domingo, 20 de março de 2011

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 30

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 30

O primeiro de 2011, e o 30º mês consecutivo do nosso pequeno jornal.
É gratificante, não só pelo retorno positivo que temos vindo a constatar, mas também pelo crescimento voluntário de colaboradores e participantes, dando-nos desta forma ainda mais força e vigor na continuidade dos nossos objectivos.
Naturalmente, sentimos um enorme orgulho de todo este nosso trabalho.
È verdade, que queremos ser um contador de histórias e episódios do nosso dia a dia, é verdade, que queremos dar voz aos desabafos de todos os colegas de profissão, é verdade que queremos denunciar dentro do possível, todas as anomalias que se vão verificando, mas sempre com fins pedagógicos.
O nosso jornal, (assim como qualquer outro) não existe para resolver seja o que for, não temos essa pretensão nem capacidade. existe sim para alertar, e desta forma contribuir na divulgação, e na discussão, dos problemas e na dignificação do nosso sector. UM BOM ANO.

NÃO É DESTA FORMA QUE CREDIBILIZAMOS E DIGNIFICAMOS A NOSSA PROFISSÃO !

(I)
A cliente pagou o serviço, pediu a respectiva factura, e;
- Senhor motorista, posso fazer uma pergunta ?
- Faz o favor menina.
- Dois seus colegas de profissão, quando lhes pedi a factura do respectivo serviço. pediram-me mais um euro. Isso funciona assim ? está correcto? É legal ?
- Não menina, segundo quanto sei o motorista é sempre obrigado a passar factura do respectivo serviço. E sempre do valor que marca o taxímetro. O cliente só paga o que está marcado no taxímetro.
- Na firma também me informaram que era assim, aliás, as minhas colegas que apresentam os recibos também informaram de que nunca lhe tinham pedido mais um euro por ter que passar o recibo.
- Para a próxima a menina só deve pagar o que está no taxímetro, caso contrário pede para se dirigir a uma esquadra da PSP e naturalmente resolve o problema.

(II)

O tema de conversa entre quatro colegas que estão na postura aguardando por um serviço, é, como não podia deixar de ser, os táxis. A dado momento;
- E são capaz de me explicar, como é que da estação de S.Bento ao Hospital de Santo António, o cliente paga 8.60 €, marcados no taxímetro?
- Sei lá!
Diz outro
- Existe uma posição do taxímetro que dá logo uma bandeirada dessa importância, e como tal, alguém se aproveita dessa circunstância para enganar os clientes.
- Há gente capaz de tudo.
- È Preciso esclarecer os clientes destas situações fraudulentas e informar de que devem denunciar situações destas, às autoridades.

UMA INJUSTIÇA

O Joaquim Fernando da Silva ( RT 168 invicta) durante os seus já 15 anos de profissão, sempre transmitiu a ideia de um bom profissional, nomeadamente, nunca ter tido qualquer tipo de problema com a central rádio táxis Invicta, o que por si só, justifica naturalmente, uma nota de bom comportamento, de que a referida instituição e concretamente a sua Direcção, deveria e deve, ter sempre em absoluta consideração.
Nos últimos tempos o Joaquim Silva tem-se confrontado (diz) com algumas anomalias do sistema, que pontualmente chamou a central à atenção das respectivas ocorrências, para de alguma forma colmatar tais (ditas) deficiências.

- “ Tinha caído um serviço para a rua de Gondarém, mas o terminal não me deu o sinal habitual, e não confirmei o serviço, posteriormente vim a saber que o mesmo me foi distribuído, só posso concluir que foi o próprio sistema a confirmar (é um problema do sistema), até porque sem o executar, o mesmo sistema deu-me um serviço de oferta. Algo está mal.”

- “ Sou convocado para ir à Central (não fazia ideia do porquê), quando me são colocadas as questões, expliquei as diversas situações com que tenho sido confrontado, dando sempre conhecimento ao respectivo operador do que se estava a passar. A única resposta que obtive é de que “O sistema nunca falha”.

Os responsáveis têm de acreditar nas informações que lhes são dadas, e não fazerem conjecturas e tirar ilações precipitadas, ao idealizarem outros tipos de comportamentos, porque não têm esse DIREITO.” Fui punido com 5 dias sem comunicações injustamente, com a agravante de não terem em conta o curriculum de 15 anos a trabalhar na central Invicta.”

TÁXIS “ABAFADOS” EM VIANA DO CASTELO


Os profissionais de táxi da cidade de Viana do Castelo, onde circulam cerca de 32 viaturas licenciadas para o efeito, estão confrontados com um problema desleal e ilegal de concorrência.

