quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

JORNAL MOTORISTAXI Nº 7

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 7


PRIMEIRO 2009


Em Julho de 2008, distribuímos o primeiro número deste pequeno e humilde jornal. Dizia-mos então, “porque temos a ideia de que existe espaço suficiente para fomentar a discussão na praça publica, sobre os vastos problemas com que se vai deparando a nossa profissão, e também porque queremos contribuir para uma maior dignificação da nossa classe. E que, para além de muitos outros o nosso grande objectivo é divulgar os vários comportamentos dos nossos utentes”.

Naturalmente estamos muito aquém do desejável, mas ao longo do tempo temos vindo a dar passos muito positivos, nomeadamente na preparação de uma pequena equipa de trabalho competente, que durante o próximo ano irá dar o seu contributo.

De salientar, que este projecto, não é mais do que um “passatempo” construtivo, de uma “brincadeira”, que queremos positiva, credível e responsável. Que é realizado de motoristas para motoristas, e como tal, com as suas próprias limitações.

È óbvio que aceitamos todas as sugestões e críticas, mas desde já “desafiamos” a que apresentem propostas, que façam algo de facto, que passem da teoria para a prática. Só desta forma se pode avaliar as capacidades de cada um.

Por último, queremos esclarecer (sem desrespeitar seja quem for) de que este jornal é da responsabilidade de Henrique Teixeira, não tendo para o efeito qualquer ligação com alguma Associação do sector. UM BOM ANO.


PATROCÍNIO

O nosso jornal está cada vez maior e melhor! Nesta edição, contamos com o nosso primeiro patrocinador, o “Externato Académico”. Com este apoio, obtivemos um aumento brutal da tiragem, passando de 150 para 500 exemplares.
O núcleo deste jornal, agradece à direcção do “Externato Académico” este contributo!

Club Motoristáxi

O club Motoristáxi, é uma iniciativa a levar a cabo já no próximo mês. E então do que se trata? Muito simples! Criar um grupo de amigos do jornal, que desta forma se vão responsabilizar, não só pelo seu crescimento mas também na participação de ideias em novas actividades.

Vai haver um cartão para os amigos que queiram fazer parte do club, vai haver uma declaração de princípios para a respectiva adesão e não há cotização.

É NECESSÁRIO MAIS SENSIBILIDADE

Estava um dia de muita chuva. Um motorista está a passar pelo cemitério da foz, olha e está um senhor (80 anos) à porta, sem guarda chuva, todo molhado, abranda e pergunta se precisa de alguma coisa, o senhor entra na viatura, e diz que realmente o que queria era mesmo um táxi.

Como destino da corrida o cliente indicou as antas, entretanto tentou acomodar-se o melhor possível, pois para além de todo molhado estava com frio. Com a boa temperatura que se fazia sentir dentro do veículo, rapidamente o idoso voltava à normalidade, e foi então que disse:

- Ó meu senhor, apanhei um táxi para vir, quando cheguei pedi ao motorista se aguardava cinco minutos, porque queria voltar para o mesmo local, era só colocar um raminho de flores, deixava dinheiro e prontos, tudo seria mais fácil. Mas o condutor, que demonstrava estar muito mal humorado, respondeu-me muito alto e muito zangado, que não tinha nada que esperar. E deixou-me nesta situação.

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Em primeiro na postura da praça da república, vê uma senhora com uma criança ao colo a dirigir-se ao táxi, entra, diz que quer ir para campanhã. Não fala mais, mas sente que está a chorar. Após um ou dois minutos o motorista pergunta se pode ajudar em alguma coisa. Foi então, que a senhora se acalmou um pouco e desabafou, dizendo:

- Eu nem quero acreditar no que me aconteceu, fui ao hospital Maria Pia com a minha filha porque está doente, apanhei um táxi para me levar a casa, no meio do caminho (rua Alvares Cabral) o respectivo condutor, sem mais nem menos, pára o táxi, e diz-me ( em voz grosseira) que tenho de sair porque tem outro serviço e não me pode levar. Paguei a corrida e saí, até estava com medo. E vim a pé até encontrar uma praça.

Estes episódios não dignificam em nada a nossa profissão antes pelo contrário. Devemos ter a coragem em denunciar estes casos, e quando possível dar a conhecer suas identidades.


OPERADORES DA INVICTA

Não é a primeira, nem será a última vez, que falamos sobre os operadores da invicta. E porquê? Porque são casos de mais, são maus de mais, para que não se deva falar. Vamos falar de um assunto muito recente, não vamos mencionar nomes nem números, para assim não se fazerem conjecturas erradas sobre seja quem for.

“ Mais ou menos à meia-noite e meia o operador chama uma viatura a Sá Carneiro para o restaurante Scala. Quem está em primeiro responde. O operador, após alguns segundos de espera, informa que não quer a referida viatura e pede uma outra. O motorista rejeitado, naturalmente fica indignado uma vez saber que não existem motivos para tal.
Entretanto, quem vai efectuar o serviço, tenta indagar junto da cliente o que se passa, quando a cliente diz não ter feito qualquer observação em relação a quem ia ou não fazer o serviço. O motorista lesado vai ao canal chamado de “apoio” e expõe ao operador a situação. O mesmo pede muita desculpa, mas tinha feito confusão com outro condutor.
Primeiro; ao pedir desculpas, teria de o fazer no canal de serviço, para assim todos poderem constatar de que se tratou de um engano e não fazerem juízos de valor errados. Segundo; não pode um operador de sua livre vontade não enviar um carro pensando que… O operador só deve seguir as indicações do cliente e nas respectivas chamadas. Não pode ficar em memória até porque o motorista (em casos concretos) eventualmente pode ser outro.”

Consideramos este caso muito grave, porque tem a ver com a própria dignidade das pessoas em questão, e com o bom profissionalismo. Não pode levianamente o operador ter estas atitudes, E quando isso acontecer deve ser emitido um pedido de desculpas no canal de serviço. Este procedimento é passível de acção judicial.


