segunda-feira, 5 de julho de 2010

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 20

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 20

DESCULPEM A MINHA IGNORÂNCIA !

MAS…


• Porque é que o canal (invicta) está fechado ?
• Porque se fala ( no tal canal ) tanto e tanto, extra serviço ?
• Porque é que a uns motoristas se dão todas e mais algumas explicações, e a outros não se dá qualquer explicação, com a agravante de serem atendidos com agressividade ?
• Porque todos sabemos das muitas e muitas habilidades que estão a ser praticadas com os serviços de marcações. Porque não acabar definitivamente e urgentemente com a mostragem antecipada nos monitores?
• Porque paira nas posturas uma total intriga sobre suspeições?

NA MALA

DE Joaquim Fernando Esteves Monteiro


Aconteceu no ano de 1992. Eram já 5.10 da manhã entra um cliente para Santo Tirso, arranquei e ao entrar na auto-estrada, disse ser um sargento do Exército, não convenceu. Logo mais adiante disse que não tinha dinheiro mas que ia acordar o pai para poder pagar. Quando chegamos ao local paramos junto à igreja do Monte de Assunção e indicou uma vivenda como sendo a sua casa, dizendo que ia buscar o dinheiro para me pagar.
Aí, como não queria que ele tivesse medo de ir sozinho acompanhei-o até ao portão, e ele pediu-me para aguardar ali.
Por palpite meu, abandonei o portão e fui para a outra esquina da casa, quando reparei que ele já estava a fugir pelos campos abaixo.
Comecei a correr atrás dele e com a velocidade que levava e também com a força da raiva, saltei uma rede sem por os pés e aterrei num campo recentemente plantado. Como os campos eram uns mais baixos do que outros, enquanto ele corria no debaixo eu corria no de cima até que o consegui alcançar.
Quando estava ao lado dele, saltei-lhe para cima e disse-lhe “vou-te matar”. Havia ali um riacho e ele caiu dentro, meti-lhe a cabeça debaixo de água até ele deixar de mexer, quando enfim deixou de oferecer resistência, levantei-o e transportei-o até à estrada, depois ainda tivemos de andar 7 km para encontrar o meu carro.
De imediato me disse que não queria ir ao meu lado porque eu lhe batia muito, então fiz-lhe a vontade e meti-o na mala da viatura até ao Porto, com destino à esquadra das Antas.
Parei à frente da esquadra e o agente disse-me que não podia estacionar ali, quando respondi que era só para tirar uma encomenda, ele veio ajudar-me e… “MAS QUE ENCOMENDA” e fiz a respectiva participação.

CURSO PARA RENOVAÇÃO DO CAP


No passado sábado dia 13.03.2010, fui ao curso para renovação do CAP.

Em primeiro lugar queria felicitar a Cooperativa Ráditáxis do Porto e seus responsáveis, ao promoverem estes cursos na sua sede, cujo objectivo é naturalmente facilitar todo o processo burocrático a que os motoristas utentes ficam isentos. Sem dúvida um bom serviço.

Sobre o formador, ( e não aguento se não falar) Senhor Jorge Fernandes, que salvo erro, veio expressamente de Sintra, pessoa muito bem falante, muito presunçoso, e convencido.

As primeiras duas horas (chegou atrasado mais de meia hora) mais parecia um comício do que uma aula, concretamente fez um ataque serrado à antral e seus dirigentes, desbobinando episódios e assuntos de que nada interessavam à maioria dos presentes (porque não conhece) e muito menos a um curso de renovação do CAP.

Mas não satisfeito, ainda frisou umas duas ou três vezes de que para além do táxi (ou táxis) que possuía, era formador, era dirigente da rádio táxis de Sintra, era dirigente da Federação Portuguesa de Táxis, já tinha sido da ANTRAL, era dirigente local do Partido Socialista. Pondo, desta forma, em causa (várias vezes) a integridade de terceiros.

Não fosse a intervenção (por várias vezes) de um “aluno” motorista, o Senhor José Mendes ( que não tenho o prazer de conhecer), que para além de um belíssimo orador, mostrou de facto ter um conhecimento acima da média, ser fundamental no esclarecimento de algumas questões levantadas. O senhor formador ao primeiro “assalto” logo perguntou à quanto tempo era taxista, com aquele tom intimidatório, mas o “aluno” demonstrando uma grande capacidade, disse exercer a profissão à cinco anos. Posteriormente foi de tal forma esclarecedor e convincente, que o próprio formador habilmente entrou em diálogo e parafraseando o mesmo.

Sensivelmente meia hora antes de acabar o tempo previsto, é que procedeu à distribuição dos testes, preenchidos colectivamente em voz alta, e foi precisamente nesta matéria ( a relevante) que o formador revelou alguma debilidade.

Sou a favor de formação continua, mas não desta forma, temos que alterar e reformular e ideia de formação, tal e qual ela é, e tal e qual deve ser. Só dessa forma é possível estimular os profissionais a participarem com sentido de responsabilidade, na aprendizagem e actualizações sempre em curso.

PORQUE ANDO COM
RÁDIO TÁXI DESLIGADO?

É muito simples, primeiro, porque depois de implantado o sistema chamado de GPS, decidi contribuir (no meu entender) para uma rápida adaptação, obrigando desta forma a que o referido sistema trabalhe nas suas reais capacidades.

Segundo, porque estou completamente saturado de ouvir os mais diversos disparates, para além , claro, dos modos como a generalidade dos operadores continuam a falar aos motoristas, concretamente com muito arrogância, com muita pouca educação e com discriminação. Quero dizer com isto, que para uns, falam em tom suave, para outros, em tom agressivo. Para uns, existe sempre uma correcta explicação, para outros, nunca sabem nada.

Por isto e MUITO MAIS ando com o rádio desligado!

RÁDITÁXIS DO PORTO
E SISTEMA GPS

Foi com muito agrado que soubemos de que a ráditáxis do Porto, está já com quase todo o processo concluído, para apresentar durante o corrente ano, aos seus sócios, uma proposta para a instalação do sistema GPS.

Para quem é dirigente, não vai ser tarefa fácil, trata-se de muito e muito trabalho, que na maior parte das vezes não é reconhecido. Sem dúvida de que vão precisar de coragem e de uma proposta bem elaborada. Mas também não tenho dúvida alguma, e após de ocasionalmente, ter o prazer de conversar sobre o assunto com o responsável da direcção, de que a referida equipe está bem documentada, está e ser feito um estudo por organismos responsáveis e credíveis de nível nacional, mas mais importante, uma demonstração de grande capacidade de gerir todo este processo.

