domingo, 16 de novembro de 2008

SUPLEMENTO Nº 2

HISTÓRIA DO TAXIMETRO

Um taxímetro, por definição, é um aparelho de medida, mecânico ou electrónico, semelhante a um odómetro, normalmente instalado nos táxis. Mede o valor a cobrar em relação à distância percorrida ou em relação ao tempo passado desde o inicio da viagem. Existem muitos modelos de várias marcas de taxímetros. É este aparelho que define que um táxi é um táxi, e não um carro qualquer.


Tão importante que os próprios romanos já teriam inventado algo parecido há milhares de anos. Acredita-se que, no tempo dos Césares, algumas charretes tinham uma espécie de contador que libertava bolinhas periodicamente. Assim, no final do trajecto, o passageiro pagava de acordo com o número de bolinhas libertadas.


Isto significa que se ao fim da viagem tivessem sido libertadas 10 bolinhas, e cada bolinha representasse 1 km, então teríamos de multiplicar o valor do km por 10 e aí teríamos o preço final do serviço.


Mais de mil anos depois, na China, carroças puxadas por animais ou mesmo por homens também possuíam uma espécie de medidor.
A invenção chinesa contava com um tambor que ressoava a cada vez que o motorista percorresse 1600 metros, quase uma milha.


Mas nada foi tão genial quanto a geringonça inventada pelo engenheiro alemão Wilhelm Bruhn em 1891: acoplado à roda dianteira, o aparelho conseguia registar a distância percorrida com precisão inédita.
Assim, era possível calcular o preço exacto da corrida e evitar que os cocheiros abusassem do valor cobrado ao passageiro. Os motoristas não ficaram muito felizes com aquela inovação que lhes tirava o poder de negociação - até então, o valor do transporte era decidido na base do acordo entre passageiro e condutor. A coisa ficou tão feia que alguns cocheiros resolveram "homenagear" o engenheiro Bruhn atirando-o para dentro de um rio.


Combinando palavras do grego e latim, Bruhn baptizou a sua descoberta de taxímetro, ou “medidor de taxas”.
Se hoje os clientes gritam “Táxi!” na rua, é por causa deste alemão. O nome do veículo nada mais é do que a abreviação de “taxímetro”. Tal como vimos no suplemento n.º1.


O aparelho começou a ser usado no ano seguinte em Berlim, e de lá espalhou-se pela Europa.
Em 1907, já era obrigatório nas ruas de Londres. O modelo, inclusive, era mais avançado: calculava as tarifas combinando tempo e distância. Ou seja, quando o táxi se deslocava, o taxímetro gravava a quilometragem percorrida; quando estava parado, calculava o tempo gasto. Nesses primeiros modelos, o relógio que marcava o tempo de espera precisava de ser ajustado à mão sempre que o veículo parava.


No Brasil, os primeiros taxímetros começaram a ser usados na década de 20 no Rio de Janeiro. Eram importados da Alemanha. Este país só começou a fabricá-los três décadas depois, na mesma época em que a Europa começava a desenvolver um taxímetro com relógio eléctrico, semelhante ao que se usa hoje. Desde então, a engenhoca começou a desfrutar cada vez mais dos avanços da tecnologia.


O taxímetro que conhecemos hoje possui microprocessadores que diferenciam os movimentos do carro e atribuem um valor inicial, como os 2,00€/2,50€ cobrados em Portugal e os respectivos suplementos. Eles estão acoplados ao odómetro, uma peça presa ao eixo do carro que envia pulsos eléctricos conforme o carro roda. Ou seja, a cada quilómetro percorrido, a conta aumenta.
Vale lembrar que, quando o táxi está parado, o taxímetro não recebe os pulsos eléctricos, mas nem por isso o serviço fica mais barato. Em Portugal, um minuto parado significa á volta de 0,22€ a menos no bolso do passageiro.


Os modelos mais modernos já vêm com uma mini impressora (que solta um recibo com todos os dados do serviço), GPS e até leitor de cartão de crédito.


Ainda hoje muitos colegas se recordam dos antigos taxímetros, segundo eles, barulhentos e a corda. Felizmente, hoje em dia é aplicado nos taxímetros o que de melhor a tecnologia tem para nos oferecer. Com o passar dos anos, temos assistido a uma evolução enorme desta ferramenta tão importante para o desempenho da nossa profissão e certamente não vai ficar por aqui!


JORNAL MOTORISTÁXI Nº 5

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 5


O FUTURO (GPS) JÁ!

Ser oposição, não é bater com os pés no chão e esfregar os olhos fazendo de conta que está a chorar.

Fazer oposição, é um acto responsável e inteligente.

Fazer oposição, também é saber respeitar a vontade da maioria dos votos.”

Mais do que nunca, todos os sectores, e nomeadamente a indústria de táxis, estão praticamente obrigados ao desenvolvimento das suas actividades, caso contrário arriscam-se a ser ultrapassados, e desta forma aos resultados negativos.

O sistema GPS, é sem dúvida alguma, uma mais valia para o sector, tem uma grande qualidade de serviço para o utilizador, muitos menos erros, uma óptima atribuição de serviços, muito mais rapidez, muito menos tempo de espera, vai criar um melhor ambiente de trabalho, e vai eliminar as muitas más práticas existentes.

Compreendo eventuais e pontuais dificuldades por parte de alguns motoristas, mas que atempadamente e muito naturalmente se vão adaptar ao referido sistema.

Nas conversas de posturas, existem pessoas que levantam os problemas mais incríveis que se podem imaginar, esquecendo por completo os muitos benefícios desta nova proposta.

Depois… existem outros intervenientes; os que lançam a pedra e escondem a mão,
os que querem liderar, mas não têm capacidade, os que estão sempre em desacordo, porque não sabem mais, não têm poder de iniciativa, não têm poder imaginativo, não têm criatividade. Só querem, é presunção perante o seu grupo restrito.

