domingo, 5 de outubro de 2008

SUPLEMENTO Nº 1

Jornal Motoristáxi – Suplemento nº 1

História do táxi
O táxi, propriamente dito, apareceu historicamente quando foram aplicadas taxas à sua utilização através de taxímetros. Contudo, o serviço de transportar pessoas numa grande cidade a qualquer pessoa que o solicite é quase tão antigo como a civilização.
O primeiro serviço desse género apareceu com a invenção do riquexó — carro de duas rodas puxado por um só homem. O riquixá, riquexó ou rickshaw é um meio de transporte de tracção humana em que uma pessoa puxa uma carroça de duas rodas onde se acomodam mais uma ou duas pessoas. Existia, embora em pouca abundância, nas principais cidades da Antiguidade, mas era exclusivo das elites, que possuíam escravos para puxar esses carros.
Nas ruas da Roma Antiga, circulavam liteiras transportadas por dois ou quatro escravos que levavam quem quer que os solicitasse. Essa pessoa teria de pagar apenas o preço previamente estipulado pelo amo desses escravos. Apesar de já existirem veículos com rodas, os romanos não os utilizavam devido às movimentadas vias de comunicação da metrópole. Na Idade Média o transporte de pessoas era assegurado por carruagens muito rudimentares de tracção animal, que no Renascimento foram melhoradas tendo sido acrescentados ornamentos, cobertura e até cortinas. Em 1605, apareceram em Londres as primeiras carruagens de aluguer — as hackney. O sucesso foi tanto que, em 1634, o elevado número de carruagens de aluguer fazia com que as principais ruas da metrópole ficassem completamente engarrafadas, o que levou o Parlamento a limitar o número de carruagens a circular. Posteriormente, no séc. XVIII, foi criado o gig, que é uma carruagem de duas rodas, sem cobertura puxada por um cavalo. Foi inventada em França e deu origem a outras carruagens, tais como o Cabriolet. No séc. XIX já qualquer grande cidade tinha centenas, ou mesmo milhares de carruagens de aluguer.

Carruagem de aluguer

Uma carruagem de aluguer é como o nome indica uma carruagem que se pode alugar. Nas grandes metrópoles do mundo, desde o Renascimento, este meio de transporte existia para facilitar a circulação de pessoas na cidade. Eram utilizadas sobretudo por pessoas abastadas que pretendiam atravessar a cidade rapidamente, sem terem de se cruzar com as outras pessoas.
Pode considerar-se que as carruagens de aluguer foram as antecessoras dos táxis.

Cabriolet

Cabriolet é um termo utilizado para designar um tipo de carruagem, e, como é comum na indústria automobilística, um tipo de carroçaria automotiva baseada no conceito da carruagem. A palavra deriva de um verbo francês para saltar (cabriol), inspirado provavelmente no facto da carruagem original não possuir portas. Um Cabriolet é uma carruagem leve de duas rodas, puxada por um animal, normalmente um cavalo. Pode acolher dois passageiros que ficam virados para a frente. O condutor/cocheiro fica por trás da carruagem, num apoio próprio, de onde pode facilmente manobrar o cabriolet. Foi criado no início do séc. XIX em França.

Curiosidade

A palavra cab, que serve para designar táxi em inglês, é uma abreviatura de Cabriolet. Isto deve-se ao facto de Joseph Hansom ter adaptado o cabriolé, acrescentando-lhe uma pequena cadeira mais alta para o condutor e ao qual chamou Hansom cab.

Táxis Motorizados

Os primeiros táxis motorizados apareceram em 1896 na cidade alemã de Estugarda. No ano seguinte, Freidrich Greiner abriu uma empresa concorrente, na mesma cidade, mas os seus carros estavam equipados com um sistema inovador de cobrança — o taxímetro.
A implantação dos táxis foi generalizada em 1907. Nesse mesmo ano, em Paris, todos os carros de aluguer tinham de possuir um taxímetro obrigatório por lei.
Jornal Motoristáxi – Suplemento nº 1Antes da Primeira Guerra Mundial já todas as grandes cidades europeias e americanas tinham serviço de táxis legais e pintados com esquemas de cores diferentes. Desde então as alterações foram poucas, apenas nos aparelhos possuídos pelos carros, tais como um rádio, ou ar condicionado.

