sexta-feira, 12 de novembro de 2010

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 27

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 27

ISTO NÃO É VERDADE. É PURA FICÇÃO!

Estamos um grupo de motoristas à conversa numa qualquer postura de táxis.
- Respondi para o hotel MM e quando lá cheguei, já estava um colega a carregar umas malas, fazendo sinal de que ia para o aeroporto, e eu sabendo do que se tratava, pois, pois, mas estás a dar uma comissão ao recepcionista.
- Ó colega tem de ser, se não for eu é outro!
- Isto nunca mais acaba, a culpa é nossa porque não denunciamos estas situações, os recepcionistas são uns mamões, e os motoristas que estão a pagar para fazer uns aeroportos, são egoístas, porque não pensam nos restantes táxis que também têm necessidade de trabalhar e rentabilizar a sua viatura.
- Olha, um dia destes, o colega Y perguntou-me se podia ir com ele ao hotel MM para fazer um aeroporto, mas que tinha de dar 7.00 euros para o recepcionista, e para isso, deveríamos estar à porta do hotel antes uns quinze minutos com o taxímetro ligado para dar a quantia necessária. Claro que respondi “não vou roubar ao cliente para dar ao recepcionista”.
- Sabes o que é! Arranjam bons tachos e depois aproveitam-se para angariar este tipo de serviços. Mas isto foi sempre assim.
- Continuo a dizer que a culpa é toda nossa, porque falamos, falamos, todos sabemos o que se passa, mas ninguém tem a coragem de denunciar. Era fazer um abaixo assinado com um bom
numero de assinaturas e enviar a quem de direito e até às próprias direcções dos hotéis, que dizem sempre que não sabem de nada.

VILA VERDE

Entrou no táxi e em sotaque brasileiro diz ao motorista:
- Senhor, eu queria ir a Valbom, mais concretamente a Vila Verde.
- Está muito bem.
- Sabe Senhor, eu estou no Brasil à mais de cinquenta anos, na altura fugi com uma moça que estava grávida, era casado. E nunca mais vim a Portugal.
- E então ?
- Agora queria ir ao mesmo local, para ver se descubro e se ainda mora no mesmo sitio a que foi minha mulher e também um filho.
- Vamos andando e quando vir que estamos no lugar o senhor diz qualquer coisa, ok?
Entretanto os minutos passaram a já estavam em Vila Verde, agora vire à direita, ali à esquerda e;

- É aqui. O Senhor motorista não me faz um favor?
- Se poder.
- Por favor não batia naquela porta e perguntava se mora ali a senhora Maria Adelaide, e se for, que estava aqui o que foi seu marido, que veio do Brasil e se podia conversar com ela?
- Ó meu caro amigo, o senhor está-me a meter numa alhada.
- Faça-me esse favor.
O Senhor Fernando Santos lá foi, conversou com a senhora, era de facto a mulher do meu cliente, e que foi dizendo que não o queria ver e o filho muito menos.
No entanto lá resolveu ir até ao táxi, não o reconheceu de imediato, cumprimentaram-se de mão, falaram um pouco. Entretanto chega o filho… e… ficou lá em casa.
O motorista não soube de mais nada.

BREVES

  • No dia 30.09.2010 entre as 22.40 e as 23.00 horas, os motoristas e clientes da rádio táxis invicta, puderam, e mais uma vez, ouvir alguns comentários via rádio, inoportunos.
A dado momento o operador de serviço está a dizer ao rt. 150, que não podia ser assim, porque tinha demorado a chegar a um cliente 38 minutos.
É óbvio que não pode ser assim, como é possível um operador deixar um cliente à espera 38 minutos, sem enviar outra viatura ?


  • - Onde é a rua celular em entre quintas ? pergunta um motorista
- Rua celular não conheço senhor motorista… Por acaso não será o Solar Vinho do Porto, o que pretende?
-Então é na rua do Vilar, perto do palácio,

  • A instalação de “Multibanco” nos táxis, já é uma realidade. Ainda são muito poucos na cidade do Porto.
Estão a solicitar viaturas com o referido equipamento.

  • Na postura da Areosa, o Senhor Almeida:
- Então essa tira ainda não foi substituída?
- Pelos vistos ainda não!
Algum tempo depois, chamam o referido veículo via rádio, e é informado de que fica sem comunicações até colocação de uma nova tira da rádio táxis.
Sem mais comentários.

UMA HISTÓRIA AOS QUADRADINHOS !

- Eu quero apresentar uma queixa contra um motorista.
- Então porquê ?
- Simplesmente porque não gostei da cara dele.
- Minha senhora, mas isso não é razão suficiente.
- Ai não? Então vou escrever uma carta a dizer que foi muito mal educado comigo!

O MOTORISTA FOI CHAMADO À CENTRAL

- Então o que é que se passou com esta senhora?
- Não se passou nada, porquê?
- Temos aqui uma carta onde senhora diz que o senhor foi mal educado.
- Deve de haver algum lapso, pois comigo não se passou nada!
- Isso é o que o senhor diz! Não sabe que devemos atender bem os clientes? È sempre a mesma coisa.
- O senhor veja como fala, pois estou a dizer-lhe que não foi nada comigo, que há naturalmente algum engano. E que direito lhe dá e que moral tem o senhor, para falar dessa maneira? Tenha respeito se é que quer ser respeitado. Eu não tenho nada com esse caso, e veja se defende a sua classe convenientemente e com sentido de responsabilidade. O senhor como motorista que é, tem por obrigação de ser sensível a este tipo de situações e conhecer a realidade tanto dos motoristas como também dos clientes. Sabe muito bem que transportamos de tudo, Gente boa mas também pessoas muito más.

O MOTORISTA FOI CASTIGADO EM 5 DIAS NO CORTE DE COMUNICAÇÕES. UMA COMPLETA INJUSTIÇA.

AEROPORTO

O grupo de profissionais de táxi do aeroporto de Francisco Sá Carneiro já existe à seis anos, é composto por empregadores e empregados, num total de 33 elementos, tem como principal objectivo, o convívio e o entretenimento entre todos.
Mesmo contra a vontade dos “ Velhos do Restelo” o agrupamento tem funcionado muito bem, demonstrando uma boa organização, e uma grande vontade de continuar a fomentar o respeito entre todos e a dignidade que todos merecem.
Este ano vão realizar o 6º convívio, acompanhado de uma missa em homenagem ao companheiro Jorge Oliveira, recentemente falecido.


Seriam umas 16,00 horas
, estava na postura da corujeira em primeiro lugar, e reparei que se aproximava do táxi uma jovem que aparentava 18 anos de idade. Muito bem vestida, mas vinha descalça, trazia um par de sapatos na mão.
Entrou no táxi para o banco da frente.
- Então a menina vem com os sapatos na mão ?
- Sabe senhor motorista, as sapatilhas são novas, custaram-me 100.00 euros mas fazem-me inchar os pés.
- E vamos para onde?
- Para o bairro da Pasteleira pela VCI, já não aguento ir de autocarro com os pés neste estado.
Minutos depois chegamos junto do bloco 7 do referido bairro.
- Por favor espera um pouco, vou buscar dinheiro, eu tenho passe e era par vir no autocarro, não contava com esta situação, é só um minuto.
Perante todo aquele cenário, acreditei na jovem, mas… o certo é que depois de esperar quinze minutos vim embora sem receber a corrida.

Obs: Ainda saí do táxi para ver se via alguma coisa, foi quando duas senhoras idosas me disseram que Ela não tinha entrado no bloco. Posteriormente tive conhecimento que já tinha acontecido o mesmo a um colega de S.Roque.

Fernando Loureiro RT 388

Entrou na postura das carvalheiras às 14.30 horas, bem vestida, aparentava 20 anos de idade.
- Senhor Motorista, queria ir para Macedo de Cavaleiros, e é para regressar novamente ao Porto, porque só vou buscar a minha irmã.
O Quim não hesitou, e segue em direcção ao referido local.
Durante a viagem conversaram normalmente, o suficiente para não levantar quaisquer tipo de suspeitas, sempre muito simpática, muito compreensível, muito bem falante, enfim, tudo corria de acordo com as normas do bom comportamento, merecendo desta forma uma total confiança.
Em Macedo de Cavaleiros a irmã entrou no táxi e regressamos ao Porto, durante a viagem nada de especial se passou, as duas conversaram muito e de tal forma, que mais reforçou a ideia do motorista, de que se tratava de pessoas educadas e responsáveis.
Já no Porto, fomos directos às bombas da GALP do parque da cidade.
- Aguarde um pouco que vamos levantar dinheiro e ao quarto de banho. Trezentos euros chega Senhor motorista?
- Chega menina !
Entraram nas bombas, saíram para ir ao quarto de banho, voltaram a entrar para entregar a chave, o Quim aguarda 5 minutos, 10 minutos e vai às bombas. Não vê ninguém fala com o funcionário e confirma que foram à casa de banho mas que depois saíram. Procurou e voltou a procirar mas nada.
Ficou sem 243.00 euros da corrida, 7.40 euros de portagem, e toda uma frustração após cinco horas de serviço sem qualquer recompensa.

CADA VEZ MAIS É PRECISO FAZER PREVENÇÃO.

“Hoje é dia 13!”