Vamos olhar para o futuro, estamos no século XXI, não existe tempo para brincar com coisas sérias. #

CINCO EUROS

· Postura do hospital S.João
· 14.10.2008
· 21.00 horas
· Primeiro serviço


Vejo um individuo (aparentando trinta anos, 1,75m, e talvez uns 100 quilos), que sai do serviço de urgência e dirige-se ao meu táxi, entretanto reparo que vem um bocado aos esses, abre a porta e ao baixar-se para entrar, bate com a cabeça no tejadilho com alguma violência, ainda um pouco atordoado pergunta:
- Leva-me aos Aliados por 5.00€ ?
- Não sei o trânsito que está ! Deve dar mais qualquer coisa, mas só paga o que marcar o taxímetro.
- Não posso pagar mais de 6.00€.
- Ok ! Não paga mais de 6.00€.
Durante a viagem sempre muito perturbado com o táximetro.
- 6.00€ não vão chegar.
Com as filas de trânsito que não se podia andar, depois eram os semáforos que estavam sempre vermelhos, bem, ao chegar à avenida dos aliados marcava 5.45€.
- Pare aqui, se não vai dar mais.
Segundo serviço saio da trindade para a ribeira. Terceiro serviço, postura do infante, 22.30 h, vejo o sujeito que tinha transportado do hospital de S.João. Abre a porta, não me reconhece e pergunta:
- 5.00 € chega até ao Marquês?
- Deve chegar.
Já estou em João Pedro Ribeiro e marcava 4.45€.
- Pare aqui, não posso gastar mais de 5.00€.
Às 2.30 h da manhã estou na postura do bom pastor à já algum tempo, quando para meu espanto, vejo novamente o cliente dos 5.00€,penso cá para mim, isto não me pode estar a acontecer, este “tipo” não me larga. Entra, reparo que está em pior estado, pelo menos no equilíbrio, provavelmente álcool ou droga.
- 5.00€ chega até à ribeira?
- Não sei. (aqui reconhece que já o tinha transportado).
Ao chegar à praça de liberdade marcava 4.45€.
- Eu saio aqui, não posso gastar mais de 5.00€.
Nunca me tinha acontecido transportar o mesmo cliente três vezes na mesma noite, em posturas diferentes, e ainda por cima com o problema dos 5.00€

Fernando Moreira RT 314

PEQUENAS NOTÍCIAS
(Faltas de pagamento)

«O motorista termina um serviço no “MAU-MAU”, quando o cliente está a sair, de imediato entra um outro, senta-se e diz que quer ir para o bairro do Aleixo, ao iniciar a viagem o “estimado” cliente, chega o banco para trás e dá um jeito ao encosto, para assim ir mais confortável.
O táxi chega à segunda torre do bairro, encosta, o cliente diz para esperar um pouco porque vai buscar dinheiro, marcava três euros e uns cêntimos, o motorista logo que ele entra ou faz que entra, imediatamente desliga o táximetro e vai à sua vida.»

«O utente entra no táxi, quer ir para o parque TIR, mas antes pede para passar pela caixa multibanco, depois de tentar umas três vazes não consegue tirar dinheiro, e manda seguir para o destino solicitado inicialmente.
Já no local, o individuo, segundo Ele de nacionalidade Ucraniano, motorista de um camião, diz não ter dinheiro.
Após algumas trocas de palavras, e algumas ameaças nomeadamente ligar para a polícia, o “estimado” cliente propôs pagar a corrida com um bidão de 30 litros de gasolina.»


REUNIÃO COM PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL

A pedido do Exmº. Senhor Presidente da Câmara, realizou-se no mês passado uma reunião com o sector. Naturalmente que havia alguma expectativa em relação às propostas a apresentar pelo senhor Rui Rio, mas rapidamente se percebeu que nada disso iria acontecer.
Tratava-se sim, de um esclarecimento sobre o problema do metro, que tem vindo a suscitar divergências entre autarquia e governo central, e que em nossa opinião, é uma nítida tentativa de propaganda política.
pesar de tudo, os nossos representantes não deixaram de alertar, por intermédio de várias intervenções, para os problemas que continuam a persistir no nosso sector e que são da responsabilidade da Câmara Municipal.#

UM DIA DE CHUVA

A chuva tinha parado, respondeu a uma chamada, o cliente entra para o banco da frente.
O motorista não aguenta o cheiro nauseabundo, completamente impossível de aguentar.
Abre completamente os vidros e inclina um pouco a cabeça para fora da janela, e vai assim até final da viagem, que felizmente foi pequena. O indivíduo sai da viatura, continua com as janelas todas abertas, na tentativa de sair o nojo daquele cheiro.
Após ter andado cerca de dois kilometros, uma Senhora faz paragem, ainda exitou em fazer ou não o serviço. A cliente entrou, vê as janelas todas abertas, e com o mau tempo que se fazia sentir, muito educadamente pediu o favor e se possível fechar as janelas.
O motorista também solicitou desculpas, e informou a cliente sobre o passageiro que acabava de transportar, motivo pelo qual o cheiro ainda estava muito activo em toda a viatura.
Foi uma situação muito incomoda tanto para a utente como para o condutor. È verdade que nos deparamos com muitas situações destas e que não são divulgadas, queremos dar a conhecer os nossos utentes. #

RECLAMAÇÕES !