A meu ver, só falta aos sócios perceberem bem de que se trata do futuro, e terem plena consciência de como tudo vai funcionar. Não devemos ser influenciáveis por boatos, devemos sim tentar compreender muito bem como tudo funciona e perguntar a quem de direito todas as dúvidas que naturalmente vão surgindo.

SUMÁRIO

• Desculpem minha ignorância
• Na Mala
• Curso de Renovação do CAP
• Porque Ando c/Rádio Táxi Desligado?
• Ráditáxis do Porto Sistema GPS

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 19

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 19

REGIONALIZAÇÃO

O sim à regionalização, pode não ser a receita para resolver todos os problemas, mas servirá para atenuar. È naturalmente uma forma de combater as assimetrias no distrito do Porto.

As resoluções de todos os problemas em torno da capital, provoca directa e indirectamente o esquecimento das restantes partes do território nacional. Somos todos europeus, somos todos portugueses, não somos os provincianos que nos querem fazer ser.

Também no nosso sector «TÁXI» tudo continua centralizado, pensamos ser tempo de cada localidade ter as suas próprias iniciativas na resolução dos seus problemas, que são diferentes uns dos outros.

È aos responsáveis locais, e depois de auscultarem os interessados, que deve ser dada toda a responsabilidade de gerirem a nossa actividade, nas respectivas localidades.

SERVIÇO DE TÁXI
COM PRÉ PAGAMENTO

Não é possível ? Claro que é possível ! Haja boa vontade e interesse em tentar resolver tal objectivo.

È completamente inconcebível, o aumento sistemático, que se tem vindo a verificar, de utentes de táxis que não pagam os respectivos serviços prestados.

Todos os motoristas têm razões para estarem preocupados, nomeadamente para quem tem de apresentar contas, pois muitas vezes só a falta de pagamento de uma corrida é equivalente ao salário (ou mais) de um turno de trabalho.

Em Agosto de 2008 abordamos este problema e dizíamos que: Nos autocarros, nos comboios, no metro, o transporte é sempre pago antes. Porque não implantamos o mesmo sistema ?

Vale a pena pensar nisto. #

SEGURANÇA


Mais uma vez, e nunca é demais, vimos falar da nossa insegurança.
A prevenção, continua a ser na verdade a nossa melhor defesa, cada vez mais devemos providenciar, para quem vamos transportar, para que locais e em que condições.
Ao longo dos anos, sempre vamos falando de sistemas de segurança , e basicamente sempre em desacordo uns com os outros. Agora é um candeeiro, agora é um Táxi Seguro, não esquecendo a tão falada vídeo vigilância. Sistemas que só por si são ineficazes, mas não havendo mais nada são sempre bem vindos.
Tirando da ideia de que tudo isto é utópico, continuamos a acreditar de que o separador é sem duvida um bom sistema defensivo, pese embora o desacordo ( que respeitamos ) de uma grande parte dos motoristas.
Por favor prestem sempre a maior atenção. #

CRISE

Não é novidade para ninguém de que existe crise, que é geral, e que os táxis a vivem muito particularmente.
Desde o início deste ano de 2010, tem sido patente a globalidade de maus apuros, por isso apelamos para a solidariedade de todos, não sejamos egoístas, podemos “ dividir o mal pelas aldeias “ porque todos precisamos de trabalhar. Pedimos respeito uns pelos outros
Entretanto, devemos manter todo o optimismo, na esperança de que tudo se normalize muito dentro em breve.

Desabafo

Nunca vi tempos tão parados
Como estes de agora
Que esperamos stressados
Por alguém que nos leve embora

Horas a fio à espera
E os nervos à flor da pele cansada
Que melhore, quem me dera
Pois sem trabalho, não somo

Temos de ter instrução
Saber lidar com a mente traiçoeira
Que nos ataca o frágil coração
Para nos lambrar a vida inteira.

Marcados desta maneira
Não à nada a fazer
Desta vida rotineira
O que sofremos para sobreviver.

Gabriel Pinto RT 56


À conversa com
José Quezada


Sempre com o objectivo, de angariar pequenos episódios no âmbito dos táxis, estou permanentemente atento ao que os colegas, muito naturalmente vão contando.
Em conversa com este nosso amigo, registei dois acontecimentos que me parecem relevantes.
« Ainda o trânsito circulava no tabuleiro superior da ponte D. Luís, vai com um serviço para Oliveira do Douro. Era de madrugada, vê uma Senhora debruçada nas grades da referida ponte, pensa que não é uma situação normal, liga com a central, descreve a situação e pede para ligar à polícia a dar conhecimento.
De regresso ao Porto, pode verificar de que não se encontra ninguém no tabuleiro superior, fica um pouco apreensivo por não saber o que aconteceu.
De imediato liga com a central para perguntar se tinha contactado com a polícia, ao qual responderam afirmativamente. Não satisfeito liga ao 112, expõe a situação, e foi informado de que efectivamente a referida Senhora tinha sido recolhida e estava bem. »

« Num outro serviço dado pela central, foi à rua particular de Justino Teixeira, um cliente de meia idade, entra na viatura e sente-se mal, não consegue respirar convenientemente, o motorista fica sem saber muito bem o que fazer, decide ligar ao 112 e contar o que se está a passar, logo vem uma ambulância, estão com o doente dentro da viatura durante alguns minutos, depois disso, uma médica foi ter com o motorista, dizendo-lhe que fez muito bem em ligar, pois possivelmente lhe salvou a vida, posteriormente seguiu para o hospital.»

PERDIDOS E ACHADOS

Acontece muitas vezes, clientes deixarem objectos nas viaturas. Telemóveis, carteiras, porta moedas, guarda-chuvas, chaves, etc.etc.

Quando reclamados, normalmente são recuperados. Quando entregues, a deslocação do respectivo veículo, logicamente tem de ser cobrada, muito embora a reacção dos diversos utentes (esquecidos) nem sempre seja compreensível e sensível a esta questão, apesar de estarem perante uma situação de recuperar um objecto valioso. E não for a honestidade dos motoristas, possivelmente, e em muitos casos isso não seria possível.

De salvaguardar, as situações perdidas que ficam no banco de trás, e posteriormente entra outro cliente e o mesmo não entrega, nestes casos o condutor nada pode fazer.

Esta pequena introdução para contar um pequeno episódio, muito corrente, passado com o nosso colega Macedo.