Sim, digo bem, “hoje é dia 13”!! E só por coincidência o que aqui escrevo poderia coincidir com o facto de hoje ser dia 13.
Mas o que pretendo com isto dizer?
Eu passo a explicar…
Há muito que não encontrava um Amigo, ou melhor, dois Amigos. É verdade, nesta quarta-feira, 13 de Outubro de 2010, num daqueles intervalos entre o fim de um serviço e o começo de outro, tive o prazer de tomar um café com o amigo Rui Teixeira, aproveitando para pôr um pouco da conversa em dia, já que não raras as vezes, não sobra tempo para almoçar, quanto mais para “dois dedos de conversa”.
Entretanto, o dia continuou a desenrolar-se, não terminando sem que outro amigo me convidasse também para um cafezinho. Aceitei com agrado, pois também já há muito tempo que não nos encontrávamos.
Este fez questão de me oferecer alguns n.ºs deste jornal, os quais não recusei. Por sua vez, lançou-me o desafio de escrever um artigo para este jornal, embora eu lhe tivesse dito de imediato que não dispunha de muito tempo. No entanto, quando se quer, tudo se consegue…desde que pensemos positivo. E digo isto, porque da análise que fiz às edições anteriores cujos artigos foram, à semelhança deste, redigidos por motoristas de táxi, que assim vão colaborando na realização deste jornal, constatei que os seus desabafos/ lamentos estão carregados de uma carga emocional fortemente negativa, não favorecendo em nada o seu desempenho no dia à dia desta actividade, já de si árdua.
Assim, quantos só pelo facto de algo não lhes correr tão bem como desejariam, não pensaram que tudo lhes estava a correr mal por se tratar de um dia 13.
Pensamento positivo é preciso, já!
Este foi para mim um grande dia, pois apesar de todas as vicissitudes deste “ramerrame”, acabei por reencontrar dois amigos.
É preciso ter sorte!
E o que dirão aqueles 33 mineiros, que estiveram presos debaixo do solo, e só ao fim se 69 dias conseguiram ser salvos? Não terá sido também para eles um grande dia 13?!
Há que pensar positivo!
Se assim o fizermos certamente que conseguiremos viver melhor o dia a dia!
Bem-haja ao Amigo Henrique Teixeira, por ao longo destes dois anos do “Jornal Motoristáxi” dar voz aos desabafos dos seus colegas de profissão.
H. Cardoso

O NOSSO JORNAL

Continua a superar todas as nossas expectativas.
O retorno positivo que temos obtido, leva-nos a concluir, que na verdade o jornal motoristáxi, tem contribuído na promoção do debate de ideias, e por conseguinte na salutar discussão de vários problemas que de alguma forma afectam o nosso sector.
É bom, e mais motivação nos dá, ao saber que forças vivas do nosso sector, estão a trabalhar de forma possível, em algumas questões abordadas pelo nosso pequeno jornal.
Agradecemos a todos, que de formas diferentes, têm contribuído para esta realidade.



SUMÁRIO

  • Isto não é verdade.É pura ficção
  • Fernando Loureiro
  • A Vila Verde
  • Joaquim Carvalho
  • Breves
  • “Hoje é dia 13” de Henrique Cardoso
  • Uma história aos quadradinhos
  • O nosso Jornal
  • Aeroporto

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 26

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 26

JÁ ESTÁ A CONTAR ?

Esta é muito recente.
Recebo uma mensagem para serviço ao hotel teatro.
Estaciono, um casal entra na viatura, ao mesmo tempo um funcionário do referido hotel diz:
- Senhor motorista é para Leça da Palmeira ao restaurante Mauritânia
- Peço desculpa mas não sei exactamente onde fica o restaurante, se for possível a morada agradecia.
Abre a porta de trás e fala com os clientes (só aí me apercebi de que eram espanhóis) e pede um papelinho onde estava escrita a morada. Fecha a porta, coloca-se ao lado da viatura, estou a digitalizar a morada no GPS e diz o referido funcionário;
- Olhe ! mas isso já está a contar?
- Olhe ! mas você também já manda aqui? Faça o seu serviço que eu faço o meu.
E mais não disse por atenção aos clientes, segui viagem, os passageiros foram extremamente simpáticos, dialogamos todo o percurso, e o mais curioso é que iniciamos a conversa com o que Eles chamaram de completa ingerência no meu serviço por parte do empregado do hotel.
Não faço ideia do que paira no ar. Mas com o tempo, com muita paciência, com muita persistência, e com a ajuda de todos os motoristas, naturalmente vamos desmistificar toda esta situação para bem da dignificação da nossa classe.
Não podemos nem devemos deixar criar situações humilhantes. Quem quer ser respeitado tem de respeitar.

O NOSSO JORNAL

É com enorme prazer e com algum orgulho, que informamos todos os nossos leitores de que aumentamos a tiragem para 700 exemplares. Isto só é possível porque angariamos mais um patrocínio.
Agradecemos a todos os nossos amigos que têm colaborado na distribuição e divulgação, solicitando um esforço adicional para conseguirmos fazer chegar o nosso jornal ainda a mais motoristas.
Continuamos abertos às vossas críticas, às vossas sugestões, assim como também às vossas histórias e episódios que queiram divulgar.

ONDA DE APOIO

Congratulámo-nos com os 53 e-mails recebidos, todos referentes ao nosso ultimo jornal ( nº25) onde se pode constatar uma forte onda de apoio, que nos incentiva ainda mais, a combater desta (humilde) forma, as injustiças que se vão praticando, concretamente na rádio táxis invicta.
De salientar que 11 são referentes a utentes de táxis e 18 referentes a motoristas das áreas limítrofes. No Facebook obtivemos duas reacções sobre o tema. No jornal online verificamos várias consultas. Muito obrigado.

AVERBAMENTO DO GRUPO 2

O Gaspar Silva no dia 01.03.2010 deslocou-se aos balcões do IMTT, delegação Norte, com o objectivo de proceder ao averbamento do grupo 2 na sua carta de condução.
Para o efeito foi munido com foto cópias de um atestado médico e do relatório de avaliação psicotécnica, que já tinha apresentado em 30.08.2009 para renovação da sua carta de condução.
A resposta que lhe foi dada pela funcionária, é que tinha de tratar de novos documentos, nomeadamente de novo atestado médico e novos psicotécnicos.
Naturalmente não convencido da veracidade da resposta, no dia 08.03.2010 envia uma carta para a delegação Norte anexando toda a documentação, expondo desta forma toda a situação e a sua discordância perante tais factos. A resposta foi novamente negativa.
Não conformado, no dia 05.04.2010 envia nova carta, mas desta vez para o IMTT – LISBOA, anexando toda a documentação, mais a correspondência trocada com a delegação Norte.
No dia 31.08.2010 recebe um ofício com uma resposta afirmativa e muito elucidativa, informando que pode solicitar o referido averbamento sem apresentação de novo atestado médico e avaliação psicológica.

Nota: É exemplo para casos idênticos. Estamos disponíveis para ajudar no que for preciso.

3º Encontro Convívio de Profissionais de Táxi (Campanhã)

Foi no passado dia 18 de Setembro, Sábado, que se realizou o 3º Encontro de Motoristas de Táxi de Campanhã, organizado pelo Sr. Durães (rt299) e pelo Sr. Manuel (rt394). Desta vez o local escolhido foi Sernancelhe, mais concretamente o Santuário de Nossa Senhora da Lapa. A viagem foi feita de autocarro que partiu de Campanhã, com paragem em Amarante, Moimenta da Beira, Sernancelhe para o Almoço, Albergaria para lanchar e regresso ao Porto. Um dia extraordinário que certamente todos os 32 convivas que nele participaram jamais esquecerão.
O Núcleo do JM, felicita todos os participantes e a sua organização.


Estava na postura dos clérigos. Já passava da 01.00 horas da manhã quando recebi uma mensagem no terminal para ir ao hotel Peninsular, podem crer que não demorei mais de 15 segundos.
Já estacionado no local, vi a recepcionista, olhei para Ela, naturalmente que também viu o táxi à porta. Mas como não vi ninguém a vir, fui ter com a referida recepcionista e perguntei se chamaram uma viatura, ao que me respondeu que não tinha chamado nenhum táxi.
Pensei até que o hotel fosse um ponto de referência para algum outro utente.
Venho para me dirigir à viatura, estou com a mão na porta para sair, a mesma diz:
- Ó Senhor à momentos estava aí à porta um cliente com umas malas que era para o aeroporto e eu disse-lhe para se meter num carro da invicta.
- Afinal como é ! Então á momentos disse-me que não chamou carro algum e agora diz-me que afinal estava aqui um cliente para o aeroporto?
Ao fazer esta observação, Ela juntamente com outra colega que estava no local, riram-se numa forte gargalhada, e eu respondi:
- Estão a rir-se de mim ? Vocês não pensem que ma convenceram, venceram-me mas não me convenceram. Saí do hotel e vim embora.
Informei a central, o operador disse para vir embora e proceder no terminal em conformidade com a situação, e assim dei o caso por finalizado.
E quando menos esperava, sou convocado para ir à central, pensei logo que fosse sobre o referido episódio. Senti-me enxovalhado tanto no hotel como na central. Apanhei 10 dias sem comunicações, injustamente.
No dia 08.09.de 2010 às 00.10 horas, fui dos clérigos ao hotel Teara fazer um serviço com una clientes da Galiza, pagaram e segui viagem. Minutos depois a central pergunta quem fez esse serviço, informei que fui eu, o motivo era uma pasta que tinham deixado ficar que continha muitos documentos e muito dinheiro, fui entregar como é meu dever, Mas para isto não tive por parte dos responsáveis da rádio táxis invicta, uma palavra de apreço e de agradecimento. O bom nome da central que tanto defendem, também deve ser visto pelas coisas positivas. Claro… não é necessário “Julgamento”.
MANUEL SEABRA RT. 552 (Inv)

SEGURANÇA

Continuam a aumentar os assaltos e o não pagamento de serviços prestados. Os conflitos com clientes (nocturnos) são permanentes.
O que fazer? A título de curiosidade, gostaria de informar de que os novos carros patrulha da PSP, já estão montados com separador.
Insistimos neste tema, porque de facto é insustentável a insegurança em que os profissionais de táxi têm de trabalhar.
Também é verdade que a culpa é muito nossa, do nosso sector, não temos coragem de trabalhar sem preconceitos por uma causa, e quando o fazemos, é sempre na base do “politicamente correcto” , uns almoços aqui, uns jantares ali. Umas cartas prá li outras cartas prá colá, umas deslocações ali outras deslocações acolá. Enfim ! Isto e somente isto !
È extremamente importante a prevenção, assim como também a informação e a participação de ocorrências para uma correcta e melhor avaliação do aumento deste tipo de criminalidade.
Somos todos nós, motoristas por conte própria ou por conta de outrem, que temos a obrigação e o dever de solucionar este tão grave problema.

