domingo, 19 de abril de 2009

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 9

JORNAL MOTORISTÁXI 9


JOVEM CASAL
Duas horas da manhã, um casal de jovens, aparentemente educados e bem vestidos, muito embora com um vasto grau de embriaguez, entraram no seu táxi após muitos colegas (compreensivelmente) se terem negado ao serviço.
-Para a cidade da Maia (diz Ela)
Vão os dois muito calmos, Ele vai distraído com o telemóvel,( dando a ideia de que vai a jogar). Já a meio do percurso
a rapariga pediu para parar porque estava muito mal e queria vomitar. O motorista parou e ajudou no necessário, o companheiro continuou com o telemóvel como nada estivesse a acontecer. Já mais calma, entrou na viatura. O condutor deu-lhe um saco plástico para qualquer outra eventualidade.
Mais alguns minutos de viagem, e uma nova paragem, a jovem continuava com problemas, estava a vomitar novamente e o Senhor tentava ajudar no possível. Mas,,, mas entretanto, o rapaz também sai para urinar e de imediato cai por uma ribanceira abaixo, o Motorista (pessoa muito consciente e paciente) diz à miúda para esperar um pouco e vai em socorro do rapaz, que estava realmente uma "lástima", ajudou-o a vir para cima. Ficou com um em cada lado, com alguma dificuldade lá os meteu no táxi.
Foram precisos uns longos minutos até conseguirem indicar onde moravam. Foram muito educados, pediram muitas desculpas por todo o trabalho que tinham dado, pagaram e lá se foram…

ASSALTOS E SEGURANÇA
O problema dos assaltos e da segurança, na verdade já não é só um problema dos táxis, infelizmente tem-se vindo a verificar em muitos outros sectores, no entanto e por força das circunstâncias sentimos a obrigação de falar especificamente do nosso.
O Março foi mais um mês farto em assaltos, uns a nível nacional devidamente noticiados pela comunicação social, outros a nível local (Porto) o qual destacamos o rt 185, que após partir da postura do S.João, foi assaltado no local de Pêgo Negro, felizmente fisicamente não teve problemas, no entanto é de salientar que após alarme dado pelas centrais, muito poucos colegas estiveram solidários.
È motivo mais que suficiente para voltarmos a falar de segurança. Conscientes da sua problemática, nomeadamente a existência de salutares divergências e elevados custos, continua a ser necessário estudar e encontrar as melhores soluções para este tão grave problema.
Fazemos um apelo à ANTRAL (a maior associação do sector) para que seja criado um grupo de trabalho local e permanente, com o objectivo de analisar todos os assaltos e posteriores medidas. PELA VIDA DOS NOSSOS PROFISSONAIS.