Na Internet existem inúmeros sites para que o consumidor descontente possa fazer as suas reclamações, quando não se sente satisfeito com o serviço prestado por determinada empresa. Estes sites que na sua grande maioria não têm funções punitivas, apenas divulgam determinado tipo de comportamento, que pela sua natureza não agradou ao queixoso. Os táxis não são excepção e pode-se encontrar nestes sites centenas de reclamações de clientes de táxi indignadíssimos com algumas situações. Não posso dizer que uma pequena percentagem delas não tenham razão de ser, mas a grande maioria são reclamações sem lógica nenhuma. Por exemplo; um dia destes encontrei uma reclamação de uma senhora brasileira, que se queixava da falta de simpatia por parte da operadora de uma central quando chamou o táxi via telefone e também afirmava ter sido vítima de xenofobia por parte do motorista que efectuou o serviço. Isto porque numa fase inicial o colega não queria transportar um cão que a senhora trazia, embora mais tarde tenha acedido ao seu pedido. Note-se que falta de sensibilidade, quando aquele motorista exigiu que o cão não fosse no assento mas sim no chão, o que por si só demonstra uma grande falta de respeito pelo canídeo, talvez por este ladrar brasileiro! E por fim diz ter sido vítima de burla, pois por um serviço pelo qual costumava pagar 4,30€, pagou 7,40€. Provavelmente esta senhora desconhece que foi um favor especial ter transportado o animal sem estar devidamente acondicionado, e deverá desconhecer também os suplementos de chamada e animal. Vai daí quando chegou a casa publicou a queixa num destes portais electrónicos, divulgou o nome da firma e a matrícula, e reclamou o mau serviço que aquele motorista lhe prestou. Esta é apenas uma pequena amostra das inúmeras reclamações absurdas que se encontram nestes portais. Existem pessoas que “formalizam” uma queixa, porque o motorista foi antipático, imaginem só! Outras reclamam porque costumam pagar 4,90€, e um taxista cobrou 5,35€. É verdade! No fórum online de uma Associação do nosso sector, existe uma secção apenas para elogios ou reclamações, onde se encontram umas largas dezenas de reclamações e apenas dois ou três elogios, que poderia ser demonstrativo da falta de profissionalismo dos motoristas de táxi, não fosse a quantidade de absurdos que por ali vão sendo publicados pelos utentes desgostosos. Salvaguardo o profissionalismo e a diplomacia com que os moderadores deste fórum respondem a estas reclamações, elucidando estas pessoas da realidade das normas que regem este sector.
César Soares RT. 190

O NOSSO JORNAL


Informamos de que duplicamos a distribuição do numero anterior deste jornal.
Queremos agradecer, todo o espírito de ajuda e sensibilidade que encontramos por parte de muitos leitores.
No entanto, continuamos apelar a todos os colegas que de alguma forma, enviem o maior número possível dos relatos de serviços que queiram partilhar através deste jornal.
Vai ser com a ajuda de todos, que naturalmente vamos conseguir fazer um jornal; maior, mais objectivo, mais informativo, mais dinâmico e mais criativo. #


SUMÁRIO



·O FUTURO (GPS) JÁ
·CINCO EUROS
·PEQUENAS NOTÍCIAS
·UM DIA DE CHUVA
·REUNIÃO CMP
·RECLAMAÇÕES
·O NOSSO JORNAL


Ficha

-Responsável: Henrique Teixeira
-Colaborador: César Soares RT. 190
-motoristáxi@hotmail.com
-Telm. 918554944
-PORTO

domingo, 5 de outubro de 2008

SUPLEMENTO Nº 1

Jornal Motoristáxi – Suplemento nº 1

História do táxi
O táxi, propriamente dito, apareceu historicamente quando foram aplicadas taxas à sua utilização através de taxímetros. Contudo, o serviço de transportar pessoas numa grande cidade a qualquer pessoa que o solicite é quase tão antigo como a civilização.
O primeiro serviço desse género apareceu com a invenção do riquexó — carro de duas rodas puxado por um só homem. O riquixá, riquexó ou rickshaw é um meio de transporte de tracção humana em que uma pessoa puxa uma carroça de duas rodas onde se acomodam mais uma ou duas pessoas. Existia, embora em pouca abundância, nas principais cidades da Antiguidade, mas era exclusivo das elites, que possuíam escravos para puxar esses carros.
Nas ruas da Roma Antiga, circulavam liteiras transportadas por dois ou quatro escravos que levavam quem quer que os solicitasse. Essa pessoa teria de pagar apenas o preço previamente estipulado pelo amo desses escravos. Apesar de já existirem veículos com rodas, os romanos não os utilizavam devido às movimentadas vias de comunicação da metrópole. Na Idade Média o transporte de pessoas era assegurado por carruagens muito rudimentares de tracção animal, que no Renascimento foram melhoradas tendo sido acrescentados ornamentos, cobertura e até cortinas. Em 1605, apareceram em Londres as primeiras carruagens de aluguer — as hackney. O sucesso foi tanto que, em 1634, o elevado número de carruagens de aluguer fazia com que as principais ruas da metrópole ficassem completamente engarrafadas, o que levou o Parlamento a limitar o número de carruagens a circular. Posteriormente, no séc. XVIII, foi criado o gig, que é uma carruagem de duas rodas, sem cobertura puxada por um cavalo. Foi inventada em França e deu origem a outras carruagens, tais como o Cabriolet. No séc. XIX já qualquer grande cidade tinha centenas, ou mesmo milhares de carruagens de aluguer.

Carruagem de aluguer

Uma carruagem de aluguer é como o nome indica uma carruagem que se pode alugar. Nas grandes metrópoles do mundo, desde o Renascimento, este meio de transporte existia para facilitar a circulação de pessoas na cidade. Eram utilizadas sobretudo por pessoas abastadas que pretendiam atravessar a cidade rapidamente, sem terem de se cruzar com as outras pessoas.
Pode considerar-se que as carruagens de aluguer foram as antecessoras dos táxis.

Cabriolet

Cabriolet é um termo utilizado para designar um tipo de carruagem, e, como é comum na indústria automobilística, um tipo de carroçaria automotiva baseada no conceito da carruagem. A palavra deriva de um verbo francês para saltar (cabriol), inspirado provavelmente no facto da carruagem original não possuir portas. Um Cabriolet é uma carruagem leve de duas rodas, puxada por um animal, normalmente um cavalo. Pode acolher dois passageiros que ficam virados para a frente. O condutor/cocheiro fica por trás da carruagem, num apoio próprio, de onde pode facilmente manobrar o cabriolet. Foi criado no início do séc. XIX em França.

Curiosidade

A palavra cab, que serve para designar táxi em inglês, é uma abreviatura de Cabriolet. Isto deve-se ao facto de Joseph Hansom ter adaptado o cabriolé, acrescentando-lhe uma pequena cadeira mais alta para o condutor e ao qual chamou Hansom cab.