Cada vez são mais os táxis das aldeias, e de outros concelhos, nomeadamente de Barcelos, Esposende e Caminha a invadirem a cidade, “abafando” por completo a frota já existente.

Aproveitando-se de uma altura de grande crise, alguns senhores adquiriram licenças (mais baratas) que outrora serviam as populações para as quais foram criadas, e que agora operam integralmente no interior da cidade.

Será que as aldeias não precisam destes táxis? Se já não fazem falta, então faça-se cumprir a lei.

Muito naturalmente, os motoristas estão indignados com toda esta situação, uma vez que vêm desta forma, a crise muito mais acentuada.

Já foram feitos abaixo-assinados, já foram enviadas cartas para as entidades competentes do sector e pouco ou nada foi feito.

Um grupo de profissionais, entre eles; Alípio Silva, Ismael Rodrigues, Fernando Rocha e José Carlos, estão dispostos a denunciar esta situação ilegal até onde for possível, nomeadamente dar conhecimento de imediato a todos os grupos parlamentares da Assembleia da Republica.

RECEPCIONISTAS DOS HOTEIS

Continua a verificar-se ( e em nossa opinião, por motivo de intervenção directa da direcção da rádio táxis Invicta) por parte dos recepcionistas dos hotéis, um completo desprezo, e uma total falta de respeito pelos profissionais de táxi, nomeadamente pelo seu trabalho.
Infelizmente já se tornou um hábito (suficientemente conhecido e criticado pela maioria do sector) que, quando um motorista tem um problema para resolver, mais concretamente, quando é chamado e não tem clientes (acontece muitas vezes) e não se sabe muito bem porquê, o motorista se exige o pagamento da deslocação a que tem direito, como em qualquer outra situação, os referidos recepcionistas não pagam e de imediato telefonam para a central a dar conhecimento da situação, por sua vez, este é convocado para ir à central. Para além disto, qualquer tipo de resposta que seja dada e que não seja do agrado dos senhores recepcionistas, logo estão em contacto com a central. E o mais decepcionante é que por parte dos operadores, é transmitida uma imagem via rádio, de que colaboram completamente e entusiasticamente com esta situação, é de facto um pavor.
È muito mau que tudo isto esteja a acontecer; Primeiro, exige-se respeito por quem trabalha. Segundo, porque 99% dos profissionais por conta de outrem trabalham à comissão. Terceiro, porque convocam para ir à central injustamente, com a agravante de ser na hora de descanso para quem trabalha à noite, e nestes casos específicos deve haver sensibilidade e respeito profissional, para além de algumas ilegalidades que eventualmente estejam a praticar. Quarto, quando chamados à central não pode existir motoristas de primeira e de segunda, todos devem ser tratados com dignidade. Quinto, quando respondemos a uma chamada, não temos cliente e não querem pagar a deslocação, devemos proceder de igual modo para todos, chamar a polícia.

RADITÁXIS DO PORTO E SEU GPS

Estão a ser colocados os primeiros aparelhos nos veículos, é com bastante optimismo que prevejo esta nova tecnologia a funcionar, o GPS da N’Drive é muito bom e tem bastante informação.
Acredito que vai haver uma minoria descontente, provavelmente vão sentir que fazem menos serviços, principalmente para fora da cidade, mas em contrapartida a maioria vai sentir equilíbrio e igualdade para todos.
É natural que nos primeiros tempos de adaptação venhamos a ter algumas dificuldades na aprendizagem, mas depois de passar esta fase penso ser bom para todos, e principalmente porque vamos ter ;

• Mais qualidade.
• Mais rapidez na entrega de serviço.
• Mais perto do cliente.
• Mais economia de combustível.
• Mais justiça e igualdade na entrega de serviço.
• Mais informação na procura de posturas.
• Mais satisfação por parte do cliente.

Os clientes da Ráditáxis do Porto merecem que da nossa parte estejamos mais bem preparados para os servir com a qualidade necessária.

Um bom ano de trabalho para todos

F. Moreira “314RT ”

JANTAR DE NATAL DOS LEVEZINHOS / EUROMILHÕES


Os Levezinhos / Euromilhões são uma sociedade de onze pessoas que começou em 2006/2007, somos onze motoristas de táxi desta cidade sendo a maioria do turno da noite.

Pagamos cinco euros por semana, três para o euromilhões ficando o restante e mais os prémios a dividir em Dezembro num jantar que realizamos todos os anos no natal.