À CONVERSA COM…
- Ó Manel (mais conhecido por Durães), já andas nos táxis à muitos anos, naturalmente tens "montes" de histórias para contar.
- Henrique! Nesta profissão não faltam histórias.
- Então tens de contar alguma!
- Sei lá…assim de repente… estou a lembrar-me de uma que não esquece;
" Uma senhora, já com alguma idade, vinda das camionetas de Alexandre Herculano, entra no meu táxi na postura da batalha, e quer ser transportada para o Marco de Canavezes.
Durante a viagem a senhora foi contando algumas peripécias da sua vida, nomeadamente que estava a chegar da Alemanha via Lisboa.
Chegamos. Local muito agradável, com um grande lote de casas modernas e um belíssimo largo mesmo em frente. A senhora sai da viatura e diz:
- Isto que o senhor motorista está a ver é tudo meu. E agora vai aguardar um pouco que vou a casa da minha filha buscar dinheiro para lhe pagar.
Em virtude da idade da Senhora e da sua postura durante a viagem, nunca me passou pela ideia de vir a ter problemas. Mas enganei-me.
Esperei algum tempo, entretanto um vizinho diz-me que já é normal aquela situação e que os táxis acabam por ir embora. Eu não estava na disposição de me render à evidência assim com tanta facilidade e como tal, fui ao posto da GNR.
Bati à porta, atende-me um agente e quando lhe vou a contar diz Ele:
- Já sei do que se trata, essa Senhora é sempre a mesma coisa, mas a esta hora (cinco da manhã) não é possível, lá para as sete eu vou com o senhor motorista.
Após esperar duas horas, eu e o referido Agente fomos à respectiva residência, bateu à porta a primeira vez, nada, a segunda, nada, até que à terceira o guarda disse (em voz alta) para abrir a porta, e lá vem a Senhora.
- Está aqui o Motorista de táxi que quer receber a corrida!
- Ai! Adormeci, Mas eu não lhe paguei? Peço desculpa, mas de facto adormeci, eu vou pagar!
Recebi o dinheiro, fui persistente, Segundo o agente é normal a Senhora criar esta situação, Mas Porquê?"
- Estou a lembrar-me de um outro episódio que também é de salientar
" Postura do castelo do queijo, uma miúda aparentemente bem parecida, pede para ir è zona residencial de prelada, mas que era para esperar um pouco porque ia buscar a mãe para a levar ao hospital. No decorrer da viagem e depois de alguma conversa, do cheiro que transmitia, da falta de dentes etc., analisei de que se tratava de uma pessoa toxicodependente, o que me levou logo a alguma desconfiança.
Em meu entender, ficticiamente fala ao telefone dando a entender de que já não é necessário ir a casa da mãe, e diz:
- Senhor motorista já não vamos para a prelada, vamos a um outro lugar para ir buscar dinheiro para lhe pagar.
- Tudo bem menina, mas tem de me deixar algo, até pode ser o telemóvel.
- (aos berros) você está a desconfiar de mim? Olhe que nunca nenhum seu colega me fez isto! Ouviu? Você é o numero tal, isto não fica assim.
- Então vou chamar a polícia.
- (aos berros e num tom incrível) Se chamar a polícia, rasgo a minha roupa toda e digo que me queria violar e agredir.
Como devem de calcular e mesmo já com alguma experiência, fiquei completamente gelado com este tipo de comportamento. Após alguns segundos insultei-a e deixei-a ir embora, ficando sem o dinheiro da corrida.
Posteriormente verifiquei que deixou ficar alguns materiais que serviam para usar no consumo de droga. Decidi ir a uma esquadra e contar-lhes o que se passou, e o que me poderia ter acontecido se tudo se tivesse consumado. A polícia só me informou de que se Ela apresentasse uma queixa, só em julgamento o juiz teria que decidir. Ao que estamos sujeitos."


A TER EM ATENÇÃO
Um Casal de idosos, entraram na postura do Carvalhido com destino ao hospital de Santo António, até aqui tudo bem.
Já na rua de Oliveira Monteiro o Fernando apercebe-se de um barulho estranho e de imediato pára o táxi. Vê o Senhor deitado contra a porta do seu lado direito e sem sentidos ,a Senhora por sua vez, fica a chorar sem saber bem o que fazer. O motorista fica durante um ou dois segundos sem fala, mas entretanto pergunta se é para seguir urgente para o hospital a que responde afirmativamente.
Piscas ligados, buzina a tocar e em menos de quatro minutos dão entrada no serviço de urgência. O Fernando sai do táxi pede uma maca, e de imediato foi atendido.
Mas é de salientar, o agente de serviço chamar a atenção do motorista de que não podia transportar o utente naquela situação, deveria ligar para o 112. È evidente de que o mesmo lhe explicou a situação e já que estava muito perto do hospital, chamar e não chamar o 112 ainda demorava mais tempo. As pessoas que ali se encontravam apoiaram a atitude. Felizmente tudo acabou por correr bem, inclusive o referido Senhor, está a tentar contacto com o condutor para lhe agradecer.
O nosso alerta, e após este exemplo, vai no sentido da máxima atenção para estes casos, e contactar antes de mais o 112, até para ocasionalmente tirar eventuais dúvidas, e naturalmente seguir os conselhos dados por aquele organismo.


CRÓNICA
Nesta "antiga, mui nobre, sempre leal e invicta" cidade do Porto, dá-me prazer trabalhar como taxista e desfrutar da beleza paisagística reinante em diversos locais. Um desses locais é a zona da Ribeira, com a Sé Catedral lá no alto a pontificar e o Monte da Pena Ventosa e invocar os cavaleiros gauleses, como Vimara Peres e o pai do D.Afonso Henriques, o Conde D.Henrique, que, no dealbar do séc.X desembarcaram no PORTUS CALE para pelejarem e expulsarem o invasor árabe, ou, dito de um modo eufemístico, continuarem a Reconquista Cristã.
A zona da Ribeira é-me muito querida, mas devo chamar a atenção para um pormenor que, na cultura portuense, está muito difundido, e que é um erro (ou será que sou eu que estou enganado?): é que, em bom rigor, a Ponte D.Luís I não foi construída por Gustav Eiffel. Quem construiu a Ponte D.Luíz I foram os operários sob a orientação científica de engenheiros discípulos de Eiffel, pertencentes à mesma sociedade comercial de engenheiros do autor da Torre Eiffel em Paris, em meados do
séc.XIX.
João Manuel Vitorino Seixas