« Na postura do lago entram umas jovens com destino a uma discoteca da cidade do Porto. A corrida termina, pagaram e o motorista seguiu seu destino. Depois de fazer um outro serviço, por sorte, reparou num telemóvel que estava no banco de trás. De imediato tentou contactar alguém, para isso foi ao menu do mesmo, e conseguiu falar com uma amiga da proprietária. Depois de explicar o que se estava a passar, e que tinha de pagar a deslocação para poder entregar o telemóvel, Ela respondeu:
:- Era o que faltava, eu ligo para a central e não tenho nada que pagar!
:- Não tenho mais nada a falar com a menina, muito boa noite. (e desligou o seu telefone)
Foi novamente ao menu, viu o numero do “Pai” e ligou com Ele, explicando novamente o que se estava a passar. O Senhor respondeu que iria entrar em contacto com a filha e que depois dizia alguma coisa.
No dia seguinte a menina telefonou, pediu para entregar o telemóvel e que pagava a deslocação, e assim acabou mais um episódio, que valeu a insistência do Motorista para proceder à sua entrega. »

SUMÁRIO

# Regionalização
# Serviço de táxi com pré pagamento
# Segurança
# Desabafos
# Crise
# À conversa com
# Perdidos a Achados

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 18

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 18

PRIMEIRO 2010


Foi em Julho de 2008, este é o 18º mês consecutivo que distribuímos este pequenino jornal. Queremos continuar a contar os episódios mais interessantes do nosso quotidiano. Queremos todos os motoristas ( e sem excepções) como protagonistas. Queremos transmitir que todo este trabalho não é mais do que um ”passatempo”, muito embora queira ser responsável e credível, sempre com o objectivo de contribuir para a dignificação do nosso sector.

Vontade não nos falta em fazer melhor e maior, mas só isso não chega, na verdade e no imediato, não temos condições nem possibilidades de enriquecer de alguma forma esta pequena aventura. No entanto e sem quaisquer tipo de preconceitos, vamos continuar com a nossa presença mensal. Naturalmente com a imprescindível colaboração de todos, fazendo-nos chegar quer por escrito quer verbalmente, todos os episódio e diálogos que achem convenientes. UM BOM ANO.

APONTAMENTO

Estava na postura do 24 de Agosto, encontrava-me na segunda posição.
No passeio do lado oposto à postura vejo um indivíduo a passar, atravessa em direcção ao carro da frente. De repente vejo-o novamente atravessar a rua para o lado oposto, pensei, afinal não vai para táxi.
Segundos depois o referido senhor aparece da parte de trás da minha viatura, vem ter comigo e pergunta se estou livre, eu respondo que sim, mas tem de ser o primeiro carro.
-Eu quero ir neste carro porque o seu colega está a dormir.
- Mas eu acordo-o
- Peço desculpa mas eu não vou naquela viatura porque o motorista está a dormir, por isso quero ir neste.
- Está muito bem, faz o favor de entrar.
O cliente entrou, e foi a falar comigo, começando por dizer, que quando acorda, demora sempre alguns minutos a conseguir raciocinar correctamente, e que na sua área profissional só mesmo após meia hora.
E como ele é assim tem a percepção de que os outros também o são.
Eu tentei explicar-lhe de que a minha reacção foi de colega para colega, pois o mesmo fica sempre com a ideia de que o cliente entrou e eu não respeitei a ordem dos táxis. Para além disso, transmiti-lhe a minha opinião de que; em primeiro, nem todos temos as mesmas reacções, segundo, normalmente o Motorista não está a dormir profundamente, terceiro, porque as horas que frequentemente estamos parados nas posturas é muito fácil que isso aconteça.
A mim também me acontece frequentes vezes, mas na verdade e muito principalmente quando estamos a sair de uma postura, devemos naturalmente ter em atenção este facto, que todos sabemos, ser extremamente importante.

OS LEVEZINHOS




Fomos à conversa com os Senhores Moreira e Francisco Costa, na tentativa de sabermos algo sobre este grupo, e podemos constatar, que se trata realmente de um bom exemplo a seguir.
Trata-se de um grupo de 14 motoristas, com características culturais e desportivos, que para o efeito se reúnem uma vez por semana. Nasceu à três anos, mais concretamente a 22 de Fevereiro de 2007.
A grande virtude é sem dúvida a visível organização, que todos os membros estão empenhados em desenvolver e concretizar, só assim é possível levar por diante um projecto.
Os grandes objectivos, naturalmente são de entretenimento, de lazer e de amizade, mas sempre com a preocupação de incutir bons exemplos, devidamente acompanhados de respectivas regras e disciplina.
Só por mera curiosidade, algumas das regras; Ter carácter, personalidade e espírito de grupo; Ter a noção da responsabilidade; Ser solidário para com os colegas; Ser participativo, dando ideias construtivas. ajudando o grupo a crescer e a organizar-se; Ter respeito pelo adversário.
Estão definitivamente a crescer, já existe uma pequena estrutura em funcionamento, nomeadamente, dois responsáveis, patrocínios, distribuição de tarefas e responsabilidades para todos os membros, e um exemplar e importantíssimo controle das suas contas.
Pelo conhecimento que tivemos deste ainda pequeno grupo, da forma tão responsável que têm demonstrado em todo o seu trabalho, temos a obrigação de dar uma palavra de apreço e desejar a este (GRANDE GRUPO) as maiores felicidades.


GPS – Rádio Táxis Invicta

São vastos os exemplos de Motoristas, que têm vindo a transmitir os benefícios de que este sistema nos veio proporcionar. Não esquecendo no entanto, que existem naturalmente, algumas situações com necessidade de alguns reajustamentos.

O Senhor José Augusto (135) é proprietário sobejamente conhecido na nossa praça.
Após o sistema GPS ter sido aprovado, continuava a não estar de acordo, ao ponto de pensar na eventualidade de mudar de central. Tudo isso, devido possivelmente ao mau esclarecimento sobre as capacidades e funções do referido sistema.
Entretanto, e depois de ter ponderado convenientemente, solicitou mais informações e decidiu pela montagem, aderindo desta forma ao aprovado por maioria.
Actualmente, o Senhor José Augusto é na realidade um homem ainda mais feliz. E porquê? Porque (e não se cansa de o dizer) :- Aos anos que aqui ando, nunca respondi a tantas chamadas via rádio táxi como agora; Trabalho muito mais e melhor.

PONTO DE ENCONTRO

A BP dos Combatentes é sem dúvida um ponto de encontro de muitos motoristas. E queremos fazer esta referência muito especial, concretamente a todos os funcionários que diariamente nos recebem com muito agrado, eu até atrever-me-ia a dizer… com amizade.

Esta é a forma que encontramos para dirigir uma palavra de apreço e de agradecimento, pelo convívio que nos é proporcionado nos pequenos intervalos para tomar mais um café.

