sexta-feira, 12 de novembro de 2010

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 27

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 27

ISTO NÃO É VERDADE. É PURA FICÇÃO!

Estamos um grupo de motoristas à conversa numa qualquer postura de táxis.
- Respondi para o hotel MM e quando lá cheguei, já estava um colega a carregar umas malas, fazendo sinal de que ia para o aeroporto, e eu sabendo do que se tratava, pois, pois, mas estás a dar uma comissão ao recepcionista.
- Ó colega tem de ser, se não for eu é outro!
- Isto nunca mais acaba, a culpa é nossa porque não denunciamos estas situações, os recepcionistas são uns mamões, e os motoristas que estão a pagar para fazer uns aeroportos, são egoístas, porque não pensam nos restantes táxis que também têm necessidade de trabalhar e rentabilizar a sua viatura.
- Olha, um dia destes, o colega Y perguntou-me se podia ir com ele ao hotel MM para fazer um aeroporto, mas que tinha de dar 7.00 euros para o recepcionista, e para isso, deveríamos estar à porta do hotel antes uns quinze minutos com o taxímetro ligado para dar a quantia necessária. Claro que respondi “não vou roubar ao cliente para dar ao recepcionista”.
- Sabes o que é! Arranjam bons tachos e depois aproveitam-se para angariar este tipo de serviços. Mas isto foi sempre assim.
- Continuo a dizer que a culpa é toda nossa, porque falamos, falamos, todos sabemos o que se passa, mas ninguém tem a coragem de denunciar. Era fazer um abaixo assinado com um bom
numero de assinaturas e enviar a quem de direito e até às próprias direcções dos hotéis, que dizem sempre que não sabem de nada.

VILA VERDE

Entrou no táxi e em sotaque brasileiro diz ao motorista:
- Senhor, eu queria ir a Valbom, mais concretamente a Vila Verde.
- Está muito bem.
- Sabe Senhor, eu estou no Brasil à mais de cinquenta anos, na altura fugi com uma moça que estava grávida, era casado. E nunca mais vim a Portugal.
- E então ?
- Agora queria ir ao mesmo local, para ver se descubro e se ainda mora no mesmo sitio a que foi minha mulher e também um filho.
- Vamos andando e quando vir que estamos no lugar o senhor diz qualquer coisa, ok?
Entretanto os minutos passaram a já estavam em Vila Verde, agora vire à direita, ali à esquerda e;

- É aqui. O Senhor motorista não me faz um favor?
- Se poder.
- Por favor não batia naquela porta e perguntava se mora ali a senhora Maria Adelaide, e se for, que estava aqui o que foi seu marido, que veio do Brasil e se podia conversar com ela?
- Ó meu caro amigo, o senhor está-me a meter numa alhada.
- Faça-me esse favor.
O Senhor Fernando Santos lá foi, conversou com a senhora, era de facto a mulher do meu cliente, e que foi dizendo que não o queria ver e o filho muito menos.
No entanto lá resolveu ir até ao táxi, não o reconheceu de imediato, cumprimentaram-se de mão, falaram um pouco. Entretanto chega o filho… e… ficou lá em casa.
O motorista não soube de mais nada.

BREVES

  • No dia 30.09.2010 entre as 22.40 e as 23.00 horas, os motoristas e clientes da rádio táxis invicta, puderam, e mais uma vez, ouvir alguns comentários via rádio, inoportunos.
A dado momento o operador de serviço está a dizer ao rt. 150, que não podia ser assim, porque tinha demorado a chegar a um cliente 38 minutos.
É óbvio que não pode ser assim, como é possível um operador deixar um cliente à espera 38 minutos, sem enviar outra viatura ?


  • - Onde é a rua celular em entre quintas ? pergunta um motorista
- Rua celular não conheço senhor motorista… Por acaso não será o Solar Vinho do Porto, o que pretende?
-Então é na rua do Vilar, perto do palácio,

  • A instalação de “Multibanco” nos táxis, já é uma realidade. Ainda são muito poucos na cidade do Porto.
Estão a solicitar viaturas com o referido equipamento.

