JORNAL MOTORISTÁXI Nº 27
ISTO NÃO É VERDADE. É PURA FICÇÃO!
Estamos um grupo de motoristas à conversa numa qualquer postura de táxis.
- Respondi para o hotel MM e quando lá cheguei, já estava um colega a carregar umas malas, fazendo sinal de que ia para o aeroporto, e eu sabendo do que se tratava, pois, pois, mas estás a dar uma comissão ao recepcionista.
- Ó colega tem de ser, se não for eu é outro!
- Isto nunca mais acaba, a culpa é nossa porque não denunciamos estas situações, os recepcionistas são uns mamões, e os motoristas que estão a pagar para fazer uns aeroportos, são egoístas, porque não pensam nos restantes táxis que também têm necessidade de trabalhar e rentabilizar a sua viatura.
- Olha, um dia destes, o colega Y perguntou-me se podia ir com ele ao hotel MM para fazer um aeroporto, mas que tinha de dar 7.00 euros para o recepcionista, e para isso, deveríamos estar à porta do hotel antes uns quinze minutos com o taxímetro ligado para dar a quantia necessária. Claro que respondi “não vou roubar ao cliente para dar ao recepcionista”.
- Sabes o que é! Arranjam bons tachos e depois aproveitam-se para angariar este tipo de serviços. Mas isto foi sempre assim.
- Continuo a dizer que a culpa é toda nossa, porque falamos, falamos, todos sabemos o que se passa, mas ninguém tem a coragem de denunciar. Era fazer um abaixo assinado com um bom
numero de assinaturas e enviar a quem de direito e até às próprias direcções dos hotéis, que dizem sempre que não sabem de nada.
VILA VERDE
Entrou no táxi e em sotaque brasileiro diz ao motorista:
- Senhor, eu queria ir a Valbom, mais concretamente a Vila Verde.
- Está muito bem.
- Sabe Senhor, eu estou no Brasil à mais de cinquenta anos, na altura fugi com uma moça que estava grávida, era casado. E nunca mais vim a Portugal.
- E então ?
- Agora queria ir ao mesmo local, para ver se descubro e se ainda mora no mesmo sitio a que foi minha mulher e também um filho.
- Vamos andando e quando vir que estamos no lugar o senhor diz qualquer coisa, ok?
Entretanto os minutos passaram a já estavam em Vila Verde, agora vire à direita, ali à esquerda e;
- É aqui. O Senhor motorista não me faz um favor?
- Se poder.
- Por favor não batia naquela porta e perguntava se mora ali a senhora Maria Adelaide, e se for, que estava aqui o que foi seu marido, que veio do Brasil e se podia conversar com ela?
- Ó meu caro amigo, o senhor está-me a meter numa alhada.
- Faça-me esse favor.
O Senhor Fernando Santos lá foi, conversou com a senhora, era de facto a mulher do meu cliente, e que foi dizendo que não o queria ver e o filho muito menos.
No entanto lá resolveu ir até ao táxi, não o reconheceu de imediato, cumprimentaram-se de mão, falaram um pouco. Entretanto chega o filho… e… ficou lá em casa.
O motorista não soube de mais nada.
BREVES
É óbvio que não pode ser assim, como é possível um operador deixar um cliente à espera 38 minutos, sem enviar outra viatura ?
-Então é na rua do Vilar, perto do palácio,
- Pelos vistos ainda não!
Algum tempo depois, chamam o referido veículo via rádio, e é informado de que fica sem comunicações até colocação de uma nova tira da rádio táxis.
Sem mais comentários.
UMA HISTÓRIA AOS QUADRADINHOS !
- Eu quero apresentar uma queixa contra um motorista.
- Então porquê ?
- Simplesmente porque não gostei da cara dele.
- Minha senhora, mas isso não é razão suficiente.
- Ai não? Então vou escrever uma carta a dizer que foi muito mal educado comigo!
O MOTORISTA FOI CHAMADO À CENTRAL
- Então o que é que se passou com esta senhora?