O NOSSO JORNAL
Em primeiro lugar, agradecer a todos quanto têm contribuído para o enriquecimento deste jornal (zinho), seja a nível cultural, seja na sua própria divulgação. De salientar a especial e frutífera colaboração do jovem César Soares a este pequeno projecto.
Desde o início do Ano estamos com uma tiragem de 500 exemplares, graças ao patrocínio do Externato Académico, só assim foi possível chegar a um maior numero de leitores, ultrapassando mesmo os nossos objectivos.
O Club Motoristáxi, que quer fomentar a; amizade, confraternização, entretenimento, uma boa ocupação dos tempos livres e contribuir para uma melhor imagem da nossa profissão, tem já algumas adesões. Estamos calmamente a criar a organização e respectivas estruturas, necessárias para iniciarmos todo o processo.
Naturalmente continuamos a aguardar a participação de todos os leitores, que para o efeito, devem fazer chegar até nós as suas histórias e episódios mais relevantes ou mesmo notícias que achem pretensiosas. BOM TRABALHO!



POEMA


JOSÉ AFONSO
(1929 – 1987)
"A Mulher da Erva"










"Velha da terra morena
Pensa que é já lua cheia
Vela que a onda condena
Feita em pedaços na areia

Saia rota
Subindo a estrada
Inda a noite
Rompendo vem
A mulher Pega na braçada
De erva fresca
Supremo bem

Canta a rola
Numa ramada
Pela estrada
Vai a mulher
Meu senhor
Nesta caminhada
Nem m'alembra
Do amanhecer

Há quem viva
Sem dar por nada
Há quem morra
Sem tal saber
Velha ardida
Velha queimada
Vende a fruta
Se queres comer

A noitinha
A mulher alcança
Quem lhe compra
Do seu manjar
Para dar
À cabrinha mansa
Erva fresca
Da cor do mar

Na calçada
Uma mancha negra
Cobriu tudo
E ali ficou
Anda, velha
Da saia preta
Flor que ao vento
No chão tombou

No Inverno
Terás fartura
Da erva fora
Supremo bem
Canta rola
Tua amargura
Manhã moça...
nunca mais vem"

SUMÁRIO:
*Jovem casal
*Assaltos e segurança
*À conversa com…
*A ter em atenção
*Crónica
*O nosso jornal
*Poema
*Monumentos

FICHA:
*Responsável: Henrique Teixeira
*Colaborador: César Soares RT 190
*motoristáxi@hotmail.com
*Tel:918554944 PORTO
*500 exemplares

SUPLEMENTO Nº 4

Taxis de Londres

O serviço de táxis Londrino, é reconhecido internacionalmente, como o melhor do mundo.Os táxis londrinos, apenas conhecidos por "cabs", são parte integrante do cenário turístico da capital britânica. Com o total de 24.000 táxis em Londres, na Inglaterra existem cerca de 70.000 dos chamados "cabs".
A sua interessante origem remonta aos longos idos tempos do período saxónico, não com rodas, mas de barco, quando os remadores do Tamisa transportavam os passageiros. No século XII, Isabel I, ao conceder-lhes mobilização terrestre, então transformados em pequenas charretes, concedeu o Alvará Real aos então chamados haquenes (vocábulo francês que significa Cavalos Irritantes e de onde deriva o termo Hackney).

Com nova promoção, esta atribuída a Oliver Cromwell, em 1643, 200 licenças foram concedidas às charretes de aluguer, às quais foi dado o nome de licenciamento, ainda hoje em vigor, de transporte de Hackney. Duzentos anos mais tarde, particularmente nas décadas de 1840 e 1850, este tipo de transporte foi alterado para veículos mais ligeiros de duas rodas e puxados por um só cavalo, e portanto de fácil condução, passando a ser chamados de cabriolet e, daí, a abreviatura "cab" que ainda hoje persiste.