  • Na postura da Areosa, o Senhor Almeida:
- Então essa tira ainda não foi substituída?
- Pelos vistos ainda não!
Algum tempo depois, chamam o referido veículo via rádio, e é informado de que fica sem comunicações até colocação de uma nova tira da rádio táxis.
Sem mais comentários.

UMA HISTÓRIA AOS QUADRADINHOS !

- Eu quero apresentar uma queixa contra um motorista.
- Então porquê ?
- Simplesmente porque não gostei da cara dele.
- Minha senhora, mas isso não é razão suficiente.
- Ai não? Então vou escrever uma carta a dizer que foi muito mal educado comigo!

O MOTORISTA FOI CHAMADO À CENTRAL

- Então o que é que se passou com esta senhora?
- Não se passou nada, porquê?
- Temos aqui uma carta onde senhora diz que o senhor foi mal educado.
- Deve de haver algum lapso, pois comigo não se passou nada!
- Isso é o que o senhor diz! Não sabe que devemos atender bem os clientes? È sempre a mesma coisa.
- O senhor veja como fala, pois estou a dizer-lhe que não foi nada comigo, que há naturalmente algum engano. E que direito lhe dá e que moral tem o senhor, para falar dessa maneira? Tenha respeito se é que quer ser respeitado. Eu não tenho nada com esse caso, e veja se defende a sua classe convenientemente e com sentido de responsabilidade. O senhor como motorista que é, tem por obrigação de ser sensível a este tipo de situações e conhecer a realidade tanto dos motoristas como também dos clientes. Sabe muito bem que transportamos de tudo, Gente boa mas também pessoas muito más.

O MOTORISTA FOI CASTIGADO EM 5 DIAS NO CORTE DE COMUNICAÇÕES. UMA COMPLETA INJUSTIÇA.

AEROPORTO

O grupo de profissionais de táxi do aeroporto de Francisco Sá Carneiro já existe à seis anos, é composto por empregadores e empregados, num total de 33 elementos, tem como principal objectivo, o convívio e o entretenimento entre todos.
Mesmo contra a vontade dos “ Velhos do Restelo” o agrupamento tem funcionado muito bem, demonstrando uma boa organização, e uma grande vontade de continuar a fomentar o respeito entre todos e a dignidade que todos merecem.
Este ano vão realizar o 6º convívio, acompanhado de uma missa em homenagem ao companheiro Jorge Oliveira, recentemente falecido.


Seriam umas 16,00 horas
, estava na postura da corujeira em primeiro lugar, e reparei que se aproximava do táxi uma jovem que aparentava 18 anos de idade. Muito bem vestida, mas vinha descalça, trazia um par de sapatos na mão.
Entrou no táxi para o banco da frente.
- Então a menina vem com os sapatos na mão ?
- Sabe senhor motorista, as sapatilhas são novas, custaram-me 100.00 euros mas fazem-me inchar os pés.
- E vamos para onde?
- Para o bairro da Pasteleira pela VCI, já não aguento ir de autocarro com os pés neste estado.
Minutos depois chegamos junto do bloco 7 do referido bairro.
- Por favor espera um pouco, vou buscar dinheiro, eu tenho passe e era par vir no autocarro, não contava com esta situação, é só um minuto.
Perante todo aquele cenário, acreditei na jovem, mas… o certo é que depois de esperar quinze minutos vim embora sem receber a corrida.

Obs: Ainda saí do táxi para ver se via alguma coisa, foi quando duas senhoras idosas me disseram que Ela não tinha entrado no bloco. Posteriormente tive conhecimento que já tinha acontecido o mesmo a um colega de S.Roque.