Táxis Motorizados

Os primeiros táxis motorizados apareceram em 1896 na cidade alemã de Estugarda. No ano seguinte, Freidrich Greiner abriu uma empresa concorrente, na mesma cidade, mas os seus carros estavam equipados com um sistema inovador de cobrança — o taxímetro.
A implantação dos táxis foi generalizada em 1907. Nesse mesmo ano, em Paris, todos os carros de aluguer tinham de possuir um taxímetro obrigatório por lei.
Jornal Motoristáxi – Suplemento nº 1Antes da Primeira Guerra Mundial já todas as grandes cidades europeias e americanas tinham serviço de táxis legais e pintados com esquemas de cores diferentes. Desde então as alterações foram poucas, apenas nos aparelhos possuídos pelos carros, tais como um rádio, ou ar condicionado.

Taxímetro

Este equipamento não precisa de apresentações. Todos nós o conhecemos muito bem, é uma das mais importantes ferramentas na nossa actividade, obrigatória em todos os táxis. É um equipamento que serve para medir a distância percorrida por um veículo, marcando a taxa e o preço a pagar. O que nem todos sabem é que foi inventado no séc. XIX pelo alemão Wilhelm Bruhn. A palavra taxímetro deriva de taxa (ou preço) mais métron (ou medida). É esta a origem da palavra TÁXI — automóveis que utilizam taxímetro, ou seja não foi o táxi que deu o nome ao taxímetro, mas sim o taxímetro que deu o nome ao táxi.















JORNAL MOTORISTÁXI Nº 4

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 4

O NOSSO JORNAL

Com o objectivo de alcançar um maior numero de colegas, e de facilitar a troca de experiências entre todos, avançamos com um blog, jornalmotoristaxi.blogspot.com., que será o suporte online do “JORNAL MOTORISTÁXI”.
Graças à colaboração do jovem, César Soares RT.190, editamos o 1º suplemento do motoristáxi, cujo tema é ; “História do Táxi”.
Queremos expandir a distribuição , para isso, é necessário um forte espírito de ajuda e sensibilidade por parte de todos os leitores, tirando fotocópias e distribuindo.
Para além de outros assuntos, vamos naturalmente, continuar a divulgar os vários comportamentos dos utentes, sempre na expectativa de recebermos o maior numero possível dos relatos de serviços que queiram partilhar através deste jornal. #

GPS O FUTURO

Felicitamos todos os sócios da rádio táxi Invicta, nomeadamente a sua direcção, pelo “SIM”, à instalação de um sistema de gestão automática e localização de viaturas por GPS. Trata-se de uma vitória de todos, trata-se de uma vitória do bom senso, trata-se de uma vitória para o desenvolvimento da nossa actividade.
E o futuro? Grande qualidade de serviço para o utilizador, menos erros, óptima atribuição de serviços, mais rapidez, menos tempo de espera, melhor ambiente de trabalho, eliminação das más práticas. Parabéns.#

O CLIENTE TEM SEMPRE RAZÃO?

Quem nunca ouviu dizer que o cliente tem sempre razão? Desde que me conheço que ouço esta afirmação com bastante regularidade, embora não compreenda muito bem porquê. De facto, na nossa sociedade actual, está enraizada a cultura do “pago, logo posso”, se pago tenho razão, se pago tenho direito, se pago tenho… Tudo porque pago! Não quero com isto dizer que um cidadão não deva exigir aquilo a que tem direito, mas sim, que o deve fazer de uma forma educada e consciente que tem efectivamente direito. Lamentavelmente, não costuma ser assim, e esta ideia do “pago, logo posso” tem vindo a ganhar cada vez mais consistência, traduzindo-se muitas vezes em manifestações de arrogância e de falta de respeito. Na nossa actividade, como sabem, este fenómeno é muito frequente e se a isto juntarmos o habitual desconhecimento das normas e do tarifário por parte dos clientes, temos todos os dias situações deste género, desde o cliente que não quer pôr o mala na bagageira, aos que querem viajar cinco no mesmo táxi, os que acham que temos obrigatoriamente de fazer serviços de espera, os que querem comer, beber ou fumar dentro do carro e muitos outros que não compreendem que não podem, porque o cliente tem sempre razão! Claro está que estas situações criam muitas vezes conflitos desnecessários, na medida em que o comportamento do cliente vai gerar um comportamento muito semelhante no motorista. Devemos portanto, recorrer ao nosso profissionalismo e educação para tentar evitar ao máximo este tipo de problemas que são tão comuns no nosso dia-a-dia. Em minha opinião a esmagadora maioria dos conflitos que existem entre motorista e cliente têm origem na falta de conhecimento das normas e na falta de respeito por parte do cliente, pelo menos tem sido assim nas minhas experiências profissionais, o que me leva frequentemente a pensar cá para comigo: “Porque me ensinaram que o cliente tem sempre razão?”. Por muito que pense, chego sempre à mesma conclusão: “Nem sempre o cliente tem razão!”
César Soares RT.190

QUE PESADELO

O cliente entrou no carro do Miguel.
E em tom muito alto… até com alguma agressividade…
- Ó… jovem, haja alegria! Você está alegre? Fique alegre jovem!
- Está tudo bem, não há problema!
A viagem continua, a meio o indivíduo “saca” de uma arma, que diz ser “uma 6.35”, brincou com ela, ao Miguel até lhe deu a ideia que a desmontou e montou rapidamente.
No final da corrida, pagou, saiu do táxi, e começou aos tiros para o ar.
Não faço ideia como estaria o Miguel, mas faço ideia como estariam muitos de nós.
Do motorista fica a ideia de uma pessoa pacata, não demonstrando qualquer tipo de reacção negativista, mas se é um outro motorista um pouco mais nervoso, e perante este acto provocatório, como seria? De facto temos de ter muita serenidade. #

COISAS MÁZINHAS

Em Segundo na postura do 24 de agosto, viu um casal de idosos e estrangeiros, a dirigirem-se ao táxi da frente, e entraram.
Estavam com um mapa a indicar ao respectivo motorista, qual o local que queriam ir.
Entretanto os clientes e motorista saem da viatura, e verifica de que o mesmo está a explicar o caminho a pé, porque naturalmente era muito perto.
Para espanto de quem estava a observar, o condutor teve a distinta “lata” de pedir dois euros. O casal pagou, olharam um para o outro e encolheram os ombros.
O segundo foi ter com o primeiro e disse:
-É por estas e por outras que temos uma péssima imagem. Quer dizer, o senhor recusou fazer um pequeno serviço, leva dois euros sem sair da postura e fica na posição de sair novamente. Para além de não ter qualquer consideração pelos clientes, também não tem pelos colegas.
Assim é impossível dignificar a nossa profissão.#