FILMES - VIAGENS DE TÁXI

Não são filmes contados nem inventados! É um fenómeno cada vez mais na moda, que me deixa particularmente preocupado. São os vídeos amadores, normalmente filmados através de telemóveis com câmara, no interior dos táxis e publicados posteriormente na Internet. São já alguns os colegas do Porto, que têm a sua imagem publicada na Internet, sem seu consentimento. A táctica é simples; enquanto estão disfarçadamente a filmar, vão dando largas á imaginação, puxando conversa com o motorista, á espera do primeiro deslize que este possa ter, para depois se divertirem a colocar na Internet, com comentários de gozo e mal intencionados.
Fiquei admirado com o número de filmagens, que se podem encontrar num determinado site da Internet. As filmagens a que me refiro, são feitas no interior das viaturas, do Norte ao Sul do país, com maior incidência em Lisboa e Porto.
Importante salientar que a publicação deste tipo de vídeo, sem que haja o cuidado de ocultar a identidade do motorista, é uma prática ilegal.
Contudo, como é algo que pode passar despercebido, é aconselhável muito cuidado com a postura adoptada, e com aquilo que se possa eventualmente dizer, não vá estar algum telemóvel perverso, a registar qualquer comentário menos feliz, que possa em determinado contexto surgir durante a conversa!
Esta situação, não é obviamente calamitosa ou problemática, mas é algo que se pode evitar, a fim de impedir a propagação de uma imagem negativa dos motoristas de táxi.
César Soares RT190




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Apartado 5264 – 4050-173 Porto
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UMA NOITE NEGRA

Um dia destes, à conversa com um nosso colega e amigo, que por coincidência raramente nos encontramos, desafiei o mesmo a escrever uma história da sua vida como motorista de táxi.

- Ó Henrique, é verdade que todos temos muitos bons episódios para contar, mas também é verdade que quando nos pedem uma situação destas, não vem logo à ideia. E depois a falta de disposição, de motivação, os problemas, a saturação da própria profissão, etc..

- Mas o participar neste passatempo, até pode ser terapêutico. Vai naturalmente obrigar a sair da rotina, obrigar positivamente ao esforço intelectual, eu até diria, acordar para a vida real tal qual ela é, vasta em problemas.

- Por acaso até me estou a lembrar dum episódio mais ou menos recente e que me marcou de certa forma.

“ Estava precisamente na postura da corujeira, entrou um indivíduo de cor, fisicamente bem constituído, relativamente bem vestido, e bem falante.

Pediu para ir a um determinado café e esperar um pouco, após alguns minutos voltou e pediu para passar numa estação de serviço, aguardei mais uns minutos até que voltou novamente. Agora queria ir para a rua de campo alegre para uma discoteca ali existente. Queria que eu fosse beber um copo com Ele, ao que respondi que não era meu hábito, e muito principalmente quando estou a trabalhar.

- Então o Senhor vai esperar por mim!

- O Senhor não tem necessidade de estar a pagar o táxi, paga-me e depois chama um outro veículo. Até porque eu tenho de ir trabalhar.

. Enquanto espera por mim, você está a trabalhar, eu estou a pagar!

O homem foi para dentro, o taxímetro já estava com uma conta muito elevada, já tinha passado uma hora e meia e nunca mais vinha. Decidi ir falar com o segurança, contei-lhe o que se estava a passar, se me deixava entrar para falar com a respectiva pessoa.

Já lá dentro, vi-o no meio da pista a dançar com um copo na mão, fui ter com Ele e disse-lhe para me pagar que queria ir embora. Na sua conversa senti que de facto iria ter problemas, dirigi-me novamente ao segurança do referido estabelecimento e expliquei-lhe o ponto da situação, nomeadamente que me parecia que nem dinheiro teria para pagar a despesa no estabelecimento. Entretanto são quatro horas da manhã, está na hora do fecho, e paga a despesa por cartão. Por incrível só tinha mesmo dinheiro para a despesa.

Voltamos para o táxi, e a primeira observação, foi à elevada quantia que marcava o taxímetro, foi então que lhe lembrei de que não tinha necessidade de reter ali o carro, porque podia ter chamado um outro.

- E agora? vamos para a polícia porque você não tem dinheiro para me pagar.

- Nada disso ,vamos a minha casa, que tenho lá dinheiro.

Seguimos para sua casa na corujeira, fui com Ele a casa, mostrou-me quarenta euros que dava para pagar a corrida. Não só não me pagou, como me disse para seguirmos para a esquadra da polícia.

Na esquadra, e após contar tudo o que se tinha passado, inclusive de que já tinha dinheiro para pagar, mas que não queria pagar, a polícia informou-me de que não podia obrigar o mesmo a pagar, e por esse motivo só tinha de apresentar queixa.

A queixa foi formalizada, o indivíduo ficou na esquadra para averiguações, uma vez ser estrangeiro. E até hoje não recebi a referida corrida, nem tão pouco qualquer informação sobre a queixa apresentada. Foi de facto uma noite negra.”


GPS NA INVICTA CENTRAL

Todo o processo para aprovação da instalação do sistema GPS na rádio táxis Invicta, foi moroso, foi divergente, foi (muitas vezes) mal compreendido. Mas graças à persistência, eu até diria, ao elevado grau de profissionalismo da actual direcção, foi possível ultrapassar todas essas vicissitudes.

Ao que nos foi dado a saber, no próximo mês vão ter inicio as primeiras instalações dos respectivos aparelhos. Tendo como objectivo o mês de Junho/Julho, a central operar já com o novo sistema.

Naturalmente, e dizemos nós, tudo se irá processar inicialmente, com prazos de experiência e adaptação. Não se espera tarefa fácil para os responsáveis, assim como também para os utilizadores, é necessário um tempo real para uma boa aprendizagem, e principalmente a compreensão de todos.

Alguns meses depois, o benefício vai ser geral e finalmente vamos ver a central, trabalhar mais e melhor, e… com mais credibilidade.

SUMÁRIO
*Primeiro 2009
*Patrocínio
*Club Motoristéxi
*Mais Sensibilidade
*Operadores Invicta
*Filmes - Viagens Táxi
*Uma noite Negra
*Gps na Invicta Central

FICHA

*Respons: Henrique Teixeira
*Colabor: César Soares rt190
*motoristáxi@hotmail.com
*Tel: 918554944
*Porto

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

SUPLEMENTO Nº 3


“A Última Viagem de Táxi”

A belíssima história que se segue, é um relato de um serviço de táxi, feito por um ex-motorista de nacionalidade Brasileira, mais concretamente de Belo Horizonte, Capital de Minas Gerais.
Recebemos este e-mail, por cortesia da nossa colega Rosa de Fátima RT 265. A ela o nosso agradecimento! Após alguma pesquisa na internet, foi possível apurar que a autoria deste texto é de Luiz Antônio Rasseli (Dom Rico), do site www.rico.com.br.