BREVES

Uma determinada viatura táxi estava na postura da Marechal, atende o telefone:
- Estou, faz o favor.
- Queria um táxi aqui para Matosinhos.
- O senhor desculpe, mas está a falar para a postura da marechal no Porto.
- Eu sei, embora viva em Matosinhos, sou natural da foz, acontece que fiz uma marcação para a rádio táxis Invicta, já estou à espera à quinze minutos, já tentei ligar e ninguém me atente e preciso de um táxi urgente para me levar à estação de Campanhã.
- Mas se vou para aí e entretanto aparece a outra viatura como vai ser ?
- O senhor venha por favor o mais rápido possível, e esteja descansado que eu espero pela sua viatura, já não vou no outro.
O colega apanha o cliente, e dirige-se para Campanhã, no caminho o mesmo tenta umas duas vezes ligar à central mas nada.
Já na Estação, e ainda dentro do táxi, o Senhor recebe uma chamada da invicta a dizer que o transporte estava à porta, ao qual respondeu que já estava em Campanhã.

No dia 21.08.2010 determinada viatura, foi chamada ao hotel AC Porto, esteve cerca de 10 minutos à espera do cliente, como não aparecia ninguém o respectivo motorista dirigiu-se educadamente à recepção. A resposta que obteve foi de que o cliente que tinha chamado o táxi tinha ido novamente para o quarto, tentou ligar ao mesmo mas ninguém respondeu.
O motorista ficou sem o dinheiro da deslocação, perdeu sensivelmente 20 minutos. Por sua vez o recepcionista que viu o táxi durante 10 minutos à porta do hotel e sabendo da situação não teve a hombridade e o profissionalismo necessários de vir avisar o motorista de táxi do que se estava a passar. Quis lá saber do táxi.

Respondi da provisória postura da corujeira para o Bairro Engº Machado Vaz, por motivo de obras na rotunda do mercado da fruta, fui dar uma enorme volta.
Uma cliente para o Bairro S. João de Deus, marcava no taxímetro 3,85 euros, pediu para esperar um pouco. Nunca mais apareceu e assim fiquei sem o dinheiro de mais uma corrida.

Por duas vezes aceitei serviço para a travessa da Póvoa ( um tasco) a primeira tive de vir embora porque o individuo ( embriagado) e ainda sem entrar no táxi, já estava a insultar a classe (que são todos uns ladrões), a segunda depois de fazer o serviço ficou a dever três euros. È de ir lá novamente? Claro que não.

Quatro indivíduos jovens do bairro / rua das Antas, entraram no táxi para a zona industrial, barulho infernal, insultam motorista, na VCI carregam na tecla da tarifa três, o motorista desmarca imediatamente, vai em P até ao local, depois já querem ir para Matosinhos mas que não vão pagar a corrida, etc,etc.
Finalmente o motorista para na polícia, as cenas habituais e o colega perde tempo e fica sem mais cinco euros e qualquer coisa.

RÁDIO TÁXIS INVICTA E SISTEMA GPS

Fazendo uma breve análise ao comportamento de todos os intervenientes, criticando o que em minha opinião está mal, é, e para quem ainda tem duvidas, sempre com objectivos positivos e construtivos.
1º. – Ainda existem muitos motoristas, pensam que sabem trabalhar com o monitor mas na realidade têm muitas dificuldades. Seria necessário uma campanha de contacto individual, para tirar todas essas dúvidas. Os motoristas deveriam fazer um grande esforço de falarem para a central só em ultimo recurso (a determinar), e não estarem “por dá cá aquela palha” a chamarem e a interromper a central.
2º. – Os operadores, salvo alguma excepção, continuam a dar ideia para o exterior, de que ainda não aceitaram as regras do novo sistema, dando a entender que querem continuar com o antigamente, estando de alguma forma a travar a funcionalidade das capacidades do sistema.
E exemplo disso, foi um operador dizer via rádio “ Não estou para enviar mensagens “.
Os operadores conseguem com este sistema, falar mais do que a ráditáxis que ainda tem o sistema de voz, isto é dum paradoxo total.
Os operadores continuam a pedir viaturas, em ofertas e por voz, durante cinco e dez minutos, ao fim desse tempo quando uma viatura responde é de longe, são necessários pelo menos mais dez minutos, a viatura aparece ao cliente após vinte minutos de chamar um táxi, o que acontece? Quando chega não tem cliente, e quando tem é o motorista que vai ouvir das boas e sem culpa nenhuma.
Os operadores só deveriam dar alguma explicação ao motorista, quando solicitado e nunca voluntariamente, porque desta forma está a ocupar o seu tempo, e a interferir no trabalho que é exclusivamente da responsabilidade do condutor.
Os operadores continuam a falar para os motoristas, como se estivessem a falar para crianças da escola primária mas do antigamente, porque actualmente e felizmente já não é assim. È que, da forma que falam, só desorientam ainda mais a pessoa que está ao volante duma viatura.
Deveriam e têm obrigação de perceber, de ter o mínimo de sensibilidade para com esta questão.
3º. ¬– Os responsáveis, concretamente a direcção, em primeiro lugar deve ter a capacidade e a inteligência necessárias, para se capacitar de que estão a gerir uma central de rádio táxis com apenas duzentas e poucas viaturas e não quinhentas.
O que é que eu quero dizer com isto? Que estão limitados na oferta, é tão simples como isto.
Naturalmente já perceberam, e eu sei que sim . Como é possível com toda esta limitação de oferta, criar novas formas de castigos, para assim ter ainda menos viaturas ao serviço, e satisfazer ainda menos as necessidades dos clientes? Às vezes não entendo.
Para efectuar acções pedagógicas, claro que dá mais trabalho, é preciso mais poder criativo, é necessário mais inteligência na concretização, obriga a uma demonstração de capacidade intelectual dos responsáveis.
Mas estou convicto de que este é o caminho certo.
Temos vindo a assistir, ao que todos já chamamos de uma completa obsessão da direcção pelos serviços nos hotéis. Ao ponto de castigarem só por um mero telefonema de um recepcionista que diz o que lhe vai na alma, e que a direcção está disposta a acreditar cegamente nas respectivas versões.
Quero lembrar de que quando se fala em castigo é simplesmente o corte de comunicações, o visado pode continuar o seu trabalho pela cidade dentro, e em vez de esperar só tem é que procurar, tão simples como isto.
O problema é a postura e o carácter das pessoas perante este tipo de “queixas”. O lema é; não gosto daquele “tipo” vou telefonar.
E já que estou abordar este problema dos hotéis, e tendo em conta que os responsáveis se estão a basear no facto “ do mau nome ou bom nome da central” o que se vai fazer aos táxis da invicta que efectuam serviços, cujo os recepcionistas recebem comissões por cada aeroporto ou outro serviço para fora? será que também têm discutido esta questão com os responsáveis ? È que por acaso a maioria dos serviços que o táxi “comum” faz aos hotéis é quase sempre para a ribeira e arredores. Por quê e para quê tanta obsessão e servilismo por estes serviços ? Se tudo correr normalmente e sem habilidades as recepções só têm que solicitar um táxi. Quem eventualmente pode julgar o comportamento do condutor é realmente o cliente a quem se vai prestar o serviço e não o intermediário. Ou existe outros interesses?
REJEITAR tem sido um quebra cabeças para os responsáveis, não avaliaram atempadamente esta questão. Por exemplo, antes deste sistema muitos de nós respondíamos a uma média de dois / três serviços por turno, hoje respondem a três vezes mais, o que é muito bom. Antes rejeitávamos antecipadamente, hoje rejeitamos os mesmos serviços mas posteriormente, qual a dúvida e qual o problema?
O decreto – Lei nº 251 / 98 de 11 de Agosto, no artigo 17º parágrafo 2 diz: podem ser recusados os seguintes serviços: A) Os que impliquem a circulação em vias manifestamente intransitáveis pelo difícil acesso ou em locais que ofereçam notório perigo para a segurança do veículo, dos passageiros ou do motorista. B) Os que sejam solicitados por pessoas com comportamento suspeito de perigosidade.
É gravíssimo, que a direcção só esteja a ver o problema “REJEITAR” na óptica de despachar serviço de qualquer maneira e feitio, existem valores muito mais importantes, nomeadamente a segurança física de quem anda a trabalhar, e que infelizmente a única forma de combater a insegurança é precisamente a prevenção. Qualquer responsável, qualquer gestor, tem que ser sensível a estas questões, caso contrário é um mau responsável e mau gestor.

SUMÁRIO

  • Já está a contar ?
  • O nosso jornal
  • Onda de apoio
  • Averbamento Grupo 2
  • 3º.Encontro convívio profissionais de táxi
  • Manuel Seabra
  • Segurança
  • Breves
  • Rádio Táxis Invicta e sistema GPS

terça-feira, 31 de agosto de 2010

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 25

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 25

QUEM FICA INDIFERENTE A UMA COISA DESTAS ?

A central da rádio táxis invicta envia uma viatura ao hotel Infante Sagres. Chegada ao local e após aguardar cerca de um minuto, o porteiro trás umas malas para carregar, o motorista ajuda a colocá-las no porta bagagens que entretanto fica cheia.
Porque ainda faltava algo o Senhor voltou à recepção, quando volta, inesperadamente começa a tirar as malas dizendo que já não é para ir porque o serviço era para outra viatura. Posteriormente constatou-se de que o horário de transporte do cliente é que era para mais tarde.
O motorista, sabendo o que habitualmente se passa nestas circunstâncias, naturalmente ficou um pouco nervoso, e então pediu o pagamento da importância que marcava no taxímetro que já era de 5.15 euros.
Não pagaram. Entretanto a recepção do hotel de imediato telefona para a central a informar a situação. Por sua vez a mesma entra em contacto com o motorista dizendo que se responsabiliza pelo respectivo pagamento.
O Senhor José Quezada completamente de acordo, abandona o local e seguiu o seu trabalho.
O que não deixa de ser uma completa ingerência no trabalho dos outros. A central não pode nem deve interferir neste tipo de situações. Existe instituições e organismos próprios para tratar destes assuntos.
Dias depois. Foi incompreensivelmente convocado para se apresentar na central para responder por tais acontecimentos, novamente nervoso e revoltado só pela própria convocatória, uma vez que não haveria motivo nem justificação para tal.
Embora aconselhado a não comparecer, porque quando se trata de injustiças as pessoas muito naturalmente ficam revoltadas e por conseguinte nervosas, e estas situações são aproveitadas por responsáveis quando em “julgamento” para castigar estatutariamente as pessoas por faltarem ao respeito dos directores. Não tendo estes, qualquer tipo de preparação nem a sensibilidade necessária de apreciar convenientemente o actual estado de espírito do motorista em questão. Assim e desta forma, mais um motorista foi castigado com 5 dias de suspensão de todas as comunicações. E não recebeu a referida importância.
Depois de saber o resultado, despediu-se informando a entidade patronal, que devido a tamanha injustiça não queria trabalhar mais com a rádio táxis invicta.

