENTOS

È normal, nos muitos tempos livres que temos, conversarmos em grupinhos e cada qual vai contando as suas peripécias. Uns que ficaram sem o dinheiro da corrida, outros porque o cliente criou alguns problemas durante o serviço, etc,etc.

Tenho por hábito estar atento a estas conversas até porque surgem sempre situações
Caricatas, muitas das vezes sem o próprio motorista dar conta disso.

Numa dessas tertúlias, registei um pequeno episódio, pese embora não me lembrar de quem o contou;

« Já lá vão uns anos, estava só e a dormitar na postura do Conde Ferreira, de repente sente a porta a abrir e entra um indivíduo muito nervoso. E para espanto do Motorista o cliente estava mesmo em cuecas.
- Senhor ! leve-me a Valongo porque me zanguei com a minha mulher.
- Ò homem isso não são condições de entrar num táxi! O Senhor tem dinheiro?
- Não, mas não se preocupe que depois arranjo.
Tem dinheiro, não tem dinheiro, não está em condições de ser transportado, o referido motorista não efectuou o serviço.»

SUMÁRIO
• Feliz Natal
• Convívio Natalício
• Sistema GPS
• O Tóno
• 49º anivºRáditáxis do Porto
• 2º Encontro convívio Motoristas
• Apontamentos
• Lei 24/2007