Eis a versão original:

Houve um tempo em que eu ganhava a vida como motorista de táxi. Os passageiros embarcavam totalmente anônimos. E, às vezes, me contavam episódios de suas vidas, suas alegrias e suas tristezas...
Encontrei pessoas que me surpreenderam. Mas, NENHUMA como aquela da noite de 25 para 26 de julho do último ano em que trabalhei na praça!
Havia recebido, já tarde da noite, uma chamada vinda de um pequeno prédio de tijolinhos, em uma rua tranqüila do subúrbio de Belo Horizonte, capital das Minas Gerais.
Quando cheguei ouvia latidos de cachorros ao longe. O prédio às escuras, com exceção de uma única lâmpada acesa numa janela do térreo.
Nestas circunstâncias, talvez outros teriam buzinado duas ou três vezes, esperariam só um pouco e, então, iriam embora.
Mas, eu sabia que muitas pessoas dependiam de táxis como único meio de transporte a tal hora. A não ser, portanto, que a situação fosse claramente perigosa, eu sempre esperava...
“Este passageiro pode ser alguém que necessita de ajuda”, pensei.
Assim, fui até a porta e bati.
“Um minutinho”, respondeu uma voz débil e idosa.
Ouvi alguma coisa ser arrastada pelo chão...
Depois de uma pausa longa, a porta abriu-se. Vi-me então diante de uma senhora bem idosa, pequenina e de frágil aparência!
Usava um vestido estampado e um chapéu bizarro, daqueles usados pelas senhoras idosas nos filmes da década de 40! E se equilibrava numa bengala, enquanto segurava com dificuldade uma pequena mala...
Dava para ver que a mobília estava toda coberta com lençóis. Não havia relógios, roupas ou adornos sobre os móveis. Num canto jazia uma caixa aberta com fotografias e vidros...
A velha senhora, esboçando então um tímido sorriso de quem havia já perdido todos os dentes, pediu-me:
“O senhor poderia me ajudar com a mala?”
Eu peguei a mala e ajudei-a caminhar lentamente até o carro. E enquanto se acomodava ela ficou me agradecendo...
“Não é nada, apenas procuro tratar meus passageiros do jeito que gostaria que tratassem minha velha mãe...”
“Oh! Você é um bom rapaz!”
Quando embarcamos, deu-me um endereço e pediu:
“O senhor poderia ir pelo centro da cidade?”
“Este não é o trajeto mais curto", alertei-a prontamente.
“Eu não me importo... Não estou com pressa... Meu destino é o último! O asilo dos velhos...”
Surpreso, eu olhei pelo retrovisor. Os olhos da velhinha brilhavam marejados...
“Eu não tenho mais família e o médico me disse que tenho muito pouco tempo...”
Disfarçadamente desliguei o taxímetro e perguntei:
“Qual o caminho que a senhora deseja que eu tome?”
Nas horas seguintes nós dirigimos por toda a cidade. Ela mostrou-me o edifício na Praça Sete em que havia, em certa ocasião, trabalhado como ascensorista...
Nós passamos pelas cercanias em que ela e o esposo tinham vivido como recém-casados.
E também pela Igrejinha de São Francisco, na Pampulha, onde comemoraram Bodas de Ouro!
Ela me pediu que passasse em frente a uma loja de móveis na região da Praça da Liberdade, que havia sido um grande salão de dança que ela freqüentara quando mocinha!
De vez em quando, pedia-me para dirigir vagarosamente em frente a um edifício ou esquina.
Era quando ficava então com os olhos fixos na escuridão, sem dizer nada... E olhava.
Olhava e suspirava...
E assim rodamos a noite inteira...
Quando o primeiro raio de sol surgiu no horizonte, ela disse de repente:
“Estou cansada... e pronta! Vamos agora!”
Seguimos, então, em silêncio, para o endereço que ela havia me dado.
Chegamos a um prédio rodeado de árvores, uma pequena casa de repouso.
Dois atendentes caminharam até o táxi, assim que paramos. Eram amáveis e atentos e logo se acercaram da velha senhora, a quem pareciam esperar.
Eu abri o porta-malas do carro e levei a pequena valise até a porta. A senhora, já sentada em uma cadeira de rodas, perguntou-me então pelo custo da corrida.
“Quanto lhe devo?”, ela perguntou, pegando a bolsa.
“Nada!”, eu disse.
“Você tem que ganhar a vida, meu jovem”
“Há outros passageiros”, respondi.
Quase sem pensar, curvei-me e dei-lhe um abraço. Ela me envolveu comovidamente e devolveu-me com um beijo afetuoso e repleto da mais pura e genuína gratidão! E disse:
“Você deu a esta velhinha bons momentos de alegria, como não tinha há tanto tempo... Só Deus é quem sabe o quanto você fez por mim! Obrigada, MEU AMIGO! Mil vezes obrigada!”
Jornal Motoristáxi – Suplemento nº 3Apertei sua mão pela última vez e caminhei no lusco-fusco da alvorada sem olhar para trás, pois as lágrimas corriam-me abundantes pela face...
Atrás de mim uma porta foi fechada.
Era o som do término de uma vida...
Naquele dia não peguei mais passageiros.
Dirigi sem rumo, perdido nos meus pensamentos. Mal podia falar.
Dois dias depois tomei coragem e voltei no asilo para ver como estava minha mais nova amiga.
Disseram-me, então, que na noite anterior adormecera para sempre, em paz e feliz...
E fiquei a pensar, se a velhinha tivesse pegado um motorista mal-educado e raivoso...
Ou, então, algum que estivesse ansioso para terminar seu turno...
Oh, Deus! E se eu houvesse recusado a corrida? Ou tivesse buzinado uma vez e ido embora?
Ao relembrar, creio que eu jamais tenha feito algo mais importante na minha vida, até então!
Em geral nos condicionamos a pensar que nossas vidas giram em torno de grandes momentos.

Todavia, os GRANDES MOMENTOS frequentemente nos pegam desprevenidos e ficam guardados em recantos que quase todo mundo considera sem importância... quando nos damos conta... já passou!



AS PESSOAS PODEM NÃO LEMBRAR EXATAMENTE O QUE VOCÊ FEZ, OU O QUE VOCÊ DISSE...

MAS, ELAS SEMPRE LEMBRARÃO COMO VOCÊ AS FEZ SENTIREM-SE!

PORTANTO, VOCÊ PODE FAZER A DIFERENÇA!

PENSE NISTO!!!

OS IDOSOS DE HOJE, SOMOS NÓS AMANHÃ!

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 6

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 6





FELIZ NATAL



SITUAÇÃO NA RADITÁXIS

Alguns operadores da central da ráditáxis do Porto quando à mais serviço cometem alguns erros e algumas gafes, o que é normal, pois eu confesso que em algumas situações não faria melhor.

Reclamação dos clientes:
Os clientes queixam-se muitas vezes, de que não são informados do número do táxi que vai fazer o serviço, e que muito nos prejudica, pois se o utente já estiver na rua à espera, o que sucede? Entra no primeiro táxi que lhe aparece, e nós…voltamos novamente para a postura à espera da próxima chamada, que eventualmente, pode demorar horas, eu já tenho alertado estas situações.