- Não se passou nada, porquê?
- Temos aqui uma carta onde senhora diz que o senhor foi mal educado.
- Deve de haver algum lapso, pois comigo não se passou nada!
- Isso é o que o senhor diz! Não sabe que devemos atender bem os clientes? È sempre a mesma coisa.
- O senhor veja como fala, pois estou a dizer-lhe que não foi nada comigo, que há naturalmente algum engano. E que direito lhe dá e que moral tem o senhor, para falar dessa maneira? Tenha respeito se é que quer ser respeitado. Eu não tenho nada com esse caso, e veja se defende a sua classe convenientemente e com sentido de responsabilidade. O senhor como motorista que é, tem por obrigação de ser sensível a este tipo de situações e conhecer a realidade tanto dos motoristas como também dos clientes. Sabe muito bem que transportamos de tudo, Gente boa mas também pessoas muito más.
O MOTORISTA FOI CASTIGADO EM 5 DIAS NO CORTE DE COMUNICAÇÕES. UMA COMPLETA INJUSTIÇA.
AEROPORTO
O grupo de profissionais de táxi do aeroporto de Francisco Sá Carneiro já existe à seis anos, é composto por empregadores e empregados, num total de 33 elementos, tem como principal objectivo, o convívio e o entretenimento entre todos.
Mesmo contra a vontade dos “ Velhos do Restelo” o agrupamento tem funcionado muito bem, demonstrando uma boa organização, e uma grande vontade de continuar a fomentar o respeito entre todos e a dignidade que todos merecem.
Este ano vão realizar o 6º convívio, acompanhado de uma missa em homenagem ao companheiro Jorge Oliveira, recentemente falecido.
Seriam umas 16,00 horas, estava na postura da corujeira em primeiro lugar, e reparei que se aproximava do táxi uma jovem que aparentava 18 anos de idade. Muito bem vestida, mas vinha descalça, trazia um par de sapatos na mão.
Entrou no táxi para o banco da frente.
- Então a menina vem com os sapatos na mão ?
- Sabe senhor motorista, as sapatilhas são novas, custaram-me 100.00 euros mas fazem-me inchar os pés.
- E vamos para onde?
- Para o bairro da Pasteleira pela VCI, já não aguento ir de autocarro com os pés neste estado.
Minutos depois chegamos junto do bloco 7 do referido bairro.
- Por favor espera um pouco, vou buscar dinheiro, eu tenho passe e era par vir no autocarro, não contava com esta situação, é só um minuto.
Perante todo aquele cenário, acreditei na jovem, mas… o certo é que depois de esperar quinze minutos vim embora sem receber a corrida.
Obs: Ainda saí do táxi para ver se via alguma coisa, foi quando duas senhoras idosas me disseram que Ela não tinha entrado no bloco. Posteriormente tive conhecimento que já tinha acontecido o mesmo a um colega de S.Roque.
Fernando Loureiro RT 388
Entrou na postura das carvalheiras às 14.30 horas, bem vestida, aparentava 20 anos de idade.
- Senhor Motorista, queria ir para Macedo de Cavaleiros, e é para regressar novamente ao Porto, porque só vou buscar a minha irmã.
O Quim não hesitou, e segue em direcção ao referido local.
Durante a viagem conversaram normalmente, o suficiente para não levantar quaisquer tipo de suspeitas, sempre muito simpática, muito compreensível, muito bem falante, enfim, tudo corria de acordo com as normas do bom comportamento, merecendo desta forma uma total confiança.
Em Macedo de Cavaleiros a irmã entrou no táxi e regressamos ao Porto, durante a viagem nada de especial se passou, as duas conversaram muito e de tal forma, que mais reforçou a ideia do motorista, de que se tratava de pessoas educadas e responsáveis.
Já no Porto, fomos directos às bombas da GALP do parque da cidade.
- Aguarde um pouco que vamos levantar dinheiro e ao quarto de banho. Trezentos euros chega Senhor motorista?