Embora os "cabs" motorizados em Londres tivessem tido início em 1907, ainda circulavam 11.000 veículos a cavalo sendo a última licença a veículos desta natureza atribuída em 1947. Os condutores de táxi, em sua maioria proprietários dos veículos inscritos tanto na polícia como no Ministério do Transporte, sector largamente dominado pela etnia judaica, estão sujeitos a rigoroso exame, em vigor desde 1851, para obtenção da licença. Conhecido, simplesmente por Knowledge (Conhecimento), o curso, que leva dois anos (ou mais) de prática intensa e em tempo integral, exige aos taxistas em potencial o conhecimento detalhado da memorização de cerca de 25 mil ruas e vielas londrinas, num raio de 10km do centro.

Além disso, o examinador pode reprovar o candidato pelo simples e importante facto de, existindo uma rota mais curta e mais rápida do percurso de A para Z, seguir outro trajecto mais longo e mais demorado.

A quantidade de informação que os candidatos necessitam memorizar, é o equivalente a um curso superior. Depois de passarem por diversas fases, e de serem aprovados em todas, obtêm a licença e o distintivo, o que lhes permite exercer a actividade de Motoristas de Táxi.

Em Londres, além dos "cabs", que à semelhança de Portugal, se podem mandar parar em qualquer lado, desde que o indicador "táxi" esteja iluminado, há, igualmente, os "minicabs". Trata-se de outro meio de transporte público, geralmente mais económico, mas cujos serviços podem só ser requisitados telefonicamente a partir dos centros de atendimento das companhias controladoras e especialmente autorizadas. Porém, e optando-se por este tipo de transporte público, é importante que ao requisitar-se e depois de se indicar a origem da partida e do destino, o utente se informe, primeiro, sobre o custo do trajecto.

Compreensivelmente, os taxistas, devido à concorrência dos "minicabs", afirmam, aliás com alguma justificação, a vantagem dos táxis, devido não só à sua eficiência, mas acima de tudo, segurança. Para isso, e sempre que se entre num táxi, é notória a chapa de registo da licença, de que se deve tomar nota, nos raros casos de reclamação. Mas atenção. A chapa de registo (que se encontra no interior da secção dos passageiros), não corresponde e é diferente da matrícula! A finalizar, uma palavra de advertência.

Tanto nos aeroportos como nas estações término, abundam os chamados "touts", ou seja, os condutores ilegais que aliciam passageiros em potencial. As autoridades recomendam a recusa de tal serviço devido às irregularidades praticadas.

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 8

JORNAL MOTORISTÁXI 8

CLIENTES DIFÍCEIS

Como em qualquer outra profissão, também nós os profissionais de táxi, temos de estar minimamente preparados para os clientes difíceis.
No nosso sector, e talvez com mais gravidade no horário nocturno, até porque toda a face negativa da sociedade, e pelas mais variadas razões, frequentam muito mais a noite. A saber; os toxicodependentes, os traficantes, a prostituição e afins, os ladrões e muitas pessoas embriagadas.
Antes, durante e após a corrida, a tarefa do motorista muitas das vezes pode ser decisiva, em eventuais conflitos quer sejam grandes ou pequenos.
E para que seja possível ter algum sucesso, é absolutamente necessário; aproveitar experiências anteriores, ter uma boa dose de serenidade e tentar muito rapidamente fazer uma análise do respectivo cliente.
Como é óbvio, não é aconselhável de forma alguma, estabelecer o primeiro contacto com agressividade, antes pelo contrário, devemos transmitir respeitabilidade, se possível alguma cortesia, para assim e psicologicamente quebrar um pouco da possível hostilidade do cliente.
Não é a primeira nem será a última vez, de que um cliente qualquer provoca conflitualidades mesmo antes de entrar na viatura, depois de agir em conformidade e não sendo possível criar um clima estável, então, e para sua própria segurança, e salvaguardar a boa imagem de todos os profissionais, é necessário contactar a PSP.
A CRISE
De maneira alguma vamos fazer qualquer análise à crise internacional, seria pretensioso da nossa parte em enveredarmos por uma aventura dessas. Mas naturalmente que queremos falar do nosso sector em tempos um pouco difíceis.
Deveria ser sempre, mas principalmente nestas alturas é absolutamente necessário pensarmos de que todos têm necessidade de trabalhar de igual para igual. Afinal as dificuldades são para todos. Quem trabalha è porque precisa! Vamos deixar de ser egoístas, vamos pensar também um pouco nos outros!
Ao dar uma localização errada (a roubar) estamos a prejudicar um colega, porque se assim não fosse não teria de se localizar mal, depois temos outros pequeninos pormenores de trabalho que seria bom melhorar, Vamos tentar ser mais justos uns com os outros.