Problemas de audição:
Existe uma nova operadora que provavelmente tem problemas de audição, pois sempre que alguém se localiza, seja na postura ou por chamada ao ar, Ela pede sempre para repetir, (número X repete), em cada dez chamadas pede para repetir sete, esta situação provoca naturalmente alguma demora na entrega de serviço, e obviamente faz o cliente desistir do táxi, na minha opinião, claro.

Situação engraçada de madrugada:
Chamada ao hospital Magalhães Lemos, não á carros nas posturas, começam as localizações das viaturas que estão mais perto, até que o operador entrega o serviço a um RT e diz; número X siga à porta de armas. (gargalhada geral)

F.M


48º Aniversário da Cooperativa Raditaxis do Porto

Realizou-se no passado dia 30 de Novembro de 2008, em Gondomar a comemoração do 48º Aniversário da Raditaxis do Porto.
Importante salientar a presença de dezenas de colegas de profissão, respectivos familiares, operadores e representantes de diversas instituições.
O evento decorreu com normalidade num ambiente de festa e boa-disposição. Logo a seguir ao sorteio dos prémios, foi cortado o bolo de aniversário ao som do já habitual “Parabéns a Você”! O núcleo de amigos do Jornal Motoristáxi, felicita a RADITAXIS, por mais um aniversário.


TUDO PODE ACONTECER…

Entraram duas meninas na viatura do Senhor Santos, com destino pré defenido, mas para passar na rua de Faria Guimarães.
De repente:
- Ai! Estou a sofrer muito de urinar
Chegados ao local, uma sai para tratar de algo, outra (em plena rua e mesmo ali ao lado do táxi) aninha-se e… trata das suas necessidades fisiológicas.
Após alguns segundos, bate na janela e…
-Senhor motorista não tem por aí um lenço de papel?
- Não! Mas tenho dodot (lenços húmidos).
O senhor Santos ( homem já com grande experiência de vida) vai à mala buscar o dodot e dirige-se à cliente.
- Ó senhor motorista muito obrigada, mas não olhe!.
- Ó menina já estou farto de ver disso!
E seguiram seu destino.



NOSSA INSEGURANÇA

Na minha modesta opinião, nunca é demais falar sobre a nossa insegurança. Devemos obrigatoriamente, estar atentos não só, ao tipo de pessoas que vamos transportar, mas também a que locais, se necessário não devemos ter qualquer problema em recusar determinados serviços. Mais vale prevenir do que remediar

O mês de Novembro foi farto em assaltos e em faltas de pagamentos de serviços prestados. Dá ideia de que estamos todos resignados, ninguém quer abordar este terrível problema seriamente.

È verdade que as nossas divergências são muitas sobre os sistemas de segurança, mas já é tempo de criar um grupo de trabalho que junte todas as tendências, e estudar de uma vez por todas qual a melhor solução para o nosso sector.


INSTANTÂNEO


Um destes dias, à conversa com um recente e jovem amigo, cujo tema era na verdade os táxis, a dado momento e como não podia deixar de ser, trocava-mos ideias sobre a credibilidade dos motoristas de táxi na opinião pública, que, como é do conhecimento geral continua a ser negativa.
E então que fazer? À que continuar, com as boas atitudes, com o bom profissionalismo, com uma boa forma de estar ao volante e essencialmente com um bom atendimento aos utentes.
E estamos de acordo, quando se diz que este nosso jornal também pode e deve contribuir, para melhorar a imagem perante o público em geral. Temos é que ser criteriosos, e vamos fazer por isso.


O SUPLEMENTO Nº 3

Por cortesia da colega Rosa de Fátima RT265, chegou até nós a história narrada no suplemento nº3 intitulada “A Última Viagem de Táxi”. Após alguma pesquisa na Internet, foi-nos possível apurar o autor deste texto, chama-se Luiz Antônio Rasseli! Aconteceu no final dos anos 80, em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais no Brasil, onde ainda reside.

Esta mensagem já deu várias voltas ao mundo, já foi traduzida em vários idiomas e já teve reacções de vários pontos do globo, que podem ser consultadas no site do autor (http://www.rico.com.br/).

O núcleo deste jornal, estabeleceu contacto com o Sr. Luiz Antônio Rasseli ou Don Rico, como também é conhecido. Enviamos uma mensagem de e-mail, onde apresentamos o nosso núcleo de amigos e manifestamos o nosso agradecimento pelo seu testemunho!

“ (...) Como profissionais de táxi ficamos obviamente muito comovidos com o teor da sua narração que é sem dúvida alguma uma grande lição de vida que devemos reter nas nossas mentes para que no nosso dia-a-dia, nos seja mais fácil compreender o vasto alcance da nossa missão enquanto motoristas de táxi! A história que nos conta é importantíssima para todos os motoristas de táxi e seguramente um legado ainda mais importante para os futuros profissionais deste ramo. (...) “

Foi com grande satisfação que recebemos uma resposta de Don Rico, na nossa caixa de e-mail, na qual se revela emocionado com a nossa mensagem, nos agradece o interesse em publicar a sua história e nos fala mais um pouco desta sua experiência.

“ (...) fico também desde já agradecido pela divulgação que pretendem fazer e fico com a certeza no coração de que haverão muitas pessoas que serão tocadas com a ÚLTIMA VIAGEM DE TÁXI (...)”

Classifica aquela noite como um momento sem igual na sua vida e conta-nos que em São Paulo uma Cooperativa de táxis tem distribuído regularmente o arquivo aos seus passageiros. Depois despede-se com “um grande e afectuoso abraço”!

Esperamos ainda a colaboração de Don Rico, na próxima edição de Janeiro de 2009 do “Jornal Motoristáxi”.

Este texto já em 2006 tinha chegado a Portugal, prova disso é que nesse mesmo ano, já um colega nosso a tinha plagiado, limando apenas algumas arestas (tais como locais, data e tempos verbais), de modo a moldar a mensagem á sua própria realidade. O núcleo deste jornal, obteve autorização do verdadeiro autor para divulgar este belíssimo testemunho. O seu a seu dono!

A equipa do “Jornal Motoristáxi”, agradece mais uma vez a Luiz Antônio Rasseli, este magnifico testemunho de vida. Muito obrigado!

Sumário


.Situação na ráditáxis
.48º AnivºCooperativa ráditáxis
.Tudo pode acontecer
. Nossa insegurança
. Instantâneo
.O suplemento nº 3

Ficha
.Responsável; HENRIQUE TEIXEIRA
.Colaborador: CÉSAR SOARES (rt 190)
.motoristáxi@hotmail.com





domingo, 16 de novembro de 2008

SUPLEMENTO Nº 2

HISTÓRIA DO TAXIMETRO

Um taxímetro, por definição, é um aparelho de medida, mecânico ou electrónico, semelhante a um odómetro, normalmente instalado nos táxis. Mede o valor a cobrar em relação à distância percorrida ou em relação ao tempo passado desde o inicio da viagem. Existem muitos modelos de várias marcas de taxímetros. É este aparelho que define que um táxi é um táxi, e não um carro qualquer.


Tão importante que os próprios romanos já teriam inventado algo parecido há milhares de anos. Acredita-se que, no tempo dos Césares, algumas charretes tinham uma espécie de contador que libertava bolinhas periodicamente. Assim, no final do trajecto, o passageiro pagava de acordo com o número de bolinhas libertadas.


Isto significa que se ao fim da viagem tivessem sido libertadas 10 bolinhas, e cada bolinha representasse 1 km, então teríamos de multiplicar o valor do km por 10 e aí teríamos o preço final do serviço.


Mais de mil anos depois, na China, carroças puxadas por animais ou mesmo por homens também possuíam uma espécie de medidor.
A invenção chinesa contava com um tambor que ressoava a cada vez que o motorista percorresse 1600 metros, quase uma milha.


Mas nada foi tão genial quanto a geringonça inventada pelo engenheiro alemão Wilhelm Bruhn em 1891: acoplado à roda dianteira, o aparelho conseguia registar a distância percorrida com precisão inédita.
Assim, era possível calcular o preço exacto da corrida e evitar que os cocheiros abusassem do valor cobrado ao passageiro. Os motoristas não ficaram muito felizes com aquela inovação que lhes tirava o poder de negociação - até então, o valor do transporte era decidido na base do acordo entre passageiro e condutor. A coisa ficou tão feia que alguns cocheiros resolveram "homenagear" o engenheiro Bruhn atirando-o para dentro de um rio.


Combinando palavras do grego e latim, Bruhn baptizou a sua descoberta de taxímetro, ou “medidor de taxas”.
Se hoje os clientes gritam “Táxi!” na rua, é por causa deste alemão. O nome do veículo nada mais é do que a abreviação de “taxímetro”. Tal como vimos no suplemento n.º1.


O aparelho começou a ser usado no ano seguinte em Berlim, e de lá espalhou-se pela Europa.
Em 1907, já era obrigatório nas ruas de Londres. O modelo, inclusive, era mais avançado: calculava as tarifas combinando tempo e distância. Ou seja, quando o táxi se deslocava, o taxímetro gravava a quilometragem percorrida; quando estava parado, calculava o tempo gasto. Nesses primeiros modelos, o relógio que marcava o tempo de espera precisava de ser ajustado à mão sempre que o veículo parava.


No Brasil, os primeiros taxímetros começaram a ser usados na década de 20 no Rio de Janeiro. Eram importados da Alemanha. Este país só começou a fabricá-los três décadas depois, na mesma época em que a Europa começava a desenvolver um taxímetro com relógio eléctrico, semelhante ao que se usa hoje. Desde então, a engenhoca começou a desfrutar cada vez mais dos avanços da tecnologia.


O taxímetro que conhecemos hoje possui microprocessadores que diferenciam os movimentos do carro e atribuem um valor inicial, como os 2,00€/2,50€ cobrados em Portugal e os respectivos suplementos. Eles estão acoplados ao odómetro, uma peça presa ao eixo do carro que envia pulsos eléctricos conforme o carro roda. Ou seja, a cada quilómetro percorrido, a conta aumenta.
Vale lembrar que, quando o táxi está parado, o taxímetro não recebe os pulsos eléctricos, mas nem por isso o serviço fica mais barato. Em Portugal, um minuto parado significa á volta de 0,22€ a menos no bolso do passageiro.


Os modelos mais modernos já vêm com uma mini impressora (que solta um recibo com todos os dados do serviço), GPS e até leitor de cartão de crédito.


Ainda hoje muitos colegas se recordam dos antigos taxímetros, segundo eles, barulhentos e a corda. Felizmente, hoje em dia é aplicado nos taxímetros o que de melhor a tecnologia tem para nos oferecer. Com o passar dos anos, temos assistido a uma evolução enorme desta ferramenta tão importante para o desempenho da nossa profissão e certamente não vai ficar por aqui!


JORNAL MOTORISTÁXI Nº 5

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 5


O FUTURO (GPS) JÁ!

Ser oposição, não é bater com os pés no chão e esfregar os olhos fazendo de conta que está a chorar.

Fazer oposição, é um acto responsável e inteligente.

Fazer oposição, também é saber respeitar a vontade da maioria dos votos.”

Mais do que nunca, todos os sectores, e nomeadamente a indústria de táxis, estão praticamente obrigados ao desenvolvimento das suas actividades, caso contrário arriscam-se a ser ultrapassados, e desta forma aos resultados negativos.

O sistema GPS, é sem dúvida alguma, uma mais valia para o sector, tem uma grande qualidade de serviço para o utilizador, muitos menos erros, uma óptima atribuição de serviços, muito mais rapidez, muito menos tempo de espera, vai criar um melhor ambiente de trabalho, e vai eliminar as muitas más práticas existentes.

Compreendo eventuais e pontuais dificuldades por parte de alguns motoristas, mas que atempadamente e muito naturalmente se vão adaptar ao referido sistema.

Nas conversas de posturas, existem pessoas que levantam os problemas mais incríveis que se podem imaginar, esquecendo por completo os muitos benefícios desta nova proposta.

Depois… existem outros intervenientes; os que lançam a pedra e escondem a mão,
os que querem liderar, mas não têm capacidade, os que estão sempre em desacordo, porque não sabem mais, não têm poder de iniciativa, não têm poder imaginativo, não têm criatividade. Só querem, é presunção perante o seu grupo restrito.