TÁXI SEGURO


Postura do marquês, entram três indivíduos no carro do Moreira, péssimo aspecto e com carapuços na cabeça.
- Queremos ir para Sampaio (bairro)
O local é muito duvidoso, instintivamente aceita o serviço, mas logo se arrepende, no entanto segue viagem. Na praça todos ficam apreensivos, pois ficam com a nítida ideia de que “VÃO FAZER O MOREIRA”.
Percorridos alguns metros, primeiro comentário;
- Hei! Já marca tanto dinheiro? Não vamos ter “massa” para pagar.
Mais nervoso fica o Moreira. Entretanto os colegas vão telefonando para saber onde está. Os clientes querem ir para outro local (Av.João de Deus em ermezinde). Nesse momento decide accionar o sistema táxi seguro.
Prestes a chegar ao local, aparece o carro da polícia, de imediato parou o veículo, confirmando que foi Ele quem accionou o sistema. Conclusão ficaram ali mesmo, pagaram a corrida, ficaram surpreendidos, felizmente tudo acabou bem. Depois foi só registar a ocorrência. #


DIREITA OU ESQUERDA?

- Minha senhora, e agora é para a esquerda ou para a direita?
- É por ali ( a pessoa vai no banco de trás e o motorista não consegue ver qual a estrada que está a indicar )
- Para a esquerda?
- Sim, pode virar para baixo.
- Então é para a direita
- Claro senhor motorista, é para a direita. #


- Senhor motorista, agora é na próxima à esquerda.
O motorista vira à esquerda.
- Ó senhor, para onde vai?
- Vou para a esquerda.
- Não senhor motorista, é para cima
- Então é para a direita
- Desculpe senhor, mas estou um pouco nervosa.

Este tipo de situações acontece diariamente, são muitas as pessoas que não sabem qual a sua direita.



SUMÁRIO

·O nosso jornal
·GPS o futuro
·O cliente tem sempre razão?
·Que pesadelo
·Coisas mazinhas
·Táxi Seguro
·Direita ou esquerda?
·1º suplemento

FICHA
.Responsável: Henrique Teixeira
.Colaborador: César Soares RT.190
.Endº. motoristaxi@hotmail.com
.Telem. 918554944
.PORTO

domingo, 21 de setembro de 2008

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 3

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 3


REGIONALIZAÇÃO

Portugal é o País mais centralizado da Europa. A maioria dos portugueses já classifica como tendo atingido um patamar de exagero.
As resoluções de todos os problemas em torno da capital, provoca, directa e indirectamente o esquecimento das restantes partes do território nacional. Somos todos europeus, somos todos portugueses, não somos os provincianos que nos querem fazer ser.
E isto para chamar a atenção, de que também o sector «TÁXI» é completamente centralizado. Já é tempo de cada localidade ter as suas próprias iniciativas na resolução dos seus problemas. Já é tempo de os responsáveis locais serem completamente autónomos, já é tempo de não estarmos pendentes dos senhores de lisboa.
No grande porto, está considerado como sendo o melhor parque automóvel (Táxi) do país, dos melhores atendimentos ao publico em geral, na melhor conservação e limpeza dos veículos.
Naturalmente também temos pessoas com grande capacidade de gerir os destinos do nosso sector, que para o efeito conhecem muito bem e melhor quais os problemas que mais preocupam as respectivas localidades. Sim à regionalização.

QUE LATA

O táxi já está à porta. A cliente, uma jovem vestida toda de preto, com calças muito justas, entra na viatura e…
- Boa noite, senhor motorista, queria ir para a Maia, depois indico o local exacto.
- Boa noite, está muito bem.
Após alguns metros percorridos,
- É possível parar numas bombas?
- È sim senhor.
-Olhe eu vou comprar uma cerveja, será que faz o favor de me deixar beber aqui dentro do táxi?
-Não é permitido, mas excepcionalmente, sim !
- Muito obrigada
A menina lá foi às bombas, comprou a cerveja, e foi bebendo durante o caminho. Já no destino, pagou a corrida e… boa noite.
De regresso ao Porto, e quando teve necessidade de abrandar a viatura. ouviu um barulho, que mais parecia uma lata a rolar.
Parou numas bombas, foi ver do que se tratava e… nem mais nem menos, a lata que a menina deixou no tapete do carro, chegando mesmo a virar um pouco de cerveja. E ESTA HEM? #

CONFERIR SEMPRE

A corrida termina.
- Quanto é senhor motorista?
- São quatro euros e setenta cêntimos.
- Vai ser tudo em moedas. Tenho aqui muitas… OLHE FICA ASSIM, O RESTO É PARA SI.
O motorista se não quer ter o trabalho de conferir, guarda e fica assim, mas se confere todas as moedinhas, vai verificar que falta sempre qualquer coisa. #

OPERADORES

Os operadores da invicta, continuam a dar respostas agressivas.
São mal educados para uns, tolerantes e brincalhões para outros.
Continuam a ter facilidades em ouvir uns e dificuldades em ouvir outros.
Não pode haver motoristas de primeira e motoristas de segunda.
Continua a má formação dos operadores.