- Chega menina !
Entraram nas bombas, saíram para ir ao quarto de banho, voltaram a entrar para entregar a chave, o Quim aguarda 5 minutos, 10 minutos e vai às bombas. Não vê ninguém fala com o funcionário e confirma que foram à casa de banho mas que depois saíram. Procurou e voltou a procirar mas nada.
Ficou sem 243.00 euros da corrida, 7.40 euros de portagem, e toda uma frustração após cinco horas de serviço sem qualquer recompensa.
CADA VEZ MAIS É PRECISO FAZER PREVENÇÃO.
“Hoje é dia 13!”
Sim, digo bem, “hoje é dia 13”!! E só por coincidência o que aqui escrevo poderia coincidir com o facto de hoje ser dia 13.
Mas o que pretendo com isto dizer?
Eu passo a explicar…
Há muito que não encontrava um Amigo, ou melhor, dois Amigos. É verdade, nesta quarta-feira, 13 de Outubro de 2010, num daqueles intervalos entre o fim de um serviço e o começo de outro, tive o prazer de tomar um café com o amigo Rui Teixeira, aproveitando para pôr um pouco da conversa em dia, já que não raras as vezes, não sobra tempo para almoçar, quanto mais para “dois dedos de conversa”.
Entretanto, o dia continuou a desenrolar-se, não terminando sem que outro amigo me convidasse também para um cafezinho. Aceitei com agrado, pois também já há muito tempo que não nos encontrávamos.
Este fez questão de me oferecer alguns n.ºs deste jornal, os quais não recusei. Por sua vez, lançou-me o desafio de escrever um artigo para este jornal, embora eu lhe tivesse dito de imediato que não dispunha de muito tempo. No entanto, quando se quer, tudo se consegue…desde que pensemos positivo. E digo isto, porque da análise que fiz às edições anteriores cujos artigos foram, à semelhança deste, redigidos por motoristas de táxi, que assim vão colaborando na realização deste jornal, constatei que os seus desabafos/ lamentos estão carregados de uma carga emocional fortemente negativa, não favorecendo em nada o seu desempenho no dia à dia desta actividade, já de si árdua.
Assim, quantos só pelo facto de algo não lhes correr tão bem como desejariam, não pensaram que tudo lhes estava a correr mal por se tratar de um dia 13.
Pensamento positivo é preciso, já!
Este foi para mim um grande dia, pois apesar de todas as vicissitudes deste “ramerrame”, acabei por reencontrar dois amigos.
É preciso ter sorte!
E o que dirão aqueles 33 mineiros, que estiveram presos debaixo do solo, e só ao fim se 69 dias conseguiram ser salvos? Não terá sido também para eles um grande dia 13?!
Há que pensar positivo!
Se assim o fizermos certamente que conseguiremos viver melhor o dia a dia!
Bem-haja ao Amigo Henrique Teixeira, por ao longo destes dois anos do “Jornal Motoristáxi” dar voz aos desabafos dos seus colegas de profissão.
H. Cardoso
O NOSSO JORNAL
Continua a superar todas as nossas expectativas.
O retorno positivo que temos obtido, leva-nos a concluir, que na verdade o jornal motoristáxi, tem contribuído na promoção do debate de ideias, e por conseguinte na salutar discussão de vários problemas que de alguma forma afectam o nosso sector.
É bom, e mais motivação nos dá, ao saber que forças vivas do nosso sector, estão a trabalhar de forma possível, em algumas questões abordadas pelo nosso pequeno jornal.
Agradecemos a todos, que de formas diferentes, têm contribuído para esta realidade.
SUMÁRIO
ISTO NÃO É VERDADE. É PURA FICÇÃO!
Estamos um grupo de motoristas à conversa numa qualquer postura de táxis.
- Respondi para o hotel MM e quando lá cheguei, já estava um colega a carregar umas malas, fazendo sinal de que ia para o aeroporto, e eu sabendo do que se tratava, pois, pois, mas estás a dar uma comissão ao recepcionista.
