SEGURANÇA
O tema “segurança” deve de estar sempre presente no nosso quotidiano, fazendo parte de uma das principais preocupações profissionais.
E porquê? Porque os assaltos continuam, as faltas de pagamentos já são uma prática comum, e não se vê ninguém, no mínimo, a tomar posições de repúdio sobre este tipo de acções.
Infelizmente, e só quando se verifica um assalto com grave percussão (por exemplo a morte de um colega), de imediato “ todos querem mais segurança “, e também de imediato, todos os responsáveis querem ser intervenientes teóricos e candidatos ao protagonismo mediático na comunicação social.
A nossa segurança não se faz só com a montagem deste ou daquele sistema, também é indispensável a PREVENÇÃO, seria de uma boa e fácil responsabilidade, promover ao longo do ano, iniciativas de carácter pedagógico, sempre com o objectivo de alerta e formação contínua.
A Todos os responsáveis do nosso sector, que para além dos habituais almoços, jantares e outras actividades que entre si vão organizando, e que naturalmente são necessários, sejam também sensíveis ao problema da nossa segurança.
Estou completamente de acordo quando se diz, de que para tudo isto, é preciso; poder de iniciativa, poder de criatividade, poder organizativo, poder de gestão, conhecimentos e espírito cooperativista e associativista, e o mínimo de intelecto para conseguir levar a bom termo as várias tarefas que se lhes deparam. APRENDER, APRENDER SEMPRE! PELA VIDA DOS NOSSOS PROFISSONAIS.
F.P.T.
A Federação Portuguesa do Táxi, realizou no dia 30 de Maio de 2009 , na Junta de Freguesia de Santo Ildefonso, uma secção de esclarecimento destinada a todos os profissionais do sector.
O objectivo desta iniciativa foi divulgar as conclusões dos grupos de trabalho, então criados, em conformidade com o despacho nº22775/2008.
Os temas abordados foram; regime jurídico aplicável ao transporte de crianças, questões referentes à possibilidade de isenção de registo em livrete individual de controlo e por último questões referentes à alteração do regime da Formação Profissional / Certificado Profissional.
Registou uma boa participação.
A VALONGO
O nosso colega e amigo Gaspar (aquele que pára muito no bom sucessso), conta, que há já vários anos viveu um episódio, que apesar de não ser inédito, lhe ficou na memória talvez pelo estado psicológico em que o seu cliente se encontrava.
Estava na antiga postura da Avenida dos Aliados, situada no lado direito depois do café Guarani, entra um indivíduo muito de repente com muita pressa e diz:
- Por favor siga aquele táxi, não se preocupe que nada vai acontecer, mas por favor não o perca de vista.
- Muito bem vamos fazer os possíveis e sem fazer asneiras.
O referido veículo seguiu avenida acima, rua Faria Guimarães, Rua da Constituição, zona da Boavista e por aí fora. O cliente estava muito nervoso, pouco falava e não fazia ideia nenhuma para onde se dirigia. Depois de muitas voltas pela cidade, começamos a verificar uma outra direcção completamente diferente, mais concretamente para norte, e entretanto já estamos na estrada de Valongo.
Finalmente o outro táxi parou, estávamos no FLOR DA SERRA, uma boite situada na serra de Valongo, num lugar muito ermo. O cliente sai, manda esperar um minuto, e vai ter com a Senhora que estava na outra viatura, alta discussão, sapatada para trás sapatada para a frente, os dois Motoristas impávidos e serenos nos seus postos de trabalho, até que o indivíduo se dirige novamente para o táxi e pede o favor de voltar para o Porto.
De regresso, o homem que naturalmente continuava muito nervoso, começou a contar que estava em Espanha a trabalhar, para assim poder dar melhores condições à sua família, e que entretanto soube que a mulher estava a trabalhar num bar de alterne, ao principio não acreditava, mas resolveu vir a Portugal sem nada dizer, para poder ver com os seus próprios olhos. E infelizmente era verdade.