MAIS UM ASSALTO

Uma chamada para a rua central de francos. Não aparece ninguém. A central informa de que se tratava de uma voz feminina, mas não tem registo da chamada.
Entretanto e um pouco mais à frente, dois indivíduos fazem paragem, para levar a Azevedo de Campanhã.
Quem conta é a protagonista, motorista do RT. 65 da rádio táxi do porto, que passados três dias do infeliz acontecimento, ainda estava muito afectada.
- Eram pessoas muito violentas, primeiro deram-me com a pistola no sobrolho direito, e avisaram de que era um assalto, sempre com a arma encostada à cabeça, estava muito nervosa, mas seguindo todas as indicações que me davam, foi de facto um momento muito difícil para mim, parti os óculos, levaram 36 euros e fugiram. Só depois é que accionei o táxi seguro e falei à central de rádio, estiveram dois colegas e muita polícia.#

OS UTENTES

Continuamos a falar da difícil tarefa dos motoristas de táxi, no atendimento a muitos dos seus clientes.
. Senhor motorista tenho comboio às 13.30, agradecia o favor de ir o mais depressa possível.
- Por favor senhor motorista, tenho cinco minutos para apanhar a camioneta, agradecia o mais rápido possível.
- Por favor é para o hospital o mais depressa possível.
Maioria das pessoas, só valorizam os profissionais de táxi, quando confrontados com este tipo de situações urgentes.
E que outras situações temos?
Por exemplo, os indivíduos em estado de embriaguez que normalmente nos criam imensos problemas; os que não querem pagar, os que vão sempre a provocar, os que sujam o veículo, os que não sabem o caminho para casa, os que não conseguem sair da viatura e até aqueles que adormecem. Depois, temos as pessoas que cheiram muito mal, por vezes o motorista tem de abrir as janelas todas para aguentar a condução, o cheiro fica entranhado no táxi de tal forma, que o melhor é estacionar e abrir as portas, para assim o próximo cliente não sentir tal fedor. #

RÁDIO POR GPS – O FUTURO

À uns meses atrás, quando nas posturas se falava do novo sistema GPS, praticamente tudo era desconhecido. Actualmente, e felizmente, a realidade é bem diferente pela positiva.
E pela positiva porquê? Primeiro, porque já se discute o tema com mais conhecimentos. Segundo, porque já é mais fácil as pessoas perceberem quais os benefícios.
È claramente salutar as diferentes opiniões sobre o assunto, pessoalmente gosto de auscultar as diferenças INTELIGENTES. Não concordo com argumentos demagógicos que por vezes se tornam em ridículo.
Estou plenamente convencido de que a nossa classe, nomeadamente os seus responsáveis, vão querer acompanhar toda esta evolução tecnológica, PARAR È MORRER. #

SUMÁRIO
Regionalização
Que lata
Conferir sempre
Operadores
Mais um assalto
Os utentes
Rádio por GPS
SETEMBRO de 2008

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 2

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 2


OS UTENTES

O Motorista de táxi, não tem tarefa fácil no que diz respeito ao atendimento de muitos dos seus clientes, nomeadamente no horário nocturno.
Possíveis conflitos são muito frequentes, e surgem rapidamente, ou somos pacientes e com alguma experiência, ou então não conseguimos ultrapassar muitas dessas dificuldades.
Uns querem fumar, outros querem comer, querem sintonizar o rádio na sua frequência favorita, querem abrir os vidros, querem fechar os vidros, querem ir cinco pessoas, querem ir devagar, querem ir mais depressa, querem passar no vermelho, querem passar em sentidos proibidos, etc.
Não é regra geral, mas muitos dos clientes quando entra num táxi, só pensa que tem direitos, mas felizmente também têm deveres. #


MOTORISTA ASSASSINADO


Mais um motorista de táxi assassinado.
Mais uma oportunidade para os responsáveis do sector se protagonizarem na comunicação social, aproveitando para anunciar mais medidas teóricas, e como sempre, sem quaisquer resultados práticos.
No ano de 2002, muito se falou na instalação do actual candeeiro que transmite um SOS, que na prática demonstrou uma total ineficácia em termos de segurança.
Actualmente temos em discussão as novas tecnologias, a vídeo vigilância e o táxi seguro, já instalado em muitas viaturas, mas ainda sem resultados à vista, provocando uma grande divisão de opiniões, quanto à eficácia dos referidos sistemas.
Estou de acordo, quando se diz que todos os sistemas que signifiquem um acréscimo de segurança, são bem vindos. Mas na minha modesta opinião, só com a instalação de um vidro separador, ao qual eu chamo de único sistema defensivo, será possível combater em cerca de 80%, as graves situações que se nos deparam, nomeadamente os assaltos e as faltas de pagamento pelos serviços prestados. #


QUE ALÍVIO

Os clientes entraram no hospital de Santo António, um casal, Ele Alemão e Ela Ucraniana.
- Pode-nos levar a Cinfães do Douro?
- Posso, mas é uma corrida que fica cara, deve de andar à volta de 80 euros.
- Sim senhor! Podemos seguir.
Foi uma viagem normal, cliente algo falador e lá foi dizendo que era Alemão, que gostava muito de estar em Portugal e que ia muitas vazas a Marrocos.
Chegados a Cinfães, vai indicando o caminho, ora para a esquerda, ora para a direita e sempre em frente em direcção ao rio. Até que entram numa estrada onde só cabia, e muito mal, uma viatura, à direita árvores, à esquerda mato cerrado, durante três longos kilometros o cenário foi sempre o mesmo.
. Agora aqui à direita.
- O senhor desculpe, mas ali não viro porque não dem condiçõas.
- Mas olhe que passam ali tratores.
- Pois mas isto não é um trator é um táxi e como tal não tem as mesmas condições.
- Prontos não há problemas, nós ficamos aqui e vamos o que falta a pé.
Pagaram, UM ALÍVIO para o motorista, que durante alguns minutos estava muito apreensivo. #


O BALÃO

Estão vários táxis na postura.
A senhora acompanhada de uma criança, é portadora de um balão, que a olho nu, se pode verificar (pelo seu tamanho) a impossibilidade do seu transporte em qualquer veículo ligeiro.
Mesmo assim, dirige-se ao primeiro táxi na expectativa de o motorista, arranjar uma fórmula, para assim poder “enfiar” o referido objecto, ao qual o senhor obviamente respondeu negativamente.
Não satisfeita, foi à segunda e terceira viaturas, nesta última e depois de ouvir a mesma resposta, LEVA A PORTA BEM ATRÁS, TOMA BALANÇO E BATE A PORTA COM TODA A SUA FORÇA.
Felizmente não danificou nada, mas… poderia ter acontecido.
Naturalmente que gerou ali um pequeno problema, com troca de alguns “mimos”, mas é claro que a senhora foi grosseira e mal educada. #