Taxímetro

Este equipamento não precisa de apresentações. Todos nós o conhecemos muito bem, é uma das mais importantes ferramentas na nossa actividade, obrigatória em todos os táxis. É um equipamento que serve para medir a distância percorrida por um veículo, marcando a taxa e o preço a pagar. O que nem todos sabem é que foi inventado no séc. XIX pelo alemão Wilhelm Bruhn. A palavra taxímetro deriva de taxa (ou preço) mais métron (ou medida). É esta a origem da palavra TÁXI — automóveis que utilizam taxímetro, ou seja não foi o táxi que deu o nome ao taxímetro, mas sim o taxímetro que deu o nome ao táxi.















JORNAL MOTORISTÁXI Nº 4

JORNAL MOTORISTÁXI Nº 4

O NOSSO JORNAL

Com o objectivo de alcançar um maior numero de colegas, e de facilitar a troca de experiências entre todos, avançamos com um blog, jornalmotoristaxi.blogspot.com., que será o suporte online do “JORNAL MOTORISTÁXI”.
Graças à colaboração do jovem, César Soares RT.190, editamos o 1º suplemento do motoristáxi, cujo tema é ; “História do Táxi”.
Queremos expandir a distribuição , para isso, é necessário um forte espírito de ajuda e sensibilidade por parte de todos os leitores, tirando fotocópias e distribuindo.
Para além de outros assuntos, vamos naturalmente, continuar a divulgar os vários comportamentos dos utentes, sempre na expectativa de recebermos o maior numero possível dos relatos de serviços que queiram partilhar através deste jornal. #

GPS O FUTURO

Felicitamos todos os sócios da rádio táxi Invicta, nomeadamente a sua direcção, pelo “SIM”, à instalação de um sistema de gestão automática e localização de viaturas por GPS. Trata-se de uma vitória de todos, trata-se de uma vitória do bom senso, trata-se de uma vitória para o desenvolvimento da nossa actividade.
E o futuro? Grande qualidade de serviço para o utilizador, menos erros, óptima atribuição de serviços, mais rapidez, menos tempo de espera, melhor ambiente de trabalho, eliminação das más práticas. Parabéns.#

O CLIENTE TEM SEMPRE RAZÃO?

Quem nunca ouviu dizer que o cliente tem sempre razão? Desde que me conheço que ouço esta afirmação com bastante regularidade, embora não compreenda muito bem porquê. De facto, na nossa sociedade actual, está enraizada a cultura do “pago, logo posso”, se pago tenho razão, se pago tenho direito, se pago tenho… Tudo porque pago! Não quero com isto dizer que um cidadão não deva exigir aquilo a que tem direito, mas sim, que o deve fazer de uma forma educada e consciente que tem efectivamente direito. Lamentavelmente, não costuma ser assim, e esta ideia do “pago, logo posso” tem vindo a ganhar cada vez mais consistência, traduzindo-se muitas vezes em manifestações de arrogância e de falta de respeito. Na nossa actividade, como sabem, este fenómeno é muito frequente e se a isto juntarmos o habitual desconhecimento das normas e do tarifário por parte dos clientes, temos todos os dias situações deste género, desde o cliente que não quer pôr o mala na bagageira, aos que querem viajar cinco no mesmo táxi, os que acham que temos obrigatoriamente de fazer serviços de espera, os que querem comer, beber ou fumar dentro do carro e muitos outros que não compreendem que não podem, porque o cliente tem sempre razão! Claro está que estas situações criam muitas vezes conflitos desnecessários, na medida em que o comportamento do cliente vai gerar um comportamento muito semelhante no motorista. Devemos portanto, recorrer ao nosso profissionalismo e educação para tentar evitar ao máximo este tipo de problemas que são tão comuns no nosso dia-a-dia. Em minha opinião a esmagadora maioria dos conflitos que existem entre motorista e cliente têm origem na falta de conhecimento das normas e na falta de respeito por parte do cliente, pelo menos tem sido assim nas minhas experiências profissionais, o que me leva frequentemente a pensar cá para comigo: “Porque me ensinaram que o cliente tem sempre razão?”. Por muito que pense, chego sempre à mesma conclusão: “Nem sempre o cliente tem razão!”
César Soares RT.190