O CUNHA

O Cunha era um bom profissional, gostava muito de conviver com os amigos, Homem de palavra, um pouco nervoso “ fervia em pouca água “.
Circulava na Rua Fernandes Tomás, e ao virar para a rua de Sá da Bandeira, um carro apitava e…
- Vê-se logo que é Taxista! È tudo deles ! Anda mais devagar.
Depois de trocarem alguns piropos considerados normais nestas situações, nem por isso muito agradáveis, cada qual seguiu o seu destino.
Lembro-me de o Cunha contar este episódio com muita convicção e de uma forma muito sua, de referir que os clientes iam para o hospital ver um familiar que tinha tido um acidente,
Pouco mais ou menos um mês depois , recebe uma chamada via rádio táxi, para uma determinada morada. Entra um um casal para o aeroporto mas… O MAIS DEPRESSA POSSÍVEL.
Nem mais nem menos, tratava-se da pessoa com quem tinha tido a tal situação desagradável na rua de Sá da Bandeira. O Cunha nada disse mas seguiu com uma marcha lenta, a pontos de o senhor ter que o chamar a atenção.
- Solicitei ao Senhor motorista o mais rápido possível porque estamos muito atrasados para apanhar o voo,
- O Senhor naturalmente não se lembra de mim, mas lembra-se de um episódio que teve com um taxista na baixa do Porto. Era eu, e o cliente que transportava também me tinha solicitado para o transportar o mais rápido possível. Coisas do destino, o senhor entra no meu táxi e pede para andar o mais rápido possível. E agora ?
- De facto á coisas extraordinárias, lembro-me muito bem da situação. Andamos sempre a aprender , eu peço-lhe desculpa por tudo, mas por favor neste momento preciso de chegar a horas, caso contrário perco o avião.
O cunha aceitou muito bem aquelas palavras e de imediato aumentou de velocidade a ponto de chegarem a horas de apanhar o voo.
Na hora da despedida o senhor fez questão de ficar com o contacto do motorista, para numa outra altura poderem falar com mais tempo. E assim foi muito mais tarde encontraram-se conversaram e ficaram amigos para sempre.

Sumário:

*** Primeiro 2010
*** GPS
*** Apontamentos
*** Ponto de Encontro
*** Símbolo de Os caça Comboios
*** O Cunha
*** Os Levezinhos

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 17

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 17

FELIZ NATAL

Convívio Natalício da Sociedade
“Os Caça – Comboios”

A Sociedade “Os Caça – Comboios”, foi iniciada este ano (2009), em Setembro e tem como objectivo principal a organização de dois convívios anuais. Esta é uma sociedade composta por onze amigos, motoristas de táxi, que resolveram unir esforços para fomentar o espírito de companheirismo e amizade proporcionando bons momentos, com todos sentados em torno da mesma mesa. (De preferência!) O convívio

Natalício, aconteceu no dia 12 de Dezembro. Foi um “Convívio Mistério”, pois a maioria dos sócios não sabia onde iria decorrer, até ao momento em que chegamos ao local. Fomos todos de metro até ao Restaurante “O Malheiro”, em Pedras Rubras. Foi um dia memorável, vivido com verdadeiro espírito Natalício! Boas Festas para todo
“OsCaça-Comboios”

RÁDIO TÁXIS INVICTA
SISTEMA GPS

Existe ainda, quem ande só à procura dos defeitos do sistema, não querendo falar nas vastíssimas virtudes e benefícios de que o mesmo nos proporciona.

Mas contra factos não há argumentos. A previsível e temporária fase decrescente, a que as respectivas alterações assim o exigiram, estão completamente ultrapassadas, quer dizer que em muito pouco tempo todas os objectivos estão a ser concretizados, nomeadamente o numero de chamadas que voltaram ao normal, a maioria dos clientes informam de que já estão a ser atendidos muito mais rapidamente, e a adaptação ao sistema por parte de todos os intervenientes está a ser muito mais eficaz do que inicialmente se previa.

Com a ajuda de dois técnicos permanentes, e em conformidade com as informações enviadas para a central, estão a efectuar alguns ajustes para corrigir algumas situações. Por exemplo; a viatura que rejeitar um serviço na postura, já não passa para último, apenas sofre uma penalização temporária de cerca de três minutos. Está em vias de resolução o problema das posturas quando as chamadas vão ao ar.

Por parte dos motoristas ainda se verifica eventuais esquecimentos de manuseamento quando se ausentam da viatura, mas tudo será resolvido com a experiência e rotina do dia a dia. ATÈ AO FIM DO ANO ESTARÁ A FUNCIONAR A 100%.



Lei 24/2007: Acidentes em auto-estradas
IMPORTANTE:

NÃO SABER ESTE PROCEDIMENTO PODERÁ CUSTAR-LHE CENTENAS OU MILHARES DE EUROS
CONHEÇAM BEM ESTA MATÉRIA
Lei 24/2007: Acidentes em auto-estrada
Como sabem, para quem anda nas Auto-estradas, às vezes aparecem objectos estranhos nas mesmas, como peças largadas por outros veículos, objectos de cargas que se soltam e até animais... coisas que não deveriam acontecer porque as concessionárias são responsáveis pela manutenção. Estas situações provocam acidentes e danos nos nossos veículos, contudo se isto vos acontecer (espero que não) exijam a presença da brigada de trânsito.
Os meninos das auto-estradas vão dizer que não é preciso porque eles tratam de tudo... no entanto e conforme a *Lei 24/2007 , a qual define os direito dos utentes nas vias rodoviárias classificadas como Auto-Estradas Concessionadas *...(tendo em atenção o Art º 12º nº 1 e 2), vocês só podem reclamar o pagamento dos danos à concessionária se houver participação das autoridades!
É uma técnica que as concessionárias estão a utilizar para se livrarem de pagar os danos causados nos veículos.
Por isso, se tiverem algum percalço por culpa da concessionária, *EXIJAM A PRESENÇA DA AUTORIDADE*, não se deixem ir na conversa dos senhores da assistência os quais foram instruídos para dizer *'agora somos nós que tratamos disso e não é preciso a autoridade'*.
* Isto é pura mentira! Se não chamarem as autoridades, eles não são obrigados a pagar os danos e este é o objectivo deles! *
* Façam circular este mail, pois já nos chega pagar valores absurdos pelas portagens quanto mais sermos enganados desta maneira! *
Boas viagens
Origem Dr. Álvaro Caneira (Advogado)
Cuidem-se!