NINGUÉM FICA INDIFERENTE

QUAL O PROCEDIMENTO CORRECTO DA RECEPÇÃO DO HOTEL INFANTE SAGRES ?

Depois do táxi à porta, depois das malas no porta bagagens, depois do taxímetro estar ligado, depois de saber que o motorista tem de prestar contas à sua entidade patronal, depois de saber os “esquemas” existentes. Só tinha uma Solução.
- Senhor Motorista. Pedimos desculpa mas
ouve um lapso de nossa parte. O cliente só quer o táxi daqui a uma hora, o Senhor pode vir fazer esse serviço?
TÃO SIMPLES COMO ISTO ! E NATURALMENTE FICARIA TUDO FORA DE QUALQUER SUSPEIÇÃO, E TUDO FICARIA RESOLVIDO A CONTENTO DE TODOS.

NÃO É COM REPRESÁLIAS E COM AUTORITARISMO QUE A RÁDIO TÁXIS INVICTA RESOLVE OS PROBLEMAS

Ao contrário do que está a acontecer por parte da actual direcção da rádio táxis invicta, os
motoristas devem ser estimulados e respeitados como tal, pois só assim é possível contribuir para um melhor funcionamento da central.
Nas actuais condições, onde se pode negativamente verificar de tudo um pouco, nomeadamente na ingerência de assuntos que nada tem haver com a gestão de uma rádio táxis, nas hostilidades, nas represálias, nas faltas de respeito, nas injustiças cometidas nos castigos aplicados, tudo isto só tem efeitos contrários no presente e no futuro.
Da forma como esta direcção está a actuar, só pode abrir o apetite para “REJEITAR” seja o que for, mais concretamente no atendimento das mensagens de serviços.
Todos precisamos uns dos outros, a direcção não precisa do apoio dos motoristas? PAREM. ESCUTEM, E OLHEM. – TANTA COISA POR FAZER NA REGULARIZAÇÃO DO NOVO SISTEMA !

Convívio de Profissionais de Táxi em Granja do Tedo

Este ano foi a 24 de Julho o já famoso passeio organizado pelo colega Rodrigues (Rt226).
O local escolhido foi novamente Tabuaço, mais concretamente na Granja do Tedo.
Neste local aprazível, junto ao rio e em contacto directo com a natureza, os convivas, como já é tradição, jogaram á bola, nadaram e acima de tudo comeram e beberam em ambiente de grande companheirismo.
É já o 19º aniversário deste convívio, que esperamos se prolongue por muitos e longos anos.
O núcleo deste Jornal, felicita todos os profissionais que fizeram questão de estar presentes em mais esta saudável iniciativa.

JOSÉ ANTÓNIO

Fui convocado para estar na central no dia 14.08.2010.
Entrei na sala dos réus, à minha frente e atrás das suas secretárias estava o júri.
Reinava uma certa boa disposição, de que eu chamaria de “PSICO” mal disfarçada.
Pelo que me apercebi o problema tinha haver com o novo sistema, logo pensei que me iriam explicar como deveria actuar em algumas situações que eventualmente ainda não tenha conhecimento, pois como devem calcular o que é fácil para uns, pode ser difícil para outros, e não nascemos ensinados, para aprender temos de ter quem nos ensine.
Começaram por me chamar a atenção das muitas chamadas REJEITADAS, como não poderia deixar de ser, respondi que do meu trabalho, eu é que sei e por isso vou rejeitar todas as chamadas que muito bem eu entender, e que a central não deve interferir nestas questões.
Posteriormente foi o problema de quando vou jantar, disseram-me que tinha de finalizar o sistema, ao qual respondi que de facto só desligava o aparelho não fazendo ideia que seria necessário efectuar a operação finalizar. Mas fiquei esclarecido e para futuro é assim que irei proceder.
Qual o meu espanto e porque nunca me passou pela cabeça, fui castigado em 5 dias sem comunicações. Como ainda não existe estatutos para a nova realidade, fizeram uma nova interpretação dos antigos, correcto? É UMA INJUSTIÇA !

JOSÉ ANTÓNIO – RT 374 Inv.

REJEITAR

No mês de Maio do corrente ano abordamos este assunto, com o claro objectivo de fomentar a discussão democrática, e também contribuir com algumas “dicas” no sentido construtivo.
Com o visível agravamento da situação, motivado talvez pela nítida obsessão de “quero posso e mando” voltamos novamente e com os mesmos objectivos.
Primeiro, antes da entrada em vigor deste novo sistema foi distribuído um questionário, que a dada altura perguntava quais os locais que não queria responder. Esses dados deveriam ser fornecidos ao sistema para agir em conformidade, e desta forma minimizar as rejeições nos registos estatísticos.
Segundo, os motoristas sempre rejeitaram o serviço que por variadíssimas razões não queriam fazer. Só que no sistema anterior o operador primeiro dizia qual a morada e só respondia quem queria, dentro da respectiva ordem.
Terceiro, por razões de segurança e de prevenção, e porque os motoristas conhecem muito bem os locais das chamadas e dos problemas que muitas das vezes daí advêm, têm sem sombra de quaisquer duvidas, de ter autonomia inquestionável de querer ou não responder a determinado serviço. NÓS É QUE TEMOS QUE ZELAR PELA NOSSA SEGURANÇA, mesmo que imputamos responsabilidades para a central o mal é sempre de quem sofre ou de quem vai.

Rádio Táxis Invicta e o sistema GPS

Sempre fui e continuo a ser um acérrimo defensor do sistema GPS.
Ainda numa fase de pré-montagem do referido sistema, foi distribuído uma série de literatura informando das muitas e muitas capacidades do mesmo, posteriormente tenho consultado e pesquisado sobre o tema, nomeadamente duas consultas internacionais, confirmando desta forma, todas as vantagens do sistema para o trabalho específico de uma rádio táxis.
Claro que este meu singular e modesto trabalho, não é mais do que uma realização pessoal. No entanto reforça a minha opinião ( naturalmente controversa ) essencialmente em dois pontos; Primeiro, e tendo em conta a dimensão da cidade do Porto e a dimensão das duas centrais, seria benéfico a junção das duas rádio táxis, tecnicamente e economicamente muito melhor quer para os utentes quer para os motoristas. Segundo, uma clara demonstração por parte dos responsáveis da rádio táxis invicta de incapacidade de colocar em funcionamento as reais capacidades tecnológicas do referido sistema. Criando desta forma novas e inéditas situações problemáticas, que seriam impensáveis se aproveitada, conforme predefinido, toda a componente tecnológica.
Inicialmente, embora com alguns problemas, podia-se constatar a tecnologia aplicada. Actualmente… tudo ou quase tudo, tem de ser processado manualmente. Pessoalmente não tenho nada com isso, mas um investimento desta envergadura deverá ser para usufruir de todas as possibilidades, não complicando mas sim facilitando todo o nosso trabalho.
Devemos ter em atenção, que os trabalhadores por conta própria ou por conta de outrem, trabalham 12 horas por turno, muitos sem descanso semanal, muitos sem férias e muitos com um salário que todos sabemos como é. Para além de mais, temos de somar o desgaste, a saturação, e todo o stress que esta profissão provoca.
Com tudo isto será que merecemos ter 42 posturas manuais, onde somos obrigados e lembrarmo-nos de marcar manualmente a nossa posição? E quando temos necessidade de sair sem serviço desmarcar novamente a posição? Com a agravante, de se ter criado mais uma situação para nos chamar a atenção e eventualmente quem sabe, de nos castigar? Ou estão a criar casos para efectuar os tais “Julgamentos” que os nossos responsáveis não querem abdicar, numa demonstração de poder? Só é possível 21 posturas automáticas ? Não esquecendo a alteração nas ofertas, cuja formula encontrada é de “ bradar aos céus ”, mesmo assim deveria ser feita via monitor, tudo é possível via monitor. Sempre pensei ( e até foi notícia em toda a comunicação social ) de que iríamos deixar de ouvir o rádio, o que está a acontecer é precisamente o contrário, por vezes até ficamos com a nítida ideia de que, a ráditáxis do Porto que ainda está a trabalhar com o sistema de voz, consegue falar menos do que a rádio táxis invicta com o sistema GPS.
Por ultimo queria dizer que deveriam de apostar na QUALIDADE DO SERVIÇO em detrimento da quantidade de serviço, porque mesmo esta aposta é muito má, se verificarmos um considerável aumento de serviços em que não temos clientes, isto também devido à falta de qualquer tipo de TRIAGEM das respectivas chamadas. O lema da central é “já vai seguir a viatura”.

SUMÁRIO

  • QUEM FICA INDIFERENTE A UMA COISA DESTAS ?
  • QUAL O PROCEDIMENTO CORRECTO
  • CONVÍVIO
  • NÃO É COM REPRESÁLIAS
  • REJEITAR
  • JOSÉ ANTÓNIO
  • R.T.INVICTA / SISTEMA GPS

terça-feira, 27 de julho de 2010

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 24

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 24

2º. ANIVERSÁRIO

Foi em Julho de 2008, são 24 meses consecutivos.
Repetindo o que dissemos à dois anos, quando do início, e o que dissemos à um ano, quando do 1º aniversário, queremos mais uma vez reafirmar de que não temos qualquer pretensão de enveredar pelas situações técnicas e jurídicas, isso faz parte das obrigações e deveres das respectivas associações do nosso sector.
Têm sido muitas as propostas recebidas, para inserirmos no nosso jornal informação jurídica e esclarecimentos técnicos, ao qual temos respondido não ser essa a nossa vocação, para além de, não estarmos devidamente habilitados.
O nosso “Jornalzinho” está mais virado para o entretenimento e para a divulgação de pequenas episódios que fazem parte do nosso dia a dia com os utentes. Simultaneamente fomentar a discussão na praça publica sobre os vastos problemas com que nos vamos deparando.
E porquê? Porque esta iniciativa continua a funcionar como um passatempo, muito embora com a responsabilidade e coerência que naturalmente lhe é exigida.