QUE PESADELO

O cliente entrou no carro do Miguel.
E em tom muito alto… até com alguma agressividade…
- Ó… jovem, haja alegria! Você está alegre? Fique alegre jovem!
- Está tudo bem, não há problema!
A viagem continua, a meio o indivíduo “saca” de uma arma, que diz ser “uma 6.35”, brincou com ela, ao Miguel até lhe deu a ideia que a desmontou e montou rapidamente.
No final da corrida, pagou, saiu do táxi, e começou aos tiros para o ar.
Não faço ideia como estaria o Miguel, mas faço ideia como estariam muitos de nós.
Do motorista fica a ideia de uma pessoa pacata, não demonstrando qualquer tipo de reacção negativista, mas se é um outro motorista um pouco mais nervoso, e perante este acto provocatório, como seria? De facto temos de ter muita serenidade. #

COISAS MÁZINHAS

Em Segundo na postura do 24 de agosto, viu um casal de idosos e estrangeiros, a dirigirem-se ao táxi da frente, e entraram.
Estavam com um mapa a indicar ao respectivo motorista, qual o local que queriam ir.
Entretanto os clientes e motorista saem da viatura, e verifica de que o mesmo está a explicar o caminho a pé, porque naturalmente era muito perto.
Para espanto de quem estava a observar, o condutor teve a distinta “lata” de pedir dois euros. O casal pagou, olharam um para o outro e encolheram os ombros.
O segundo foi ter com o primeiro e disse:
-É por estas e por outras que temos uma péssima imagem. Quer dizer, o senhor recusou fazer um pequeno serviço, leva dois euros sem sair da postura e fica na posição de sair novamente. Para além de não ter qualquer consideração pelos clientes, também não tem pelos colegas.
Assim é impossível dignificar a nossa profissão.#

TÁXI SEGURO


Postura do marquês, entram três indivíduos no carro do Moreira, péssimo aspecto e com carapuços na cabeça.
- Queremos ir para Sampaio (bairro)
O local é muito duvidoso, instintivamente aceita o serviço, mas logo se arrepende, no entanto segue viagem. Na praça todos ficam apreensivos, pois ficam com a nítida ideia de que “VÃO FAZER O MOREIRA”.
Percorridos alguns metros, primeiro comentário;
- Hei! Já marca tanto dinheiro? Não vamos ter “massa” para pagar.
Mais nervoso fica o Moreira. Entretanto os colegas vão telefonando para saber onde está. Os clientes querem ir para outro local (Av.João de Deus em ermezinde). Nesse momento decide accionar o sistema táxi seguro.
Prestes a chegar ao local, aparece o carro da polícia, de imediato parou o veículo, confirmando que foi Ele quem accionou o sistema. Conclusão ficaram ali mesmo, pagaram a corrida, ficaram surpreendidos, felizmente tudo acabou bem. Depois foi só registar a ocorrência. #


DIREITA OU ESQUERDA?

- Minha senhora, e agora é para a esquerda ou para a direita?
- É por ali ( a pessoa vai no banco de trás e o motorista não consegue ver qual a estrada que está a indicar )
- Para a esquerda?
- Sim, pode virar para baixo.
- Então é para a direita
- Claro senhor motorista, é para a direita. #


- Senhor motorista, agora é na próxima à esquerda.
O motorista vira à esquerda.
- Ó senhor, para onde vai?
- Vou para a esquerda.
- Não senhor motorista, é para cima
- Então é para a direita
- Desculpe senhor, mas estou um pouco nervosa.

Este tipo de situações acontece diariamente, são muitas as pessoas que não sabem qual a sua direita.



SUMÁRIO

·O nosso jornal
·GPS o futuro
·O cliente tem sempre razão?
·Que pesadelo
·Coisas mazinhas
·Táxi Seguro
·Direita ou esquerda?
·1º suplemento

FICHA
.Responsável: Henrique Teixeira
.Colaborador: César Soares RT.190
.Endº. motoristaxi@hotmail.com
.Telem. 918554944
.PORTO