- Ó colega tem de ser, se não for eu é outro!
- Isto nunca mais acaba, a culpa é nossa porque não denunciamos estas situações, os recepcionistas são uns mamões, e os motoristas que estão a pagar para fazer uns aeroportos, são egoístas, porque não pensam nos restantes táxis que também têm necessidade de trabalhar e rentabilizar a sua viatura.
- Olha, um dia destes, o colega Y perguntou-me se podia ir com ele ao hotel MM para fazer um aeroporto, mas que tinha de dar 7.00 euros para o recepcionista, e para isso, deveríamos estar à porta do hotel antes uns quinze minutos com o taxímetro ligado para dar a quantia necessária. Claro que respondi “não vou roubar ao cliente para dar ao recepcionista”.
- Sabes o que é! Arranjam bons tachos e depois aproveitam-se para angariar este tipo de serviços. Mas isto foi sempre assim.
- Continuo a dizer que a culpa é toda nossa, porque falamos, falamos, todos sabemos o que se passa, mas ninguém tem a coragem de denunciar. Era fazer um abaixo assinado com um bom
numero de assinaturas e enviar a quem de direito e até às próprias direcções dos hotéis, que dizem sempre que não sabem de nada.
VILA VERDE
Entrou no táxi e em sotaque brasileiro diz ao motorista:
- Senhor, eu queria ir a Valbom, mais concretamente a Vila Verde.
- Está muito bem.
- Sabe Senhor, eu estou no Brasil à mais de cinquenta anos, na altura fugi com uma moça que estava grávida, era casado. E nunca mais vim a Portugal.
- E então ?
- Agora queria ir ao mesmo local, para ver se descubro e se ainda mora no mesmo sitio a que foi minha mulher e também um filho.
- Vamos andando e quando vir que estamos no lugar o senhor diz qualquer coisa, ok?
Entretanto os minutos passaram a já estavam em Vila Verde, agora vire à direita, ali à esquerda e;
- É aqui. O Senhor motorista não me faz um favor?
- Se poder.
- Por favor não batia naquela porta e perguntava se mora ali a senhora Maria Adelaide, e se for, que estava aqui o que foi seu marido, que veio do Brasil e se podia conversar com ela?
- Ó meu caro amigo, o senhor está-me a meter numa alhada.
- Faça-me esse favor.
O Senhor Fernando Santos lá foi, conversou com a senhora, era de facto a mulher do meu cliente, e que foi dizendo que não o queria ver e o filho muito menos.
No entanto lá resolveu ir até ao táxi, não o reconheceu de imediato, cumprimentaram-se de mão, falaram um pouco. Entretanto chega o filho… e… ficou lá em casa.
O motorista não soube de mais nada.
BREVES
- No dia 30.09.2010 entre as 22.40 e as 23.00 horas, os motoristas e clientes da rádio táxis invicta, puderam, e mais uma vez, ouvir alguns comentários via rádio, inoportunos.
É óbvio que não pode ser assim, como é possível um operador deixar um cliente à espera 38 minutos, sem enviar outra viatura ?
- - Onde é a rua celular em entre quintas ? pergunta um motorista
-Então é na rua do Vilar, perto do palácio,
- A instalação de “Multibanco” nos táxis, já é uma realidade. Ainda são muito poucos na cidade do Porto.
- Na postura da Areosa, o Senhor Almeida:
- Pelos vistos ainda não!
Algum tempo depois, chamam o referido veículo via rádio, e é informado de que fica sem comunicações até colocação de uma nova tira da rádio táxis.
Sem mais comentários.
UMA HISTÓRIA AOS QUADRADINHOS !
- Eu quero apresentar uma queixa contra um motorista.
- Então porquê ?
- Simplesmente porque não gostei da cara dele.
- Minha senhora, mas isso não é razão suficiente.
- Ai não? Então vou escrever uma carta a dizer que foi muito mal educado comigo!