Fernando Loureiro RT 388

Entrou na postura das carvalheiras às 14.30 horas, bem vestida, aparentava 20 anos de idade.
- Senhor Motorista, queria ir para Macedo de Cavaleiros, e é para regressar novamente ao Porto, porque só vou buscar a minha irmã.
O Quim não hesitou, e segue em direcção ao referido local.
Durante a viagem conversaram normalmente, o suficiente para não levantar quaisquer tipo de suspeitas, sempre muito simpática, muito compreensível, muito bem falante, enfim, tudo corria de acordo com as normas do bom comportamento, merecendo desta forma uma total confiança.
Em Macedo de Cavaleiros a irmã entrou no táxi e regressamos ao Porto, durante a viagem nada de especial se passou, as duas conversaram muito e de tal forma, que mais reforçou a ideia do motorista, de que se tratava de pessoas educadas e responsáveis.
Já no Porto, fomos directos às bombas da GALP do parque da cidade.
- Aguarde um pouco que vamos levantar dinheiro e ao quarto de banho. Trezentos euros chega Senhor motorista?
- Chega menina !
Entraram nas bombas, saíram para ir ao quarto de banho, voltaram a entrar para entregar a chave, o Quim aguarda 5 minutos, 10 minutos e vai às bombas. Não vê ninguém fala com o funcionário e confirma que foram à casa de banho mas que depois saíram. Procurou e voltou a procirar mas nada.
Ficou sem 243.00 euros da corrida, 7.40 euros de portagem, e toda uma frustração após cinco horas de serviço sem qualquer recompensa.

CADA VEZ MAIS É PRECISO FAZER PREVENÇÃO.

“Hoje é dia 13!”

Sim, digo bem, “hoje é dia 13”!! E só por coincidência o que aqui escrevo poderia coincidir com o facto de hoje ser dia 13.
Mas o que pretendo com isto dizer?
Eu passo a explicar…
Há muito que não encontrava um Amigo, ou melhor, dois Amigos. É verdade, nesta quarta-feira, 13 de Outubro de 2010, num daqueles intervalos entre o fim de um serviço e o começo de outro, tive o prazer de tomar um café com o amigo Rui Teixeira, aproveitando para pôr um pouco da conversa em dia, já que não raras as vezes, não sobra tempo para almoçar, quanto mais para “dois dedos de conversa”.
Entretanto, o dia continuou a desenrolar-se, não terminando sem que outro amigo me convidasse também para um cafezinho. Aceitei com agrado, pois também já há muito tempo que não nos encontrávamos.
Este fez questão de me oferecer alguns n.ºs deste jornal, os quais não recusei. Por sua vez, lançou-me o desafio de escrever um artigo para este jornal, embora eu lhe tivesse dito de imediato que não dispunha de muito tempo. No entanto, quando se quer, tudo se consegue…desde que pensemos positivo. E digo isto, porque da análise que fiz às edições anteriores cujos artigos foram, à semelhança deste, redigidos por motoristas de táxi, que assim vão colaborando na realização deste jornal, constatei que os seus desabafos/ lamentos estão carregados de uma carga emocional fortemente negativa, não favorecendo em nada o seu desempenho no dia à dia desta actividade, já de si árdua.
Assim, quantos só pelo facto de algo não lhes correr tão bem como desejariam, não pensaram que tudo lhes estava a correr mal por se tratar de um dia 13.
Pensamento positivo é preciso, já!
Este foi para mim um grande dia, pois apesar de todas as vicissitudes deste “ramerrame”, acabei por reencontrar dois amigos.
É preciso ter sorte!
E o que dirão aqueles 33 mineiros, que estiveram presos debaixo do solo, e só ao fim se 69 dias conseguiram ser salvos? Não terá sido também para eles um grande dia 13?!
Há que pensar positivo!
Se assim o fizermos certamente que conseguiremos viver melhor o dia a dia!
Bem-haja ao Amigo Henrique Teixeira, por ao longo destes dois anos do “Jornal Motoristáxi” dar voz aos desabafos dos seus colegas de profissão.
H. Cardoso

O NOSSO JORNAL

Continua a superar todas as nossas expectativas.
O retorno positivo que temos obtido, leva-nos a concluir, que na verdade o jornal motoristáxi, tem contribuído na promoção do debate de ideias, e por conseguinte na salutar discussão de vários problemas que de alguma forma afectam o nosso sector.
É bom, e mais motivação nos dá, ao saber que forças vivas do nosso sector, estão a trabalhar de forma possível, em algumas questões abordadas pelo nosso pequeno jornal.
Agradecemos a todos, que de formas diferentes, têm contribuído para esta realidade.



SUMÁRIO

  • Isto não é verdade.É pura ficção
  • Fernando Loureiro
  • A Vila Verde
  • Joaquim Carvalho
  • Breves
  • “Hoje é dia 13” de Henrique Cardoso
  • Uma história aos quadradinhos
  • O nosso Jornal
  • Aeroporto

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 26

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 26

JÁ ESTÁ A CONTAR ?

Esta é muito recente.
Recebo uma mensagem para serviço ao hotel teatro.
Estaciono, um casal entra na viatura, ao mesmo tempo um funcionário do referido hotel diz:
- Senhor motorista é para Leça da Palmeira ao restaurante Mauritânia
- Peço desculpa mas não sei exactamente onde fica o restaurante, se for possível a morada agradecia.
Abre a porta de trás e fala com os clientes (só aí me apercebi de que eram espanhóis) e pede um papelinho onde estava escrita a morada. Fecha a porta, coloca-se ao lado da viatura, estou a digitalizar a morada no GPS e diz o referido funcionário;
- Olhe ! mas isso já está a contar?
- Olhe ! mas você também já manda aqui? Faça o seu serviço que eu faço o meu.
E mais não disse por atenção aos clientes, segui viagem, os passageiros foram extremamente simpáticos, dialogamos todo o percurso, e o mais curioso é que iniciamos a conversa com o que Eles chamaram de completa ingerência no meu serviço por parte do empregado do hotel.
Não faço ideia do que paira no ar. Mas com o tempo, com muita paciência, com muita persistência, e com a ajuda de todos os motoristas, naturalmente vamos desmistificar toda esta situação para bem da dignificação da nossa classe.
Não podemos nem devemos deixar criar situações humilhantes. Quem quer ser respeitado tem de respeitar.

O NOSSO JORNAL

É com enorme prazer e com algum orgulho, que informamos todos os nossos leitores de que aumentamos a tiragem para 700 exemplares. Isto só é possível porque angariamos mais um patrocínio.
Agradecemos a todos os nossos amigos que têm colaborado na distribuição e divulgação, solicitando um esforço adicional para conseguirmos fazer chegar o nosso jornal ainda a mais motoristas.
Continuamos abertos às vossas críticas, às vossas sugestões, assim como também às vossas histórias e episódios que queiram divulgar.

ONDA DE APOIO

Congratulámo-nos com os 53 e-mails recebidos, todos referentes ao nosso ultimo jornal ( nº25) onde se pode constatar uma forte onda de apoio, que nos incentiva ainda mais, a combater desta (humilde) forma, as injustiças que se vão praticando, concretamente na rádio táxis invicta.
De salientar que 11 são referentes a utentes de táxis e 18 referentes a motoristas das áreas limítrofes. No Facebook obtivemos duas reacções sobre o tema. No jornal online verificamos várias consultas. Muito obrigado.

AVERBAMENTO DO GRUPO 2

O Gaspar Silva no dia 01.03.2010 deslocou-se aos balcões do IMTT, delegação Norte, com o objectivo de proceder ao averbamento do grupo 2 na sua carta de condução.
Para o efeito foi munido com foto cópias de um atestado médico e do relatório de avaliação psicotécnica, que já tinha apresentado em 30.08.2009 para renovação da sua carta de condução.
A resposta que lhe foi dada pela funcionária, é que tinha de tratar de novos documentos, nomeadamente de novo atestado médico e novos psicotécnicos.
Naturalmente não convencido da veracidade da resposta, no dia 08.03.2010 envia uma carta para a delegação Norte anexando toda a documentação, expondo desta forma toda a situação e a sua discordância perante tais factos. A resposta foi novamente negativa.
Não conformado, no dia 05.04.2010 envia nova carta, mas desta vez para o IMTT – LISBOA, anexando toda a documentação, mais a correspondência trocada com a delegação Norte.
No dia 31.08.2010 recebe um ofício com uma resposta afirmativa e muito elucidativa, informando que pode solicitar o referido averbamento sem apresentação de novo atestado médico e avaliação psicológica.

Nota: É exemplo para casos idênticos. Estamos disponíveis para ajudar no que for preciso.

3º Encontro Convívio de Profissionais de Táxi (Campanhã)

Foi no passado dia 18 de Setembro, Sábado, que se realizou o 3º Encontro de Motoristas de Táxi de Campanhã, organizado pelo Sr. Durães (rt299) e pelo Sr. Manuel (rt394). Desta vez o local escolhido foi Sernancelhe, mais concretamente o Santuário de Nossa Senhora da Lapa. A viagem foi feita de autocarro que partiu de Campanhã, com paragem em Amarante, Moimenta da Beira, Sernancelhe para o Almoço, Albergaria para lanchar e regresso ao Porto. Um dia extraordinário que certamente todos os 32 convivas que nele participaram jamais esquecerão.
O Núcleo do JM, felicita todos os participantes e a sua organização.


Estava na postura dos clérigos. Já passava da 01.00 horas da manhã quando recebi uma mensagem no terminal para ir ao hotel Peninsular, podem crer que não demorei mais de 15 segundos.
Já estacionado no local, vi a recepcionista, olhei para Ela, naturalmente que também viu o táxi à porta. Mas como não vi ninguém a vir, fui ter com a referida recepcionista e perguntei se chamaram uma viatura, ao que me respondeu que não tinha chamado nenhum táxi.
Pensei até que o hotel fosse um ponto de referência para algum outro utente.
Venho para me dirigir à viatura, estou com a mão na porta para sair, a mesma diz:
- Ó Senhor à momentos estava aí à porta um cliente com umas malas que era para o aeroporto e eu disse-lhe para se meter num carro da invicta.
- Afinal como é ! Então á momentos disse-me que não chamou carro algum e agora diz-me que afinal estava aqui um cliente para o aeroporto?
Ao fazer esta observação, Ela juntamente com outra colega que estava no local, riram-se numa forte gargalhada, e eu respondi:
- Estão a rir-se de mim ? Vocês não pensem que ma convenceram, venceram-me mas não me convenceram. Saí do hotel e vim embora.
Informei a central, o operador disse para vir embora e proceder no terminal em conformidade com a situação, e assim dei o caso por finalizado.
E quando menos esperava, sou convocado para ir à central, pensei logo que fosse sobre o referido episódio. Senti-me enxovalhado tanto no hotel como na central. Apanhei 10 dias sem comunicações, injustamente.
No dia 08.09.de 2010 às 00.10 horas, fui dos clérigos ao hotel Teara fazer um serviço com una clientes da Galiza, pagaram e segui viagem. Minutos depois a central pergunta quem fez esse serviço, informei que fui eu, o motivo era uma pasta que tinham deixado ficar que continha muitos documentos e muito dinheiro, fui entregar como é meu dever, Mas para isto não tive por parte dos responsáveis da rádio táxis invicta, uma palavra de apreço e de agradecimento. O bom nome da central que tanto defendem, também deve ser visto pelas coisas positivas. Claro… não é necessário “Julgamento”.
MANUEL SEABRA RT. 552 (Inv)

SEGURANÇA

Continuam a aumentar os assaltos e o não pagamento de serviços prestados. Os conflitos com clientes (nocturnos) são permanentes.
O que fazer? A título de curiosidade, gostaria de informar de que os novos carros patrulha da PSP, já estão montados com separador.
Insistimos neste tema, porque de facto é insustentável a insegurança em que os profissionais de táxi têm de trabalhar.
Também é verdade que a culpa é muito nossa, do nosso sector, não temos coragem de trabalhar sem preconceitos por uma causa, e quando o fazemos, é sempre na base do “politicamente correcto” , uns almoços aqui, uns jantares ali. Umas cartas prá li outras cartas prá colá, umas deslocações ali outras deslocações acolá. Enfim ! Isto e somente isto !
È extremamente importante a prevenção, assim como também a informação e a participação de ocorrências para uma correcta e melhor avaliação do aumento deste tipo de criminalidade.
Somos todos nós, motoristas por conte própria ou por conta de outrem, que temos a obrigação e o dever de solucionar este tão grave problema.