CLUB MOTORISTÁXI
Declaração de princípios para a respectiva adesão:
1º Querer fazer parte de um grupo de amigos
2º Participar no crescimento do jornal nomeadamente na sua distribuição
3º Participar na recolha de notícias
4º Participar em ideias para novas iniciativas
Trata-se de uma declaração muito simples, muito acessível, mas grande nos objectivos; Amizade, confraternização, entretenimento, boa ocupação dos tempos livres e principalmente contribuir para uma melhor imagem da nossa profissão.
Para aderir, só é necessário uma foto e contactar um dos responsáveis. Posteriormente será entregue um cartão de Membro do Club MT.

22ºANIVERSÁRIO DE RÁDIO TÁXIS INVICTA
Realizou-se no passado dia 25 de Fevereiro de 2009, na Quinta Geraldino na Maia, o 22º aniversário da rádio táxis Invicta.
Importante realçar a presença de 160 pessoas, nomeadamente representantes de entidades publicas, a ANTRAL, a FPT, e duas centrais de Lisboa.
A iniciativa decorreu com normalidade, num ambiente de festa e boa disposição, não faltando um belíssimo programa de variedades. O núcleo de amigos do jornal Motoristáxi felicita a rádio táxis invicta por mais um aniversário.
RESERVADO?
Sempre com o objectivo de contribuir para a dignificação do nosso sector, sentimos o dever de divulgar todas as histórias anómalas que nos vão fazendo chegar.
« Na zona das antas, uma senhora entra num táxi e pede para a transportar à estação de S,Bento. Motorista e cliente travam um natural diálogo. A dado momento , a Senhora pergunta:
- Existe algum suplemento especial nos carros estacionados na estação de São Bento?- Não! Mas porque pergunta?
É que quando vim, o táxi que me transportou tinha marcado 2.60 como suplemento, e perguntei ao motorista de que se tratava aquela importância, Ele respondeu-me de que a postura de São Bento estava reservada a cinco veículos , assim sendo, qualquer pessoa que entre num dos táxis tem de pagar mais o suplemento ( € 2.60).
No final da corrida a Senhora pagou, solicitou um recibo que lhe foi dado, mas sem discriminar qualquer suplemento, ou percurso.»

OPINIÃO DO LEITOR
(Informamos de que os artigos desta rubrica são da total Responsabilidade do autor)

Turno da Noite
Porque alguém me lembrou, aproveito este meio para expressar a minha indignação para algumas situações que pelos vistos existem à muito tempo e acontecem todos os dias. Trata-se das diferentes condutas seguidas pelos profissionais que exercem esta profissão. Enquanto uns (felizmente a maioria) se sujeitam a trabalhar segundo as normas da ética, do respeito e da honestidade, outros (uma minoria) não conhecem o que são estes valores e sistematicamente quebram as regras estabelecidas, fazendo postura em locais proibidos, prejudicando desta forma os próprios colegas de profissão.
Isto toda a gente sabe. Agora fixemo-nos no comportamento destes indivíduos. Durante as primeiras horas conversam connosco como se fossemos amigos de longa data, pedem informações, desejam bom trabalho, trocam impressões sobre as mais variadas questões, enfim como deveria ser sempre. Depois…depois é vê-los nas portas de tudo que é sítio.
Já outra curiosidade é quando por várias vezes os abordo para questionar tal comportamento a resposta é invariavelmente a mesma,"Sempre foi assim" "Se não for eu são outros", agora pergunto eu, antigamente atiravam-se homens às feras. havia os gladiadores, havia escravatura, as mulheres não tinham voz, e outras coisas que acabaram. O mundo evoluiu nomeadamente no relacionamento humano.
Para combater tais comportamentos, devemos e muito naturalmente, divulgar as situações, chamar a atenção dos intervenientes, e se possível promover acções pedagógicas no sentido de melhorar comportamentos menos correctos.
Um grande abraço para todos os profissionais.
Álvaro Santos Silva RT 367
HORÓSCOPO
PROFESSOR MAYO