SÃO JOÃO
S. João…cravos aos molhos Na noite de S. João Se a saudade fosse pão
Manjericos pela rua Fui contigo enlouquecida Igual ao que a gente come
E no sonho dos teus olhos Na fogueira dos teus braços Na noite de S. João
Balões grandes como a lua! Abri os braços à vida ! Ninguém morria de fome!
1960 – Mira(Vila Real) 1962 - Rosa sem cravo 1965 - Saudosista (porto)
A razão não se procura Sou velhinho, S. João
Na noite de S. João Mas não nego que me afoite
- Nesta noite de loucura A ir de ramo e balão
Ter loucura é ter razão… Nos braços da tua noite
1973 . sempre (Porto) 1970 Miragaia (Porto)
Povo! Na tua fé louca Se a mensagem duma trova Na noite dos manjericos
Cantavas p’ra mão chorar! Vai inspirar quem a escuta, Vão no balão mais uns cobres
- Hoje, sem cravos na boca, S. João ! Isso é uma prova Brincamos vida de ricos
Choras de poder cantar Que a cantar também se luta Vivemos vida de pobres
1074 – Topázio 1975 - Ave Alegre 1977 – Zé do Norte
Tirado do Coleccionável “S. João do Porto” do Jornal de Notícias
Primeiro Táxi adaptado para transporte de deficientes motores do Porto
Felicitamos António Guimarães, pelo grande poder de iniciativa e de organização. Mais palavras para quê?
EM DIRECÇÃO A LISBOA
O Rui Teixeira, motorista à mais de 30 anos, conta-nos uma das vastas histórias que ao longo do tempo se lhe foi deparando.
“ Já vai à mais de vinte anos, estava na postura de Campanhã na expectativa de uma boa corrida, as viaturas que estão à sua frente vão saindo, até que fica em primeiro, mas sem que se vislumbre mais algum cliente.
No entanto, e após decorridos alguns minutos, uma Senhora já com alguma idade, entra na viatura.
- Faz o favor minha Senhora!
- Cheguei agora de Barcelos! E quero que me leve a casa de minha filha.
- Desculpe! E onde mora a sua filha?
- Sei lá, não faço ideia nenhuma, mas deve conhecê-la, é médica e chama-se Armanda. Olhe, quando estou lá em casa ela diz sempre “aqueles carros que passam ali vão em direcção a Lisboa”
- Sim, mas só isso não é o suficiente para eu saber onde mora a sua filha.
O Rui sai da viatura, conversa com um ou dois colegas e um deles dá a ideia do prédio da SIC. Chegados ao local;
- È aqui minha Senhora?
- Não, não conheço nada disto, não é aqui!
A Senhora sabia dizer o nome completo da filha, então com muita calma e paciência, e principalmente com um grande sentido de responsabilidade e sensibilidade, o referido motorista partiu à procura de uma cabina telefónica (ainda não havia telemóveis) para tentar na lista telefónica a respectiva morada.
Foi à primeira, foi à segunda e não tinham listas, voltou à rotunda da Boavista e numa das cabinas encontrou uma, procurou o nome e lá estava, nem mais nem menos o prédio da SIC, tomou nota do andar e quando chegou tocou na respectiva campainha. Atendeu uma voz feminina.
- Quem é?
- Sou motorista de táxi e transporto uma senhora que diz ser sua Mãe.
- Ai valha-me Deus, eu desço já, por favor aguarde um minuto.
Quando chegou, e depois de contar o que se estava a passar, acabou por dizer que a Mãe não lhe tinha dito nada que vinha ao Porto. Agradeceu muito ao Rui todo o trabalho e cuidado que teve com a situação. Pagou a corrida com gratificação. A senhora não tinha dinheiro.”
Um bom exemplo de profissionalismo.
EM DIRECÇÃO A LISBOA
O Rui Teixeira, motorista à mais de 30 anos, conta-nos uma das vastas histórias que ao longo do tempo se lhe foi deparando.
“ Já vai à mais de vinte anos, estava na postura de Campanhã na expectativa de uma boa corrida, as viaturas que estão à sua frente vão saindo, até que fica em primeiro, mas sem que se vislumbre mais algum cliente.
No entanto, e após decorridos alguns minutos, uma Senhora já com alguma idade, entra na viatura.
- Faz o favor minha Senhora!