O jantar convívio foi no dia 12 Dezembro de 2010 no restaurante Balio do Leça, que nos recebeu muito bem e serviu melhor, desde as entradas, ao cabrito e vitela, e ás respectivas bebidas, e ainda com musica ao vivo, um muito obrigado ao sr. Paulo. Éramos dezanove pessoas sendo quinze motoristas de táxi.

Após o jantar o convívio continuou pela noite dentro que durou até ás 5,30h da manhã com bastante alegria como devem calcular.

Todo o grupo ficou satisfeito. Ficamos todos aguardar pela próximo jantar. De salientar que entraram cinco elementos para a sociedade passamos a ser dezasseis.
.
Os sócios desta sociedade são:
  • Manuel Amaral
  • Fernando Moreira “314 RT”
  • Belmiro Pereira “ 69 RT “
  • Sérgio Amaral” 209 inv.
  • Mário Moura “206 RT”
  • Costa “ 342 RT “
  • José Esteves
  • Lindolfo “ 135 RT ”
  • Joaquim “ Quim 433 RT “
  • António Reis
  • Fernando “ soda”
  • Francisco Costa “ Xico ”
  • Laurindo
  • António Esteves
  • Fernando Ferreira
  • Toni “ 372 RT”

Até breve!

Um Abraço para todos os motoristas de táxi e um bom ano de trabalho

O NOSSO DIA A DIA

Os Profissionais de táxi, estão sujeitos, pela especificidade dos serviços prestados a determinadas situações, que consoante a personalidade de cada um, pode ou não, ter determinada relevância na sua forma de ser e de estar na vida.
Este pequeno episódio que o Victor nos conta, não é inédito antes pelo contrário, faz parte da realidade do dia a dia de todos os profissionais, que de uma forma ou de outra tentam contornar o melhor que lhes é possível.

“Estava eu na postura de D.João I, seriam umas 05,30 horas da manhã, respondi a uma chamada para determinada rua. Entraram dois indivíduos com idades compreendidas entre os 18 e 20 anos de idade.
Pediram-me para os levar, um para Custóias e outro para Guifões. Prontamente segui viagem, deixo o primeiro em Guifões e transporto o outro para Custóias.
Cheguei ao local, parei o taxímetro, e digo ao cliente que são 14.75 €. Para meu espanto recebo uma nota de 20.00 € e mais uma de 10.00 €.
Chamei o cliente atenção de que me estava a dar dinheiro a mais.
Ele prontamente e sem vergonha alguma, me disse que ficava assim, mas que queria fazer amor comigo.
Naturalmente que a minha reacção não foi das melhores, de imediato lhe dei o respectivo troco e que saísse da viatura o mais rápido possível.”
Victor Rodrigues (RT183)

O GPS NA CENTRAL INVICTA

São muitos os clientes assíduos, que se têm vindo a queixar do mau atendimento da central, pessoalmente tento minimizar as criticas, mas ao mesmo tempo, também instigo as pessoas a escrever à direcção para informar das situações anómalas, para desta forma poderem avaliar e credibilizarem o que os motoristas diariamente ouvem.
O sistema de GPS já tem mais de um ano. Sempre pensei que devagar e devagarinho se iria procedendo a algumas actualizações, com objectivos claros no aumento gradual das capacidades do mesmo. Aparentemente nada.
As posturas manuais continuam as mesmas, nem mais uma foi automatizada, e os problemas entre motoristas nas chegadas e partidas dessas posturas continuam a aumentar, ao cúmulo de eventualmente se estar a preparar a criação de mais castigos.
Continuamos a ouvir via rádio “ Por favor, um carro à rua X, Por favor, não há um carro que possa ir â rua X ? O cliente espera cinco, seis, sete minutos” isto é de um antagonismo total.
Quando a maioria dos motoristas, pensavam que pouco ou nada, iriam ouvir o rádio, porque é cansativo e muitas das vezes desprestigiante perante o cliente, parece que temos ainda mais rádio. Um operador dizia à dias atrás, muito convencido e prepotente “ Senhor motorista está enganado o sistema não substitui o rádio” não sei muito bem o que queria dizer com isto, mas o certo é que muitas pessoas, inclusive clientes, interrogaram-se então para quê outro sistema?
Vamos aguardar por melhores dias

SUMÁRIO

  • Primeiro 2011
  • Não é desta forma que credibilizamos e dignificamos a nossa profissão
  • Uma injustiça
  • Táxis abafados em Viana do Castelo
  • Recepcionistas dos Hotéis
  • Raditáxis do Porto e seu GPS
  • Jantar de Natal dos Levezinhos/Euromilhões
  • O nosso dia a dia
  • O GPS na Central Invicta
  • Publicidade

Sem comentários: