domingo, 16 de novembro de 2008

SUPLEMENTO Nº 2

HISTÓRIA DO TAXIMETRO

Um taxímetro, por definição, é um aparelho de medida, mecânico ou electrónico, semelhante a um odómetro, normalmente instalado nos táxis. Mede o valor a cobrar em relação à distância percorrida ou em relação ao tempo passado desde o inicio da viagem. Existem muitos modelos de várias marcas de taxímetros. É este aparelho que define que um táxi é um táxi, e não um carro qualquer.


Tão importante que os próprios romanos já teriam inventado algo parecido há milhares de anos. Acredita-se que, no tempo dos Césares, algumas charretes tinham uma espécie de contador que libertava bolinhas periodicamente. Assim, no final do trajecto, o passageiro pagava de acordo com o número de bolinhas libertadas.


Isto significa que se ao fim da viagem tivessem sido libertadas 10 bolinhas, e cada bolinha representasse 1 km, então teríamos de multiplicar o valor do km por 10 e aí teríamos o preço final do serviço.


Mais de mil anos depois, na China, carroças puxadas por animais ou mesmo por homens também possuíam uma espécie de medidor.
A invenção chinesa contava com um tambor que ressoava a cada vez que o motorista percorresse 1600 metros, quase uma milha.


Mas nada foi tão genial quanto a geringonça inventada pelo engenheiro alemão Wilhelm Bruhn em 1891: acoplado à roda dianteira, o aparelho conseguia registar a distância percorrida com precisão inédita.
Assim, era possível calcular o preço exacto da corrida e evitar que os cocheiros abusassem do valor cobrado ao passageiro. Os motoristas não ficaram muito felizes com aquela inovação que lhes tirava o poder de negociação - até então, o valor do transporte era decidido na base do acordo entre passageiro e condutor. A coisa ficou tão feia que alguns cocheiros resolveram "homenagear" o engenheiro Bruhn atirando-o para dentro de um rio.


Combinando palavras do grego e latim, Bruhn baptizou a sua descoberta de taxímetro, ou “medidor de taxas”.
Se hoje os clientes gritam “Táxi!” na rua, é por causa deste alemão. O nome do veículo nada mais é do que a abreviação de “taxímetro”. Tal como vimos no suplemento n.º1.


O aparelho começou a ser usado no ano seguinte em Berlim, e de lá espalhou-se pela Europa.
Em 1907, já era obrigatório nas ruas de Londres. O modelo, inclusive, era mais avançado: calculava as tarifas combinando tempo e distância. Ou seja, quando o táxi se deslocava, o taxímetro gravava a quilometragem percorrida; quando estava parado, calculava o tempo gasto. Nesses primeiros modelos, o relógio que marcava o tempo de espera precisava de ser ajustado à mão sempre que o veículo parava.


No Brasil, os primeiros taxímetros começaram a ser usados na década de 20 no Rio de Janeiro. Eram importados da Alemanha. Este país só começou a fabricá-los três décadas depois, na mesma época em que a Europa começava a desenvolver um taxímetro com relógio eléctrico, semelhante ao que se usa hoje. Desde então, a engenhoca começou a desfrutar cada vez mais dos avanços da tecnologia.


O taxímetro que conhecemos hoje possui microprocessadores que diferenciam os movimentos do carro e atribuem um valor inicial, como os 2,00€/2,50€ cobrados em Portugal e os respectivos suplementos. Eles estão acoplados ao odómetro, uma peça presa ao eixo do carro que envia pulsos eléctricos conforme o carro roda. Ou seja, a cada quilómetro percorrido, a conta aumenta.
Vale lembrar que, quando o táxi está parado, o taxímetro não recebe os pulsos eléctricos, mas nem por isso o serviço fica mais barato. Em Portugal, um minuto parado significa á volta de 0,22€ a menos no bolso do passageiro.


Os modelos mais modernos já vêm com uma mini impressora (que solta um recibo com todos os dados do serviço), GPS e até leitor de cartão de crédito.


Ainda hoje muitos colegas se recordam dos antigos taxímetros, segundo eles, barulhentos e a corda. Felizmente, hoje em dia é aplicado nos taxímetros o que de melhor a tecnologia tem para nos oferecer. Com o passar dos anos, temos assistido a uma evolução enorme desta ferramenta tão importante para o desempenho da nossa profissão e certamente não vai ficar por aqui!


2 comentários:

A.D.S.M.T.P disse...

....

A.D.S.M.T.P disse...

Bem haja pelo vosso empenho.
Gostaria que alertassem os motoristas de taxi para saberem se têm seguro morte obrigatorio(50.000€) alem do seguro de acidentes pessoais pois como devem saber existe um projecto de lei no qual obriga a entidade patronal de fazer o mesmo alem do seguro de acidentes de trabalho,este esta portaria é de 1/3/2001.Falo disto porque quando acontece uma desgraça gostava de saber como fica essa familia

Um bem haja para vós e continuem com este excelente trabalho.

Vitor Cruz