O NOSSO JORNAL

Passados estes dois anos, vemo-nos na obrigação de fazer um pequeno balanço e porque não uma auto crítica?
Estamos plenamente convictos, eu até diria positivamente convictos, de que não agradamos a todos, acreditem que ficava muito triste, se eventualmente este passatempo tivesse unanimidade, era muito mau.
De quando em vez, lançamos umas achas para provocar a discussão, e desta forma contribuir para uma melhor clarificação dos respectivos temas. Para uns é bom para outros menos bom. Mas é assim que se vive num estado de direito, democrático e de livre expressão.
Quando demos inicio a este pequenino jornal, era inimaginável a importância que actualmente esta iniciativa já tem, muitas solicitações, muitas mensagens, muitas propostas, muita participação e muitos colaboradores, é de facto um relativo êxito.
Ao longo de todo este tempo, cometemos algumas gafes e demos alguns erros ortográficos. Muitas das vezes as foto copias não são o desejável, mas são o possível. Por tudo isto apresentamos as nossas desculpas.
Não podemos melhorar a qualidade porque não temos recursos financeiros para isso, mas vamos continuar porque a motivação é muito grande.

SEGURANÇA
ASSALTOS E NÃO PAGAMENTOS

Durante este período de 24 meses, abordamos o referido tema 15 vezes, e fizemo-lo, porque se trata realmente de um problema muito sério, e que faz parte das preocupações diárias de qualquer motorista.
Sabemos das dificuldades de entendimento para uma eventual resolução. Sabemos da existência de legislação que permite a instalação de qualquer sistema por parte dos proprietários.
Vamos continuar a escrever sobre segurança, sempre com objectivos construtivos.
Entretanto, a PREVENÇÃO é muito importante, acompanhada de sistemáticas acções pedagógicas.

HISTÓRIAS E EPISÓDIOS COM UTENTES

O Objectivo deste jornal, foi e continua a ser, transmitir os pequenos episódios e as grandes histórias que se nos deparam no dia a dia. Foi o tema inicialmente escolhido por nós, que vamos dar continuidade dentro do possível. Naturalmente, existem pessoas que dizem que deveria ter notícias com carácter mais informativo, mas não é essa a nossa vocação. Deixamos esse tipo de informações para quem de direito, e já agora que o façam mensalmente.
Durante estes dois anos publicamos 55 acontecimentos com muitos protagonistas, dando a conhecer desta forma a nossa realidade.
Queremos continuar a contar as vossas histórias, estamos completamente disponíveis, contamos com a vossa participação.

GRATIFICANTE

Ao transportar um cliente, muitas das vezes os motoristas não dão muita importância ao diálogo entre ambos.
Pessoalmente, estou sempre atento aos assuntos em questão, é uma forma de estar, mas que me dá, muitas das vezes a possibilidade de concluir algumas ideias sobre o nosso trabalho.
No caso concreto, a Senhora entrou numa postura, e:
- Peço desculpa ao Senhor motorista, mas aconteceu-me uma coisa que nunca me tinha acontecido com um táxi, e até fiquei um pouco assustada e desconfiada, hoje em dia tudo me parece perigoso.
- Então o que foi minha Senhora?
- Vinha para apanhar um táxi, entretanto estava a passar um e fiz paragem, o mesmo parou mas verifiquei que trazia uma outra pessoa, e o motorista perguntou para onde ia, e que era só deixar o colega em casa e que depois me levava ao local. Eu disse que estava com muita pressa e que não queria uma situação daquelas, pois não sabia muito bem do que se estava a tratar.
- Possivelmente não haveria problema algum, talvez não seja a melhor forma, mas a verdade é que é possível acontecer uma coisa dessas. E quando é assim mais vale prevenir do que remediar.
- Sabe Senhor motorista é que eu tenho muito respeito por quem trabalha, nomeadamente por motoristas de táxi. Porque só tenho a dizer bem dos Senhores, pois em alguns momentos de aflição e que nunca esquecem foram os taxistas que me valeram e sempre muito educados e respeitadores. Agora não percebi foi aquela situação
È muito importante, é gratificante, ouvir este testemunho sobre a nossa classe, e mais quando sabemos o que ainda pensa (erradamente) a maioria da população.

MAU ATENDIMENTO DA R.T.INVICTA

Foi ao iniciar o turno, concretamente às 19,39 horas, aceitei um serviço para a clínica de saúde Atlântica sita no estádio do Dragão.
Era uma Senhora muitíssimo simpática e agradável, que após entrar na viatura e andar meia dúzia de metros disse:
- Eu solicitei um carro com ar condicionado.
- Peço imensa desculpa. Por acaso não me avisaram, pois este ar condicionado está avariado, mas se desejar peço um outro táxi, não tem problema.
- Não há necessidade disso, pois neste momento já não está tanto calor, e como tal sinto-me bem, muito obrigada.
Andamos mais uns metros e:
- Sabe senhor motorista, há dias telefonei para a invicta e pedi uma viatura com ar condicionado, e fiquei muito ofendida com a resposta que me deram.
- E então minha Senhora, qual foi a resposta?
- O referido operador dissera “SE QUISER ATÉ LHE MANDO UMA CÂMARA FRIGORÍFICA,” com um tom de escárnio.
Este pequeno mas grande incidente é muito grave que aconteça, especialmente numa altura em que a direcção da invicta só se preocupa com o atendimento dos motoristas nas corruptas recepções dos hotéis. Temos e devemos todos, de atender bem, todos os clientes. Não pode haver descriminações.

GPS NA RADITÁXIS DO PORTO

Realizou-se no dia 26.06.2010 uma assembleia Geral da ráditáxis do Porto, com o objectivo de aprovar a instalação do sistema GPS. Estiveram presentes 197 sócios dos quais só 16 votaram contra, foi aprovado por uma larga maioria.
O monitor a instalar é igual para todas as viaturas, foi concedido um subsídio por parte do IMTT na ordem dos 50%. O sistema é da NDrive, globalmente o software será equivalente ao já existente na invicta, muito embora com mais uma ou duas funções, nomeadamente a informação de trânsito em tempo real.
Com todos os problemas de percurso com que eventualmente se vão deparar, este sistema (GPS) é sem duvida alguma, uma mais-valia para o sector, tem uma melhor qualidade de serviço para o utilizador, muitos menos erros, uma óptima distribuição de serviços, muito mais rapidez, muito menos tempo de espera, vai criar um melhor ambiente de trabalho, e vai eliminar as muitas más práticas existentes.
É compreensível as eventuais e pontuais dificuldades por parte de alguns motoristas, mas que atempadamente e muito naturalmente se vão adaptar ao referido sistema.
É já em Dezembro do corrente ano, que deverá entrar em funcionamento, desejamos a toda a equipe um bom trabalho.

RÁDIO TÁXIS INVICTA

No dia 06.07.2010, realizou-se uma Assembleia geral, com a presença aproximadamente de 90 sócios.
Da ordem de trabalhos faziam parte três pontos para discussão, os primeiro dois foram aprovados por unanimidade, o terceiro ponto não foi aprovado.

PEDIMOS DESCULPA PELO INCOMODO !

Por motivos que nos foram alheios, nomeadamente, problemas técnicos, não nos foi possível, a actualização do nosso blogue atempadamente, neste momento, encontra-se TOTALMENTE ACTUALIZADO, contendo por isso todas as edições do Jornal Motoristáxi que foram editadas.
A todos os nossos colegas/leitores, as nossas desculpas.
O Núcleo do Jornal Motoristáxi.

PRÉ PAGAMENTO NOS TÁXIS

Porque insistimos neste tema? Não é difícil de adivinhar, diariamente continuamos a assistir a casos de utentes que não pagam os serviços prestados.
Este problema tem vindo a aumentar consideravelmente, as preocupações de todos os motoristas são um facto, muito em particular de quem tem de apresentar contas, pois muitas das vezes, a percentagem ganha nesse turno não chega para cobrir o prejuízo.
Nos autocarros, nos comboios, no metro, o transporte é sempre pago antes. Porque não implantamos o mesmo sistema ? O pré pagamento nos serviços de táxi, para além do mais, também é prevenção.

CERTIFICADO
DE APTIDÃO PROFISSIONAL- CAP

Para renovar o referido certificado, que é de cinco em cinco anos, é necessário desembolsar entre os 76 a 106 euros, é muito dinheiro para quem ganha muito pouco.
Para quem está desempregado e eventualmente queira tentar a profissão de motorista de táxi pela primeira vez, tem de pagar mil e tantos euros.
Em nossa opinião é uma política errada. È necessário uma contestação bem organizada, bem planeada e principalmente muito persistente e muito sistemática para se conseguir alguns resultados. Mas para todo este trabalho é preciso um grande apoio das bases ou seja a responsabilização directa de todos os motoristas.
Não é com protagonismos que se resolvem este tipo de problemas, é com muito trabalho e persistência.

POSTURAS DE TÁXIS

São muitas as vezes, são muitas as posturas, em que não podemos estacionar os táxis porque estão indevidamente ocupadas por outras viaturas.
Constatamos pouca ou nenhuma sensibilidade por parte da Polícia de Segurança Publica para o referido problema.
È necessário, de que cada vez que isso aconteça, denunciar tais situações à esquadra da respectiva área.
Também é necessário, quem de direito, fazer exposições sistemáticas para assim dar a conhecer a dimensão real da situação.
Não é abordar o assunto de dois em dois anos. ou até mesmo de ano a ano, devemos de trabalhar constantemente para poder obter alguns resultados positivo

“ OS CORUJAS” (Radicais)


“Corujas” foi o nome dado a um grupo de 10 motoristas de táxi, que fazem da postura da Corujeira o seu local de trabalho preferido. Organizou-se e começaram a cotizar semanalmente 3.00 € cada, com a finalidade de realizar duas vezes por ano dois convívios, e já vamos no quinto ano consecutivo.
O ano passado o convívio de verão (que é o dia todo) foi a subida de barco pelo rio Douro acima. Dia espectacular.
Este ano os “Corujas” fizeram a descida do rio Minho em grande estilo “radical”.
Saída de Melgaço às 09.00 horas da manhã, do dia 19.06.2010, e após quatro horas de pura aventura, descontracção e alegria, para percorrer 18 km do rio Minho. Lindíssimo.
O nosso grupo esteve ao mais alto “nível”, pois das cinco embarcações fomos os primeiros a cortar a meta. A adrenalina subia com passagem pelos rápidos e remoinhos. Fomos todos à água, uns de livre vontade outros obrigados.
Depois… foi o almoço e conhecer um pouco de Melgaço, sempre com o “ALVARINHO” como companhia.
Parabéns ao Grupo. E viva a amizade.
Sidónio, Cunha, Jorge, Reinaldo, Matias, Adriano, Rui Teixeira, Caldas, Zé Manuel, Ferreira.