Vamos olhar para o futuro, estamos no século XXI, não existe tempo para brincar com coisas sérias. #

CINCO EUROS

· Postura do hospital S.João
· 14.10.2008
· 21.00 horas
· Primeiro serviço


Vejo um individuo (aparentando trinta anos, 1,75m, e talvez uns 100 quilos), que sai do serviço de urgência e dirige-se ao meu táxi, entretanto reparo que vem um bocado aos esses, abre a porta e ao baixar-se para entrar, bate com a cabeça no tejadilho com alguma violência, ainda um pouco atordoado pergunta:
- Leva-me aos Aliados por 5.00€ ?
- Não sei o trânsito que está ! Deve dar mais qualquer coisa, mas só paga o que marcar o taxímetro.
- Não posso pagar mais de 6.00€.
- Ok ! Não paga mais de 6.00€.
Durante a viagem sempre muito perturbado com o táximetro.
- 6.00€ não vão chegar.
Com as filas de trânsito que não se podia andar, depois eram os semáforos que estavam sempre vermelhos, bem, ao chegar à avenida dos aliados marcava 5.45€.
- Pare aqui, se não vai dar mais.
Segundo serviço saio da trindade para a ribeira. Terceiro serviço, postura do infante, 22.30 h, vejo o sujeito que tinha transportado do hospital de S.João. Abre a porta, não me reconhece e pergunta:
- 5.00 € chega até ao Marquês?
- Deve chegar.
Já estou em João Pedro Ribeiro e marcava 4.45€.
- Pare aqui, não posso gastar mais de 5.00€.
Às 2.30 h da manhã estou na postura do bom pastor à já algum tempo, quando para meu espanto, vejo novamente o cliente dos 5.00€,penso cá para mim, isto não me pode estar a acontecer, este “tipo” não me larga. Entra, reparo que está em pior estado, pelo menos no equilíbrio, provavelmente álcool ou droga.
- 5.00€ chega até à ribeira?
- Não sei. (aqui reconhece que já o tinha transportado).
Ao chegar à praça de liberdade marcava 4.45€.
- Eu saio aqui, não posso gastar mais de 5.00€.
Nunca me tinha acontecido transportar o mesmo cliente três vezes na mesma noite, em posturas diferentes, e ainda por cima com o problema dos 5.00€

Fernando Moreira RT 314

PEQUENAS NOTÍCIAS
(Faltas de pagamento)

«O motorista termina um serviço no “MAU-MAU”, quando o cliente está a sair, de imediato entra um outro, senta-se e diz que quer ir para o bairro do Aleixo, ao iniciar a viagem o “estimado” cliente, chega o banco para trás e dá um jeito ao encosto, para assim ir mais confortável.
O táxi chega à segunda torre do bairro, encosta, o cliente diz para esperar um pouco porque vai buscar dinheiro, marcava três euros e uns cêntimos, o motorista logo que ele entra ou faz que entra, imediatamente desliga o táximetro e vai à sua vida.»

«O utente entra no táxi, quer ir para o parque TIR, mas antes pede para passar pela caixa multibanco, depois de tentar umas três vazes não consegue tirar dinheiro, e manda seguir para o destino solicitado inicialmente.
Já no local, o individuo, segundo Ele de nacionalidade Ucraniano, motorista de um camião, diz não ter dinheiro.
Após algumas trocas de palavras, e algumas ameaças nomeadamente ligar para a polícia, o “estimado” cliente propôs pagar a corrida com um bidão de 30 litros de gasolina.»


REUNIÃO COM PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL

A pedido do Exmº. Senhor Presidente da Câmara, realizou-se no mês passado uma reunião com o sector. Naturalmente que havia alguma expectativa em relação às propostas a apresentar pelo senhor Rui Rio, mas rapidamente se percebeu que nada disso iria acontecer.
Tratava-se sim, de um esclarecimento sobre o problema do metro, que tem vindo a suscitar divergências entre autarquia e governo central, e que em nossa opinião, é uma nítida tentativa de propaganda política.
pesar de tudo, os nossos representantes não deixaram de alertar, por intermédio de várias intervenções, para os problemas que continuam a persistir no nosso sector e que são da responsabilidade da Câmara Municipal.#

UM DIA DE CHUVA

A chuva tinha parado, respondeu a uma chamada, o cliente entra para o banco da frente.
O motorista não aguenta o cheiro nauseabundo, completamente impossível de aguentar.
Abre completamente os vidros e inclina um pouco a cabeça para fora da janela, e vai assim até final da viagem, que felizmente foi pequena. O indivíduo sai da viatura, continua com as janelas todas abertas, na tentativa de sair o nojo daquele cheiro.
Após ter andado cerca de dois kilometros, uma Senhora faz paragem, ainda exitou em fazer ou não o serviço. A cliente entrou, vê as janelas todas abertas, e com o mau tempo que se fazia sentir, muito educadamente pediu o favor e se possível fechar as janelas.
O motorista também solicitou desculpas, e informou a cliente sobre o passageiro que acabava de transportar, motivo pelo qual o cheiro ainda estava muito activo em toda a viatura.
Foi uma situação muito incomoda tanto para a utente como para o condutor. È verdade que nos deparamos com muitas situações destas e que não são divulgadas, queremos dar a conhecer os nossos utentes. #

RECLAMAÇÕES !



Na Internet existem inúmeros sites para que o consumidor descontente possa fazer as suas reclamações, quando não se sente satisfeito com o serviço prestado por determinada empresa. Estes sites que na sua grande maioria não têm funções punitivas, apenas divulgam determinado tipo de comportamento, que pela sua natureza não agradou ao queixoso. Os táxis não são excepção e pode-se encontrar nestes sites centenas de reclamações de clientes de táxi indignadíssimos com algumas situações. Não posso dizer que uma pequena percentagem delas não tenham razão de ser, mas a grande maioria são reclamações sem lógica nenhuma. Por exemplo; um dia destes encontrei uma reclamação de uma senhora brasileira, que se queixava da falta de simpatia por parte da operadora de uma central quando chamou o táxi via telefone e também afirmava ter sido vítima de xenofobia por parte do motorista que efectuou o serviço. Isto porque numa fase inicial o colega não queria transportar um cão que a senhora trazia, embora mais tarde tenha acedido ao seu pedido. Note-se que falta de sensibilidade, quando aquele motorista exigiu que o cão não fosse no assento mas sim no chão, o que por si só demonstra uma grande falta de respeito pelo canídeo, talvez por este ladrar brasileiro! E por fim diz ter sido vítima de burla, pois por um serviço pelo qual costumava pagar 4,30€, pagou 7,40€. Provavelmente esta senhora desconhece que foi um favor especial ter transportado o animal sem estar devidamente acondicionado, e deverá desconhecer também os suplementos de chamada e animal. Vai daí quando chegou a casa publicou a queixa num destes portais electrónicos, divulgou o nome da firma e a matrícula, e reclamou o mau serviço que aquele motorista lhe prestou. Esta é apenas uma pequena amostra das inúmeras reclamações absurdas que se encontram nestes portais. Existem pessoas que “formalizam” uma queixa, porque o motorista foi antipático, imaginem só! Outras reclamam porque costumam pagar 4,90€, e um taxista cobrou 5,35€. É verdade! No fórum online de uma Associação do nosso sector, existe uma secção apenas para elogios ou reclamações, onde se encontram umas largas dezenas de reclamações e apenas dois ou três elogios, que poderia ser demonstrativo da falta de profissionalismo dos motoristas de táxi, não fosse a quantidade de absurdos que por ali vão sendo publicados pelos utentes desgostosos. Salvaguardo o profissionalismo e a diplomacia com que os moderadores deste fórum respondem a estas reclamações, elucidando estas pessoas da realidade das normas que regem este sector.
César Soares RT. 190