O Tóno

Foi chamado via rádio táxi a uma determinada rua.
Já no local, uma senhora que vestia um belíssimo roupão branco, dirigiu-se ao Motorista.
- Queria que o senhor me fizesse um favor.
- Sim minha senhora.
. Que por favor me fosse comprar dois maços de cigarros e uma garrafa de champanhe do melhor que encontrar, e para pagar leva o meu cartão multibanco, levanta dinheiro e paga.
-Mas … é preciso o código.
- Eu dou-lhe.
- Mas então é melhor a senhora vir também.
- E quer que eu vá neste estado ? (e abre o roupão e só se vê um biquíni e um belo corpo).
- Pode vir assim que não tem problema algum.
- Não, faça-me esse favor…
O Tóno lá foi ás compras, não levantou dinheiro mas pagou com o cartão. Quando chegou ao local não vê a senhora, espera cerca de meia hora e nada.
Entretanto a central chama.
- O senhor demora muito ao local do serviço ?
- Já me encontro no local á muito tempo, não está aqui a senhora e eu não sei em que andar mora.
- Por favor aguarde mais um pouco que a senhora já vai descer.
A senhora desceu, pediu muitas desculpas e logo convidou o motorista a subir para beber uma taça de champanhe … SAIU DE LÁ ÀS SEIS HORAS DA MANHÃ.

49º Aniversário da Raditáxis do Porto

Realizou-se no passado dia 29 de Novembro, no Restaurante “Quinta da Casa do Arco”, em Milheirós – Maia, o Almoço comemorativo do 49º Aniversário da Raditáxis do Porto. Estiveram presentes vários associados da cooperativa e respectivas famílias, assim como diversos convidados ligados ao nosso sector. O Núcleo do Jornal Motoristáxi, felicita a direcção pela excelente organização e deseja á Raditáxis do Porto as maiores felicidades!

2º Convívio de Motoristas de Táxi

Foi no passado dia 21 de Novembro, que aconteceu o 2º Convívio de Motoristas de Táxi da postura de Campanhã. Desta vez o local escolhido foi o Restaurante Abadia em Amares, passando primeiro pelo Gerês e São Bento da Porta Aberta. Foi um dia passado com muito boa-disposição, num ambiente de amizade e companheirismo. O Jornal Motoristáxi, não poderia deixar de felicitar a organização (Sr. Manuel e Sr. Durães) pela iniciativa.

APONTAMENTOS

È normal, nos muitos tempos livres que temos, conversarmos em grupinhos e cada qual vai contando as suas peripécias. Uns que ficaram sem o dinheiro da corrida, outros porque o cliente criou alguns problemas durante o serviço, etc,etc.

Tenho por hábito estar atento a estas conversas até porque surgem sempre situações
Caricatas, muitas das vezes sem o próprio motorista dar conta disso.

Numa dessas tertúlias, registei um pequeno episódio, pese embora não me lembrar de quem o contou;

« Já lá vão uns anos, estava só e a dormitar na postura do Conde Ferreira, de repente sente a porta a abrir e entra um indivíduo muito nervoso. E para espanto do Motorista o cliente estava mesmo em cuecas.
- Senhor ! leve-me a Valongo porque me zanguei com a minha mulher.
- Ò homem isso não são condições de entrar num táxi! O Senhor tem dinheiro?
- Não, mas não se preocupe que depois arranjo.
Tem dinheiro, não tem dinheiro, não está em condições de ser transportado, o referido motorista não efectuou o serviço.»

SUMÁRIO
• Feliz Natal
• Convívio Natalício
• Sistema GPS
• O Tóno
• 49º anivºRáditáxis do Porto
• 2º Encontro convívio Motoristas
• Apontamentos
• Lei 24/2007

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 16

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 16

BOM EXEMPLO DA PSP

Seriam umas 23.00 horas, circulava na rua de Sá de Bandeira, e como sempre com as portas devidamente travadas. Estava parado nos semáforos com a rua Firmeza, dois indivíduos:
- Está livre?
- Estou sim! (não me levantaram suspeitas.)
- Queremos ir para o hotel Ipanema Park.
De imediato verifiquei de que não se tratava de clientes do hotel. Naturalmente era um ponto de referência.
Depois de Rotunda da Boavista e após percorrer cerca de 100 metros da avenida, um carro patrulha manda-me encostar.
Saí da viatura, os dois Agentes dirigem-se a mim e em voz alta;
- Então o que se passa com o candeeiro?
Mas logo em voz baixa ,
- Sabe quem transporta? Para onde vai?
- Não conheço os passageiros e vou com destino ao hotel Ipenema Park.
- Você leva aí “Duas peças” muito perigosas. VÁ, QUE NÒS VAMOS ACOMPANHÁ-LO ATÉ AO DESTINO.
E assim foi, os dois agentes seguiram atrás de mim até à postura de Lordelo. Entretanto, os respectivos utentes deram a entender que sabiam que tudo aquilo foi motivado por Eles. Chegados ao destino, pagaram, saíram e a polícia foi ter com os indivíduos.
Posteriormente vieram falar comigo, onde tive a oportunidade de lhes agradecer. UM BOM EXEMPLO.

SURPRESA

O Zé estava na rua Júlio Diniz. Da discoteca Swing veio uma cliente que entrou para a parte de trás do seu táxi que pediu para ser transportada para determinada rua ao Carvalhido.
Tratava-se de uma mulher dos seus trinta anos, muito bonita, bem vestida (de mini saia), onde se podia admirar umas belíssimas pernas. Notava-se que estava um pouco eufórica, talvez com um copito a mais, mas completamente lúcida.
Iniciou conversa com o Zé e de tal forma entusiasmada, que quando este dá conta, já Ela está completamente debruçada no espaço dos bancos da frente, e sempre a conversar.
O táxi chega ao destino, manda parar;
- È ali que eu moro.
E Vê do seu lado esquerdo duas casas antigas, térreas, bem conservadas, com o telhado em forma de triângulo. Paga a corrida, e…
- Quer entrar?
Os primeiros segundos do Zé foram de admiração e de reflexão, como que a pensar no que deveria fazer e quais as consequências que daí poderiam advir. No entanto decidiu aceitar o convite, estacionou o táxi e…lá entrou.
Por momentos ficou sozinho na sala de entrada, aproveitando para dar uma vista de olhos. Ela estava de volta e com dois copos na mão, já o Zé estava sentado no sofá e sem casaco.
Senta-se a seu lado de perna alçada, com todo aquele belíssimo aspecto, era sem dúvida uma bela mulher. Por sua vez Ele só pensava que tudo lhe parecia um sonho, não entendia como tudo lhe estava a acontecer.
Existe o primeiro contacto, um beijo e…um barulho de automóvel a gasóleo, mesmo ali à porta da rua. De imediato se levanta, vestiu o casaco e ficou de pé, eram três e meia da manhã, batem à porta, O Zé ficou estático e sem saber muito bem o que fazer. Ela com muita calma vai abrir a porta e entra uma outra mulher mais ou menos da mesma idade;
- Quem é este senhor?
- Um amigo do meu Pai.
E depois? Depois foi correr para o táxi e…tudo acabou assim, como um sonho.