CONVIVIO SURPRESA DA SOCIEDADE “OS CAÇA-COMBOIOS”


Aconteceu no dia 17 de Julho mais um convívio da Sociedade “Os Caça - Comboios”. Desta vez foi um Convívio Surpresa.
Esta é uma sociedade de 16 amigos, que faz três convívios anuais: o convívio Mistério, o convívio Secreto e o Convívio Surpresa.
Neste convívio, a partida foi como habitualmente de Campanhã, com paragem em Esposende para o pequeno-almoço. Seguimos a Santa Luzia em Viana do Castelo onde subimos no Elevador de Santa Luzia. O almoço foi no “Restaurante Camelo” em Santa Marta de Portuzelo, onde comemoramos o 1º aniversário da nossa sociedade em ambiente de grande amizade e companheirismo, acompanhado pelos melhores sabores da gastronomia minhota. Neste local tivemos o prazer de conhecer o famoso apresentador de televisão, o Sr. Fernando Mendes, que apresenta o programa “O Preço Certo” da RTP1.
Para finalizar terminamos o nosso convívio em Barcelos, onde abrimos o bolo de aniversário e cantamos os Parabéns.
Para a Sociedade “Os Caça – Comboios” e seus associados, o núcleo do Jornal Motoristáxi deseja muitas felicidades e muitos parabéns pelo seu 1º Aniversário!



PARTICIPAÇÕES DE CLIENTES

É do conhecimento geral, de algumas participações quer por escrito ou via telefone, de clientes à rádio táxis Invicta.
Trata-se de um assunto muito delicado, porquanto não ser suficiente só por si, para castigar o motorista em questão.
Muitas das vezes é questionável de quem tem razão ou não, de quem fala verdade ou não. O cliente ou o motorista?
Não é justo, tomar de imediato qualquer posição a favor do cliente, sem antes ponderar e analisar, auscultando para o efeito e sem quaisquer ressentimentos, e sempre em defesa da classe o respectivo visado.
Futuramente é um assunto, que vai merecer de minha parte muito mais atenção.
Para um melhor esclarecimento, vou enviar algumas questões ao Senhor Provedor da Justiça, afim de me poder explicar convenientemente qual o estado de direito a aplicar para estas situações.

SUMÁRIO

  • 2º Aniversário
  • O Nosso Jornal
  • Segurança
  • Histórias e Episódios
  • Gratificante
  • Mau Atendimento R.T.Invicta
  • GPS na Raditáxis do Porto
  • Rádio Táxis Invicta
  • Pedido de Desculpas
  • Pré Pagamento nos Táxis
  • CAP
  • Posturas de Táxi
  • Os Corujas
  • Os Caça Comboios
  • Participações de clientes

segunda-feira, 5 de julho de 2010

PEDIMOS DESCULPA PELO INCÓMODO!

Por motivos que nos foram alheios, nomeadamente, problemas técnicos, não nos foi possível, a actualização deste blogue atempadamente. Neste momento, encontra-se TOTALMENTE ACTUALIZADO, contendo por isso todas as edições do Jornal Motoristáxi que foram editadas até hoje!

A todos os nossos colegas/leitores, as nossas desculpas!

O Núcleo do Jornal Motoristáxi

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 23

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 23

ONDA DE ASSALTOS NA CIDADE DO PORTO

Nestes últimos trinta dias temos vindo a assistir a mais uma vaga de assaltos.
Foram dois no bairro do largateiro, um na zona da Maia, um na zona dos Carvalhos, um na zona de Arca D’Água e um outro na fontinha.
Roubaram dinheiro, telemóveis e causaram ferimentos.
Fundamentalmente estão a causar danos psicológicos a todos os Motoristas.
A segurança, tem sido um tema abordado constantemente pelo nosso jornal, temos consciência do quão difícil é a resolução deste problema, no entanto estamos convictos de que qualquer que seja a medida a tomar, passará por medidas concretas, nomeadamente e em primeiro lugar, convencer definitivamente a maioria do nosso sector, com argumentos válidos, de que de facto é preciso criar condições de mais e melhor segurança.
Enquanto este trabalho não for feito, “é andar a construir uma casa pelo telhado”, o reunir com entidades governamentais é a coisa mais fácil, claro que é pomposo. Mas enquanto não se conseguir um aval da maioria, tudo não passa de uma utopia.
A prevenção continua a ser a nossa melhor arma. E para isso, também á que fazer e promover acções pedagógicas.

À CONVERSA COM


O Senhor Tomas já anda nos táxis à muitos e muitos anos, tem uma vastíssima experiência de vida, nomeadamente no nosso sector.
Encontramo-nos frequentemente na postura de Sá Carneiro, e sempre que possível trocamos ideias sobre diversos assuntos , desta vez foi realmente sobre alguns episódios interessantes, e que tive a preocupação de tomar notas para desta forma os divulgar.
« Já lá vão umas dezenas de anos. O Senhor Tomás estava na antiga postura da Batalha, vem um cliente:

- Eu queria ir para Águeda, pode ser? É que estou a chegar da Venezuela e quero ir o mais depressa possível para casa

- Vamos lá embora.

Durante a viagem tudo correu bem, era pessoa com muito bom aspecto, vestia bem, sempre com uma conversa aparentemente convincente, e procurava transmitir uma certa calma.
Quando chegaram à referida localidade, começa a indicar o caminho, agora para a esquerda, agora para a direito, sempre em frente, até que o nosso estimado colega, verifica que passa pelo mesmo local umas duas vezes, e… alto lá, à qualquer coisa que está mal. Até que manda parar e:

- È aqui. Agora por favor aguarda um pouco porque tenho de ir buscar dinheiro.

- Meu caro senhor, eu não aguardo, vou consigo!

Mesmo em frente estava uma casa de lavrador, em segundos Ele deita a correr e “enfia-se” numa das divisões.
O senhor Tomas não tem mais nada, bate à porta e vem um sujeito.

- Que deseja?

- Sou taxista, transportei uma pessoa que deve ser seu filho, não me pagou e fugiu para ali (indicando o local).

- Mas eu não tenho filhos, mas vamos ver o que se passa.

Antes de sair o homem pegou numa “sachola” e dirigiu-se ao local.
Era um “ AIDO DE PORCOS” onde o individuo estava de facto metido, fizeram-no sair, estava todo sujo.

- Ò meu caro amigo, estamos em propriedade minha, não se faz mal ao homem, eu sei de quem é filho, e eu vou com o senhor a casa da Mãe.

- Muito bem, e fico agradecido.

A Mãe pagou a corrida.»

UM OUTRO E PEQUENO EPISÓDIO

Estava na postura de Campanhã, chovia torrencialmente. Quando da minha vez, vejo um homem com uma grande mala, dirigiu-se para o seu táxi, abriu a porta, entrou, fechou a porta e disse para o transportar para a residencial Século.

Chegados ao local, pagou a corrida e:

- Senhor motorista, agora quero a minha mala.

- Mas o Senhor não tem bagagem,

Voltaram à estação, e por sorte, o bagageiro que se tinha apercebido da situação guardou a respectiva mala.

LEVEZINHOS NO CARTAXO

Os “taxistas sabem muito mais do que só conduzir” foi uma frase que escrevi já lá vão, muito perto dos vinte anos, mas que continua actualizada.
Os profissionais de táxis, naturalmente são pessoas normalíssimas, com defeitos e virtudes, e ao contrário da imagem negativa que ainda e de alguma forma, injustamente transparece para o exterior, a verdade é que internamente existe de facto, grande humanismo, muita sensibilidade, e enormes capacidades. Para desfrutarmos convenientemente de tudo isto, só temos que ser humildes quanto baste.
Esta minha pequena introdução, é só para dizer que ao acompanhar o grupo de motoristas de táxi “Levezinhos” na sua deslocação ao Cartaxo, cujo objectivo foi o convívio e o lazer, pude constatar todos estes ingredientes, concretamente humildade e um grande colectivismo.
Partimos da Praça Francisco Sá Carneiro mais ou menos às 07.45, os Levezinhos todos equipados a rigor; fato de treino, sapatilhas, bonés, sacos, tudo em azul e branco, preparados para o jogo amigável e realizar no Cartaxo.
Fomos recebidos familiarmente, um belíssimo ambiente, tive a oportunidade de conversar com a Mãe de dois jogadores e avó de um, que transmitia boa disposição e uma enorme alegria por ser protagonista de um bom convívio.
Antes do jogo houve uma troca de lembranças, toda a nossa comitiva recebeu uma saca com uma t-shirt e uma garrafa de vinha do Cartaxo. Nós oferecemos uma placa alusiva ao encontro/convívio.
O jogo em si correu muito bem, com muito “fair- Play”o resultado (perdemos 10~2) para nós não foi o melhor, mas também não era isso o mais importante.
Seriam umas 14.00 horas, quando entramos no restaurante para assim darmos continuidade ao encontro, comemos e bebemos, todos nos divertimos com as “dicas” uns dos outros, tudo numa boa disposição. Um ponto que pessoalmente me sensibilizou, e talvez pela minha forma de estar desse importância, ao que muitas vezes não se dá, é que felizmente e finalmente num grupo de motoristas de táxi, não vi a mesa do almoço com lugares “destacáveis” ou “presidencialistas”, tudo se sentou onde e como quis. È por estas e por outras que tenho muito prazer em apoiar este grupo.
Chegamos ao Porto por volta das 20.00 horas, todos com o espírito de “dever cumprido” e porquê? Porque realmente correu tudo muito bem, grande demonstração de camaradagem, de solidariedade, e de fraternidade. Aprendi mais com este encontro, Muito obrigado.