BAIRRO DE CONTUMIL

Uma chamada para o bairro de contumil.
Um casal de ciganos com uma criança, Ele vai à frente. O destino é aldoar.
Depois de iniciar a marcha, um companheiro do cliente faz sinal de paragem, o motorista simula que vai parar…
- Ó senhor vai parar para quê? Eu não quero que pare, siga.
- Desculpe, pensei que queria falar ao seu amigo.
E tudo começou ali.
Seguem viagem, depois de entrar na VCI o indivíduo começou a provocar e a ameaçar o condutor.
- Eu dou-lhe um tiro! Ó mulher dá.me aí o casaco.
- Ó homem está calado, não tenho casaco nenhum.
Faz oe gestos para arrancar o taxímetro, insulta-o do pior.
Com tudo isto e muito mais, o motorista está num estado psicológico muito intenso, não sabendo muito bem como tudo vai acabar.
Entretanto chegaram ao local, a mulher sai com a criança, Ele, sempre verbalmente agressivo, também sai, dizendo que não paga a corrida.
Após chamar o carro patrulha via central, de imediato a polícia chega ao local. Juntam-se algumas pessoas, existe um momento de ulguma tensão, mas as autoridades conseguem controlar a situação e finalmente pagam a corrida. È muito difícil trabalhar nestas condições. #


NÃO PAGAMENTO

O não pagamento de um serviço, já é um mal menor.
Sem dúvida alguma que este tipo de situações tem vindo a aumentar, vai ser, é necessário tomar medidas urgentes. Porque não a obrigatoriedade do pré pagamento a partir de determinada quantia?
Nos autocarros, nos comboios, no metro, o transporte é sempre pago antes, porque não admitir o mesmo sistema nos táxis?
A entidade patronal, muitas vezes tem dificuldades em acreditar na veracidade deste problema, o que leva muitas das vezes, os motoristas a não descontarem as respectivas importâncias.
Vale a pena pensar nisto! #


RÁDIO POR GPS - O FUTURO

São muitos os benefícios para os utilizadores.
· Despacho rápido e eficaz dos serviços
· Menos de um segundo para a recepção de um serviço.
· Silêncio na viatura (que bom)
· Mapa de ruas
· Distribuíção de serviços totalmente automática e JUSTA
· Control de tempo real de posição da viatura
· Possibilidade de efectuar breve pausa sem perda da posição

MAIS TRANSPARÊNCIA EM TODO O TRABALHO NAS CENTRAIS


FRUSTRAÇÕES

Um casal entrou no táxi.
- Boa noite, queria pedir o favor ao senhor de deixar esta menina aqui a uns duzentos metros e depois é para seguir. Sabe, tive agora mesmo um desatino com um colega do senhor e do qual vou apresentar uma queixa.
- Ai sim! De facto foi o casal que vi a entrar à pouco num táxi nesta postura.
Percorridos os metros indicados a menina ficou em casa e segui com o cavalheiro.
- O seu colega não sabe com quem se meteu, eu sou economista, trabalho no parlamento. Sim porque sou eu quem controla todos aqueles políticos
Entretanto chegamos ao local indicado, o indivíduo paga-me o serviço, mas não sai da viatura,e…- O seu colega amanhã já não é motorista, pode crer, eu vou tratar do assunto, vou…blá,blá,blá.
Eu sempre sem lhe falar, a olhar de frente para a pessoa, até que se cansou e saiu quase já sem forças para falar.
Nitidamente pessoa frustrada, possivelmente estava a dizer tudo aquilo que gostaria de ser, mas não é.
E então encontrou um pobre taxista, que possivelmente não percebe nada destas coisas, e vai daí começa a desbobinar um rol de cargos públicos que não mais acabam.
Mas pensa mal quem assim pensa. Os motoristas de táxi sabem muito mais do que conduzir um veículo. São pessoas adultas, pais, são avós e têm uma GRANDE EXPERIÊNCIA DE VIDA.


SUMÁRIO

Os Utentes
Motorista assassinado
Que alívio
O balão
Bairro de contumil
Não pagamento
Rádio por GPS
Frustrações
Responsabilidade de Henrique Teixeira


Agosto 2008



JORNAL MOTORISTÁXI Nº 1

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 1

NOTA DE ABERTURA

O título deste jornal, foi editado e distribuído, nos anos de 1991 a 1993. Passados quinze anos está de volta, porquê e para quê ? Primeiro, porque temos a ideia de que existe espaço suficiente para fomentar a discussão na praça publica, sobre os vastos problemas com que se vai deparando a nossa profissão. Segundo, porque queremos contribuir para uma maior dignificação da nossa classe.
Por “carolice“, um grupo de motoristas, cujo responsável é o Henrique Teixeira, decidiu concretizar esta ideia com um grande espírito de responsabilidade. #

OS UTENTES

A imprensa e o público em geral, sempre que fala no sector táxis, é só para criticar os motoristas. Não me lembro, de alguém querer falar sobre o comportamento dos utentes, e todos nós sabemos não ser tarefa fácil.
O grande objectivo deste pequeno jornal, é precisamente divulgar os vários comportamentos dos nossos clientes.
Naturalmente, vamos precisar da colaboração de todos, e como? Fazendo-nos chegar por escrito ou verbalmente, todos os episódios e diálogos que achem convenientes. #

DE SAPATOS NA MÃO

Cinco horas da manhã. O Augusto (43 inv ), respondeu para a rua Coutinho de Azevedo, depois de aguardar uns breves minutos, finalmente as luzes do prédio acendem-se, e vem um homem, aparentando uns trinta anos de idade.
Corre para o táxi com uma pequena mala na mão e com um par de sapatos noutra, foi quando verificou que vinha descalço.
Entra na viatura, informa que quer ir para a estação de Campanhã. E para espanto do motorista, o cliente pousa os pés entre os dois bancos da frente e começa por calçar as peúgas e os sapatos. Quando chegou à estação já estava calçado. #

ACONTECE

O Bessa ( 79 inv ), respondeu para um serviço, quando chegou ao local, estava uma senhora com uma criança ao colo, com mais dois sacos.
Como bom profissional, saiu do volante, abriu a porta de trás para a senhora entrar com a criança, e foi meter os sacos na mala.
Chegados ao destino, o motorista diz quanto é da corrida, e a senhora chama a atenção para o valor elevado do serviço.
O Bessa, informa a cliente de que tem mais o suplemento dos sacos, a senhora informa de que não tem sacos nenhuns.
Conclusão, os sacos eram de lixo, só que estavam mesmo ao lado da senhora. A tarefa do colega, foi de facto ir deitar os sacos num recipiente do lixo. #

A CINFÃES

Quando cheguei à postura, estava o Carmindo a contar o que se tinha passado com um serviço.
Só me apercebi, de que o cliente tinha saído da camioneta, posteriormente se dirigiu ao táxi, e queria ir para Cinfães. Durante a viagem, muito bem falante, relativamente bem vestido, não levantou suspeitas ao referido motorista.
Já muito perto do destino, o cliente pede para parar, que precisava de urinar… E lá se foram 75 euros. Fugiu. #

DEZASSEIS HORAS?