BREVES

Uma determinada viatura táxi estava na postura da Marechal, atende o telefone:
- Estou, faz o favor.
- Queria um táxi aqui para Matosinhos.
- O senhor desculpe, mas está a falar para a postura da marechal no Porto.
- Eu sei, embora viva em Matosinhos, sou natural da foz, acontece que fiz uma marcação para a rádio táxis Invicta, já estou à espera à quinze minutos, já tentei ligar e ninguém me atente e preciso de um táxi urgente para me levar à estação de Campanhã.
- Mas se vou para aí e entretanto aparece a outra viatura como vai ser ?
- O senhor venha por favor o mais rápido possível, e esteja descansado que eu espero pela sua viatura, já não vou no outro.
O colega apanha o cliente, e dirige-se para Campanhã, no caminho o mesmo tenta umas duas vezes ligar à central mas nada.
Já na Estação, e ainda dentro do táxi, o Senhor recebe uma chamada da invicta a dizer que o transporte estava à porta, ao qual respondeu que já estava em Campanhã.

No dia 21.08.2010 determinada viatura, foi chamada ao hotel AC Porto, esteve cerca de 10 minutos à espera do cliente, como não aparecia ninguém o respectivo motorista dirigiu-se educadamente à recepção. A resposta que obteve foi de que o cliente que tinha chamado o táxi tinha ido novamente para o quarto, tentou ligar ao mesmo mas ninguém respondeu.
O motorista ficou sem o dinheiro da deslocação, perdeu sensivelmente 20 minutos. Por sua vez o recepcionista que viu o táxi durante 10 minutos à porta do hotel e sabendo da situação não teve a hombridade e o profissionalismo necessários de vir avisar o motorista de táxi do que se estava a passar. Quis lá saber do táxi.

Respondi da provisória postura da corujeira para o Bairro Engº Machado Vaz, por motivo de obras na rotunda do mercado da fruta, fui dar uma enorme volta.
Uma cliente para o Bairro S. João de Deus, marcava no taxímetro 3,85 euros, pediu para esperar um pouco. Nunca mais apareceu e assim fiquei sem o dinheiro de mais uma corrida.

Por duas vezes aceitei serviço para a travessa da Póvoa ( um tasco) a primeira tive de vir embora porque o individuo ( embriagado) e ainda sem entrar no táxi, já estava a insultar a classe (que são todos uns ladrões), a segunda depois de fazer o serviço ficou a dever três euros. È de ir lá novamente? Claro que não.

Quatro indivíduos jovens do bairro / rua das Antas, entraram no táxi para a zona industrial, barulho infernal, insultam motorista, na VCI carregam na tecla da tarifa três, o motorista desmarca imediatamente, vai em P até ao local, depois já querem ir para Matosinhos mas que não vão pagar a corrida, etc,etc.
Finalmente o motorista para na polícia, as cenas habituais e o colega perde tempo e fica sem mais cinco euros e qualquer coisa.