Parabéns pela forma responsável e organizada que todos os seus elementos têm demonstrado.


GAFANHA DA NAZARÉ

É Óbvio, que para poder preencher este pequeno jornal mensalmente com pequenos episódios, obriga-me a fazer uma abordagem constante aos vários profissionais, sempre que os vá encontrando ocasionalmente.
E foi o que aconteceu com o Senhor Domingos Porto, o que mais me marcou nesta nossa curta conversa, foi o facto de com os seus 75 anos de idade revelar uma memória invejável. Entre muitas outras coisas, lembra-se de que foi no dia 13 de Dezembro de l975 o seu primeiro dia de trabalho como motorista de táxi.

- Ó Senhor Domingos, então conte-me lá um episódio como motorista de táxi.

- Sei lá, tenho tantos. Estou a lembrar-me de um individuo que me entrou no táxi a mancar, e que até foi preciso dar uma ajuda, mas quando foi para pagar levantou-se e fugiu a correr.

- Essa já me contaram, talvez uma outra.

« Estava na postura de S. Roque, 01.30 horas da manhã, no lado oposto via-se uma viatura estacionada com um individuo às voltas, tira triângulo, põe triângulo, abre porta, fecha porta. Até que se dirige para o táxi.

- Ó Senhor motorista o carro fica bem ali?

- Meu caro amigo, nem eu estou bem aqui!

- Queria que me levasse a Gafanha da Nazaré, pode ser?

- Vamos embora.

De início algum diálogo, até que adormeceu. Só quando estavam em Aveiro é que o Senhor Domingos o acordou.
Ao chegar a Gafanha da Nazaré, começa a indicar o caminho, ora para a esquerda ora para a direita, sempre em frente. É aqui. O nosso colega pensou logo num sítio ideal para fugir, mas não, foi muito pior, apontou-lhe uma grande faca, chegou mesmo a picar-lhe e roubou-lhe os únicos 550$00 que tinha e não pagou a corrida no valor de 11.460$00.
Posteriormente deslocou-se a um posto da polícia, não só para participar o que lhe tinha acontecido, mas também com o objectivo de uma declaração com a descrição do que tinha acontecido como forma de justificação.»

FRASES

Operador da Invicta

“Ó 635 você é de raciocínio lento!
:-Não responde?”

“O Senhor está-me a chamar doutor, mas eu ainda não sou doutor, sou operador”

“Não é preciso estar sempre a carregar,
:-Gasta os botões
:-Gasta os dedos…”

OS CLIENTES COMENTAM !

SUMÁRIO

  • Assaltos na cidade do Porto
  • À conversa com
  • Levezinhos no Cartaxo
  • Gafanha da Nazaré
  • Frases


JORNAL MOTORISTÁXI Nº 22

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 22

QUE QUADRO !

O Motorista transitava na rua do Freixo.
Na EX EDP ,onde decorria uma iniciativa local e se podia ver grande aglomerado de pessoas, um agente faz paragem à viatura.
- Senhor motorista, está ali uma senhora estrangeira que precisa de ser transportada para o hotel Sheraton, encontra-se um pouco mal disposta, é possível ?
A senhora estava sentada no passeio, cabeça inclinada, notoriamente embriagada, muito bem vestida e com belíssimo aspecto.
- O senhor não se preocupe, porque não vai ter qualquer tipo de problemas, caso contrário comunique para podermos ajudar a resolver alguma eventualidade
- Está bem senhor agente, eu vou lá levá-la.
Com a ajuda de um polícia, entrou para a parte de trás da viatura e seguiram viagem. A cliente rapidamente se deitou no banco e adormeceu.
Quando chegaram ao hotel, o motorista abanou a senhora e esta acordou. Olhou para um lado e para outro e fez um gesto, como quem diz tenho que pagar.
Mexe de um lado mexe doutro, e percebe-se de que não tem dinheiro, mas que o recepcionista vai pagar.
O senhor Sousa sai do seu lugar e vem dar uma ajuda à cliente abrindo-lhe a porta. Com muita dificuldade ,e após uns longos cinco minutos, lá conseguiu pôr-se de pé.
Ria-se muito, e renovando os pedidos de desculpas, agarrou-se completamente ao motorista e pediu que a levasse à recepção.
E assim foi, entram os dois no hotel agarrados um ao outro, de tal forma era o “quadro” que, e já dentro do átrio, o recepcionista veio a correr para dar uma ajuda aos “dois”.
- Calma amigo, eu sou taxista e venho trazer esta senhora, que não tem dinheiro e precisa de ajuda.
Já no balcão de recepção Ela falou um pouco com o funcionário, deu-lhe a identificação e o mesmo pagou a respectiva corrida.
E depois? Foi de facto uns trabalhos, agarrou-se novamente ao motorista e queria que a levasse aos seus aposentos. Entretanto o funcionário falava com Ela explicando que o mesmo não podia porque estava a trabalhar, que tinha a viatura mal estacionada e que portanto não era possível. Mas… em voz muito alta, para não dizer aos gritos, queria que fosse o motorista. Até que por fim chega um outro funcionário superior do hotel e:
- Prontos , tudo se vai resolver, nós tomamos conta da viatura e o senhor se faz o favor leva a senhora lá acima.
E o senhor Sousa foi levar a senhora ao quarto sem mais problemas.


REJEITAR

Desde o início, tenho tomado posição a favor do sistema GPS. e que mantenho completamente.
Na preparação e na adaptação do sistema, defendi conscientemente o bom trabalho desenvolvido pelos responsáveis, e que mantenho completamente.
Mas não sou pessoa de só abanar a cabeça, tenho de criticar o que em minha modesta opinião, está mal, ou menos bem.
È notório, é visível, que após alguns meses da implantação do sistema, os referidos responsáveis, dão mostras de algumas debilidades e limitações no plano organizativo, dando mesmo a entender a falta de calma e clarividência necessárias para enfrentar a resolução de alguns problemas.
No momento actual do funcionamento do sistema, não é com métodos, que eventualmente possam ser considerados repressivos, que resolvem seja o que for. Antes pelo contrário, só com acções e medidas pedagógicas permanentes, é possível combater as limitações que todos nós temos, uns mais do que outros.
Quando numa situação de responsabilidade, as pessoas têm sempre a tendência para saberem tudo, o que não corresponde à realidade, devemos de auscultar outras ideias e tomar decisões devidamente fundamentadas.
Especificamente ao nosso sector, os responsáveis tem por obrigação de conhecer a realidade que os rodeia, e ter a sensibilidade de promover a pedagogia necessária, para levar a bom termo as respectivas iniciativas.
E agora perguntam o porquê desta introdução e qual o seu objectivo ?
È fácil, temos vindo a constatar por intermédio de vários colegas, de que a central rádio táxis invicta tanto por intermédio dos operadores como também dos seus responsáveis, telefonam (e tem custos) a informar sempre que um motorista rejeite um serviço. Dizendo mesmo que não querem trabalhar. É falso.
Antes deste sistema (por voz) o operador primeiro dizia a morada, precisamente para o motorista saber a que local se destinava a chamada, e assim querer ou não responder.
Aquando da preparação da entrada em vigor do novo sistema (GPS) foi-nos distribuído um questionário, que perguntava a dado momento, quais os locais que não queria responder, foi preenchido, mas pelos vistos não foi tido em consideração.
Por variadíssimas questões, e tendo sempre em consideração a forma de estar e de ser de cada um. Os motoristas têm de continuar a ter autonomia inquestionável de querer ou não, responder a determinado serviço.
A maioria das chamadas para fora de zona respectiva, ou se tem que efectuar muitos kilometros (e é chamado à atenção) ou então, como se tem vindo a verificar, existe uma elevada percentagem em que não temos clientes, (mais prejuízo).
Um pormenor muito e muito importante, quando um motorista responde para um lugar mais longínquo, vê-se na necessidade de andar com mais velocidade, criando situações de stress, e que de resto, todos nós sabemos quais as consequências que daí podem advir.
Não podem exigir que 50 viaturas façam o serviço de 100, isso é impossível e podem até promover situações anómalas.
Em minha opinião, tudo isto se pode entender como uma ingerência.
Por ultimo queria realçar, de que ao rejeitar um serviço a questão é essencialmente de prevenção, de quem é a responsabilidade se algo de grave acontecer? Coitado do motorista…
No anterior jornal, falava precisamente nos assaltos, e nas faltas de pagamentos de serviços prestados, e subsequentemente questionava se as medidas de segurança existentes seriam suficientes e eficazes.
Claro que não.
Também referi, que quando se fala em separador, ninguém aprova. O que fazer?
A prevenção continua a ser a nossa melhor arma.

UMA CIRCULAR

No passado mês de Abril, foi distribuído uma circular da Rádio Táxis Invicta, dando algumas indicações aos seus agrupados e motoristas.
Em primeiro lugar, quero dizer que estou plenamente convicto, até prova em contrário, não existir por parte da direcção qualquer ideia de menosprezar os motoristas, antes penso que seja um excesso de zelo, com a finalidade de cumprir objectivos.
Dito isto, sinto-me na obrigação de algumas chamadas de atenção para o referido documento.
No quarto parágrafo diz: « …deixaram de utilizar os nossos serviços devido a comportamentos desadequados de motoristas que,quando confrontados com a falta de cliente, dirigiram-se à recepção do hotel para discutir e reclamar. Desta forma perdemos clientes importantíssimos durante meses.»
No quinto parágrafo diz: «… no caso de terem a infelicidade de não ter um cliente numa chamada para um hotel ou empresa, devem apenas informar a central e nunca discutir nem reclamar com ninguém da instituição.»
Começo por lembrar de um documento anónimo que fizeram circular,(dizem via internet) , a mim facultaram-me uma fotocópia, cujo título é “ Negócio dos Táxis”, onde é denunciado a corrupção que existe, nomeadamente nas recepções de alguns hotéis.
Como em todas as profissões existem bons e maus profissionais, é importantíssimo que se chame a atenção, aos comportamentos desadequados, e em duzentos e tantas viaturas naturalmente não será difícil.
Não se deve nem se pode generalizar desta forma todo um conjunto de pessoas que fazem os possíveis e impossíveis para servir bem os utentes… de igual modo.
Sobre o “nunca discutir nem reclamar”;
Considero um total atentado à dignidade dos motoristas e do seu trabalho.
Considero uma total interferência e ingerência na personalidade de cada um de nós.
Considero não terem o direito de calar a nossa voz.
Vivemos num estado de direito.
Está consagrado na constituição de que todos temos deveres e direitos. Um dos nossos muitos deveres é sem dúvida servir bem o cliente, mas não pode haver descriminações, devemos de atender bem TODOS os clientes.
Insisto nas acções pedagógicas, porque quem não sabe se não for ensinado continua a não saber.
Para além de tudo isto, estou plenamente convencido de que a maioria dos motoristas, tem a capacidade de se dirigir a um recepcionista e educadamente perguntar pelo cliente que eventualmente chamou um táxi.
O que se pede é; moderação, prévios aconselhamentos, e gerir com virtude.
Pedagogia é uma ciência

Setembro de 88.