O NOSSO DIA A DIA

Setembro de 1999, postura do 24 de Agosto, entra uma miúda aparentando os 20 anos de idade.
-Senhor motorista queria ir para o bairro do viso.
Naturalmente segui pelo caminho mais curto. Quando já estou no referido bairro;
-È para a torre (tem onze andares), e agradecia que esperasse um pouco porque vou pedir dinheiro à minha Mãe para pagar o táxi.
Boa apresentação, bem falante. Estive de acordo, no entanto tentei seguir todos os seus paços, precavendo qualquer eventualidade.
Quando tinha chegado ao local o taxímetro marcava esc: 770$00, esperei até aos esc: 1.000$00 e travei o taxímetro.
Como não vinha ninguém, fechei o carro, saí, e falei com alguns miúdos que por ali brincavam, na tentativa de saber de quem se tratava. Após alguns minutos fiquei a saber em que andar morava e até que se chamava Helena.
Chamei a Polícia de Segurança Publica, que veio de imediato, e depois de explicar o que se estava a passar, mais os elementos que tinha adquirido no local, prontificaram-se ir a casa da Helena. Com a ajuda de um dos miúdos, que depois de informar a casa exacta, o agente mandou-o embora.
Batemos umas duas ou três vezes à porta, só depois do senhor Agente se identificar verbalmente è que abriram a porta, eram os pais. Perguntamos se era ali que morava a menina Helena, responderam afirmativamente, ao mesmo tempo aparece Ela, de imediato a pedir desculpa porque se tinha esquecido.
O pai depois de saber do que se estava a passar, só perguntou quanto era a corrida e logo pagou.
Agradeci aos agentes, responderam-me, que não estavam ali para outra coisa, e sempre que precisem estavam ao dispor.
Tudo isto me sensibilizou, nomeadamente a situação daqueles pais que nada sabiam do que se estava a passar com a filha, foram apanhados de surpresa e senti que ficaram com vergonha pelo acto cometido.

FINALMENTE SISTEMA GPS

Em jornais anteriores, alertamos convenientemente para as normais dificuldades que iríamos enfrentar, na mudança profunda de sistema de trabalho na rádio táxis Invicta.
Consideramos de que os moldes criados para uma melhor adaptação, foram realmente muito positivos, nomeadamente as inclusões faseadas do sistema, criando desta forma maiores possibilidades de aprendizagem em cada operação a efectuar, não esquecendo naturalmente a formação disponibilizada para todos os motoristas.
A meados do mês de Novembro a operacionalidade do sistema situava-se em 70% na central e a 50% nas viaturas. Isto quer dizer de que as maiores dificuldades (normais) de compreensão do funcionamento ainda é por parte dos motoristas, mas que se espera nas próximas semanas um desenvolvimento no sentido positivo, de forma e muito rapidamente dar resposta adequada a todas as solicitações.
Naturalmente ainda à um longo caminho a percorrer, no entanto já podemos salientar alguns pontos muito importantes e bem visíveis com este sistema, concretamente a mais justa distribuição do serviço. Antes uns respondiam a 6 e 7 serviços por turno, outros respondiam a l e a 2, o que se está a verificar é que os que respondiam a 7 agora respondem só a 3, os que respondiam a 1 também respondem a 3.
Somos optimistas, temos que dar tempo ao tempo, e tudo vai correr em conformidade.

SUMÀRIO

  • Bom exemplo da PSP
  • Surpresa
  • O Nosso dia a dia
  • Finalmente sistema GPS

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 15

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 15

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

No nosso último jornal, abordamos o tema da formação, com o único objectivo de transmitir a todos os responsáveis, as críticas que se fazem ouvir na praça publica.

Ao falar dos maus formadores, não queremos dizer com isso (como é lógico) de que não existem bons formadores. Mal de nós! Felizmente (e todos sabemos) de que existem pessoas muito bem qualificadas para exercer as funções de formadores. Mas…o problema não são os bons, o problema ( e grande ) está nos MAUS.

Em todas as profissões ou funções existem bons e maus profissionais, normalmente as críticas são sempre dirigidas a quem não tem capacidades para exercer este ou aquele cargo, temos de combater é o que está mal, porque o que está bem… está bem, só temos é que dar estimulo.

Antes de terminar e ainda sobre este assunto, queremos informar os nossos leitores de que somos portadores (temporários) de um CD onde se pode ver uma boa aula de formação, que em nosso entender deveria ser devidamente divulgada com objectivos pedagógicos.


AINDA O NOVO SEPARADOR


Depois da nossa experiência na montagem do separador (só para o motorista), contactamos o fabricante, com o objectivo de nos informar o porquê de não conseguirmos fixar convenientemente o material e por conseguinte fazer uma grande oscilação.

Em resposta, foi-nos dito de que seria necessário levar umas três “cunhas” para dar mais estabilidade. Esta resposta (em nossa opinião) caiu como um balde de água fria. E porquê? Porque é impensável de que num sistema de segurança com estas características, o referido vidro tenha de estar pendente de umas “cunhas”.

È frustrante saber que este separador tem algumas vantagens, mas que tecnicamente não está suficientemente estudado.

Temos conhecimento de que está a decorrer um estudo para um outro modelo, estamos disponíveis para dar o nosso modesto e humilde contributo.


ENTREGA AO DOMILÍLIO


Madrugada de domingo, 6 horas, postura do via rápida, aguardo pacientemente que apareça um cliente, de preferência que seja um serviço para os meus lados, ou para a parte de cima da cidade, mas não foi assim, foi tudo ao contrário do que eu desejava. Chego a primeiro da fila, vejo dirigir-se a mim um indivíduo com os passos algo esquisitos. Entra na viatura e:

- Olá! Bom dia.

- Bom dia.

- Quero que o Senhor me leve ao Padrão da Légua se faz o favor.

- E para que local do Padrão da Légua?

- Não se preocupe, quando lá chegarmos eu indico(disse ele com uma voz já bastante enrolada).

Bom, lá seguimos viagem, percorridos uns 500 metros vejo pelo espelho retrovisor de que a pessoa já está a dormir, tão bem que até ressona, não fiz caso e pensei… quando chegar acordo-o. Já no local decidi chamar por Ele.

- Ó amigo, já chegamos, acorde. ( repeti mais alto ).

- Acorde, já chegamos, (e nada).

Como não obtive resposta parei a viatura, saí, comecei a abaná-lo e a falar cada vez mais alto.

- Acorde, Acorde, já chegamos, ( e nada, estava como morto).