Carneiro
De 21/3 a 20/4
Os Astros aconselham a ser cauteloso com os clientes, especialmente os que usam o cabelo azul ás riscas cor – de – rosa. Nunca se sabe o que esperar deste tipo de pessoas.
Posturas da Sorte : Nevogilde e Azevedo
Touro
De 21/4 a 21/5
Bom mês para facturar. Os nativos deste signo vão pelo menos uma vez a Lisboa. Se não forem em serviço podem sempre ir de Comboio.
Posturas da Sorte: Campanhã e São Bento
Gémeos
De 22/5 a 21/6
Com a passagem de Marte por Saturno, revelam-se totalmente desaconselháveis os serviços ao Aeroporto. Entrega-os sempre ao carro que estiver atrás de ti. Ele vai agradecer.
Posturas da Sorte: Á porta do Bingo e Passeio Alegre
Caranguejo
De 22/6 a 22/7
Fase propícia para dar largas á generosidade: não deverás cobrar qualquer suplemento durante este mês. Verás que os teus clientes se mostrarão muito mais satisfeitos.
Posturas da sorte: S. João e Carregal
Leão
De 23/7 a 22/8
Quando estiveres numa postura, pergunta sempre o signo do colega que está á tua frente. Se for Gémeos, tens duas vezes mais probabilidades de ir ao aeroporto. Não te esqueças de agradecer!
Posturas da Sorte: Bom Sucesso e Galiza
Virgem
De 23/8 a 23/9
Ultimamente tens andado muito cansado. Os astros aconselham a descansar ás Sextas – feiras. Lembra-te que já não és novo e a tua saúde precisa de muita atenção.
Posturas da Sorte: D. João I e Bolhão
Balança
De 24/9 a 23/10
Se precisares de trabalhar bem, anda trabalhar na Sexta – Feira. Forte tendência para trabalhar melhor. Os nativos de Virgem vão ficar todos em casa. Menos carros, mais trabalho.
Posturas da Sorte: Ribeira e Clérigos
Escorpião
De 24/10 a 22/11
Se os clientes começarem a reclamar por cobrares suplementos, já sabes que a culpa é dos Caranguejos, que andam armados em beneméritos e este mês andam a habituar mal os passageiros.
Posturas da Sorte: Castelo do Queijo e Infante
Sagitário
De 23/11 a 21/12
Quando estiveres numa postura e o primeiro se recusar a transportar algum cliente de cabelo azul com riscas cor – de – rosa, vai tu fazer o serviço. Os colegas de signo Carneiro assustam-se com muita facilidade!
Posturas da Sorte: Areosa e Corujeira
Capricórnio
De 22/12 a 20/1
Os astros aconselham a cumprir com rigor o código da estrada. A policia anda por aí!
Este mês é aconselhável cumprir os limites de velocidade. Na VCI, não deverás ultrapassar os 60km/hora.
Posturas da Sorte: Batalha e Sá Carneiro
Aquário
De 20/1 a 19/2
Se fores á postura de Campanhã, não estranhes se vires alguns colegas a chegar no Alfa – Pendular. São os colegas de Signo Touro, que estão a chegar de Lisboa.
Posturas da Sorte: Ouro e Campismo
Peixes
De 20/2 a 20/3
Quando estiveres a circular na VCI, repara se vês algum táxi a circular a 60km/hora ou menos. Se vires, é porque é do Signo Capricórnio, e acredita mesmo nesta tanga dos horóscopos.
Posturas da Sorte: Rotunda e Brasília

POEMA
“Posso ter defeitos, viver ansioso
e ficar irritado algumas vezes mas
não esqueço de que minha vida é a
maior empresa do mundo, e posso
evitar que ela vá à falência.

Ser feliz é reconhecer que vale
a pena viver apesar de todos os
desafios, incompreensões e períodos
de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos
problemas e se tornar um autor
da própria história. É atravessar
desertos fora de si, mas ser capaz de
encontrar um oásis no recôndito da
sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã
pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios
sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um “não”.
É ter segurança para receber uma
crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir
um castelo…”

Fernando Pessoa


Sumário:
* Clientes Difíceis
* A crise
* Club Motoristáxi
* 22ºAnuversário Táxis Invicta
* Reservado?
* Opinião do Leitor
* Horóscopo
* Poema
* Táxis Londres

Ficha:
Responsável: Henrique Teixeira
Colaborador: César Soares RT 190
motoristáxi@hotmail.com
Tel:918554944 PORTO