O senhor José Fernandes, motorista do actual r.t. 639, conta-nos um episódio com mais de duas dezenas de anos, mas que (infelizmente) continua actualizado.
Postura da Trindade, 01.30 horas da madrugada.
- Senhor motorista quanto me leva a Fafe ?
- Meu caro amigo, isso deve andar pelos esc; 6.500$00.
- Mas eu só tenho esc: 6.000$00, não me quer fazer o favor de me levar por este preço?
- Deve de estar ela por ela, vamos embora.
Foi uma viagem tranquila, só acordei o cliente quando chegamos a Fafe.
- Ò meu caro senhor, já chegamos, diga por favor onde quer ficar.
- Temos que ir ali mais abaixo, a uma vizinha para me emprestar o dinheiro. È que eu não tenho dinheiro.
- Então que conversa é esta? Disse-me que tinha esc: 6.000$00 e agora diz que não tem dinheiro? Já é sabido que vamos ter problemas, mas vamos lá à sua vizinha.
A vizinha não emprestou o dinheiro.
- E agora? Não tem familiares?
- Tenho o meu Pai, mas nem pensar em ir lá pedir.
- Então é seu Pai e não lhe dá o dinheiro para o táxi? Vamos ter com o seu Pai.
- Eu digo-lhe onde mora e vou lá consigo, mas quem fala é o senhor, eu não digo nada.
Fomos a casa do Pai, tratava-se de uma vivenda, dando a nítida ideia de pessoa com boas possibilidades, bati â porta e atende um senhor.
- Que deseja?
- Sou taxista do Porto, vim trazer o seu filho e Ele diz que não tem dinheiro, queria perguntar se pode pagar a referida importância.
- Eu não pago nada, não conheço esse senhor de lado nenhum.
- Então. Mas não é seu filho?
- È meu filho, mas não quero saber dele para nada, e digo-lhe, leve-o para o Porto novamente.
O que fazer? Ir à polícia? Não adianta porque não vou receber o dinheiro.
- Anda comigo que vamos resolver o problema de outra forma.
Peguei-lhe no braço (era individuo franzino) meti-o novamente no táxi e trouxe-o novamente para o Porto, e não recebi a corrida

SUMÀRIO

  • QUE QUADRO !
  • REJEITAR
  • UMA CIRCULAR
  • SETEMBRO DE 88

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 21

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 21

NÃO SABE O QUE FAZER

O Senhor Teixeira ( e á muitos ) é exemplo de bom profissionalismo. Quando circulava na rua de alegria, fizeram-lhe paragem, a Cliente entrou.
- Para onde deseja ir ?
- Não sei para onde ir !
Tratava-se de uma jovem, que não tinha mais de 18 anos, muito bonita e muito bem parecida.
- Não sabe para onde ir, então não estou a entender.
A miúda começa a chorar.
- O que tem ? o que se passa ?
- Eu fugi de casa e não sei o que fazer nem para onde ir.
- Então também não tem dinheiro para o táxi ?
- Não tenho dinheiro e estou com muita fome.
Sem saber muito bem o que fazer, observando no entanto de que se tratava de uma jovem completamente perdida e muito inocente, a primeira coisa que lhe ocorreu foi levá-la ali ao café mais próximo para lhe dar de comer.
Veio um prego que Ela comeu num segundo, estava nitidamente com fome, entretanto o Sr.Teixeira tentava saber mais alguma coisa, nomeadamente onde morava, qual o local , mas a miúda nada dizia.
Depois de comer, e sabendo que precisava de descansar e até para não andar a vaguear pela cidade, porque nesta situação pode tornar-se bastante perigoso, dirigiu-se a uma pensão ali muito perto do café, falou com o gerente, contou-lhe a situação, pagou o valor solicitado e a adolescente lá ficou a descansar, tendo-lhe recomendado os cuidados que deveria ter, deixando o seu contacto para qualque r eventualidade.
Estava a pensar em ir às autoridades e denunciar a situação , no entanto preferiu aguardar mais um pouco para tentar que Ela desse alguma informação. No dia seguinte voltou ao local e foram ao mesmo café para comer alguma coisa, antes de vir embora recomendou ao gerente para no caso de querer comer algo mais que depois pagava , o mesmo aconteceu na referida pensão.
No terceiro dia, e já definitivamente consciente que teria de contactar as autoridades, quando chega ao local, vê a miúda a conversar com umas três pessoas, o senhor Teixeira aproximou-se e pergunta o que se passa, eram os pais. Ela já tinha contado o que aquele motorista de táxi tinha feito por Ela. Os pais agradeceram muito, não sabiam o que fazer mais ao senhor Teixeira, deixaram contacto para os ir visitar, mas depois de dar mais alguns concelhos à miúda, foi-se embora, rasgou logo o contacto, ficou muito feliz por tudo acabar bem.

SISTEMA GPS

Muito embora ainda com alguns problemas técnicos para resolver, o sistema está a funcionar.
E não tenho qualquer dúvida em afirmar de que é muito superior ao anterior. Não existe comparação possível.
Mas atenção ! Todos nós temos de fazer um grande esforço, no sentido de colaborar positivamente e desta forma contribuir para ultrapassar muito rapidamente esta fase naturalmente difícil de adaptação.
Não é com uma política de “bota-a-baixo” que tudo se vai simplificar, antes pelo contrário.
Podemos e devemos criticar, mas sempre com sentido construtivo, só assim é possível ajudar e contribuir os responsáveis desta iniciativa, a resolver todas as situações problemáticas, num clima estável e responsável.
E agora perguntam, mas o que é e como, criticar e contribuir construtivamente ? È muito fácil ! – Tens a certeza de que algo corre mal, tens alguma razão de suspeição de determinado serviço, então responsabiliza-te e envia uma carta, devidamente assinada, dirigida à direcção.
È fácil demais andar nas posturas a falar desta ou de outras situações, sem quaisquer responsabilidade no que está a dizer, difícil é cada um ser responsável pelo que diz e assumir, dando conhecimento e denunciando eventuais irregularidades. ASSIM É QUE SE CONTRIBUI CONSTRUTIVAMENTE E COM RESPONSABILIDADE.

O Cliente tem sempre razão !

Ouviu Senhor Motorista?

Eram 11.00 horas do dia 15.04.2010, o Operador de serviço dizia isto, em voz alta e bom som, e várias vezes, com direito a alguns comentários devidamente concedidos, até que um outro (qualquer) motorista falou, e o ameaçou pedir o nome. Enfim…
O que é certo é que estava mesmo convencido de que estava a dizer uma grande coisa. Esquece-se de que, do outro lado (do nosso) estão centenas de clientes a ouvir toda esta tempestade.
E se para uns, os mais indesejados, os mais conflituosos, os mais mal educados, ao ouvir esta mensagem naturalmente que vai incentivar a mais conflitos. Para outros, os bem educados, os compreensíveis, os que são solidários para com quem trabalha, então trata-se de uma falsa questão, talvez mesmo saudosista.
Em minha modesta opinião o cliente tem sempre razão mas só quando tem razão.
Já foi tempo que de facto era assim, mas já á muitos e muitos anos que as coisas mudaram, e para melhor. O cliente deve ser bem servido, bem atendido, deve-se prestar um bom serviço ao cliente. Mas por favor, temos que exigir respeito mútuo, direitos e deveres comuns, seriedade e carácter para ambos.
Mais uma vez faço um apelo aos operadores para, nas suas muitas intervenções, a maior parte das vezes desnecessárias, que antes pensem nas centenas de clientes a transitar nos nossos táxis, e que por vezes dão origem a comentários muito desagradáveis, nomeadamente no mau português exibido.

ASSALTOS E FALTAS DE PAGAMENTOS

Continuamos a insistir nestes temas porque de facto, é de extrema necessidade criar melhores condições de segurança no trabalho.
De dia para dia aumentam as faltas de pagamentos dos serviços prestados.
Porque não implantar um sistema de pré-pagamento, como existe em todos os transportes públicos?
Estou convicto de que não é difícil uma solução para este problema, em minha opinião só é necessário vontade de trabalhar o tema, sensibilidade para com o assunto em questão, e uma demonstração de querer de todos os motoristas.
Os assaltos são uma constante, será que as medidas existentes são suficientes e eficazes? Mesmo assim será que estão operacionais em caso de necessidade?
Estamos em querer que não.
Quando se fala em separador, ninguém aprova. O que fazer?
A Prevenção continua a ser a melhor arma !

NOTIFICAÇÕES

È muito normal as centrais rádio táxis convocarem via rádio, motoristas para se apresentarem ( por motivos de participações ) entre as 16.00 e 17.00 horas de sábado para prestarem as suas declarações.
Para quem trabalha (12 horas) em horário nocturno, as referidas horas ainda pertencem ao descanso (merecido ) dos intervenientes.
Não é justo, e queremos não ser legal. Os mesmos deveriam ser notificados já dentro do seu horário de trabalho

PARTICIPA NO NOSSO JORNAL

Dá a conhecer a tua história.
O teu melhor episódio.
A tua experiência de vida como motorista de táxi.
Escreve, telefona, ou simplesmente…conta

SUMÁRIO

  • Não sabe o que fazer
  • Sistema GPS
  • O cliente tem sempre razão?
  • Assaltos e faltas de pagamentos
  • Notificações