- Cheguei agora de Barcelos! E quero que me leve a casa de minha filha.
- Desculpe! E onde mora a sua filha?
- Sei lá, não faço ideia nenhuma, mas deve conhecê-la, é médica e chama-se Armanda. Olhe, quando estou lá em casa ela diz sempre “aqueles carros que passam ali vão em direcção a Lisboa”
- Sim, mas só isso não é o suficiente para eu saber onde mora a sua filha.
O Rui sai da viatura, conversa com um ou dois colegas e um deles dá a ideia do prédio da SIC. Chegados ao local;
- È aqui minha Senhora?
- Não, não conheço nada disto, não é aqui!
A Senhora sabia dizer o nome completo da filha, então com muita calma e paciência, e principalmente com um grande sentido de responsabilidade e sensibilidade, o referido motorista partiu à procura de uma cabina telefónica (ainda não havia telemóveis) para tentar na lista telefónica a respectiva morada.
Foi à primeira, foi à segunda e não tinham listas, voltou à rotunda da Boavista e numa das cabinas encontrou uma, procurou o nome e lá estava, nem mais nem menos o prédio da SIC, tomou nota do andar e quando chegou tocou na respectiva campainha. Atendeu uma voz feminina.
- Quem é?
- Sou motorista de táxi e transporto uma senhora que diz ser sua Mãe.
- Ai valha-me Deus, eu desço já, por favor aguarde um minuto.
Quando chegou, e depois de contar o que se estava a passar, acabou por dizer que a Mãe não lhe tinha dito nada que vinha ao Porto. Agradeceu muito ao Rui todo o trabalho e cuidado que teve com a situação. Pagou a corrida com gratificação. A senhora não tinha dinheiro.”
Um bom exemplo de profissionalismo.
VIAGEM ÀS BOMBAS
Após ter respondido a uma chamada e chegado ao local, vem um cliente já com alguma idade, com muitas dificuldades em se movimentar, aparentando ter bebido uns copitos.
Tudo isto por volta das três e trinta horas da manhã. Depois de o ter ajudado a entrar na viatura, e quando já estava instalado, diz que quer ir a umas bombas de gasolina para comprar tabaco.
Lá fomos às bombas mais próximas, pediu cigarros e um café, tudo isto nas maiores calmas do mundo até pela sua dificuldade em se movimentar, aguardei com toda a tranquilidade.
Passados longos minutos, veio para o táxi, ajudei-o a entrar e regressamos a sua casa. Já no local informei de quanto era a corrida, o senhor dá-me uma nota de dez euros, quando estou para guardar a nota, sinto que está mais uma nota e verifico.
Saí para o ajudar, deixo-o à porta de casa e entrego-lhe a nota de dez euros que estava a mais.
- Não me leva nada é ?
- O senhor deu-me uma nota a mais.
- Pronto está bem, não me quer levar nada e está a dizer que foi a mais…!
Sumário
Tudo isto por volta das três e trinta horas da manhã. Depois de o ter ajudado a entrar na viatura, e quando já estava instalado, diz que quer ir a umas bombas de gasolina para comprar tabaco.
Lá fomos às bombas mais próximas, pediu cigarros e um café, tudo isto nas maiores calmas do mundo até pela sua dificuldade em se movimentar, aguardei com toda a tranquilidade.
Passados longos minutos, veio para o táxi, ajudei-o a entrar e regressamos a sua casa. Já no local informei de quanto era a corrida, o senhor dá-me uma nota de dez euros, quando estou para guardar a nota, sinto que está mais uma nota e verifico.
Saí para o ajudar, deixo-o à porta de casa e entrego-lhe a nota de dez euros que estava a mais.
- Não me leva nada é ?
- O senhor deu-me uma nota a mais.
- Pronto está bem, não me quer levar nada e está a dizer que foi a mais…!
Sumário
# SEGURANÇA
# FEDERAÇÃO
# A VALONGO
# MONUMENTOS DO PORTO
# S. JOÃO DO PORTO
# TRANSPORTE DEFICIENTES
# EM DIRECÇÃO A LISBOA
# VIAGEM ÀS BOMBAS
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