Comecei a ficar preocupado, dizendo cá para mim. O que é que vou fazer com esta prenda? Bom, vou levá-lo a uma esquadra da polícia, não o posso abandonar nestas circunstâncias, passaram-me várias coisas pela cabeça.

Então, naquele momento acontece ao que se pode chamar “um milagre”, o telemóvel dele começa a tocar, e tomei a liberdade de o ir buscar à algibeira e atendi.

- Estou, bom dia.

- Quem fala? ( ouço uma voz feminina)

- Daqui fala um motorista de táxi e transporto um senhor…(não me deixou acabar de falar)

- É o meu filho, esse bandido já está outra vez bêbado, não é? Faça-me o favor e traga-mo para casa o mais depressa possível.

- Mas, minha Senhora Ele adormeceu, não consigo acordá-lo. E não sei onde é a casa da Senhora.

- Não se preocupe, não desligue que eu vou tentar orientá-lo pelo telemóvel. ( lá me foi explicando o trajecto, até que finalmente cheguei a casa da senhora ).

Estava à porta de casa de robe vestido e bastante preocupada, dirigiu-se a mim, muito, muito obrigada, este rapaz é sempre a mesma coisa, não pode sair à noite que chega sempre neste estado, e deu-lhe umas bofetadas na cara. (quase que era preciso uma grua ).

Pagou-me o serviço, pediu mil e umas desculpas, e lá me vim embora, com a consciência de “missão cumprida”

BESSA RT 228


LIÇÃO DE HONESTIDADE


O nosso colega Augusto Teixeira RT 227 Inv. Chamou por mim para contar um pequeno episódio que se tinha passado com Ele, que apesar do grande exemplo de honestidade que deu, quando contado a vários colegas, das várias reacções obtidas até parecia que tinha cometido algum crime.

Todos temos direito à opinião, mas isso não quer dizer que tenhamos sempre razão.

«O Senhor Teixeira fez um serviço da ribeira para o cafeína, e quando o cliente vai para pagar verificou de que o mesmo era portador de muitas notas de 500 euros. Mas tudo bem! Pagaram a corrida e seguiu o seu destino.

Por volta da uma hora da noite, e depois de já ter realizado vários serviços, a central rádio táxis faz um apelo perguntando quem fez determinado serviço (o acima mencionado).

- Foi o 227 que fez esse serviço.

- O Senhor encontrou alguma bolsa na viatura?

- Não encontrei nada, mas vou dar uma vista de olhos.

Foi à parte de trás da viatura e não estava nada

- Já vi atrás mas não está nada, mas espere mais um segundo porque vou ver no banco da frente.

Foi ao banco da frente e não via nada, de repente e mesmo quase debaixo do banco vê uma bolsa, abre e vê “montes “ de dinheiro ( não sabe quanto) e vários cartões.

- Senhor operador, está aqui uma bolsa e que tem muito dinheiro.

- Então vai fazer o favor de ir ter com os clientes ao hotel Infante Sagres.

O Senhor Teixeira dirigiu-se para o hotel, os clientes já estavam á sua espera, fez questão de verificarem se faltava alguma coisa. Agradeceram muito e gratificaram-no com 150 euros. »

O nosso amigo Teixeira não tem nada que ficar triste, antes pelo contrário. Parabéns pela lição que nos deu.


EDITORIAL


Mais ou menos à um mês atrás, tive o prazer de conhecer e conversar com um responsável do nosso sector. È muito difícil senão mesmo impossível, abordar vários temas referentes à nossa actividade em poucos minutos, no entanto deu para entender de que estava perante uma pessoa com grandes capacidades de trabalho e liderança.

A dada altura da nossa conversa (que por estranho que pareça foi muito convergente) O Senhor dizia que “um dos nossos grandes problemas é a falta de Dirigentes com capacidades”. Estou completamente de acordo.

A maioria gosta muito de protagonismo sectorial (para não ir mais longe), pensam logo que sabem tudo, e recusam estudar para aprender, porque pensam (mal) que sabem tudo.

E depois o que acontece? Má gestão, más lideranças, péssimo protagonismo, poucas ou nenhumas capacidades, e muito principalmente falta de CRIATIVIDADE.

E…? È Só copiar…copiar…copiar… È só imitar…imitar…imitar. QUE PENA!


UMA DORMIDA


São três horas da manhã, encontro-me na postura da Praça Velasquez, Entra um individuo, vestido todo de preto, aparentando trinta anos de idade.

- Senhor motorista , leva-me à rua entre paredes ?

- Sim senhor!

Após andarmos alguns metros, começa por dizer que só vai buscar os seus documentos, porque na realidade o que queria era mesmo um local para poder dormir, mais concretamente uma pensão. Pois tinha tido uma pequena discussão com a mulher e não queria ir para casa, mas que precisava dos documentos para poder ficar hospedado.

O homem estava completamente nervoso, e dessa forma, iniciou um desabafo total sobre o seu problema, claro que a minha missão era dar-lhe o máximo de atenção, até para Ele ficar mais calmo.

E assim foi, depois de contar com todos os pormenores, o porquê da situação, previsivelmente ficou muito mais calmo, foi então que lhe transmiti que por uma noite seria possível arranjar uma pensão para descansar sem ser preciso documentos.

O Senhor sem saber como me agradecer, ainda conversou mais um pouco, pagou a corrida, e… problema da dormida resolvido.


SUMÁRIO

* Formação Profissional
* Ainda o novo separador
* Entrega ao domicilio
* Lição de Honestidade
* Editorial
* Uma Dormida




segunda-feira, 21 de setembro de 2009

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 14

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 14
Formação Profissional

È muito frequente os motoristas falarem da formação profissional, tanto para a renovação como para a aquisição inicial do CAP.
São vastas as críticas e opiniões sobre este tema, uns, porque (dizem) não vão aprender nada porque até já andam cá à muitos anos, outros, porque tudo não passa de uma brincadeira, e de que se trata (dizem) de mais uma forma de ganhar dinheiro.
Sou a favor da formação contínua, com uma programação de ensino devidamente adequada e actualizada e administrada por sectores independentes.
Aprender, Aprender sempre!
Mas na realidade, para onde se dirigem as maiores críticas, é sem dúvida alguma, para a má qualidade dos formadores. Não têm capacidade de ensino, na maioria dos casos demonstram uma grande falta de cultura geral, muita dificuldade em estabelecer diálogo, nomeadamente quando confrontados com questões pertinentes, até mesmo referentes ao sector.
A formação não pode ser só um acto formal, onde se paga uma (enorme) quantia e prontos está feito, antes pelo contrário, apesar de se tratar só de uma formação profissional, deverá ser bem administrada, responsa-velmente conduzida e seriamente avaliada. Por tudo isto, são necessários formadores com qualidade, com formação académica, podendo desta forma explicar (em bom português) todas as matérias em questão, sensibilizando e cativando todos os motoristas a aprender sempre mais.