Eram cinco horas da manhã, fui chamado para a rotunda do mercado da fruta. Já no local, entra um cliente para o transportar ao bairro de Azevedo.
Após alguns momentos de conversa, constatei de que se tratava de um colega de profissão. Tinha deixado a viatura para ir descansar.
- Tenho um aeroporto marcado para as 14.30 horas, e vou descansar mais cedo.
- Então vai descansar muito pouco.
- Já ando nos táxis à cinco anos, e trabalho todos os dias das 15.00 às 07.00 horas, mas sinto-me cansado, sempre com dores nas costas, olhe, é a vida de quem precisa.
Fiquei com a ideia de uma pessoa educada, humilde e trabalhador, que faz 16 horas diárias ao volante de um táxi. Uma vez por outra ainda se poderia compreender, mas todos os dias?
Por amor de Deus, como pode ser isto possível? QUE SEGURANÇA PODE DAR A SI PRÓPRIO E AOS CLIENTES? #

ONDE MENOS SE ESPERA

Sinceramente não sei com que motorista se passou, de qualquer das formas, achamos conveniente divulgar, não só pela história em si, mas também como exemplo para futuras situações.
O homem faz paragem ao táxi, entra com um vasilhame e queria ir a umas bombas, porque o seu jipe ficou sem gasolina.
O colega leva o cliente a umas bombas e regressam à referida viatura. Ao parar, o indivíduo deixa cair um pouco de gasolina.
Como é natural o motorista ficou preocupado em limpar de imediato, até para evitar que o cheiro se acumulasse.
Entretanto, o “estimado cliente” mete o combustível no “seu belo jipe” e… fugiu sem pagar a corrida, com a agravante de ainda ter tempo de lavar o telemóvel e alguns trocos que estavam à vista. TODO O CUIDADO È POUCO. #

RÁDIO POR GPS – O FUTURO
Mais cedo ou mais tarde, não tenho duvidas de que o futuro das rádio táxis passam pela instalação do sistema GPS.
Os táxis são rastreados directamente pela central, que distribui automaticamente as corridas para os veículos mais próximos dos passageiros. De dentro do automóvel, o taxista recebe a chamada no terminal indicando onde se encontra o cliente. Depois surge um mapa indicando o destino da viagem. Esta tecnologia vai facilitar a vida das centrais e dos clientes. Vão ficar mais ágeis e conseguir trabalhar mais e melhor.
E, no futuro, que implicações positivas e benefícios vai trazer ao funcionamento das centrais? Muitos, muitos e muitos.
1º- Vai acabar com a arrogância e o mau profissionalismo de muitos operadores, vai acabar com a sistemática má entrega de serviços, vai acabar com as entregas de serviços fáceis para uns e difíceis para outros, e vai acabar de se ouvir os “berros” dos operadores, que normalmente transmitem às centenas de clientes uma péssima imagem de formação.
2º- Vai acabar com as más localizações por parte dos motoristas, e como tal deixa de existir as participações neste sentido, tirando desta forma muito trabalho às direcções, terminando com o que eu chamo de “julgamentos”, muitas das vezes não isentos e até injustos, efectuados por pessoas não qualificadas para o efeito, e por isso eu achar esta prática inconstitucional.
3º- E concluindo, o sistema GPS vai trazer muito mais transparência em todo o trabalho das centrais, com menos trabalho, eu até diria “com menos barafunda” é possível fazer mais e melhor.
Compreendo perfeitamente, de que algumas pessoas do sector, nomeadamente os mais idosos, tenham algumas dificuldades em entender as novas tecnologias, mas acreditem que é a coisa mais fácil.
Depois, temos as pessoas que, mesmo sabendo dos benefícios do sistema, da necessidade urgente de modernizar e evoluir este sector, só gostam de estar no contra, não fazendo nada pelo sector, continuando com a política de “quanto pior melhor”, para assim poderem “manobrar” à vontade. #
SUMÁRIO

Nota de abertura
Os utentes
De sapatos na mão
Acontece
A Cinfães
Dezasseis horas
Onde menos se espera
Rádio por GPS
motoristaxi@hotmail.com
Julho 2008

domingo, 14 de setembro de 2008

INTRODUÇÃO

O "Jornal MotorisTáxi", é uma pequena publicação idealizada pelo Sr. Henrique Teixeira, que até hoje apenas era publicada em papel. Com o objectivo de alcançar um maior numero de colegas, e de facilitar a troca de experiências entre todos, avançamos hoje com este blog, que será o suporte online do "Jornal MotorisTáxi". Este projecto tem já três edições em papel, que esperamos publicar neste blog o mais brevemente possivel. Como é lógico o "MotorisTáxi" é um projecto sem qualquer apoio financeiro, e sem quaisquer fins lucrativos, como tal depende somente da boa-vontade de todos nós, razão pela qual, pedimos a colaboração de todos os colegas-leitores, nomeadamente na distribuição do suporte em papel, tirando fotocópias e distribuindo por outros colegas e também na elaboração de pequenos textos, por exemplo, o relato de algum serviço que, por qualquer motivo, seja importante partilhar com outros colegas através do "MotorisTáxi". Desta forma dou inicio a este blog, esperando claro, obter o sucesso desejado. Não posso terminar esta entrada, sem antes agradecer ao Sr. Henrique Teixeira, este projecto muito simpático, que só pode engrandecer e dignificar a imagem dos Motoristas de Táxi!
César Soares RT 190