O MOTORISTA FOI CHAMADO À CENTRAL
- Então o que é que se passou com esta senhora?
- Não se passou nada, porquê?
- Temos aqui uma carta onde senhora diz que o senhor foi mal educado.
- Deve de haver algum lapso, pois comigo não se passou nada!
- Isso é o que o senhor diz! Não sabe que devemos atender bem os clientes? È sempre a mesma coisa.
- O senhor veja como fala, pois estou a dizer-lhe que não foi nada comigo, que há naturalmente algum engano. E que direito lhe dá e que moral tem o senhor, para falar dessa maneira? Tenha respeito se é que quer ser respeitado. Eu não tenho nada com esse caso, e veja se defende a sua classe convenientemente e com sentido de responsabilidade. O senhor como motorista que é, tem por obrigação de ser sensível a este tipo de situações e conhecer a realidade tanto dos motoristas como também dos clientes. Sabe muito bem que transportamos de tudo, Gente boa mas também pessoas muito más.
O MOTORISTA FOI CASTIGADO EM 5 DIAS NO CORTE DE COMUNICAÇÕES. UMA COMPLETA INJUSTIÇA.
AEROPORTO
O grupo de profissionais de táxi do aeroporto de Francisco Sá Carneiro já existe à seis anos, é composto por empregadores e empregados, num total de 33 elementos, tem como principal objectivo, o convívio e o entretenimento entre todos.
Mesmo contra a vontade dos “ Velhos do Restelo” o agrupamento tem funcionado muito bem, demonstrando uma boa organização, e uma grande vontade de continuar a fomentar o respeito entre todos e a dignidade que todos merecem.
Este ano vão realizar o 6º convívio, acompanhado de uma missa em homenagem ao companheiro Jorge Oliveira, recentemente falecido.
Seriam umas 16,00 horas, estava na postura da corujeira em primeiro lugar, e reparei que se aproximava do táxi uma jovem que aparentava 18 anos de idade. Muito bem vestida, mas vinha descalça, trazia um par de sapatos na mão.
Entrou no táxi para o banco da frente.
- Então a menina vem com os sapatos na mão ?
- Sabe senhor motorista, as sapatilhas são novas, custaram-me 100.00 euros mas fazem-me inchar os pés.
- E vamos para onde?
- Para o bairro da Pasteleira pela VCI, já não aguento ir de autocarro com os pés neste estado.
Minutos depois chegamos junto do bloco 7 do referido bairro.
- Por favor espera um pouco, vou buscar dinheiro, eu tenho passe e era par vir no autocarro, não contava com esta situação, é só um minuto.
Perante todo aquele cenário, acreditei na jovem, mas… o certo é que depois de esperar quinze minutos vim embora sem receber a corrida.
Obs: Ainda saí do táxi para ver se via alguma coisa, foi quando duas senhoras idosas me disseram que Ela não tinha entrado no bloco. Posteriormente tive conhecimento que já tinha acontecido o mesmo a um colega de S.Roque.
Fernando Loureiro RT 388
Entrou na postura das carvalheiras às 14.30 horas, bem vestida, aparentava 20 anos de idade.
- Senhor Motorista, queria ir para Macedo de Cavaleiros, e é para regressar novamente ao Porto, porque só vou buscar a minha irmã.
O Quim não hesitou, e segue em direcção ao referido local.
Durante a viagem conversaram normalmente, o suficiente para não levantar quaisquer tipo de suspeitas, sempre muito simpática, muito compreensível, muito bem falante, enfim, tudo corria de acordo com as normas do bom comportamento, merecendo desta forma uma total confiança.
Em Macedo de Cavaleiros a irmã entrou no táxi e regressamos ao Porto, durante a viagem nada de especial se passou, as duas conversaram muito e de tal forma, que mais reforçou a ideia do motorista, de que se tratava de pessoas educadas e responsáveis.
Já no Porto, fomos directos às bombas da GALP do parque da cidade.