O NOSSO JORNAL


Informamos de que duplicamos a distribuição do numero anterior deste jornal.
Queremos agradecer, todo o espírito de ajuda e sensibilidade que encontramos por parte de muitos leitores.
No entanto, continuamos apelar a todos os colegas que de alguma forma, enviem o maior número possível dos relatos de serviços que queiram partilhar através deste jornal.
Vai ser com a ajuda de todos, que naturalmente vamos conseguir fazer um jornal; maior, mais objectivo, mais informativo, mais dinâmico e mais criativo. #


SUMÁRIO



·O FUTURO (GPS) JÁ
·CINCO EUROS
·PEQUENAS NOTÍCIAS
·UM DIA DE CHUVA
·REUNIÃO CMP
·RECLAMAÇÕES
·O NOSSO JORNAL


Ficha

-Responsável: Henrique Teixeira
-Colaborador: César Soares RT. 190
-motoristáxi@hotmail.com
-Telm. 918554944
-PORTO

domingo, 5 de outubro de 2008

SUPLEMENTO Nº 1

Jornal Motoristáxi – Suplemento nº 1

História do táxi
O táxi, propriamente dito, apareceu historicamente quando foram aplicadas taxas à sua utilização através de taxímetros. Contudo, o serviço de transportar pessoas numa grande cidade a qualquer pessoa que o solicite é quase tão antigo como a civilização.
O primeiro serviço desse género apareceu com a invenção do riquexó — carro de duas rodas puxado por um só homem. O riquixá, riquexó ou rickshaw é um meio de transporte de tracção humana em que uma pessoa puxa uma carroça de duas rodas onde se acomodam mais uma ou duas pessoas. Existia, embora em pouca abundância, nas principais cidades da Antiguidade, mas era exclusivo das elites, que possuíam escravos para puxar esses carros.
Nas ruas da Roma Antiga, circulavam liteiras transportadas por dois ou quatro escravos que levavam quem quer que os solicitasse. Essa pessoa teria de pagar apenas o preço previamente estipulado pelo amo desses escravos. Apesar de já existirem veículos com rodas, os romanos não os utilizavam devido às movimentadas vias de comunicação da metrópole. Na Idade Média o transporte de pessoas era assegurado por carruagens muito rudimentares de tracção animal, que no Renascimento foram melhoradas tendo sido acrescentados ornamentos, cobertura e até cortinas. Em 1605, apareceram em Londres as primeiras carruagens de aluguer — as hackney. O sucesso foi tanto que, em 1634, o elevado número de carruagens de aluguer fazia com que as principais ruas da metrópole ficassem completamente engarrafadas, o que levou o Parlamento a limitar o número de carruagens a circular. Posteriormente, no séc. XVIII, foi criado o gig, que é uma carruagem de duas rodas, sem cobertura puxada por um cavalo. Foi inventada em França e deu origem a outras carruagens, tais como o Cabriolet. No séc. XIX já qualquer grande cidade tinha centenas, ou mesmo milhares de carruagens de aluguer.

Carruagem de aluguer

Uma carruagem de aluguer é como o nome indica uma carruagem que se pode alugar. Nas grandes metrópoles do mundo, desde o Renascimento, este meio de transporte existia para facilitar a circulação de pessoas na cidade. Eram utilizadas sobretudo por pessoas abastadas que pretendiam atravessar a cidade rapidamente, sem terem de se cruzar com as outras pessoas.
Pode considerar-se que as carruagens de aluguer foram as antecessoras dos táxis.

Cabriolet

Cabriolet é um termo utilizado para designar um tipo de carruagem, e, como é comum na indústria automobilística, um tipo de carroçaria automotiva baseada no conceito da carruagem. A palavra deriva de um verbo francês para saltar (cabriol), inspirado provavelmente no facto da carruagem original não possuir portas. Um Cabriolet é uma carruagem leve de duas rodas, puxada por um animal, normalmente um cavalo. Pode acolher dois passageiros que ficam virados para a frente. O condutor/cocheiro fica por trás da carruagem, num apoio próprio, de onde pode facilmente manobrar o cabriolet. Foi criado no início do séc. XIX em França.

Curiosidade

A palavra cab, que serve para designar táxi em inglês, é uma abreviatura de Cabriolet. Isto deve-se ao facto de Joseph Hansom ter adaptado o cabriolé, acrescentando-lhe uma pequena cadeira mais alta para o condutor e ao qual chamou Hansom cab.

Táxis Motorizados

Os primeiros táxis motorizados apareceram em 1896 na cidade alemã de Estugarda. No ano seguinte, Freidrich Greiner abriu uma empresa concorrente, na mesma cidade, mas os seus carros estavam equipados com um sistema inovador de cobrança — o taxímetro.
A implantação dos táxis foi generalizada em 1907. Nesse mesmo ano, em Paris, todos os carros de aluguer tinham de possuir um taxímetro obrigatório por lei.
Jornal Motoristáxi – Suplemento nº 1Antes da Primeira Guerra Mundial já todas as grandes cidades europeias e americanas tinham serviço de táxis legais e pintados com esquemas de cores diferentes. Desde então as alterações foram poucas, apenas nos aparelhos possuídos pelos carros, tais como um rádio, ou ar condicionado.

Taxímetro

Este equipamento não precisa de apresentações. Todos nós o conhecemos muito bem, é uma das mais importantes ferramentas na nossa actividade, obrigatória em todos os táxis. É um equipamento que serve para medir a distância percorrida por um veículo, marcando a taxa e o preço a pagar. O que nem todos sabem é que foi inventado no séc. XIX pelo alemão Wilhelm Bruhn. A palavra taxímetro deriva de taxa (ou preço) mais métron (ou medida). É esta a origem da palavra TÁXI — automóveis que utilizam taxímetro, ou seja não foi o táxi que deu o nome ao taxímetro, mas sim o taxímetro que deu o nome ao táxi.