Novo Separador

No dia 10.09.2009 estivemos na delegação da Antral, tentamos montar o novo separador numa viatura táxi, com o objectivo de durante alguns dias fazer uma experiência, e assim podermos tirar algumas conclusões.
Não foi possível concretizar, pois não conseguimos FIXAR o separador de forma correcta, evitando uma permanente e constante oscilação que iria perturbar o trabalho do condutor, para além da má imagem que eventualmente transmitiria.
Optimistas, estamos convencidos de que o problema não é do material em si, mas sim da nossa falta de experiência. Nesta fase inicial e experimental, talvez fosse necessária a presença de uma pessoa qualificada para uma conveniente demonstração de montagem e simultaneamente esclarecer quaisquer dúvidas a colocar.
Para além disso, acreditamos na mais valia deste separador, não só porque tem a vantagem de continuar com a lotação normal, mas também porque pode rodar o banco à medida do condutor, porque não fica totalmente isolado, (existe um pequeno espaço à frente) que deixa circular o ar dentro da viatura. Depois dos devidos ajustes o seu manuseamento é muito fácil. Seria um grande contributo para a segurança dos Motoristas, resolveria definitivamente 70% dos problemas com que nos deparamos diariamente.
Temos plena consciência de que tudo isto é "REMAR CONTRA A MARÉ", porque na realidade grande maioria não é sensível ao problema, argumentando as coisas mais incríveis que se possa imaginar.
SERÀ QUE É MELHOR NÂO TER NADA COMO SEGURANÇA? OU ENTÃO, QUE SEGURANÇA QUEREM OS MOTORISTAS? Vamos continuar a dar o nosso contributo para de alguma forma alertar para o grande problema da nossa insegurança.

À NOITE

Depois de uma longa noite de trabalho, e à conversa com o nosso colega José Quezada dizia ele:
-Ò Henrique! Nunca me tinha acontecido.
-Então o que foi?
-Estava na postura do Marquês, vem uma cliente que se dirige ao carro da frente, o motorista olha para a ciente e diz que não a leva. Muito zangada vem para a minha viatura, diz qual o destino que pretende e seguimos viagem. Após alguns minutos começa a disparatar dizendo que não era nenhum travesti que era muito mulher, e em plena viatura levanta a saia completamente, desce as calças e diz: pode ver que sou muito mulher e diga isso aos seus colegas!

GENTE FINA… È OUTRA COISA

São 5 horas da manhã, respondo a uma chamada para o calor da noite. Duas meninas brasileiras e um sujeito na casa dos 45 anos.
- Boa noite, rua Gonçalo Cristóvão em frente ao JN, e depois é para seguir para o Fleming.
- Sim senhor. (penso eu num bom serviço)
Chegamos a Gonçalo Cristóvão, uma sai e vai a casa, todos estão bem-dispostos, Ele diz que é de Viseu, e que tenho de lá ir porque está muito bonito.
Entretanto a que tinha ido a casa volta, entra no carro e diz-lhe:
- Amor tens de pagar antes (mas a falar quase em código)
- Querem que eu saia para falarem melhor?
- Está bem senhor motorista, muito obrigada.
Ficam os três a falar, e de repente ele abre a porta todo encrespado e manda-a sair da viatura insultando-a, ela por sua vez retribui os insultos. Bom, o indivíduo perde as estribeiras, pega pelos colarinhos do casaco, e bate com ela três ou quatro vezes contra a parede, abriu-lhe a cabeça, eu só via sangue. O sujeito queria que eu o levasse ao hotel e as deixasse ficar, eu disse que não, pois tinha de chamar a polícia, uma delas diz que não porque está ilegal.
Tinha de tomar uma decisão, e pedi à central para ligar à polícia. Enquanto os mesmos não vinham tive de separar o homem para não magoar ainda mais as meninas.
Veio o carro patrulha mais o INEM e mais polícia, identificaram os presentes (já só estava uma menina) tomaram nota de toda a ocorrência e dizem ao cliente para me pagar a corrida. Ele com o nariz quase encostado ao polícia, diz que não paga porque está do lado delas. E sabe para quem está a falar? Para o homem mais rico de Viseu, gastei com elas mais de dois mil euros.
O Agente vira-se para mim e informa de que tenho seis meses para apresentar queixa contra o cliente e… pode ir embora.
Moral da história, à noite todos são vistos pelo lado negativo, mas felizmente que assim não é, existe muito boa gente a trabalhar no turno da noite, mas que por questões profissionais têm de transportar o que mais degradante temos na nossa sociedade, inclusive os mais ricos…
Moreira RT 314

SUMÀRIO
· Formação Profissional
· Novo Separador
· À Noite
· Gente fina…è outra coisa
· Uma Dormida
· Bonjóia

Convívio de motoristas da postura de Campanhã

Realizou-se no passado dia 19 de Setembro mais um passeio que teve como destino o Santuário de Nossa Senhora de Lapa, em Sernancelhe. Desta feita, com organização dos nossos colegas Durães e Manuel. Teve partida da Rua da Estação, junto á postura de Campanhã, rumando em direcção á Régua, com paragem no Alto de Quintela para o pequeno-almoço, seguindo depois a Lamego, Tarouca, Moimenta da Beira e Sernancelhe. O Núcleo do Jornal Motoristáxi, felicita esta organização pela possibilidade de mais um convívio salutar entre todos os colegas que nele participaram.

BONJÓIA

Encontrei no meu velho Porto
Uma fatia do céu, quase escondida.
Entre vielas e por pedras protegida
Tem velhos muros caídos.
Recantos reconstruídos.
Musgos abrigados por japoneiras
E rolas bravas num céu sem fronteiras
Uma casa filha da realeza
De frontaria sóbria e rara beleza.
Um lago solitário e circular
Onde os pardais s’embebedam
E as pombas vão mergulhar.
Um jardim feito a compasso
E um doloroso abraço
Entre o velho casario
E a loucura do rodopio
Que magoa e estilhaça
A cidade por onde passa.
Entre velhos choupos e
Uma figueira amuada,
Há um tanque viúvo d’água
E uma eira "aburguesada"
Este espaço tem sol e seiva renovada.
Bonjóia é uma golfada de vida
È uma glícinia florida
Que nos baralha os sentidos,
Que perfuma e acalma a dor,
È berço de sonhos não vividos
Onde a raiva adormece e acorda o amor.