- Aguarde um pouco que vamos levantar dinheiro e ao quarto de banho. Trezentos euros chega Senhor motorista?
- Chega menina !
Entraram nas bombas, saíram para ir ao quarto de banho, voltaram a entrar para entregar a chave, o Quim aguarda 5 minutos, 10 minutos e vai às bombas. Não vê ninguém fala com o funcionário e confirma que foram à casa de banho mas que depois saíram. Procurou e voltou a procirar mas nada.
Ficou sem 243.00 euros da corrida, 7.40 euros de portagem, e toda uma frustração após cinco horas de serviço sem qualquer recompensa.
CADA VEZ MAIS É PRECISO FAZER PREVENÇÃO.
“Hoje é dia 13!”
Sim, digo bem, “hoje é dia 13”!! E só por coincidência o que aqui escrevo poderia coincidir com o facto de hoje ser dia 13.
Mas o que pretendo com isto dizer?
Eu passo a explicar…
Há muito que não encontrava um Amigo, ou melhor, dois Amigos. É verdade, nesta quarta-feira, 13 de Outubro de 2010, num daqueles intervalos entre o fim de um serviço e o começo de outro, tive o prazer de tomar um café com o amigo Rui Teixeira, aproveitando para pôr um pouco da conversa em dia, já que não raras as vezes, não sobra tempo para almoçar, quanto mais para “dois dedos de conversa”.
Entretanto, o dia continuou a desenrolar-se, não terminando sem que outro amigo me convidasse também para um cafezinho. Aceitei com agrado, pois também já há muito tempo que não nos encontrávamos.
Este fez questão de me oferecer alguns n.ºs deste jornal, os quais não recusei. Por sua vez, lançou-me o desafio de escrever um artigo para este jornal, embora eu lhe tivesse dito de imediato que não dispunha de muito tempo. No entanto, quando se quer, tudo se consegue…desde que pensemos positivo. E digo isto, porque da análise que fiz às edições anteriores cujos artigos foram, à semelhança deste, redigidos por motoristas de táxi, que assim vão colaborando na realização deste jornal, constatei que os seus desabafos/ lamentos estão carregados de uma carga emocional fortemente negativa, não favorecendo em nada o seu desempenho no dia à dia desta actividade, já de si árdua.
Assim, quantos só pelo facto de algo não lhes correr tão bem como desejariam, não pensaram que tudo lhes estava a correr mal por se tratar de um dia 13.
Pensamento positivo é preciso, já!
Este foi para mim um grande dia, pois apesar de todas as vicissitudes deste “ramerrame”, acabei por reencontrar dois amigos.
É preciso ter sorte!
E o que dirão aqueles 33 mineiros, que estiveram presos debaixo do solo, e só ao fim se 69 dias conseguiram ser salvos? Não terá sido também para eles um grande dia 13?!
Há que pensar positivo!
Se assim o fizermos certamente que conseguiremos viver melhor o dia a dia!
Bem-haja ao Amigo Henrique Teixeira, por ao longo destes dois anos do “Jornal Motoristáxi” dar voz aos desabafos dos seus colegas de profissão.
H. Cardoso
O NOSSO JORNAL
Continua a superar todas as nossas expectativas.
O retorno positivo que temos obtido, leva-nos a concluir, que na verdade o jornal motoristáxi, tem contribuído na promoção do debate de ideias, e por conseguinte na salutar discussão de vários problemas que de alguma forma afectam o nosso sector.
É bom, e mais motivação nos dá, ao saber que forças vivas do nosso sector, estão a trabalhar de forma possível, em algumas questões abordadas pelo nosso pequeno jornal.
Agradecemos a todos, que de formas diferentes, têm contribuído para esta realidade.
SUMÁRIO
- Isto não é verdade.É pura ficção
- Fernando Loureiro
- A Vila Verde
- Joaquim Carvalho
- Breves
- “Hoje é dia 13” de Henrique Cardoso
- Uma história aos quadradinhos
- O nosso Jornal
- Aeroporto
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