domingo, 5 de outubro de 2008

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 4

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 4

O NOSSO JORNAL

Com o objectivo de alcançar um maior numero de colegas, e de facilitar a troca de experiências entre todos, avançamos com um blog, jornalmotoristaxi.blogspot.com., que será o suporte online do “JORNAL MOTORISTÁXI”.
Graças à colaboração do jovem, César Soares RT.190, editamos o 1º suplemento do motoristáxi, cujo tema é ; “História do Táxi”.
Queremos expandir a distribuição , para isso, é necessário um forte espírito de ajuda e sensibilidade por parte de todos os leitores, tirando fotocópias e distribuindo.
Para além de outros assuntos, vamos naturalmente, continuar a divulgar os vários comportamentos dos utentes, sempre na expectativa de recebermos o maior numero possível dos relatos de serviços que queiram partilhar através deste jornal. #

GPS O FUTURO

Felicitamos todos os sócios da rádio táxi Invicta, nomeadamente a sua direcção, pelo “SIM”, à instalação de um sistema de gestão automática e localização de viaturas por GPS. Trata-se de uma vitória de todos, trata-se de uma vitória do bom senso, trata-se de uma vitória para o desenvolvimento da nossa actividade.
E o futuro? Grande qualidade de serviço para o utilizador, menos erros, óptima atribuição de serviços, mais rapidez, menos tempo de espera, melhor ambiente de trabalho, eliminação das más práticas. Parabéns.#

O CLIENTE TEM SEMPRE RAZÃO?

Quem nunca ouviu dizer que o cliente tem sempre razão? Desde que me conheço que ouço esta afirmação com bastante regularidade, embora não compreenda muito bem porquê. De facto, na nossa sociedade actual, está enraizada a cultura do “pago, logo posso”, se pago tenho razão, se pago tenho direito, se pago tenho… Tudo porque pago! Não quero com isto dizer que um cidadão não deva exigir aquilo a que tem direito, mas sim, que o deve fazer de uma forma educada e consciente que tem efectivamente direito. Lamentavelmente, não costuma ser assim, e esta ideia do “pago, logo posso” tem vindo a ganhar cada vez mais consistência, traduzindo-se muitas vezes em manifestações de arrogância e de falta de respeito. Na nossa actividade, como sabem, este fenómeno é muito frequente e se a isto juntarmos o habitual desconhecimento das normas e do tarifário por parte dos clientes, temos todos os dias situações deste género, desde o cliente que não quer pôr o mala na bagageira, aos que querem viajar cinco no mesmo táxi, os que acham que temos obrigatoriamente de fazer serviços de espera, os que querem comer, beber ou fumar dentro do carro e muitos outros que não compreendem que não podem, porque o cliente tem sempre razão! Claro está que estas situações criam muitas vezes conflitos desnecessários, na medida em que o comportamento do cliente vai gerar um comportamento muito semelhante no motorista. Devemos portanto, recorrer ao nosso profissionalismo e educação para tentar evitar ao máximo este tipo de problemas que são tão comuns no nosso dia-a-dia. Em minha opinião a esmagadora maioria dos conflitos que existem entre motorista e cliente têm origem na falta de conhecimento das normas e na falta de respeito por parte do cliente, pelo menos tem sido assim nas minhas experiências profissionais, o que me leva frequentemente a pensar cá para comigo: “Porque me ensinaram que o cliente tem sempre razão?”. Por muito que pense, chego sempre à mesma conclusão: “Nem sempre o cliente tem razão!”
César Soares RT.190

QUE PESADELO

O cliente entrou no carro do Miguel.
E em tom muito alto… até com alguma agressividade…
- Ó… jovem, haja alegria! Você está alegre? Fique alegre jovem!
- Está tudo bem, não há problema!
A viagem continua, a meio o indivíduo “saca” de uma arma, que diz ser “uma 6.35”, brincou com ela, ao Miguel até lhe deu a ideia que a desmontou e montou rapidamente.
No final da corrida, pagou, saiu do táxi, e começou aos tiros para o ar.
Não faço ideia como estaria o Miguel, mas faço ideia como estariam muitos de nós.
Do motorista fica a ideia de uma pessoa pacata, não demonstrando qualquer tipo de reacção negativista, mas se é um outro motorista um pouco mais nervoso, e perante este acto provocatório, como seria? De facto temos de ter muita serenidade. #

COISAS MÁZINHAS

Em Segundo na postura do 24 de agosto, viu um casal de idosos e estrangeiros, a dirigirem-se ao táxi da frente, e entraram.
Estavam com um mapa a indicar ao respectivo motorista, qual o local que queriam ir.
Entretanto os clientes e motorista saem da viatura, e verifica de que o mesmo está a explicar o caminho a pé, porque naturalmente era muito perto.
Para espanto de quem estava a observar, o condutor teve a distinta “lata” de pedir dois euros. O casal pagou, olharam um para o outro e encolheram os ombros.
O segundo foi ter com o primeiro e disse:
-É por estas e por outras que temos uma péssima imagem. Quer dizer, o senhor recusou fazer um pequeno serviço, leva dois euros sem sair da postura e fica na posição de sair novamente. Para além de não ter qualquer consideração pelos clientes, também não tem pelos colegas.
Assim é impossível dignificar a nossa profissão.#

TÁXI SEGURO


Postura do marquês, entram três indivíduos no carro do Moreira, péssimo aspecto e com carapuços na cabeça.
- Queremos ir para Sampaio (bairro)
O local é muito duvidoso, instintivamente aceita o serviço, mas logo se arrepende, no entanto segue viagem. Na praça todos ficam apreensivos, pois ficam com a nítida ideia de que “VÃO FAZER O MOREIRA”.
Percorridos alguns metros, primeiro comentário;
- Hei! Já marca tanto dinheiro? Não vamos ter “massa” para pagar.
Mais nervoso fica o Moreira. Entretanto os colegas vão telefonando para saber onde está. Os clientes querem ir para outro local (Av.João de Deus em ermezinde). Nesse momento decide accionar o sistema táxi seguro.
Prestes a chegar ao local, aparece o carro da polícia, de imediato parou o veículo, confirmando que foi Ele quem accionou o sistema. Conclusão ficaram ali mesmo, pagaram a corrida, ficaram surpreendidos, felizmente tudo acabou bem. Depois foi só registar a ocorrência. #


DIREITA OU ESQUERDA?

- Minha senhora, e agora é para a esquerda ou para a direita?
- É por ali ( a pessoa vai no banco de trás e o motorista não consegue ver qual a estrada que está a indicar )
- Para a esquerda?
- Sim, pode virar para baixo.
- Então é para a direita
- Claro senhor motorista, é para a direita. #


- Senhor motorista, agora é na próxima à esquerda.
O motorista vira à esquerda.
- Ó senhor, para onde vai?
- Vou para a esquerda.
- Não senhor motorista, é para cima
- Então é para a direita
- Desculpe senhor, mas estou um pouco nervosa.

Este tipo de situações acontece diariamente, são muitas as pessoas que não sabem qual a sua direita.



SUMÁRIO

·O nosso jornal
·GPS o futuro
·O cliente tem sempre razão?
·Que pesadelo
·Coisas mazinhas
·Táxi Seguro
·Direita ou esquerda?
·1º suplemento

FICHA
.Responsável: Henrique Teixeira
.Colaborador: César Soares RT.190
.Endº. motoristaxi@hotmail.com
.Telem. 918554944
.PORTO

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