RÁDIO TÁXIS INVICTA E SISTEMA GPS

Fazendo uma breve análise ao comportamento de todos os intervenientes, criticando o que em minha opinião está mal, é, e para quem ainda tem duvidas, sempre com objectivos positivos e construtivos.
1º. – Ainda existem muitos motoristas, pensam que sabem trabalhar com o monitor mas na realidade têm muitas dificuldades. Seria necessário uma campanha de contacto individual, para tirar todas essas dúvidas. Os motoristas deveriam fazer um grande esforço de falarem para a central só em ultimo recurso (a determinar), e não estarem “por dá cá aquela palha” a chamarem e a interromper a central.
2º. – Os operadores, salvo alguma excepção, continuam a dar ideia para o exterior, de que ainda não aceitaram as regras do novo sistema, dando a entender que querem continuar com o antigamente, estando de alguma forma a travar a funcionalidade das capacidades do sistema.
E exemplo disso, foi um operador dizer via rádio “ Não estou para enviar mensagens “.
Os operadores conseguem com este sistema, falar mais do que a ráditáxis que ainda tem o sistema de voz, isto é dum paradoxo total.
Os operadores continuam a pedir viaturas, em ofertas e por voz, durante cinco e dez minutos, ao fim desse tempo quando uma viatura responde é de longe, são necessários pelo menos mais dez minutos, a viatura aparece ao cliente após vinte minutos de chamar um táxi, o que acontece? Quando chega não tem cliente, e quando tem é o motorista que vai ouvir das boas e sem culpa nenhuma.
Os operadores só deveriam dar alguma explicação ao motorista, quando solicitado e nunca voluntariamente, porque desta forma está a ocupar o seu tempo, e a interferir no trabalho que é exclusivamente da responsabilidade do condutor.
Os operadores continuam a falar para os motoristas, como se estivessem a falar para crianças da escola primária mas do antigamente, porque actualmente e felizmente já não é assim. È que, da forma que falam, só desorientam ainda mais a pessoa que está ao volante duma viatura.
Deveriam e têm obrigação de perceber, de ter o mínimo de sensibilidade para com esta questão.
3º. ¬– Os responsáveis, concretamente a direcção, em primeiro lugar deve ter a capacidade e a inteligência necessárias, para se capacitar de que estão a gerir uma central de rádio táxis com apenas duzentas e poucas viaturas e não quinhentas.
O que é que eu quero dizer com isto? Que estão limitados na oferta, é tão simples como isto.
Naturalmente já perceberam, e eu sei que sim . Como é possível com toda esta limitação de oferta, criar novas formas de castigos, para assim ter ainda menos viaturas ao serviço, e satisfazer ainda menos as necessidades dos clientes? Às vezes não entendo.
Para efectuar acções pedagógicas, claro que dá mais trabalho, é preciso mais poder criativo, é necessário mais inteligência na concretização, obriga a uma demonstração de capacidade intelectual dos responsáveis.
Mas estou convicto de que este é o caminho certo.
Temos vindo a assistir, ao que todos já chamamos de uma completa obsessão da direcção pelos serviços nos hotéis. Ao ponto de castigarem só por um mero telefonema de um recepcionista que diz o que lhe vai na alma, e que a direcção está disposta a acreditar cegamente nas respectivas versões.
Quero lembrar de que quando se fala em castigo é simplesmente o corte de comunicações, o visado pode continuar o seu trabalho pela cidade dentro, e em vez de esperar só tem é que procurar, tão simples como isto.
O problema é a postura e o carácter das pessoas perante este tipo de “queixas”. O lema é; não gosto daquele “tipo” vou telefonar.
E já que estou abordar este problema dos hotéis, e tendo em conta que os responsáveis se estão a basear no facto “ do mau nome ou bom nome da central” o que se vai fazer aos táxis da invicta que efectuam serviços, cujo os recepcionistas recebem comissões por cada aeroporto ou outro serviço para fora? será que também têm discutido esta questão com os responsáveis ? È que por acaso a maioria dos serviços que o táxi “comum” faz aos hotéis é quase sempre para a ribeira e arredores. Por quê e para quê tanta obsessão e servilismo por estes serviços ? Se tudo correr normalmente e sem habilidades as recepções só têm que solicitar um táxi. Quem eventualmente pode julgar o comportamento do condutor é realmente o cliente a quem se vai prestar o serviço e não o intermediário. Ou existe outros interesses?
REJEITAR tem sido um quebra cabeças para os responsáveis, não avaliaram atempadamente esta questão. Por exemplo, antes deste sistema muitos de nós respondíamos a uma média de dois / três serviços por turno, hoje respondem a três vezes mais, o que é muito bom. Antes rejeitávamos antecipadamente, hoje rejeitamos os mesmos serviços mas posteriormente, qual a dúvida e qual o problema?
O decreto – Lei nº 251 / 98 de 11 de Agosto, no artigo 17º parágrafo 2 diz: podem ser recusados os seguintes serviços: A) Os que impliquem a circulação em vias manifestamente intransitáveis pelo difícil acesso ou em locais que ofereçam notório perigo para a segurança do veículo, dos passageiros ou do motorista. B) Os que sejam solicitados por pessoas com comportamento suspeito de perigosidade.
É gravíssimo, que a direcção só esteja a ver o problema “REJEITAR” na óptica de despachar serviço de qualquer maneira e feitio, existem valores muito mais importantes, nomeadamente a segurança física de quem anda a trabalhar, e que infelizmente a única forma de combater a insegurança é precisamente a prevenção. Qualquer responsável, qualquer gestor, tem que ser sensível a estas questões, caso contrário é um mau responsável e mau gestor.

SUMÁRIO

  • Já está a contar ?
  • O nosso jornal
  • Onda de apoio
  • Averbamento Grupo 2
  • 3º.Encontro convívio profissionais de táxi
  • Manuel Seabra
  • Segurança
  • Breves
  • Rádio Táxis Invicta e sistema GPS