JORNAL MOTORISTÁXI Nº 4

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 4

O NOSSO JORNAL

Com o objectivo de alcançar um maior numero de colegas, e de facilitar a troca de experiências entre todos, avançamos com um blog, jornalmotoristaxi.blogspot.com., que será o suporte online do “JORNAL MOTORISTÁXI”.
Graças à colaboração do jovem, César Soares RT.190, editamos o 1º suplemento do motoristáxi, cujo tema é ; “História do Táxi”.
Queremos expandir a distribuição , para isso, é necessário um forte espírito de ajuda e sensibilidade por parte de todos os leitores, tirando fotocópias e distribuindo.
Para além de outros assuntos, vamos naturalmente, continuar a divulgar os vários comportamentos dos utentes, sempre na expectativa de recebermos o maior numero possível dos relatos de serviços que queiram partilhar através deste jornal. #

GPS O FUTURO

Felicitamos todos os sócios da rádio táxi Invicta, nomeadamente a sua direcção, pelo “SIM”, à instalação de um sistema de gestão automática e localização de viaturas por GPS. Trata-se de uma vitória de todos, trata-se de uma vitória do bom senso, trata-se de uma vitória para o desenvolvimento da nossa actividade.
E o futuro? Grande qualidade de serviço para o utilizador, menos erros, óptima atribuição de serviços, mais rapidez, menos tempo de espera, melhor ambiente de trabalho, eliminação das más práticas. Parabéns.#

O CLIENTE TEM SEMPRE RAZÃO?

Quem nunca ouviu dizer que o cliente tem sempre razão? Desde que me conheço que ouço esta afirmação com bastante regularidade, embora não compreenda muito bem porquê. De facto, na nossa sociedade actual, está enraizada a cultura do “pago, logo posso”, se pago tenho razão, se pago tenho direito, se pago tenho… Tudo porque pago! Não quero com isto dizer que um cidadão não deva exigir aquilo a que tem direito, mas sim, que o deve fazer de uma forma educada e consciente que tem efectivamente direito. Lamentavelmente, não costuma ser assim, e esta ideia do “pago, logo posso” tem vindo a ganhar cada vez mais consistência, traduzindo-se muitas vezes em manifestações de arrogância e de falta de respeito. Na nossa actividade, como sabem, este fenómeno é muito frequente e se a isto juntarmos o habitual desconhecimento das normas e do tarifário por parte dos clientes, temos todos os dias situações deste género, desde o cliente que não quer pôr o mala na bagageira, aos que querem viajar cinco no mesmo táxi, os que acham que temos obrigatoriamente de fazer serviços de espera, os que querem comer, beber ou fumar dentro do carro e muitos outros que não compreendem que não podem, porque o cliente tem sempre razão! Claro está que estas situações criam muitas vezes conflitos desnecessários, na medida em que o comportamento do cliente vai gerar um comportamento muito semelhante no motorista. Devemos portanto, recorrer ao nosso profissionalismo e educação para tentar evitar ao máximo este tipo de problemas que são tão comuns no nosso dia-a-dia. Em minha opinião a esmagadora maioria dos conflitos que existem entre motorista e cliente têm origem na falta de conhecimento das normas e na falta de respeito por parte do cliente, pelo menos tem sido assim nas minhas experiências profissionais, o que me leva frequentemente a pensar cá para comigo: “Porque me ensinaram que o cliente tem sempre razão?”. Por muito que pense, chego sempre à mesma conclusão: “Nem sempre o cliente tem razão!”
César Soares RT.190

QUE PESADELO

O cliente entrou no carro do Miguel.
E em tom muito alto… até com alguma agressividade…
- Ó… jovem, haja alegria! Você está alegre? Fique alegre jovem!
- Está tudo bem, não há problema!
A viagem continua, a meio o indivíduo “saca” de uma arma, que diz ser “uma 6.35”, brincou com ela, ao Miguel até lhe deu a ideia que a desmontou e montou rapidamente.
No final da corrida, pagou, saiu do táxi, e começou aos tiros para o ar.
Não faço ideia como estaria o Miguel, mas faço ideia como estariam muitos de nós.
Do motorista fica a ideia de uma pessoa pacata, não demonstrando qualquer tipo de reacção negativista, mas se é um outro motorista um pouco mais nervoso, e perante este acto provocatório, como seria? De facto temos de ter muita serenidade. #

COISAS MÁZINHAS

Em Segundo na postura do 24 de agosto, viu um casal de idosos e estrangeiros, a dirigirem-se ao táxi da frente, e entraram.
Estavam com um mapa a indicar ao respectivo motorista, qual o local que queriam ir.
Entretanto os clientes e motorista saem da viatura, e verifica de que o mesmo está a explicar o caminho a pé, porque naturalmente era muito perto.
Para espanto de quem estava a observar, o condutor teve a distinta “lata” de pedir dois euros. O casal pagou, olharam um para o outro e encolheram os ombros.
O segundo foi ter com o primeiro e disse:
-É por estas e por outras que temos uma péssima imagem. Quer dizer, o senhor recusou fazer um pequeno serviço, leva dois euros sem sair da postura e fica na posição de sair novamente. Para além de não ter qualquer consideração pelos clientes, também não tem pelos colegas.
Assim é impossível dignificar a nossa profissão.#

TÁXI SEGURO


Postura do marquês, entram três indivíduos no carro do Moreira, péssimo aspecto e com carapuços na cabeça.
- Queremos ir para Sampaio (bairro)
O local é muito duvidoso, instintivamente aceita o serviço, mas logo se arrepende, no entanto segue viagem. Na praça todos ficam apreensivos, pois ficam com a nítida ideia de que “VÃO FAZER O MOREIRA”.
Percorridos alguns metros, primeiro comentário;
- Hei! Já marca tanto dinheiro? Não vamos ter “massa” para pagar.
Mais nervoso fica o Moreira. Entretanto os colegas vão telefonando para saber onde está. Os clientes querem ir para outro local (Av.João de Deus em ermezinde). Nesse momento decide accionar o sistema táxi seguro.
Prestes a chegar ao local, aparece o carro da polícia, de imediato parou o veículo, confirmando que foi Ele quem accionou o sistema. Conclusão ficaram ali mesmo, pagaram a corrida, ficaram surpreendidos, felizmente tudo acabou bem. Depois foi só registar a ocorrência. #


DIREITA OU ESQUERDA?

- Minha senhora, e agora é para a esquerda ou para a direita?
- É por ali ( a pessoa vai no banco de trás e o motorista não consegue ver qual a estrada que está a indicar )
- Para a esquerda?
- Sim, pode virar para baixo.
- Então é para a direita
- Claro senhor motorista, é para a direita. #


- Senhor motorista, agora é na próxima à esquerda.
O motorista vira à esquerda.
- Ó senhor, para onde vai?
- Vou para a esquerda.
- Não senhor motorista, é para cima
- Então é para a direita
- Desculpe senhor, mas estou um pouco nervosa.

Este tipo de situações acontece diariamente, são muitas as pessoas que não sabem qual a sua direita.



SUMÁRIO

·O nosso jornal
·GPS o futuro
·O cliente tem sempre razão?
·Que pesadelo
·Coisas mazinhas
·Táxi Seguro
·Direita ou esquerda?
·1º suplemento

FICHA
.Responsável: Henrique Teixeira
.Colaborador: César Soares RT.190
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